_ Harry, não é como se fosse ser algo divertido porque não será – disse Ginny - Ninguém gosta de terminar com alguém. Você só tem que fazê-lo.

_ Não, eu sei disso... Mas é tão difícil, sabe? – falou Harry então ele se ajeita em seu lugar no sofá para encarar Ginny - Quero dizer, você está sentado lá com ela e a garota não tem ideia do que está para acontecer e então você finalmente decide tomar coragem de fazê-lo e há aquele momento de constrangimento horrível quando tudo é rompido. Então começam as perguntas tradicionais que vocês conhecem bem...

_ Por que você tem que terminar com ela? – falou Draco rindo pelo nariz – Apenas seja um homem e pare de ligar.

_ Você sabe, se você quiser... – disse Luna - eu posso fazer isso com você.

_ Oh, obrigado... – falou Harry achando aquilo meio estranho mesmo que Luna estivesse querendo ser gentil - mas eu acho que ela se sentiria como se estivéssemos indo para cima dela.

_ Não, quero dizer que você termina com a Pansy e eu vou romper com o Tim.

_ Tim? – falou Ron rindo – Esse nome ainda é meio idiota.

_ Oh, você está terminando com Tim? – falou Ginny para a garota.

_ Sim, eu sei, ele é doce só que não é apenas mais divertido, sabe? – falou Luna parecendo meio chateada - Eu não sei se sou apenas eu ou os votos de castidade dele é o responsável ou os dois? Eu não sei.

_ Alguém quer mais alguma coisa? – disse Hermione se aproximando do grupo para bancar a garçonete.

_ Oh, sim... – falou Ron - Na semana passada eu pedi aquela coisa acho que podia ser um bolo ou uma torta de nozes com aquele tipo do chocolate maravilhoso no... – ele pode ver então o olhar sério que Hermione lhe lança mortalmente - Nada, eu estou bem.

_ Qual é o problema? – falou Luna para Hermione - Por que tanto mau humor?

_ É o meu pai – respondeu Hermione - Ele quer me dar um carro.

_ Esse cara... – disse Ron fazendo uma expressão falsa de raiva - Ele me enoja.

_ Isso não seria uma coisa boa, Hermione? – perguntou Neville.

_ Sim, bem... – disse Hermione – É uma Mercedes só que apenas a terei se eu voltar para casa.

_ Isso é chantagem – falou Ginny horrorizada.

_ Eu sei... – respondeu Hermione - Oh, foi horrível. Ela chamou-me mocinha.

_ Oh, eu odeio quando o meu pai me chama assim – falou Harry sarcástico.

_ Ele te deu que todo o você não vai conseguir se virar sozinha coisa de novo? – disse Neville.

_ Oh, sim. – respondeu Hermione - Na verdade, eu tenho a versão estendida do disco e com mais três coros de "Você nunca vai conseguir viver por conta própria".

Então entra uma garota bonita dentro do pub passando pelo salão próximo de onde o grupo estava sentado e praticamente os quatro rapazes voltam seus olhares para ela. Ao que não passou despercebido pelo olhar dela que ao foca-los encontrou com um rosto conhecido.

_ Oi, Draco – disse a garota enquanto seguia para perto do balcão e todos os rapazes voltavam seu olhar para o amigo que parecia abalado ao reconhecê-la.

_ Meu Deus, é a Diana – falou Draco.

_ Quem? – questionaram os rapazes.

_ Ah, francamente você não se lembra dela, Ron? – disse Draco para o ruivo que olhou para a garota de novo e pode vê-la sentada no balcão de costas para ele. O policial deu uma inclinada de cabeça para avalia-la melhor então notando o olhar de Hermione e parando.

_ Deveria? – falou Ron.

_ Da noite em que nos conhecemos? – disse Draco – Em que vocês me levaram para beber e pegar garotas?

_ Eu pensei que a garota que estava com você era a Kelly – falou Neville recordando do nome da acompanhante de Draco aquela noite.

_ Exato... Diana era a do Ron – disse Draco então percebendo o olhar sério do ruivo sobre ele parecendo estar recordando sobre aquela noite – que acabou virando a minha segunda acompanhante só que isso não vale lembrar.

_ Não mesmo – disse Ron então olhando de novo – Ela parece diferente não? – e os rapazes olharam novamente para a garota com inclusive Harry e Draco inclinando as cabeças para fora do sofá de maneira nada discreta para vê-la – Incluindo o nome. Não era Diana o que ela tinha me dito.

_ Acho que ela tem malhado. Parece estar mais definida do que antes... Sem falar nos novos air-bags que deve ter colocado – falou Draco e os rapazes assentiram enquanto as mulheres pareceram incomodadas.

_ É ultrajante o fato de você falar das mulheres como se fossem objetos – disse Ginny e os rapazes olharam para ela – Que foi?

_ Quando éramos minoria no grupo há um tempo... Eu e Ron éramos obrigados a participar de conversas em que vocês falavam sobre caras da mesma forma então não banque a puritana – respondeu Harry.

_ Como assim? – falou Ginny - Quando que vocês dois foram minoria?

_ Eram você, Luna e Lavander – disse Ron – sempre antes de Neville entrar para o grupo era como se nós fossemos praticamente seus amigos gays que tínhamos por obrigação ouvir vocês falando sobre caras.

_ Sim, mas sempre falamos com muito respeito – disse Luna.

_ Onde dizer multiplica senhor quando ver um cara sem camisa é com muito respeito? – questionou Ron.

_ Esta dizendo que não podemos expressar quando achamos um cara bonito, mas vocês podem? – falou Hermione.

_ Não, estou dizendo que vocês podem falar sim só que desde que respeitem o fato de que também iremos falar sobre as atrações que sentimos pelo sexo oposto – disse Neville – É da natureza humana sentir atração por aquilo que achamos bonito e no nosso caso são as mulheres.

_ Exatamente, e eu até que fui respeitoso – disse Draco – por vocês estarem aqui.

_ Quanta consideração – disse Ginny – Quer dizer que se não estivéssemos ia ser mais sujo?

_ Como se vocês não fossem – falou Draco – Não banque a inocente ruiva, é comprovado que mulheres conversam mais sobre sexo entre si do que homens falam disso uns com os outros.

_ Isso é ridículo – falou Hermione.

_ Não, é verdade... Homens não são tão detalhistas e alguns se inibem enquanto mulheres sentam-se lá nas festas do pijama e contam sobre suas experiências – falou Harry.

_ E onde viu isso em algum besteirol americano? – questionou Ginny.

_ Acredite, se fossemos dizer coisas como as que vocês dizem ia ser mais indecente para nós do que falamos normalmente iriamos nos tornar uma dessas coisas – disse Luna – O que é podre já que aquilo não tem nexo algum porque mesmo algumas pessoas sabem o que devem ou não dizer.

