What Makes You Beautiful. One-Shot escrita por one less lonely girl


Capítulo 1
The Only One


Notas iniciais do capítulo

Ando meio inspirada por esses dias, e acabei escrevendo essa one.
Ela é totalmente diferente de todas as minhas outras histórias.
Ia escrever sobre o Lakers, mas uma leitora minha insistiu muito para que eu fizesse sobre o New York Knicks (seu time de coração), e como eu conheço melhor NY do Los Angeles e amo aquela cidade, além da minha leitora, resolvi atender ao seu pedido.

Espero que gostem, escrevi com muito amor e carinho ♥

Kisses, e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/517661/chapter/1

"You're insecure, don't know what for, you're turning heads when you walk through the door. Don't need make up, to cover up, being the way that you are is enough"

Eu simplesmente não acreditava. Faltavam três minutos para o jogo terminar e eu estava ali, na fila da lanchonete. Aquele era o jogo da minha vida! Era a primeira vez em décadas que o Knicks chegava as finais do campeonato de basquete, e nos cento e oitenta segundos restantes, os cento e oitenta segundos da minha vida, eu estava ali, parada atrás de um cara gordo e enorme que usava calças skinny e do qual eu podia ver o "cofrinho".

Eu só podia ser uma idiota mesmo! Que pessoa, em sã consciência, sairia do seu maravilhoso lugar, do qual estava a apenas preciosos pouco mais de quinze metros de distância de Carmelo Anthony, o astro do seu time de basquete favorito, para comprar refrigerante? E pior, comprar refrigerante para a sua melhor amiga?

Bem, Annabeth Chase havia realizado essa proeza! Antes que você me julgue, me chame de acéfalo ou coisas piores, entenda, minha melhor amiga tinha um filho. E você deve estar se perguntando, o que isso tem a ver? Bem, acontece que, por acaso eu sou a madrinha daquela criatura, e como boa madrinha coruja, eu realizo todas os desejos e mimos daquela pessoinha minúscula, com olhos grandes e azuis brilhando em expectativa. O meu afilhado, Lucca, era simplesmente a coisa mais fofa do mundo. Em seus bons e fiéis cinco anos de idade, era completamente obcecado pelo Knicks (digamos que eu tenho muita coisa a ver com isso), por isso eu o trouxe, juntamente com Thalia, a sua mãe, para me fazer companhia no "jogo do século".

Bom, Lucca simplesmente disse que estava com sede. Sim, ele disse que estava com sede, faltando pouco mais de dez minutos para o jogo acabar. E eu, como boa madrinha, havia vindo comprar. Mas isso a dez minutos atrás!

O que havia acontecido é que, uma mulher maluca fez o maior escândalo, só porque o coitado do atendente tinha dado um dólar a menos de troco. Fala sério, com uma mulher doida daquelas ele devia cobrar uns quinze dólares a mais só por ter que atende-la! E então, devido a isso, eu estava a sete minutos ouvindo a discussão ridícula daqueles dois. Sete minutos perdidos do meu jogo!

Digamos que Annabeth Chase não tem muita paciência, e com isso eu quero dizer, nenhuma paciência.

-Olha aqui, sua ruiva de meia tigela, se você não se tocou, nós estamos a pouco mais de dois minutos do fim do jogo do século! Tem pessoas aqui que realmente querem assistir, ao invés de ficar ouvindo essa sua voz enjoada reclamar sobre míseros um dólar! -explodi- Se você faz tanta questão assim, pode ficar com os meus, eu não ligo!

A ruiva idiota finalmente se vira para mim, empinando o nariz de batata dela e me olhando com repulsa.

-Eu não faço questão de um dólar! Muito menos se vier de você, sua favelada! Acontece que, se ele roubou um dólar meu, o que ele não pode fazer com os outros? São um dólar meu, dois deste senhor e quarenta do próximo! Eu só estou lutando pelos meus direitos!

-Olha só, isso aqui não é um ringue de UFC não meu bem, é o Madison Square Garden! Sabe o que isso significa? Que não se prática luta, e sim basquete. Agora com licença, porque eu tenho certeza que todo mundo aqui está de saco cheio de você! -digo

-Mas isso é uma total falta de respeito! Como alguém deixa uma desclassificada como você entrar em um lugar de renome como este?

-Do mesmo modo que deixam um dragão como você passar despercebida!

A ruiva enjoada coloca uma mão na boca, como se estivesse chocada. Se eu não estivesse com tanta raiva, riria daquela situação.

