A Chave Inglesa escrita por liligi


Capítulo 7
Capítulo 7




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Capítulo 7. Chegando a Rizembool

Ed ainda não podia acreditar que o irmão o havia tapeado! Qual seria o motivo de não ir com ele? Ele não podia estar armando nada, Al nunca fora de fazer este tipo de coisa. Mas não adiantava o quanto ele pensasse que não conseguia encontrar uma razão para tudo aquilo.E fazer o quê? Já estava a meio caminho de Rizembool...

Depois de algumas horas, Ed acabou relaxando e pensando no que iria fazer depois que seu braço estivesse restaurado, a primeira coisa a fazer seria arrasar aquele ishbaliano metido, mas o problema seria como o braço ficaria bom, afinal, ele e Winry haviam brigado feio. Só então teve um estalo na cabeça de Ed. Winry! Só podia ser esse o motivo de Al ter preferido ficar! Queria que os dois se resolvessem!

"O Al me paga!" – Ed pensava irritado – "Como é que ele arma pra eu ir até a casa daquela maluca sozinho? Eu nem sei onde fica!"

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Depois de mais algumas horas de irritação com Al por REALMENTE ter armado pro irmão mais velho, Ed acabou cansando e adormeceu.

Ed estava deitado quando sentiu um cheiro adocicado, era tão maravilhoso, tão estonteante, ele o aspirou profundamente, e logo sentiu que o cheiro se tornava mais e mais forte, abriu os olhos para ver o que era e logo encontrou duas orbes azuis lhe encarando profundamente e imediatamente reconheceu a dona daqueles olhos. Era Winry.

- Winry...? – murmurou quase sem voz – O que faz aqui?

- Eu estou aqui por você. – ouviu ela dizer

- Por mim? – seu rosto ardeu

- Claro que sim... E você também está aqui por mim, né?

-..., Estou sim...

Winry sorriu e segurou o rosto dele, Ed sentiu que ela se aproximava e cerrou os olhos esperando pelo o que se seguiria. Os lábios de Winry tocaram os dele, ele a abraçou e aprofundou o beijo. Sentiu as mãos dela sobre seus ombros e colocou as suas sobre as dela...

- Senhor... Acorde, chegamos a Rizembool. – O homem dizia enquanto chacoalhava Edward

- Winry... – ele murmurou ainda dormindo e apertando a mão do rapaz

- Senhor! – O homem falou um pouco mais alto o que fez com que Edward acordasse

- Sim, o que houve? – ele perguntou atordoado.

- Chegamos.

- Ah! Hum, obrigado.

Depois de pegar sua mala, Ed desceu do trem e sentiu-se desnorteado, a cidade era tão parada, agora precisaria chegar à casa de Winry, e o quanto antes, assim poderia matar Alphonse quando voltasse para a Central.

- Droga, como eu vou saber onde a casa dessa louca fica? – Ele enfiou a mão no bolso e pegou um papelzinho que Riza lhe dera com o endereço da casa.

Depois de andar vários quarteirões atrás da tal casa, Ed estava se sentindo extremamente cansado. Raios! Riza tinha explicado exatamente como chegar lá, mas como ele havia pensado que Al viria junto, não prestou atenção a uma palavrinha sequer. Agora se arrependia profundamente.

Então, para achá-la teria que pedir informação, algo que ele realmente detestava.

– Com licença, onde fica a casa da Winry Rockbell? – Ele perguntou a uma moça que passava com uma sacola de frutas

- Winry Rockbell? Por acaso você é namorado dela? – A moça perguntou olhando-o maliciosamente. Afinal, o que havia de errado em um garoto de outra cidade perguntar por Winry?

- Não! – ele falou rapidamente constrangido com tal pergunta. – Eu só estou precisando de uma ajudinha!

O sorriso da moça se alargou mais, ela não podia estar pensando coisas boas...

- Que tipo de 'ajudinha'?

- Pára de encher ele, May! – Ed ouviu a voz de outra garota vindo detrás de si, ele se virou e a viu. Ela tinha longos cabelos loiros e olhos verdes, estava andando na direção do loiro que rezava para que ela não fizesse nenhuma pergunta constrangedora. – Você deve ser o cara que a Winry falou – ela disse para Ed, com um sorriso amigável. – Edward, né?

- Err... É. Sou eu.

- Parabéns. – ela disse estendendo a mão para o loiro que não entendeu o porquê daquilo.

- Pelo quê?

- Você conseguiu abalar a Winry. Ela tá furiosa com você. Você vai vê-la, né?

- Aham.

- Sendo assim, é um adeus.

- Você é doida?

- Na hora em que você se aproximar daquela casa, você vai ser morto. Sinto muito.

- Olha, eu não tô entendendo nada do que você tá falando.

- Quer que eu te mostre onde fica a casa da Win sim ou não?

- Contanto que você não faça perguntas embaraçosas... – ele deu de ombros

- Ah, não se preocupe, a May tem a mente suja.

- É, eu percebi. – a garota riu

- A propósito, eu me chamo Luiza.

- Prazer...

- Posso fazer uma pergunta?

- Pode.

- O que aconteceu entre você e a Winry? Ela fala muito de você. Você a traiu?

- Quê? – Ed falou sentindo o rosto arder – Como assim? Nada aconteceu entre a gente, não do jeito que você tá falando! Eu te disse pra não fazer perguntas embaraçosas!

- Ué, eu só fiz uma perguntinha besta. É que para o jeito que ela fala de você, eu imaginei que vocês tivessem algum lance.

- Não havia lance algum!

- Se bem que seria bom pra ela... Se apaixonar, sabe. – ela disse após um longo suspiro e logo continuou – A Win sofreu tanto... Sentir-se amada não faz mal a ninguém.