_ A verdade é que todos nós concordamos que somos livres para expor nossa sexualidade não é mesmo? – disse Ron - Falarmos sobre assuntos assim mesmo que incomode algumas pessoas. Como irmãos mais velhos que foram obrigados a ouvir a sua esposa na época falar sobre coisas que conversou anteriormente com a cunhada. Sério Ginny... Tem ideia do que é seus papos de cama serem sobre aventuras sexuais que não as do casal que está ali?

_ Isso é nojento – falou Neville – Ela contava para você?

_ Sim – disse Ron – E não tinha nem como entrar no clima depois daquilo. Parabéns Ginny, você conseguia ser algo mais eficiente que um banho de agua fria.

_ Vocês conversavam sobre isso? Caramba, quem diria logo a Lavander vindo falar sobre isso com o próprio marido – disse Ginny – Acho que deveria ser uma estratégia para vocês não transarem.

_ Oh, bom método – disse Neville – porque ninguém quer ouvir sobre a vida sexual da irmã.

_ E as da Luna ela nunca contou por acaso só as minhas? – falou Ginny.

_ Pode acreditar, as da Luna acho que ela guardava para contar para a Parvati – falou Harry e Ron olhou para o amigo mortalmente.

_ Você também ouvia sobre o Ron através da ex-mulher dele? – falou Hermione.

_ Não, ela sempre foi bastante retraída nesse ponto e eu pensava que era porque ela não estava feliz no casamento – disse Ginny – Não esperava que fosse porque estava se descobrindo lésbica.

_ Estava pensando aqui – falou Luna – será que a Lavander descobriu-se lésbica...

_ Ok, porque não voltamos no assunto de o Draco estava falando sobre a garota que roubou de mim em vez de entrarmos nesse assunto – disse Ron cortando a loira – Pode ser? Então, você falava Malfoy que...

_ Uau, olha só para ela – disse Draco ainda parecendo hipnotizado com Diana – me sinto como se tivesse saído com a garota do antes da fama. Ela parece uma dessas modelos ou atrizes que geralmente vemos por ai ou nos anúncios de aparelhos de ginastica dos comerciais.

_ Você vai ir até lá? – falou Luna.

_ Não, sim... Não... Ok... Mas ainda não. – disse Draco - Eu não quero parecer demasiado ansioso. – Ele se levanta de seu lugar então caminhando até onde a garota se encontrava - Ei, Diana.

_ Draco – disse Diana.

_ Você está bem – disse Draco tentando não olhar para os peitos da garota.

_ Isso é porque eu estou usando um vestido que acentua meus seios – falou Diana mexendo em seu decote.

_ Você que falou – disse Draco rindo erguendo as mãos em redenção.

Do outro lado do pub, Hermione tinha deixado o grupo para ir limpar uma das mesas que tinha acabado de se esvaziar e Harry deu um toque no ombro do ruivo fazendo a ele um sinal mostrando a oportunidade para poder falar com a amiga em particular. Ron então já tinha levantado para ir atrás dela.

_ Então, uh... Hermione? – falou Ron chamando a atenção da garçonete - O que você... Uh... O que está fazendo hoje?

_ Oh, grande glamour esta noite. – disse Hermione rindo - Eu e Ginny vamos à lavanderia.

_ Oh, você... – disse Ron parecendo formular um plano rapidamente em mente - Você quer ouvir uma coincidência esquisita? Adivinhe quem está fazendo lavanderia lá também?

_ Quem?- perguntou Hermione então olhando para ele.

_ Eu - disse Ron apontando para ele e rindo - Ei, por que não... Uh... Por que não basta juntar os dois, e irmos para você sabe fazer isso nós dois juntos? Lavar roupa... É poderíamos lavar roupa juntos.

_ Você não tem uma lavandaria em seu prédio? – perguntou Hermione estranhando aquilo.

_ Sim, eu tenho uma lavanderia no meu prédio é só que... Há um problema com pestes. – disse Ron criando a desculpa naquele momento – Ratos. A nossa lavanderia está infestada deles e foi interditada.

_ Ratos? – disse Hermione parecendo não comprar aquilo – Numa lavanderia.

_ É, acontece não? – respondeu Ron - Aparentemente, eles são atraídos pelo calor das secadoras e ficam pelo cheiro do amaciante e pelo sabão em pó. Acho que deve dar uma brisa legal neles tipo uma festa alucinógena para os roedores. Enfim, isso não importa muito...

_ E vocês não reclamaram nada com ninguém sobre isso? – falou Hermione.

_ O sindico esta indo para se livrar deles e então ficaremos bem. – disse Ron - Os ratos nem devem ser tão sujos não é mesmo? Devem sair limpos e fofos afinal é uma lavanderia. Então, o que acha de passarmos essa noite juntos... Lavando roupa?

_ Claro – falou Hermione se afastando em direção ao lado do balcão do pub deixando para trás um Ron que comemorou em silêncio atrás dela.

Voltamos para Draco e Diana no balcão onde o loiro já se encontra sentado ao lado dela tentando com seu charme conseguir alguma coisa com a garota. O que aparentemente não estava tendo sucesso e aparentemente não iria para frente só que o rapaz era insistente então continuaria a insistir.

_ Esqueça Draco. – disse Diana - Estou com Carl agora.

_ Carl? – disse Draco rindo – Quem pelo inferno é Carl?

_ Carl é ótimo. – respondeu Diana - Ele é inteligente é sofisticado...

_ Eu sou inteligente e sofisticado – falou Draco – Eu sou um Malfoy.

_ Que renegou a riqueza da família para tentar ser ator – disse Diana – Eu li as revistas vi que você está na sarjeta depois do rompimento com a sua noiva.

_ Espera ai, se não fosse por esse rompimento nunca teríamos nos conhecido – falou Draco – Então, eu sou um ator e vivo em um barco no cais de Londres. Certo, qual é o problema disso? Muita gente costuma fazer coisas desse tipo e ninguém reclama.

_ Tipo quem? – disse Diana.

_ Algum maluco que decide morar em uma cabine telefônica sei lá – falou Draco – O fato é que eu estou apenas querendo sair com você desde aquela noite em que nos conhecermos e eu não te vi novamente nem a Kelly depois daquele dia. E nós três nos divertimos que você tem que admitir.

_ Se pensa em uma segunda rodada esquece, ouviu bem? Sou uma mulher séria agora desde que conheci Carl – disse Diana e Draco revirou os olhos – Ele foi a melhor coisa que me aconteceu. E estamos em uma relação estável nesses últimos dois meses.

_ E o que ele faz afinal que é tão melhor do que eu? – questionou Draco.

_ Primeiro, ligou no dia seguinte e não foi com mais de uma mulher para cama comigo ao mesmo tempo – falou Diana e Draco pareceu assentir – E também tem um trabalho real. Você faz o que? Deve ir a umas três audições por mês e já se considera um ator, mas Carl...

