Lost And Found escrita por Insomniac Killjoy


Capítulo 18
When You Can't Sleep At Night


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY! Eu ia postar ontem, mas não deu...
CARAI, 3 RECOMENDAÇÕES LINDAS MARAVILHOSAS E XEROZAS NO MSM DIA? REALLY? TKS suas divas Izzy Eaton, Lady Herondale e Duda Domina, esse cap é especialmente pra vcs :3



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–S-Simon?- engasgo enquanto digo seu nome por causa do choro.

–O que foi Clary? Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

–Aconteceu.

–Deixe-me ver, reviu Angel Beats? Ou foi a regeneração do eleventh?

–Não, é algo sério. Meu pai vai me buscar amanhã cedo e vou morar com ele durante as férias de verão. Não quero ir Simon- dou uma soluçada e ouço ele suspirando.

–Vou ir aí ainda hoje, espere um pouco.

Desligo o telefone.

Pergunto a mim mesma porque estou chorando. Acho que é por pensar em passar todo esse tempo longe dos meus amigos. Conheço bem meu pai, e sei que vou ficar sozinha na casa dele a maior parte do tempo.

Termino de arrumar minha mala na mesma hora que Simon chega. Desço desesperada. E quando o vejo na porta, corro e literalmente pulo em cima dele. Acabamos caindo e minha mãe solta uma risadinha.

–Clary, me solta.

–Não.

–Vamos levantar e eu volto a te abraçar- ele sugere. Aperto o abraço e fecho os olhos.

–Não.

Fico abraçada com ele, sem falar nada. Depois de certo tempo, decido me afastar.

Levo-o para meu quarto e explico tudo o que aconteceu. Ele fica parado, com seus óculos meio tortos e os cabelos bagunçados, como sempre. Termino de explicar e começamos a conversar. Ele como sempre tenta amenizar a situação e me acalmar, mas sei que ele está chateado com isso.

Ele desvia a conversa. Ignoro o mundo e apenas me concentro naquele momento, com meu melhor amigo, que terei que de alguma forma ficar sem ver por algum tempo.

Xx

Viro-me de um lado e de outro, totalmente sem sono. Pego meu celular e mando uma mensagem. Antes mesmo da resposta, me levanto e abro meu armário com cuidado para não fazer barulho. Pego uma calça jeans, uma camiseta de mangas longas, blusa de moletom e um tênis de cano alto. Me visto e prendo meu cabelo. Leio a resposta, pego meu celular e umas notas na gaveta. Abro a porta e caio fora de casa, com cuidado para não acordar minha mãe.

Minhas mãos estão frias e trêmulas, e cada célula de mim está preenchida com nervosismo. O vento é frio, apesar de o verão estar próximo. Dou sorte de um dos primeiros taxis que vejo estar vazio.

Digo o endereço ao motorista e enquanto ele vai, vou tentando controlar minha respiração.

Xx

A porta se abre e Jace aparece. Apóia seu braço no batente da porta e com a outra mão ele coça seus olhos. Os cabelos loiros estão uma completa bagunça. E ele está simplesmente maravilhoso.

–O que foi?

–Não deixe ninguém me tirar daqui- eu, por impulso, abraço ele.

Jace fica completamente sem ação por um momento surpreso demais para fazer alguma coisa. Mas logo seus braços me envolvem e eu me sinto melhor aos poucos. Minhas lágrimas começam a molhar sua camisa, e eu me afasto.

–Estou molhando sua roupa- digo limpando meu rosto.

–Não tem importância- ele acaricia meu cabelo e dá um sorriso. –Vem.

Ele fecha a porta e a tranca. Sento no sofá e ele ao meu lado. Jace parece um tanto preocupado. Antes que ele pergunte, suspiro e abro minha boca.

–Vou morar com meu pai durante as férias de verão. E ele vem hoje de manhã- ele fica quieto, roendo as unhas. –Eu não quero ir- as lágrimas voltam a rolar e ele me abraça mais uma vez. Encosto a cabeça em seu peito e enquanto choro, respiro fundo e ouço seu coração.

