Minha Pequena Aurora escrita por Jessyhmary


Capítulo 2
The Protective


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Perdão pela demora, mas vamos para mais um capítulo quentinho dessa nova fic.
Espero que curtam.

(Bem, esta é uma fic diferente das que eu costumo escrever do universo marvel e SHIELD, então eu adoraria saber a opinião de vocês...)
E vamos de Capítulo!
#BoaLeitura! :)



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A Fonte da Inocência parecia correr nas veias da pequena fada. Seus olhos fortes e suas belas asas mostravam o quanto ela era promissora. Amante da natureza e de qualquer coisa viva, Malévola não se importava de cuidar do maravilhoso reino dos Moors dia após dia, apenas acrescentando mais adornos ao seu ar angelical. Ela parecia ter nascido com um único propósito: Proteger.

Ainda garotinha, havia perdido os pais numa longa e dolorosa guerra contra os humanos que viviam no reino vizinho, deixando Malévola aos cuidados das fadas e da própria natureza, que se encarregaram de ensiná-la tudo o que ela sabia. A pequena dormia em árvores e alimentava-se de framboesas, figos e toda espécie de frutas que havia no deslumbrante reino. Aos poucos ela foi aprendendo a cuidar da natureza e de tudo que nascia e germinava no seu reino. Seus poderes se manifestaram logo aos três aninhos de idade, mas apenas com sete ela começou a dominá-los, usando seus dons para cuidar e alimentar os seus.

Sua relação estreita com as árvores e as criaturas a transformaram na mais bela e bondosa protetora que o reino já vira. Malévola estava disposta a defender seu lar a qualquer custo. Ela e suas poderosas asas.

– O que fazes aqui? – a garotinha perguntou firme, olhando nos olhos de um soldado fortemente armado. – Sabes que aqui é o reino dos Moors, não sabes? – ela perguntou de braços cruzados, sendo escoltada por um Poderoso Guerreiro da Árvore.

– Você pensa que me assusta, garotinha? – Disse o homem, aproximando-se dela com uma lança. – Há anos que tentamos expandir o nosso reino e você e essas aberrações sempre ficam no nosso caminho! – ele explodiu de raiva, tendo a lança apontada para ela. – E então? Ficarão na frente mais uma vez ou se renderão pacificamente?

– Não – Malévola respondeu travessa. – Hoje não.

A garota abriu suas longas asas, batendo-as duas vezes antes de levantar voo. Em questão de segundos ela se dirigiu ao homem, arremessando sua lança e não dando tempo para ele reagir. Ela o encurralou junto a uma rocha, forçando o soldado a recuar.

– Tem certeza de que quer tomar o reino hoje, soldado? Sozinho?

Ele com certeza subestimara aquela pequena fada.

– Sua aberração! – ele gritou, estranhamente indefeso. – Haverá de chegar o dia em que tomaremos essa terra de vocês! Nem que seja a última coisa que eu faça na vida!

– Pode tentar, senhor soldado – a pequena respondia, divertindo-se ao ver a expressão de desgosto no rosto dele. – Nós nos uniremos e os derrotaremos quantas vezes for preciso. Meus pais morreram tentando salvar o reino e nada nem ninguém vai tirá-los de nós!

O soldado foi embora a contragosto, não se conformando com aquela situação. Seus vinte e nove anos e seus músculos não foram o suficiente para encarar uma garotinha com asas e chifres. Ele se sentia ultrajado. Tomou seu cavalo e deu meia volta, sabendo que precisaria mais do que uma lança para encará-la novamente. Precisaria atacar a inocência e a pureza dela.

– Minhas mãos estão sujas de sangue, pequena criaturinha. – ele dizia, cavalgando de volta ao seu reino. – E as suas ficarão também. – ele prometia a si mesmo. – Quando você entender que o mundo não é tão lindo assim... Você sentirá o mesmo que eu. Os mesmos desejos... A inveja, a ganância... A vingança... Você saberá o que eu passei para chegar até aqui.

(...)


Aquelas eram as palavras de um coração amargo, desesperado e temível. Johan não era exatamente um soldado. Era um ferreiro que nunca havia se dado bem na vida. Sempre desejando as coisas que não possuía e nunca buscando os meios corretos para conquista-las. Ele sonhava em ser da realeza, mas precisou casar-se com Judith logo que descobriu que ela esperava um filho seu. A partir daquele dia, todos os seus sonhos começaram a definhar. Johan não pensou em construir sua vida ao lado de sua esposa e sim no que faria com o seu pequeno Estefan. Ele faria de tudo para que seu filho vivesse a vida que ele não teve. Seus sonhos, desejos, valores foram repassados para ele durante todo o tempo que seu pai pôde ensina-lo. Os poucos anos que passaram juntos, pelo menos. Não demorou muito, uma terrível peste assolou a pequena vila em que moravam e Johan levou o filho de cinco anos para as proximidades do castelo do rei, para que ele não se contaminasse e morresse juntamente com os outros.

– Filho – ele pronunciava com dificuldades. – Fique aqui, perto dos soldados. Eles o levarão e saberão o que fazer com você.

– Não, papai! – Stefan choramingava, agarrando-se às vestes de Johan. – Não me deixe aqui sozinho!

– Não chore! – ele gritou, sem compaixão. – Olhe, Stefan... Não posso deixa-lo morrer na vila. Você vai ficar aqui e vai fazer exatamente o que eu mandar, tudo bem?

O pequeno garoto concordou, balançando a cabeça assustado. Stefan não tinha muita noção do que estava acontecendo, mas era um garoto inteligente e de gênio forte. Mesmo para uma criança, ele já demonstrava bem os seus próprios interesses e um pequeno ar de arrogância, algo que orgulhava o pai e deixava Judith um pouco incomodada, já que ela preferia que ele tivesse herdado sua humildade e clemência. Johan sempre insistira em ensiná-lo seus valores distorcidos e Judith era impedida de orientar o filho, vivendo sob ameaças constantes de seu marido paranóico.

– Não deixe que ninguém pise em cima de você ou passe você para trás, tudo bem? Você ainda vai ser grande, Stefan. Você será rei! Será um poderoso rei que expandirá o reino e derrotará aquelas feras horrendas do reino dos Moors. Não será pobre como nós. Prometa-me, filho! Prometa-me que você não será um pobre miserável como nós fomos!

O garoto tinha os olhos cheios de lágrimas, mas no fundo, seu coração entendia perfeitamente o desejo de Johan. Aquilo era uma despedida e aquelas seriam as últimas palavras que ele ouviria do pai.

– Eu sei o que é melhor para você, Stefan. Apenas prometa-me isso e poderei deixar esta terra em paz.

– Sim, papai. Eu serei um rei. – o garoto dizia, engolindo o choro. – Um dia serei muito rico e poderoso e lutarei contra as feras de Moors.

– Isso mesmo, meu garoto. Sempre tive orgulho de você.

E com essas palavras, Johan deixou Stefan sozinho, próximo ao castelo do rei.


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Notas finais do capítulo

- E então, o que acharam?

(p.s.: A partir desse capitulo a história começa a tomar seu próprio rumo, que difere em muitas coisas da história do filme)