_ Vamos lá, fomos muito bem juntos. – disse Draco beijando a mão dela e olhando para a garota com um sorriso - E não apenas na diversão, mas como em conversa. Depois que eu, você e Kelly acabamos com o que fazíamos foi que ela estava lá dormindo e ficamos acordados. Aquilo foi legal não? Nós falamos muito e rimos.

_ Sim, bem... Sinto muito, Draco. – disse Diana – Quando começamos esse conversa você veio dizendo que queria apenas a minha amizade. E, então adivinhe?

_ O quê? – falou Draco.

_ Nós somos apenas amigos. – disse Diana.

_ Bem, então... – falou Draco - Por que não saímos nós quatro para jantarmos juntos esta noite? – então passando a mão no ombro dela e se aproximando do ouvido dela para sussurrar a ultima parte - Você sabe, como amigos?

_ O que seria nós quatro? – questionou Diana.

_ Você sabe? Você e Carl – disse Draco olhando pelo canto do olho e vendo Ginny rindo de algo que algum dos rapazes havia dito - E eu e minha namorada, Ginny.

...

Apartamento de Ginny e Hermione algumas horas mais tarde além das moradoras também está lá Draco assim como Luna. Draco está tentando convencer Ginny para posar como sua namorada. Sendo que nunca que iria pedir algo assim tão descaradamente então bolando todo um plano secreto por detrás de tudo. Seu plano era fazer com que Ginny ficasse com Carl enquanto ele recuperava Diana para si.

_ Vamos lá, Weasley... – disse Draco andando atrás da garota pelo apartamento - Eu estou te dizendo, esse cara é perfeito para você.

_ Esqueça. Prometi a mim mesma não sair com nenhum cara em um encontro as escuras não depois do que aconteceu da ultima vez que algum de vocês tentou me arrumar alguém – disse Ginny então virando para encarrar Luna que estava sentada na poltrona com as pernas encolhidas e mordiscando o cabelo – Não é mesmo Luna? – e a loira olhou para a amiga.

_ Ainda chateada com o Leroy? – perguntou Luna – Ele é um doce de garoto e você partiu o coração dele com a sua frieza.

_ Ele era nojento – disse Ginny – Desde então não saio com ninguém antes de conhecer. Não depois do primo da Luna que poderia arrotar o alfabeto e comia com a mão.

_ Tem comidas que não se pode comer com talheres – respondeu Luna.

_ Como espaguete? – falou Ginny.

_ Vamos. Esse cara é ótimo. – falou Draco ainda andando atrás de Ginny - Seu nome é Carl. Ele é... – Ele fez uma pausa rápida para tentar inventar algo que explicasse o fato de que iriam juntos a esse jantar - O irmão de Diana. Ele é inteligente, sofisticado e ele tem um trabalho real. Não como o meu, eu vou a três audições por mês e chamo-me um ator, mas Carl é...

_Oh, Deus nos ajude. – falou Ginny olhando para a janela e Draco parou atrás dela tentando olhar o que ela via.

_ O quê? – perguntou Draco.

_ O cara grandalhão nu e peludo está locando papel de parede na cara dele. – disse Ginny e Luna se levantou de onde ela estava sentada indo para ver pela janela também - Eca! – E saiu da janela esbarrando em Draco que estava em seu caminho.

_ Eca! – disse Draco então seguindo e direção de Ginny deixando Luna para trás ainda fixada no que via através da janela – Olha... Eu estou pedindo um favor aqui. Se eu fizer isso para o irmão dela, talvez Diana aceitasse sair comigo mais vezes. Não sei... vai voltar para mim.

_ O que está acontecendo afinal hein? – falou Ginny finalmente estranhando toda aquela insistência - Você pode sair com toneladas de meninas.

_ Eu sei – respondeu Draco sorrindo orgulhoso.

_ Então, o que está havendo aqui? – questionou Ginny.

_ Olha, para ser sincero? Eu não faço a mínima ideia é apenas que eu tenho que fazer isso – disse Draco - Eu cometi um erro enorme com Diana em apenas passar uma noite com ela e não voltar a ligar no dia seguinte.

_ Você disse que isso é normal quando quer terminar com uma garota sem precisar ser pessoalmente – falou Ginny – sugeriu isso a Harry quando pediu que ele terminasse com a Pansy desse jeito e agora me vem com isso? Conta outra historia.

_ Eu nunca deveria ter terminado com ela. – disse Draco – Eu tenho me sentido sozinho e quero estar com alguém com quem possa ter um relacionamento de verdade. – ele colocou as mãos nos ombros de Ginny e olhou com um sorriso triste para ela - Você vai me ajudar? Por favor?

_ Ah, não estou muito certa disso – falou Ginny – Eu preciso de outra opinião – se vira para Luna – Então, o que pensa sobre isso, Luna?

_ Só espero que não deixe a cola cair sobre ele do contrário seria bem doloroso tirar por conta dos pelos – falou Luna ainda olhando através da janela – Sério, iria ser bastante doloroso puxar tudo aquilo e aposto que o grito seria bem... Ah, está falando comigo, Ginny?

_ Esquece – falou Ginny então se virando para Draco e tirando as mãos dele de seus ombros – Me deverá uma por conta disso, Malfoy.

_ Acredite, você irá amar o Carl quando o conhecer – falou Draco sorrindo.

...

Harry estava junto de Ron no apartamento do ruivo. Os rapazes se encontravam ali na sala de estar sendo que só tinham vindo dar uma passada rápida ali após o expediente do trabalho para que Ron pudesse pegar suas roupas sujas. Ron iria lava-las na lavanderia do prédio de Harry ao lado de Hermione e Ginny. Harry sacara que aquilo era de longe uma desculpa do amigo para que pudesse passar algum tempo com Hermione.

Foi quando Ron entrou na sala falando no seu celular e pegando Harry deitado no sofá com os pés sobre a mesinha de café. Para completar ainda havia o fato de estar brincando com os patos de porcelana que estavam ali anteriormente.

_ Espere... – falou Ron ao telefone então se virando para Harry – não brinque com isso cara, é um presente do meu pai. Se você quebrar isso duvido que eu vá encontrar algum igual.

_ Se eu quebrasse isso – disse Harry – Você me agradeceria. – então os devolvendo ao lugar - Sério, nunca entendi isso. Afinal qual é a ficção do seu pai com patos?

_ Tudo começou com um patinho de borracha e o resto é historia – falou Ron então se voltando para o celular - Certo, hã... Claro, sem problemas. Ok, tchau. – e encerrou a ligação - Bem, Ginny não está indo com a gente nessa noite de lavar a roupa. Então é uma a menos.