–Fique calma, não é o fim do mundo, Clary.

–Não quero ir Jace. Não tem problema eu ficar aqui, não é?

–Por mim eu te manteria aqui sempre- ele sussurra. Minhas bochechas formigam e aperto meus dedos em sua camiseta. Os dedos de Jace deslizam por meu rosto e limpam minhas lágrimas - Agora pare de chorar. Eu estava ansioso por quando você viria por conta própria, mas não imaginava que estaria chorando.

–Desculpe.

–Muito bem, o que quer fazer?

–Não sei- ajeito minha postura –Não estou te incomodando? Amanhã você tem aula, não?

–Que se dane. Eu fico com você. Muito melhor do que ir pra lá. Eu passo a semana aqui se você quiser- volto a corar e ele sorri e acaricia meu rosto. –Acho que sei como melhorar um pouco seu humor.

Ele pega um pote enorme de Red Vines e volta com um cobertor também. Liga a TV e volta ao sofá. Fico deitada junto a ele, comendo os doces e vendo Orange Is The New Black. Meus olhos começam a pesar e quando abraço Jace e afundo o rosto em sua camisa, acabo dormindo.

–Clary? Ei, Clary- acordo com o som da voz de Jace, me chamando. Por algum motivo, adoro quando ele diz meu apelido. –Tem alguém na porta, eu preciso levantar.

–Ahn?

–Você está me segurando como se eu fosse um fugitivo- ergo minha cabeça e vejo que ele tem razão. Meus dedos estão esbranquiçados enquanto seguram a sua camisa e uma das minhas pernas está sobre as dele. –Não que esteja ruim, mas preciso ir ver quem é.

Minhas bochechas formigam e eu pulo do sofá. Ajeito meu cabelo e minha blusa.

Apesar de minha mãe não saber o endereço de Jace, fico apreensiva. E além do mais, eu fugi de casa no meio da madrugada. Mil possibilidades passam por minha cabeça e mesmo eu sabendo que todas são impossíveis e improváveis, o nervosismo toma conta de mim e deixa meus braços e pernas tensos.

Ao ouvir vozes familiares, me tranqüilizo e ao mesmo tempo me desespero. Minha mente trava uma batalha consigo mesma e eu não consigo fazer nada, nem correr nem mesmo respirar.

–Ah, Clary?

–Oi A-Alec.

–Clary! Ah, desculpa eu não ter atendido. Deixei o celular no fundo da mala- diz Izzy me abraçando. –E só passei aqui para deixar essas coisas que mamãe pediu Jace.

Ela deixa uma sacola em cima do balcão e dá um beijo na bochecha dele. Alec coloca as mãos nos bolsos. Com um Red Vine na boca, ele olha para mim, com um sorriso meio travesso. Mesmo não sendo parente do Jace, o sorriso é parecido.

–Não quero ser indelicado, juro, mas o que faz aqui a essa hora da manhã?- Jace passa e dá um tapa na cabeça do irmão de criação, que dá uma risadinha- Qual foi? Só quero saber.

–Eu vim avisar Jace de que estou indo embora hoje- digo respirando lentamente. Izzy fica completamente boquiaberta. Finjo um sorriso, ergo minhas mãos e as balanço- Surpresa!- digo com a voz “animada”.

–Como assim vai embora?- pergunta Izzy incrédula, vindo para mais perto de mim- Você não pode ir embora.

Meu celular começa a tocar e o tiro do bolso. Vejo quem liga e me surpreendo ao ler o nome de Magnus.

–Diga Bane.

–Onde diabos você está?- ele sussurra- Todo mundo está preocupado com você. Venha para casa.

–Não vou. Recuso-me a ir.

–Onde você está?

–Não vou te dizer, vai contar onde estou, certo?- eu me viro e começo a andar de um lado para o outro e diminuir o som da minha voz. Alec pergunta a Jace o que esta acontecendo e ele balança a cabeça.