-Eu vou embora, mas se um dia você receber um processo por calunia, lembre-se de mim! -a ruiva dragão diz, saindo e empinando o nariz de batata e a bunda

-Finalmente! Pensei que aquela mulher nunca fosse sair! -digo, só então percebendo o silêncio que reinava e as pessoas que me observavam chocadas- É... Me desculpem por isso... Aquela mulher estava me tirando dos nervos!

Uma explosão de risadas ecoa por toda a estrutura do terceiro andar do ginásio.

-Você foi incrível! -o atendente da lanchonete diz- Obrigado, aqueles um dólar podiam custar o meu emprego!

-Não há de que -digo- Pode me dar uma Pepsi de limão bem rápido? Ainda tenho esperança de ver os últimos segundos!

-Posso, mas... Sinto muito, mas o jogo já acabou -ele diz, trocando a nota de cinco dólares que eu lhe dei

-Mas... Como? Faltavam três minutos!

-Parece que você a a ruiva se empolgaram... O jogo acabou faz uns três minutos -ele me entrega o troco junto com o copo- Sinto muito.

-Ah... Tudo bem. Obrigada, de qualquer forma. -agradeço

Ando meio perdida até algum canto mais vazio. Tentando absorver a ideia de que eu havia perdido o meu jogo por causa daquela vaca. Respira Annabeth. Não pira. Vai com calma.

-Oi -alguém diz ao meu lado- Eu também perdi os últimos minutos do jogo...

Levanto o rosto, dando de cara com um homem. Ele tem cabelos negros totalmente bagunçados, olhos incrivelmente verdes e veste uma camisa azul dos Knicks. Lindo.

-E eu estava pensando... Será que você não quer ir ver a reprise do jogo comigo? -ele coça a cabeça- Você sabe... Vai passar as dez e quarenta na ESPN, a gente podia assistir em alguma pizzaria aqui perto...

Pisco meio atônita. Ele estava mesmo falando comigo? Ele estava falando com uma Annabeth provavelmente descabelada, vestida com um enorme blusão do New York Knicks, de All Stars pretos e sem um pingo de feminidade?

-Ah... Bem... -que mal fazia? Nenhum não é?- Claro! Vai ser ótimo...

Ele sorri, e que sorriso.

-A propósito, sou Percy Jackson.

-Annabeth Chase -estendo a mão, pensando que ele vai aperta-la, mas ele, surpreendentemente, a leva até a boca e a beija- Eu... Preciso ligar para minha amiga e avisar que vou sair. Você me da um segundo?

-Claro. Também preciso avisar para o pessoal que volto sozinho...

-Ótimo. Volto já.

Disco rapidamente o número de Thalia, a minha melhor amiga.

"Thalz?"

"Annabeth?"

"Ah sim. Sou eu."

"Onde você se meteu?! Eu estava preocupada! Você sumiu!"

"Eu fui comprar refrigerante, e a fila estava longa e acabei perdendo o resto do jogo"

"Ah, sim... Onde você está?"

"Ainda estou no Madison. Mas vou assistir a reprise do jogo em algum restaurante aqui perto. Você pode ir para casa com Lucca."

"Annabeth, você tem certeza? Está tudo bem?"

"Está sim. Tudo certo. Te ligo amanhã, pode ser?"

"Tudo bem... Beijo"

"Beijo"

Desligo o telefone, voltando para onde o moreno desconhecido estava. Ele falava ao telefone e andava de um lado para o outro.

"Não, é sério cara, estou te falando! Ela é simplesmente incrível! Loira, olhos nebulosos, fanática pelos Knicks e ainda por cima tem uma cara de inteligente..."

O moreno parece escutar o que a pessoa do outro lado da linha diz.

"Claro que não! Eu vi primeiro. Estou te falando cara, ela é muito linda. Você já me viu chamar alguma mulher de linda? Então!"

Coro ao ouvir isso. Afinal, o que eu tinha de bonito? Sinceramente, nada. Cabelos loiros iguais ao de metade das mulheres dos Estados Unidos, magra e só. Tudo bem, eu tinha olhos cinzas, mas o que isso tinha de especial? Cinza era uma cor tão mórbida! Sem falar nas minhas roupas... Nesse momento eu estava com um enorme blusão branco dos Knicks, um short jeans que era escondido pelo blusão e um All Star de cano longo preto, sem falar no boné azul e laranja que eu trazia na cabeça. Eu parecia um garoto!