_ O que faria sua irmã desistir de algo tão importante quanto lavar roupa? – questionou Harry – Digo, é limpeza algo que se encontra no top três das coisas que ela mais gosta de fazer na vida dela.

_ É que o Draco arranjou um encontro para ela – falou Ron.

_ Quer dizer então que serão apenas vocês dois? – perguntou Harry.

_ É... Serei apenas eu e Hermione. – respondeu Ron.

_ Oh. Bem, espere ai campeão... – falou Harry ficando de pé e indo até o ruivo - Você tem certeza que você pensou isso corretamente quer dizer como vai ser tudo?

_ É lavandaria. – falou Ron como se fosse obvio indicando o cesto de roupa suja que havia sobre a mesa de centro - O pensamento por meio que é mínimo sobre opções do que fazer além de lavar roupa.

_ É só você e Hermione, só vocês dois? – disse Harry – Isto é tipo um encontro.

_ Isso não é um encontro – falou Ron rindo secamente.

_ É sim – rebateu Harry.

_ Não é – falou Ron.

_ É – disse Harry.

_ Não é não – rebateu Ron.

_ Espera ai... – disse Harry pegando o celular e discando.

_ Para quem você está ligando? – perguntou Ron.

_ Neville, o Ron e a Hermione vão passar essa noite juntos numa lavanderia – falou Harry.

_ Você ligou para ele? – disse Ron - Por que você ligou para o Neville?

_ Ele quer falar com você – falou Harry passando o celular.

_ Alô? – disse Ron pegando o celular.

_ Você está indo para ter um encontro com a Hermione e eu tenho que saber pelo Harry? – falou Neville pelo celular – Quando que ia me contar?

_ Não é um encontro de verdade – disse Ron.

_ Só vão estar vocês dois – falou Neville.

_ É, tecnicamente devem ter mais gente na lavanderia – disse Ron – Mas não importa porque não é um encontro.

_ Mentira, é sim... – gritou Harry para que Neville pudesse ouvir do celular mesmo que Ron tentasse tampar o aparelho para que não captasse o som.

_ Você está indo em um encontro. – falou Harry.

_ Sim, você está... – disse Neville.

_ Mas é uma lavanderia – disse Ron – E nem é um encontro oficial é mais um acidente.

_ Não quer dizer que você não deva agir de forma como se não fosse importante – disse Neville então suspirando – passa para o Harry. Quero falar com ele antes de desligar aqui. – E Ron passou o celular para o moreno que o pegou – Potter?

_ Pode falar Longbottom – disse Harry.

_ Faça esse cara fazer certo dessa vez – disse Neville – Eu não quero mais ouvir reclamações como ele desperdiçou outra oportunidade com a Hermione. – Ele já estava perto de desligar quando se lembra – Você vai demorar em sair hoje?

_ Eu e a Luna combinamos de nos encontrarmos ás oito em ponto no pub – disse Neville – Irei direto daqui e não sei quanto tempo vamos ficar fora porque isso vai depender de como as coisas rolarem com a Pansy. – Então fez uma pausa – Por que está perguntando?

_ Vou trazer alguém para cá – falou Neville – E de preferencia demore.

_ Espera, você está saindo com alguém? – perguntou Harry surpreso e olhou para Ron que também tinha o mesmo olhar chocado – Sério? E só me conta assim por telefone?

_ Apenas me faça esse favor? – disse Neville – Até mais, boa sorte para vocês dois. – Desligou depois disso deixando os amigos ainda sem não entender nada.

_ Estranho – falou Harry.

_ É, Neville terá um encontro essa noite também – disse Ron ainda sem acreditar – Isso é terrível, eu não posso deixar as coisas escaparem ou serei o único cara ainda solteiro do grupo – e aquilo fez Harry olhar para ele sem entender.

_ Eu vou terminar com Pansy essa noite então também estarei livre – falou Harry.

_ Ah, claro... Conte-me outra – disse Ron sentando-se na poltrona – Harry, verdade seja dita... Você não é bom em terminar relacionamentos – ele olhou melhor para o amigo - Porque geralmente são as garotas que terminam e não você.

_ Bobagem, eu posso terminar com ela e é isso que vou fazer – falou Harry e Ron riu secamente – Não acredita em mim? – e o ruivo lhe lançou um olhar que respondia aquela questão – Bem, eu vou te provar que posso sim terminar com ela...

_ Eu não estarei lá para ver isso, sério pensar em você terminando com alguém é engraçado – disse Ron e Harry sentou-se novamente no sofá e apoiou as pernas na mesa de centro - Então como pretende me mostrar que estou errado?

_ E irei, voltarei solteiro daquele pub – disse Harry – o que é estranho já que geralmente as pessoas conseguem alguém nesses lugares. – Ele então olhou para Ron – mas isso não é o suficiente para você.

_ Não, eu quero ouvir o que vai dizer a ela para saber o que você dirá – falou Ron – Preciso de algo para quebrar o gelo com a Hermione e talvez uma historia engraçada como essa ajude.

_ Ah, claro porque Harry Potter é o poço de piadas – disse Harry com sarcasmo – Quer que eu te conte como eu costumo aparar os pelos do meu nariz? Isso parece ser engraçado também.

_ Você tem pelos no nariz? – disse Ron parecendo enojado.

_ Sim, mas não preciso apara-los – falou Harry e Ron ainda parecia tentar olhar dentro das narinas do amigo se aproximando inclusive e o moreno se afastando dele. - Não me olhe com esse olhar porque pelo que sei você costumava depilar as axilas. E isso é bizarro.

_ Porque a Lavander não gostava delas peludas – disse Ron – Ela dizia que era uma questão de higiene.

_ Ou poderia ser uma questão dela querer te fazer uma mulher – falou Harry – Me diz ai, ela por acaso não insinuou nenhuma espécie de fetiche em te ver em roupas intimas femininas não é? – E o ruivo empurrou as pernas do amigo com a sua.

_ Vai me dizer o que vai dizer para a Pansy? – falou Ron.

_ Tenho um plano bom – disse Harry se sentando direito no sofá – Eu nunca fiz isso então acho que pode ser a melhor maneira para fazer isso.

_ Tente comigo – falou Ron – Finja que sou a Pansy.

_ Claro, depois de uma mudança de sexo ao lado de uma dose cavalar de testosterona – falou Harry olhando bem para Ron – Mas quem sabe com uma peruca, saltos altos e uma maquiagem carregada não poderia dar até uma boa Drag Queen?

_ Tudo bem, entendi não vai me contar – disse Ron erguendo as mãos em desistência.

_ Não me leve a mal por isso Ron – respondeu Harry - é apenas que esse negócio de fingir não é eficiente porque não sou do tipo com uma boa imaginação – ele passou as mãos pelo cabelo.

_ A Luna seria melhor para esse tipo de coisa não eu. – falou Ron – Ela sabe fazer as pessoas conseguirem se soltar.