–Clary, me escute. Eu quero saber onde você está, apenas isso. Sou um dos seus melhores amigos, e garanto que o mais magnífico. Juro por todos os fabricantes de glitter possível que não conto a ninguém.

–Ok- digo o endereço a ele e depois desligo o telefone.

Sento-me e passo as mãos pelo meu rosto. Acho que estou um tanto que desesperada a esse ponto. E meus olhos voltam a transbordar lágrimas.

–Calma Clary- diz Izzy passando a mão nas minhas costas. Percebo que ela está tão perdida quanto eu, mas o fato de tentar me acalmar mesmo sem saber como, já é o suficiente para me fazer dar um sorriso amarelo.

–Obrigada Izzy- eu abraço-a com força.

Quando o interfone toca, o som chacoalha meu cérebro e faz com que eu estremeça.

–Quem?- pergunta Jace.

–Deixe-o subir- digo escondendo meu rosto entre as palmas da minha mão.

Não demora até que a porta se abra. Levanto o olhar e vejo aquela figura esplendida que é Magnus Bane. Ele coloca uma mão na cintura.

–Tem alguma criatura chorona por aqui?- ele me vê, sorri e vem até mim de braços abertos. Eu o abraço e dou uma soluçada, fazendo-o rir. –Ah, querida, não chore. Imagine você embarcando com olheiras? Cruzes.

–Por que você veio até aqui?- pergunto com a voz abafada pelo seu casaco.

–Preciso te levar para casa. Sua mãe está surtando por lá e odeio caos- balanço a cabeça –Me ouça Clary. Não vai ser por muito tempo, pare de drama. Sei que é ruim, mas você voltará. Isso é uma maneira de punição de sua mãe, e se continuar com isso vai piorar. Não quer passar o resto do ano por lá não é?

–Ela te mandou me persuadir.

–Clarissa Fray!- ele pega meus ombros e me afasta de si- Pare com isso garota! Isso está me envelhecendo! –Alec ri disfarçadamente. –Não é mesmo bonitinho?- a risada dele para na hora- Agora, vamos para sua casa.

–Não...

–O egoísta da história ainda sou eu amor- diz ele pegando meu queixo e o levantando. –Por favor, não torne isso uma novela mexicana.

Sua voz ecoa em minha mente e solto um suspiro. Viro-me e caminho em direção de Alec, que está mais perto. Melhor fazer isso antes que eu perca a coragem.

–Tchau Alec, até mais- digo apertando sua mão. Ele a puxa e me dá um abraço.

–Obrigado por dar um pouco de juízo a Jace. Continue o mantendo na linha mesmo de longe, por favor- ele me diz. Não entendo direito, mas não pergunto.

–Izzy- digo dando um sorriso. Ela faz cara de brava enquanto eu vou abraçá-la, mas sei que é de fachada.

–Não vai me fazer chorar, nem vem.

–Relaxe, logo eu volto e fico te enchendo a paciência novamente.

–Acho bom mesmo.

Afasto-me dela e limpo minhas bochechas. Olho para Jace e dou um sorrisinho.

–Eu vou te esperar lá fora- anuncia Magnus saindo da sala, sendo acompanhado pelos irmãos Lightwood.

–Não posso te seqüestrar?- pergunta o louro quando eles saem. Sorrio e paro a centímetros dele.

–Não faça isso mais difícil do que já está, ok? Fala como se eu não fosse voltar.

–Acha que o tempo vai passar como aqui? Isso vai ser como uma eternidade e... - eu o beijo, para que pare de falar.

Eu apenas me afasto quando meus pulmões clamam por ar. Não queria me afastar tão cedo, mas foi preciso.

–Até mais- digo passando pela porta. Não olho para trás para que não chore novamente.


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Notas finais do capítulo

E AEEEEEEE? Oq acharam? Vou postar o proximo logo, pelo menos vou tentar XD