"Ela estava brigando com uma ruiva na fila da lanchonete, e eu estava bem atrás. Você tinha que ver! Ela falava de um jeito que se fosse com você, você jurava de pé junto que estava errado, simplesmente porque aquela mulher não tem cara de alguém que perde uma discussão."

Ele continua escutando a pessoa do outro lado por um tempo e depois volta a falar.

"Claro que você não sabe que eu gosto das inteligentes, porque eu nunca gostei de ninguém. Sinceramente Luke, sua lerdeza me comove. As inteligentes são as melhores."

Então ele parece me notar e sorri constrangido, ergo as sobrancelhas com divertimento e sorrio sem mostrar os dentes.

"Ah... Luke. Luke... Luke, eu tenho que desligar. É sério. Vou desligar, tchau."

Ele desliga o celular e coloca no bolso frontal da calça jeans.

-Faz muito tempo que você estava aqui? -ele pergunta, sorrindo sem jeito

-Ah não... Acabei de chegar -minto

-Ah ótimo... -ele suspira- E então? Pra onde você prefere ir?

-Não sei... Tanto faz -dou de ombros

-Vamos lá -ele diz, me guiando até as escadas rolantes- Tem um Mc Donald's, um restaurante mexicano incrível, além de centenas de pizzarias, o que você prefere?

-Acho que o Mc Donald's vai estar lotado, e eu prefiro escutar e enxergar o jogo. Uma pizza parece ótimo.

-Perfeito.

-Então, o que você faz da vida? -ele pergunta

-Ah... Eu curso arquitetura na NYU e faço um estágio no Metropolitan -dou de ombros

-Na NYU? -ele pergunta surpreso- Eu também estudo lá, mas nunca te vi...

-Sério? E o que você faz?

-Direito -ele da de ombros- Meu pai é dono de uma rede de farmácias, e disse que eu tinha de fazer algum tipo de faculdade para administra-las depois. Como eu não sou nada bom em matemática, fiz direito. Além de que, é o que eu gosto.

-Te entendo... -suspiro- Meu pai fazia questão de que eu fizesse administração para cuidar do seu império. Mas sinceramente, eu sempre sonhei em fazer arquitetura. Então, meu pai enfim entendeu que não, eu nunca seria feliz cuidando da sua rede de bancos e me liberou...

-Mas me diga, como eu posso nunca ter te encontrado pelo campus?

-Na verdade, eu sou meio invisível. -tomo um gole da minha Pepsi

-Impossível -ele ri- Como alguém como você pode se dizer invisível? Eu me lembraria se cruzasse com você nos corredores...

Coro com esse comentário.

-Você fica linda corada -ele diz, me fazendo corar ainda mais. Ele ri da minha vergonha- Será que você não vê? Você é incrível! Quando você passa, faz pessoas virarem a cabeça só pra te ver. Qualquer cara daria tudo pra estar no meu lugar.

-Fala sério -reviro os olhos- Também não precisa avacalhar né...

-Eu não estou avacalhando! Você é incrível. -ele sorri

O volume da tv aumenta e percebemos que o quarto período do jogo vai começar. Percy e eu estávamos em um pizzaria simples, a única que estava vazia o suficiente para que possamos respirar.

-Vamos Knicks! -um garotinho grita, ansioso pelo fim do jogo

O juiz joga a bola para o alto e um dos brutamontes do Heat a pega no ar, aqueles caras eram gigantes! Como nervosa a minha pizza de vegetais com adicional de peperoni.

-Você sabe que ganhamos, não é? -Percy pergunta

-Shiu -ralo- Claro que eu sei, se não as pessoas não estariam comemorando... Mas gosto de pensar que ninguém sabe do resultado ainda.

-Tudo bem então...

Cesta de três pro Heat. O jogo segue assim, eu comendo minha pizza que já estava fria e o Knicks sempre com uma vantagem mínima que o Heat sempre dava um jeito de diminuir.

Faltavam dezesseis segundos para o jogo acabar, estávamos dois pontos a frente. Carmelo Anthony, o astro do meu time (e o melhor jogador desde Michael Jordan, na minha humilde opinião) tenta uma cesta de longe e erra. O imbecil do Lebron James, do Heat, pega a bola e tenta o rebote. Seis segundos.

Ele corre toda a quadra como o vento, sem que ninguém possa o parar. Aquele ponto poderia significar a vitória para eles, mais um campeonato. Ele para na linha de três pontos e se prepara para lançar a bola. Posso ver o pontinho laranja rodando no ar, batendo na tabela e depois na trave da cesta. Ela gira e cai.