_ Fora que ser uma garota ajuda na ideia de terminar com ela – disse Harry – É mais fácil de fazer de conta que ela é a Pansy do que você. – E Ron sorriu – Quer ajuda com a Hermione ou ficará bem? Porque meu amigo, posso ser péssimo em rompimentos, mas você só esteve com uma garota em toda a sua vida então está pior do que eu.

_ Estou nada – respondeu Ron rindo.

_ Ron, se você fosse um robô estaria sendo consumido por ferrugem – disse Harry – Se fosse um carro estaria vendido como seminovo e como um cara que só teve uma garota podemos dizer que você tem o selo de quase virgem.

_ Eu já tive muito sexo na minha vida – falou Ron.

_ Sim, só que a mesma garota – disse Harry – Então sua experiência em relacionamentos se baseia em apenas uma que terminou da forma que você já conhece.

_ Você está certo – falou Ron frustado – Eu sou um quase virgem.

_ É... – disse Harry – Isso é assustador, não?

_ Esse termo foi o Draco que criou não é? – questionou Ron.

_ Como adivinhou? – respondeu Harry.

_ Porque soa com algo que ele bolaria e não como você – disse Ron se levantando da poltrona e saindo da sala – Não acredito que tem conversado sobre a minha vida pessoal pelas costas. Pensei que fosse meu melhor amigo...

_ E sou – respondeu Harry – Nós só que estávamos preocupados.

_ Com o fato de estar tendo sexo com outra pessoa ou não? – falou Ron – Amigos deveriam ignorar esse tipo de coisa. – E Harry se levantou indo atrás dele até próximo da janela onde o ruivo estava.

_ Bem, eu estava lá quando você transou pela primeira vez – disse Harry – Eu ouvi uma noite inteira de gemidos e gritos então isso meio que me torna intimo o suficiente para falar sobre esse tipo de coisa.

_ Eu sempre vou ter que me desculpar com você por isso? Nós pensamos que você estava dormindo e que não iriamos te acordar. – disse Ron levemente alterado.

_ Era a beliche de cima – disse Harry fazendo gestos com as mãos – Se a beliche debaixo se move com os movimentos é pela lógica que o de cima também vai se mover. – Ele então suspirou – E me desculpe se falamos sobre essas coisas... Eu só quero que você encontre alguém que te faça feliz assim como os caras e mesmo as garotas também querem.

_ Elas sabem? – disse Ron – Também estão nesse circulo de conversa de vocês para falar de minha vida?

_ Não, é apenas uma coisa dos rapazes – falou Harry rindo – Não iriam agir da mesma forma com você se soubessem ia ser algo meio como se tivesse uma doença ou tivesse brotado uma segunda cabeça. Não... Isso é apenas algo dos caras.

_ Quando falaram sobre isso? – disse Ron.

_ Depois que você nos contou quando estávamos no hospital depois de ter quebrado o nariz – falou Harry e Ron assentiu ficando alguns segundos em silêncio e depois retornando a olhar para o parceiro – Então, tudo bem?

_ Então, o que você acha que eu deveria fazer sobre essa noite com a Hermione? – disse Ron se movimento e voltando para próximo do sofá com Harry o seguindo com um sorriso de canto de lábios - Eu deveria me barbear novamente, passar um perfume ou pegar um pouco de vinho, o que?

_ Bem, você pode querer repensar a roupa suja. – disse Harry pegando indicando o cesto - Esta é basicamente a primeira vez que ela vai ver sua cueca – Ele olhou para o ruivo que parecia ainda um pouco confuso – Qual é... VAI dizer que você quer que ela a veja assim suja?

_ Não mesmo – disse Ron parecendo ficar vermelho enquanto jogava as cuecas para fora do cesto – Mais alguma coisa? Algo que deveria tirar? Meias, talvez?

_ Não, meias pelo que acho estão tudo bem porque ela iria estranhar a ausência delas – falou Harry.

_ Porque estranhar a ausência de cuecas não será algo já suficiente – falou Ron.

_ Alguns homens não usam – disse Harry.

_ Você usa? – perguntou Ron.

_ Está interessado em minhas cuecas? – respondeu Harry - Qual é? E eu não gosto não, hein.

_ Certo, tem mais alguma dica? – falou Ron.

_ Não roube roupas intimas dela – disse Harry – Isso pode soar legal e tentador só que é estranho se ela encontrar no meio das suas coisas. – E Ron olhou para ele com suspeita – Que foi?

_ Já fez isso? – perguntou Ron.

_ Não – falou Harry rindo – Isso é coisa de maluco.

_ Fez não é? – disse Ron sorrindo.

_ Sim, só que eu estava saindo com a garota e ela deixou no apartamento – disse Harry – Não é como se fosse errado manter algo que simplesmente foi esquecido lá.

_ Ah, é? – falou Ron - E qual é o nome dela?

_ Sutiã de renda preto? – falou Harry cruzando os braços - Vai querer mesmo que eu me lembre de algo tão antigo assim? Não é como se a garota bordasse o nome no sutiã.

_ Ginny faz – disse Ron – Só que apenas as iniciais.

_ Sua irmã não é como as outras garotas – falou Harry.

_ Eu sei – respondeu Ron.

_ Bem, a última dica que tenho para você é que troque o amaciante – disse Harry.

_ Por quê? – falou Ron rindo enquanto pegava o seu amaciante de dentro da cesta – O que está errado com os eu usar o Snuffy? É apenas uma demonstração de como eu posso ser um tipo de cara quente e sensível, você sabe? Aconchegante e fofinho... Como um filhotinho de gato fofinho cercado por corações que esta na embalagem. – Ele olhou para a imagem do rotulo - Ok, eu posso escolher outra coisa no caminho. – deixou ao lado das cuecas no chão.

_ Vamos nessa – disse Harry batendo no ombro do amigo que pegou a cesta nos braços – Me prometeu uma carona até o pub já que fica no caminho do meu prédio.

...

Draco e Ginny chegam em um restaurante chique e entregam seus casacos na recepção em seguida indo na direção ao bar e sentando-se nos lugares para aguardarem Diana e Carl. O loiro estava tenso pensando se poderia manter aquela noite toda em segredo de Ginny sem que ela percebesse que tinha mentido para ela sobre Carl ser irmão de Diana em vez de seu namorado.

Ginny havia se arrumado muito para aquela noite e estava ansiosa porque fazia algum tempo desde seu ultimo encontro. O ultimo cara com quem tinha saído fora Dean e não acabara muito bem e depois disso foi se interessar pelo irmão de Draco que acabou por ser gay. Eram grandes as chances de um encontro às escuras dar errado só que mesmo assim iria tentar até porque era um sábado a noite. Fora que também estaria ajudando Draco com Diana.