Ed ficou em silêncio, podia ver que aquela garota se preocupava muito com Winry.

- Que relação você tem com a Winry? – ele perguntou depois de um tempo

- Nós somos melhores amigas desde o primário, claro, ela é um ano mais velha que eu, mas somos amigas desde criancinhas! – a garota disse com uma expressão alegre, como se lembrasse daquela época.

- Certo.

- Hei, Ed.

- Quê?

- O que houve com seu braço?

- Ah, é que aconteceram algumas coisas e meu automail quebrou, por isso eu vim, pra pedir para a Winry que ajeite.

- Se você veio apenas por causa do automail você tá ferrrado. – ela murmurou

- O quê?

- Ah, nada, esquece. Olha, a casa da Win é aquela ali. – ela apontou para uma casa amarela. – Pode ir.

- Hã? Você não vem comigo?

- Não posso. Tenho outros assuntos a tratar. Tchauzinho.

- Tchau.

Ao se aproximar da casa, algo enorme 'caiu' em cima de Edward que logicamente foi ao chão com o peso.

- Ahhhhhh!

Ele gritou, e o seu grito foi ouvido por quem estava na casinha que logo saíram pra saber o que havia acontecido.

- Den! – Edward reconheceu aquela voz – Garoto mau! Sai de cima dele! Já disse para não pular em cima de clientes!

A jovem disse e o cachorro saiu de cima do garoto, mas ela logo se arrependeu ao ver quem era. Antes que Edward pudesse se levantar e olhar para o rosto dela, ou dizer algo, ele foi arremessado para trás e sentiu uma forte dor na cabeça. E aquela dor lhe era familiar, Winry jogara a chave inglesa na cabeça dele.

- Ai! O que você pensa que está fazendo, Winry? – ele gritou

- O que você pensa que está fazendo aqui? – ela retrucou friamente – Por acaso eu não te disse que não queria mais ver a sua cara?

- Não. – ele disse sarcástico esfregando o galo na sua cabeça, e logo se arrependeu quando Winry ergueu a chave inglesa ameaçadoramente – É brincadeira!

- O que faz aqui? – ela perguntou sem mudar o tom de voz

- Eu preciso da sua ajuda. – ele disse apontando para o braço direito, ou melhor, onde deveria estar o seu braço direito.

E novamente Winry atirou a chave inglesa na cabeça dele, não uma vez, mas várias.

- Hunf... Se você queria ajuda com o automail deveria ter a Rush valley. – ela disse antes de adentrar novamente a casa

- Mas... – ele não entendia o porquê dela estar ofendida, afinal, ela mesma pediu para ser a mecânica do automail dele!

- Então você é o Edward de quem a minha neta tanto falou. – Edward ouviu uma voz, e só então percebeu que havia uma velhinha lá. Ela o analisou de baixo a cima enquanto tragava seu cachimbo. – Huh, ela disse que você era baixinho, mas não imaginei que fosse tanto. – ela disse sarcástica, e logo uma veia surgiu na testa de Ed.

- QUEM VOCÊ DISSE QUE ERA TÃO BAIXINHO QUE QUALQUER UM PODE PISAR?

- Além de tudo é nervosinho. – A velha disse com um sorriso cínico.

- Como é?

- Você é um idiota.

Ed estava a ponto de pular em cima da velha que estava diante de si, como ela ousava chamá-lo de idiota? Ela nem sequer o conhecia.

- Quem é o idiota aqui?

- Você. Veio da Cidade Central até aqui para pedir que minha neta conserte seu braço mesmo depois de terem brigado. – ela balançou a cabeça negativamente – Ela tem toda razão de estar brava.

- Hã?

- Podia pelo menos tentar se desculpar antes de dizer seus problemas. Agora Winry

não ajeitará seu braço.

Ed ficou em silêncio, ponderando sobre o que a velha dissera. Mas logo 'voltou a si' quando ouviu a velha lhe chamar.

- Entre.

- O quê?

- Vai querer ficar aí deitado no chão ou vai querer entrar?

- Mas a Winry não vai se zangar?

- Winry é minha neta, mas a casa é minha. Eu decido quem fica ou não. Entre logo antes que eu mude de idéia.

- Tá.

Ed pôs-se de pé e seguiu a velha para dentro de casa. Não era grande, mas era organizada. E ele podia ver várias peças espalhadas pelos cantos da casa, é claro que aquela casa pertencia a Winry Rockbell.

- Winry! – Pinako chamou a neta que logo veio e colocou uma cara de enorme irritação ao ver Ed parado no meio da sala – Leve o chibi aqui para o quarto vazio.

- O quê? – ela exclamou incrédula – como assim, vovó?

- Você ouviu. Ele ficará uns dias conosco.

- Como é?

- Isso o que você ouviu.

- Ah, eu não quero incomodar. – Ed disse não querendo aumentar a discussão.

- Relaxe, criança. – Pinako disse – Já disse que a casa é minha e a decisão também. Winry está sob os meus cuidados, portanto ela também tem que me obedecer. Leve Edward para o quarto.

- Tá bom. – Winry disse a contragosto e subiu as escadas seguida por Edward.

- Obrigado, velha. – Ed disse parando no meio da escada.

- Não precisa agradecer, nanico. E o meu nome é Pinako Rockbell, não esqueça.

- Não vou esquecer.

Ed sorriu e continuou a seguir Winry que o guiou até um quarto no fim corredor no andar de cima. Teria que pensar em como faria para Winry ajeitar seu braço e o mais rápido possível, aquele ishbaliano ainda estava à solta e merecendo uma surra. Mas a sua única preocupação naquele momento era o que faria para dizer àquela garota que sentia muito por tudo o que tinha dito.


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