Cai para fora! O jogo acabou e a bola caiu fora da cesta! O som da bola quicando e quicando ecoa na minha mente, e então eu me levanto e começo a gritar. Assim como metade da população de Nova Iorque.

Percy também levanta e me abraça, me girando no ar. Ele tira o meu boné azul e laranja, e o coloca com a aba para trás na própria cabeça. "New York Knicks vence o campeonato da NBA deste ano!" O narrador da ESPN diz, fazendo com que todos por perto só gritem mais ainda.

Percy para de me girar e me coloca de pé. Mas mesmo assim não solta a minha cintura. Aquela imensidão verde tão parecida com o oceano passa a me encarar divertida. Até que ela está cada vez mais perto e de repente, eu o estou beijando.

Seus lábios são salgados e o seu cabelo é macio. Ele segura a minha cintura firmemente, mas ao mesmo tempo de forma delicada, sua outra mão pressiona o meu rosto.

Ele sorri ao se afastar, eu sorrio de volta.

-Você é linda -ele diz- E nem sabe o quanto.

-Carmelo Anthony! -o narrador grita, dando ênfase no nome do jogador que havia acabado de marcar a cesta mais bonita de todo o jogo

-E então? Acha que vamos ganhar? -Percy pergunta, me entregando o copo de Pepsi com limão

-Eu tenho certeza, o Bulls está totalmente desfocado. Além de que, o Knicks está fazendo a sua melhor campanha em anos! -dou de ombros

-Eu sei, só queria ouvir a minha namorada falar isso -ele sorri, me dando um selinho

-Lembra do que aconteceu um ano atrás? -pergunto, lembrando do dia em que nos conhecemos

-Impossível de esquecer -ele ri- Por que acha que eu não deixei você ir comprar o refrigerante? Vai que você arranja briga com alguma mulher, e algum cara de pau vai te elogiar e você se apaixona por ele...

-Percy! -dou um tapa de leve no seu braço

-Só estou defendendo o que é meu! -ele ri, levantando os braços como que para dizer que é inocente

Era a semi-final do campeonato, fazia um ano que o Knicks havia ganho e este ano estávamos lutando pelo bicampeonato. Além de que, também era o aniversário de um ano que Percy e eu havíamos nos conhecido. O campeonato desse ano estava uma semana atrasado.

Depois daquela noite, ele pegou o meu telefone. Eu tinha certeza que ele não ia ligar, então nem tomei esperanças, mas antes mesmo que eu pudesse pregar os olhos e dormir pelas boas cinco horas que me restavam antes de me arrastar para a faculdade, recebo sua ligação.

"Não aguentei esperar até mais tarde" disse, e pela voz pude perceber que ele estava sorrindo "Você vai pra aula hoje?"

"Como se eu pudesse perder..."

"Posso passar para te pegar?"

"Vai dar uma de motorista agora?"

"Não se responde uma pergunta com outra pergunta, além de que, se for pra você eu posso ser até mordomo."

"Te espero as oito?"

"Vou estar aí as sete."

E desde então, estávamos namorando. Eu não costumava acreditar em destino, nem em amor. Mas agora, eu realmente acho que algum tipo de força havia nos levado a estar naquela fila, naquele dia, naqueles segundos restantes para o fim do meu jogo. Além de que, agora que eu havia o encontrado, não tinha como não acreditar no amor. Aconteceu.

Percy aponta para algo no alto, sigo os seus dedos e me deparo com a imagem de nós dois. Devia ser alguma daquelas câmeras do beijo.

-Mas o que...?

-Acho que temos que nos beijar... -ele diz e sorri

E antes que eu possa responder, os tão conhecidos lábios salgados, que eu tanto amava, estavam sobre os meus.

E aqueles, sem dúvida nenhuma, eram os jogos da minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :)

Tenho uma outra One-Shot, caso esteja interessados, se chama "Where Have You Been All My Life?", aqui está o link http://fanfiction.com.br/historia/512173/Where_have_you_been_all_my_life_One-Shot/

Também escrevo uma long fic percabeth, chamada Exchange Girl, http://fanfiction.com.br/historia/480015/Exchange_Girl/

Deixem reviews, e se tiverem, ideias para uma outra one. Quem sabe eu não escreva?!

Obrigada por lerem!
XoXo ♥