_ Obrigada. – Agradeceu Ginny ao barman depois de receber sua bebida então se voltando para Draco - Então, como é que esse cara se parece? Porque não me fala desse tal de Carl... Ele é alto? Baixo? Cabelo claro ou escuro? Rosto liso ou com barba?

_ Yeah – concordou Draco sem nem ouvir a garota.

_ Você está me ouvindo? – perguntou Ginny cutucando Draco – Fala ai, como é o meu acompanhante para eu saber identifica-lo. – Draco deu um gole longo na sua bebida – Ah, você não poderia... – ela parecia já estar sacando o que tinha acontecido – Você não fez isso comigo.

_ Sinto muito – disse Draco – Agora me diz o que acha que eu fiz?

_ Você nunca conheceu Carl, não é mesmo? – e Draco assentiu com a cabeça – você o conheceu ou não? – ela apertava o braço do loiro com força fazendo-o gemer – Desembucha Malfoy...

_ Você esta me assustando – falou Draco amedrontado.

_ Te assustarei ainda mais – disse Ginny pegando-o pela gravata e puxando para encara-la mais de perto - Depois de fazer com você o que estou planejando caso não abra a boca. Então vou perguntar novamente e me responda: Você conhece esse Carl ou não?

_ Se disser que não irei apanhar ou me safar? – disse Draco e Ginny suspirou libertando-o de suas mãos e deixando-o livre – Olha, eu não o conheço só que...

_ Mas que droga, Malfoy – falou Ginny – Você me trouxe para um encontro com um cara que nem ao menos viu antes em sua vida? Pelo que sabemos esse cara poderia ser terrivelmente... – então foi interrompida por Draco que se levantou de seu lugar ao avistar Diana e Carl entrando.

_ Olha, são eles – disse Draco e Ginny se voltou para olhá-los podendo ver que estava errada em pensar o pior.

_ Hey, Draco. – chamou Diana acenando para os dois.

_ Oh, Como ele é... Terrivelmente atraente. – disse Ginny sorrindo – Isso pode até funcionar.

...

Neville prepara as coisas no apartamento enquanto sua visita não chega. Ele remove algumas coisas de Harry que poderia ser embaraçoso para ele depois arrumando a sala e colocando uma bandeja com o que havia preparado sobre a mesinha de centro. Por ultimo, depois de consultar o relógio foi que andou até a televisão e colocou um disco para rodar no aparelho de DVD. Então a porta tocou e ele caminhou até lá para atender vendo que é o entregador de pizza.

_ Olá Dr. Longbottom – falou o entregador de pizza – trouxe o que pediram, duas pizzas uma de queijo e a outra de calabresa. Estranhei um pouco porque geralmente só o Weasley detona com duas de frango e dessa vez não pediram nenhuma. – Então olhou para dentro do apartamento – você está sozinho?

_ É, estou – falou Neville pegando as pizzas e o rapaz ainda olhava para aquilo meio confuso enquanto Neville deixava as caixas sobre a bancada da cozinha e retornava para fazer o pagamento – Aqui está o dinheiro, pode ficar com o restante de gorjeta para você.

_ Obrigado – falou o entregador – vocês esqueceram-se de pedir o especial, sabe? Como clientes antigos e fieis, você e o Potter têm direito a isso. Ele sabe disso então estranhei não pedirem e trouxe mesmo assim – ele mostrou uma caixa de cervejas – são cortesia da casa, acho que até são suficiente para você e o seu colega de quarto.

_ Harry está fora hoje – disse Neville enquanto aceitava as cervejas – mas vou pegar isso e ele pode beber quando chegar, muito obrigado Bart. – E já ia fechando a porta quando foi interrompido – O que foi de novo?

_ Você não está querendo-me dizer que vai comer duas pizzas, sozinho? – falou Bart, o entregador parecendo achar aquilo estranho – Achei que estava tentando evitar comer tanta coisa por conta do seu passado como, sabe? – ele olhou para o botânico - Tamanho grande.

_ Eu não estarei sozinho – falou Neville incomodado com a atitude do entregador – tenha uma boa noite, Bart.

_ Você vai ter um encontro? – disse Bart, o entregador de pizza agora se via surpreso – Cara, isso é muito bom. Parabéns... – ele ergueu a mão para um high-five que não veio – Certo... – ele abaixou a mão – só me tira uma duvida...

_ Qual é? – disse Neville sem muita paciência.

_ Você está esperando que tipo de pessoa – disse Bart – E se por acaso o Potter sabe disso.

_ Sim, ele sabe... – respondeu Neville.

_ E está tudo bem para ele isso? – disse Bart.

_ Está, por que não estaria? – falou Neville.

_ Achei que vocês fossem mais conservadores – disse Bart – você sabe? Apesar que isso pode explicar porque duram a tanto tempo juntos. – E Neville então compreendeu o que ele estava se referindo.

_ Eu e Harry não somos um casal – falou Neville.

_ Como assim não são? – disse Bart surpreso – Desde quando?

_ Desde sempre – falou Neville seriamente.

_ Por que não? – respondeu Bart - Você ficam legais juntos.

_ Porque não somos gays? – falou Neville e Bart pareceu compreender.

_ Tem certeza? Todo esse tempo podia jurar que vocês tinham algo – falou Bart - Bem, quando se vive com um cara é de se esperar que... Enfim, foi mal ai parece que eu estava errado.

_ É, estava sim – falou Neville – Boa noite, obrigado pela pizza.

_ Eu que agradeço – falou Bart antes de Neville fechar a porta.

...

Luna e Harry chegam ao Leaky Cauldron e se encaminham para uma mesa próxima da porta de onde poderia ver quem entrava pela porta. Estavam prontos para romper seus respectivos relacionamentos. Pelo menos no caso da loira que se encontrava completamente calma para o que aconteceria enquanto que Harry parecia ansioso olhando do relógio para a porta enquanto batia o pé não conseguindo conter o nervosismo.

_ Onde eles estão? – falou ele tamborilando os dedos na mesa – Onde? Onde eles estão?

_ Isso é bom. – disse Luna depois de um tempo olhando para o nada sendo que ainda estava com um tom de voz e sorriso sonhador - Nós nunca fazemos nada apenas nós dois.

_ É ótimo. – respondeu Harry – Tem planos para amanhã?

_ Nenhum, até o momento – falou Luna apoiando o queixo nas mãos e os cotovelos na mesa – Tem alguma coisa em mente? – Ela olhava para ele.

_ Talvez, amanhã a gente possa pegar um saco de filhotinhos e arremessar no rio – sugeriu Harry – Já que para você é tão fácil quebrar o coração de alguém talvez isso seja mais fácil.

_ Afogar filhotinhos? – falou Luna parecendo triste – Isso é cruel – ela começou a brincar com os cabelos - Eu não quero fazer isso. – Ela parecia triste e isso não era bom.

_ Desculpe, eu não estava falando sério – disse Harry – É que me irrita te ver assim tão calma.

_ Queria que eu estivesse como? – perguntou Luna.

_ Triste? Ansiosa? – sugeriu Harry - Alguma reação ou sei lá?! – ele gesticulava com as mãos - Estamos falando de darmos uma péssima noticia para alguém não de algo simples. Nós iremos fazê-las infelizes e chegar a casa se sentindo as piores pessoas de todas. Perguntando-se o que podia ter feito para que continuassem juntos e chorar... E chorar... E chorar enquanto come sorvete e chocolate. Chorar durante o banho e antes de dormir se sentindo um lixo pela manhã.

_ Esta falando por experiência própria? – falou Luna e Harry fungou passando a mão no nariz que parecia irritado.

_ Não – Harry respondeu balbuciando.

_ Olha, eu não sei porque está achando tão difícil – falou Luna – você é Policial, dá noticias ruins para pessoas o tempo todo.

_ Só que é diferente, eu nunca cometi algum crime para levar voz de prisão ou fui vitima de algum – disse Harry – Também não entendo como é um perder alguém querido de uma forma inesperada. Eu entendo de foras, sei o quanto machuca porque várias garotas já me machucaram antes. Nunca terminei com ninguém antes...

_ Bem, tem uma primeira vez para tudo – falou Luna então pegando nas mãos do amigo – E eu estou aqui para você. – E sorriu Luna sendo correspondida por Harry – Sabe, eu posso te dar algumas dicas para isso. – Então pela porta de entrada notaram um rapaz entrando que chamou a atenção dela – Olha, é o meu futuro ex. - Harry olhou na direção do rapaz que caminhava até o balcão e pode ver que Pansy já tinha entrado e se encontrava sentada no sofá arroxeado.

_ E aquela é a minha – disse Harry – Alguma dica para mim de ultima hora?

_ Sinceramente? Tente ser sincero – falou Luna – Diga o que quer dizer e tudo sairá naturalmente.

_ Certo... Sinceridade... – disse Harry se levantando sendo acompanhado por Luna - Aqui vamos nós.

_ Ok, tem um bom rompimento – falou Luna dando uns tapinhas no ombro dele em seguida indo em direção do rapaz com que estava saindo. Depois de ver a loira chegando até a sua vitima foi que Harry caminhou até Pansy que estava lendo alguma revista sentada de pernas cruzadas no sofá.

Pansy Parkinson era uma garota magra de pele clara e com uma estrutura mediana baixa, seus cabelos eram pretos e meio ondulados sendo que naquele dia estavam soltos. O rosto dela era até um pouco bonito com maçãs do rosto salientes, olhos grandes claros e um nariz um pouco largo e achatado. Isso lhe rendera o apelido de Pansy Pug pelos amigos de Harry sendo que nunca era chamada assim na frente dela. Ele suspirou e aproximou-se dela se colocando ao seu lado.

_ Ei, Pansy – falou Harry enquanto a garota desviava o olhar da revista para olha-lo e acabou se levantando logo depois e abraçando-o.

_ Oh, meu Deus, eu estou tão feliz que você me ligou. – disse Pansy abraçando-o fortemente e depois de separar-se dele - Tive o dia mais supremamente terrível.

_ Ei, isso não é bom. – falou Harry parecendo sem jeito enquanto os dois se sentavam no sofá e pela mente dele só vinha o quanto ouvir aquela noticia só iria tornar as coisas mais complicadas de serem feitas - Posso obter um whisky e uma taça de vinho tinto aqui, por favor?

_ Tivemos as provas levantadas daquele caso que te falei sobre o restaurante que estava processando os fornecedores, apareceram essas fotos que, você sabe? Aquelas que o gerente tinha tirado comprovando que havia legumes podres no meio da encomenda que havia feito. De qualquer forma, eles praticamente têm a vitória nas mãos, porque meu cliente não tem mais armas para reagir a isso. Provavelmente posso empurrar a culpa para o transporte e negociar uma boa indenização ou algo assim... – falou Pansy suspirando enquanto os dois recebiam suas bebidas.

_ Bem, isso parece bom – disse Harry – Ainda tem uma saída.

_ Diz isso para o infeliz do meu cliente que acha que ainda tem algum direito de não pagar nada para o restaurante sendo que foi ele o estupido de vender legumes estragados – respondeu Pansy então tirando um maço de cigarros da bolsa e puxando um – Eu estou uma pilha com toda essa droga. Só continuo porque sou uma profissional... Vai um cigarro ai? – Ela ofereceu.

_ Eu parei – falou Harry apesar de parecer meio tentado a aceitar então a vendo guardar o maço na bolsa e depois acendendo o seu – Então... – ele olhou para Pansy – Agora você está aqui – E Pansy sorriu passando uma das mãos no rosto dele enquanto tirava o cigarro da boca e liberava a fumaça pelo ar.

_ Eu sei – disse Pansy sorrindo – E eu estou feliz por ter meu Harry aqui do meu lado – e começou a bagunçar os cabelos dele e Harry se sentiu completamente desconfortável com aquilo tudo – Então, vamos para o seu apartamento depois que terminarmos aqui?

_ Por que deveríamos? – perguntou Harry.

_ Por que estou afim de sexo hoje e acho que você não se sentiria confortável em fazer aqui em público? – respondeu Pansy sorrindo então se aproximando dele e mordendo o lóbulo de sua orelha.

_ Devagar Pansy, eu não estou muito a vontade de fazer isso hoje – disse Harry afastando a garota – Podemos apenas conversar? – ele ainda mantinha as mãos nos ombros dela - Pode ser isso?

_ Ok, só é meio estranho – disse Pansy – Esta tudo bem, querido?

_ Claro, estou bem – falou Harry então se virando em direção a Tom que passava pelos dois depois de ir atender uma mesa – Traga meu whisky e o vinho tinto dela, por favor? Eu preciso beber, mesmo.

_ Então, eu tive esse dia... – disse Pansy.

_ É, eu pude perceber isso – falou Harry.

_ Eu discuti e fiquei com uma dor descomunal de cabeça durante o dia todo por ter gritado tanto com meus assistentes no escritório – falou Pansy e passou as mãos nas têmporas - o resto do dia, e eu fui fazer compras para relaxar... - olha dentro de sua sacola de compras que havia pegado do chão - E eu tenho uma surpresa para você.

Enquanto Pansy procurava em sua bolsa foi que Harry olhou em direção do balcão podendo ver Luna com seu acompanhante. Viu o rompimento acontecendo sendo que ela apenas falou com ele por alguns segundos e depois abraça-lo. Depois disso, então o rapaz se levantou e saiu como se nada tivesse acontecido. Harry ficou surpreso como foi fácil para ela.

_ O quê? – falou Harry chocado.

_ O quê? – disse Pansy desviando o olhar da bolsa.

_ O que... que você me comprou? – respondeu Harry tentando disfarçar.

_ Eu comprei para você..Isto. – falou Pansy tirando um par de óculos escuros.

_ Oh, óculos escuros hein? – disse Harry os pegando nas mãos e tirando os seus para coloca-los - Isso é legal, seria uma pena que você tivesse que devolve-los por não terem de grau.

_ Oh, é mesmo? Eu esqueci que você tem esse seu problema de visão – falou Pansy – Não poderia usar sem eles?

_ Claro, se não se importar de me comprar uma bengala ou um cão guia para mim para fazer conjunto – disse Harry.

_ Bem, então ficarei com eles para mim ou posso tentar trocar por algo que goste na loja – disse Pansy – É uma pena ter que troca-los porque você ficou realmente quente com eles – e Harry tirou os óculos do rosto parecendo rir sem graça enquanto a garota também ria, na verdade gargalhar seria o mais certo em se dizer – Você esta corado, o que foi? Eu já te chamei assim antes.

_ Eu sei, e isso é ótimo... – falou Harry então notando Tom trazendo as bebidas – Olhe, nossas bebidas... Isso é ótimo. – E cada um pega a sua – Obrigado Tom – agradeceu então olhando para Pansy e virou todo o seu whisky em apenas um gole – AH, Aff...Isso foi, uou... – ele limpou a boca enquanto respirava fundo – Essa foi forte. Bem, eu vou pegar outro whisky. Posso arranjar-lhe outra taça?

_ Não, não, eu ainda estou tomando a minha – falou Pansy ainda com a taça cheia sem nem ao menos ter tocado nela. Harry caminha até o balcão, onde Luna está sendo que aproximou-se dela para perguntar sobre o seu rompimento.

_ É isso? – falou Harry – Apenas isso?

_ Sim, foi muito difícil. – respondeu Luna dando um gole em sua bebida.

_ Oh, sim, aquele abraço parecia muito brutal. – disse Harry sarcástico.

_ Ok, você não estava lá para saber como foi então não diga nada – respondeu Luna.

...

Neville abre a porta e recebe a pessoa que está ali. Ele sorri e abre espaço para ela entrar sendo que em momento algum conseguimos ter uma visão clara de quem se trata por estar escuro demais apenas vendo de relance sua sombra e o rosto iluminado do botânico que sorri.

_ Eu estava esperando por você – falou Neville então fechando a porta – Estamos sozinhos, pode ir sentando-se e dando inicio no filme que eu só vou pegar algo para nós dois bebermos – e se voltou abrindo a geladeira e tirando dali uma caixa de suco que despejou em dois copos – Eu me lembrei de comprar o suco desta vez, é o seu favorito... – então o telefone tocou – Alô?

_ Me ajuda, eu estou desesperado – falou Ron – Eu estou aqui fora no carro para ir lavar minha roupa na lavanderia com Hermione só que não consigo sair daqui. Estou em estado de nervos.

_ Cara, não faz isso com você e comigo – disse Neville – Eu estou com visitas então não posso ir ai te arrancar para fora do carro.

_ Eu vi quem entrou no prédio – falou Ron – Eu reconheci a pessoa que você estava esperando, Harry não vai gostar de saber que ela esta ai sem ele saber. E cá entre nós não é como se você tivesse alguma espécie de compromisso de verdade ai em cima do que eu aqui embaixo.

_ O que sugere que eu faça? – falou Neville – Eu não posso abandona-la para ir te ver.

_ Sim, você pode agora desça aqui – disse Ron - E traga o amaciante que você usa.

_ Esqueceu seu amaciante? – falou Neville enquanto se encaminhava para o sofá sentando-se em seu lugar ao lado da pessoa que havia convidado sendo que ela não era visível ainda por estar na parte que não entrava luminosidade pela janela – Cara, você estava vindo lavar roupa e esse é o tipo de coisa que não se esquece. É como pular se um avião sem paraquedas.

_ Bem, nem vou comentar que foi o grande o exagero dessa maldita frase – falou Ron – E eu comprei um amaciante a caminho daqui só que foi o Harry que o comprou e estou com medo de usa-lo. Agora desça aqui.

_ Cara, você conhece o Potter e sabe que ele não é a melhor pessoa do mundo para se comprar coisas – disse Neville – Por isso, eu compro as coisas daqui de casa sozinho do contrário posso ter surpresas por conta desse gosto dele por importados.

_ Importados são caros demais, acho que gastei o dinheiro que dava para colocar gasolina do carro em cinco dias nesse troço – falou Ron olhando para a embalagem – Achei meio estupido, mas é o Harry que entende mais de mulheres depois do Malfoy e ele não estava lá para falar comigo.

_ Realmente, então... – dizia Neville até ser interrompido – Espera, ela quer falar com você. – e entregou o celular para a sua convidada.

_ Neville... Oh, oi... É, é o Ron. Como... Não, sim... Eu sei que estou atrapalhando é apenas que... – falava Ron ao celular parecendo estranhamente nervoso – É que apenas eu queria que ele me ajudasse. Certo, é que eu estou indo para um encontro com... Sim, eu sei que parece estranho eu ter um encontro em uma lavanderia só que é meio que secreto então... – Ele afastou o celular do ouvido depois o aproximando - É eu sei, sou um idiota e deveria ter vergonha de estar ansioso por algo que nem é um encontro oficial. Mas não é um encontro de verdade, ah, você acha que é? Bem, certo... Posso desligar? Acho que estou mais confiante. Certo, desculpe-me por atrapalha-la, não foi minha intenção. Será que poderia falar com o Neville?

_ Alô? – falou Neville meio amedrontado ainda olhando para sua convidada enquanto se levantava do sofá – Foi mal por isso.

_ Nunca. Mais. Faça. Uma. Coisa. Dessas. – falou Ron entredentes e pausadamente – Essa mulher me assusta, ela me ameaçou dizendo para que eu não perturbasse vocês mais.

_ É, eu ouvi – respondeu Neville – Desculpe por isso, cara.

_ Longbottom, você tem sorte dela está ai encima ainda porque senão... – disse Harry – Ela seria capaz de me por em nocaute rápido se eu fizer alguma coisa com você, não é?

_ Você a conhece – falou Neville sorrindo – ainda duvida?

_ Tchau, estou indo lá ver a Hermione – disse Ron.

_ Passou o nervosismo? – disse Neville.

_ Sim, agora só estou com raiva – falou Ron parecendo então compreender de repente – É, agora sei aonde ela queria chegar. Ela queria desviar minha atenção e fazer com que eu me esquecesse do que estava sentindo...

_ É, eu sei... – falou Neville – Estou desligando antes que ela tome o telefone da minha mão de novo – E desligou.

_ Uau – falou Ron ainda extasiado – essa mulher é incrível.