Irmãs Blood escrita por Raquel Barros


Capítulo 29
Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Oi sadizinhas, dessa vez não demorei muito não é? Como a Jess pediu um capitulo do Dexter nós últimos três aqui esta ele.



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Quando a explosão acabou sobrou apenas quem deveria sobrar. Eu, Angel, suas irmãs, os meus irmãos e o William. A Bonnie e Ítalo tinham sumido. Acho que foram salvar a Antonieta. Abraço a Angel, enquanto todo mundo comemora o sumiço milagrosa da Ivy. Dessa vez ela foi pra valer. E não deixou nenhum rastro de sobrevivência. Apenas o lugar onde ela estava tinha uma sombra negra da explosão. Ivy pelo menos nos deixou uma lição: Deus dá o dom certo para cada um, e não adianta tentar roubar o dom dos outros. E também, o mal nunca compensa. A luz sempre vence. Todos esses clichês, que todo mundo conhece e ninguém parece acreditar. Ou pelo menos a maioria. Alef e Bev conversam em um canto da nossa barreira de gelo e terra, que se desmancha aos poucos, e Caryn e Cam se agarram em outro canto. Eu e Angel só ficamos sentados em um canto, abraçadinhos, enquanto observo as muitas camadas de gelo que criei se misturando com a terra e a barreira caindo aos poucos. Finalmente essa confusão toda tinha acabado. Drakon e Ivy mortos, Derek fugiu para algum canto do mundo, e Hector. Inacreditavelmente, Hector, o loiro do mal, é um loiro do bem. Eu ainda não acredito nisso. Afinal de contas, ele é meu Anti. Mas, se William, o Lorde Dark, esta agora o consolando na minha frente como se fossem velhos amigos, então deve ser verdade. Juro que estou tentando ficar com pena dele. Só que simplesmente não consigo. Não desejo a ninguém perder sua família e etc, etc. Mas vou fazer o quer? O que se planta se colhe. E isso é outro clichê que todo mundo conhece.

Uma parte da barreira do nada se desmancha. E advinha quem entra por ela. Se você pensou na Antonieta Blood, acertou. Num pulo que nem vejo, a Angel já esta lá, a abraçando. Assim como a Caryn e a Bev, que aproveita a ocasião para chorar.

–Eu pensei que você tinha morrido.

Choraminga a Caryn, dengosa com a mãe como sempre foi. Antonieta que chora de felicidade também, para pouco para beijar as testas delas. Não consigo evitar sentir uma pitada passageira de inveja. Minha mãe morreu quando eu tinha sete anos. Eu gostaria muito que ela tivesse sobrevivido para que eu pudesse abraça - lá. Ou que o Alef chegar-se a conhecê-la.

–Estou de volta, Carrie. Tudo finalmente já passou.

Suspira a Antonieta por cima do abraço triplo. Finalmente iríamos para a casa.

–-

Chegar a casa foi o maior alivio da terra. Como uma zumbi, a Angel subiu direto para seu quarto para um banho que carregar-se todo o peso dessa semana fatídica. Fiz a mesma coisa logo em seguida. Aconteceu de tudo nessa semana. Desde paixões intensas a mortes inesperadas. Afinal de contas, meu tutor Aaron morreu também. Ele era bravo, impaciente e de vez em quando sem noção, mas deixou um vazio gigantesco nas vidas de quem ele fazia parte. Das pessoas que me criaram sobrou apenas a Bonnie. E ela esta acabada. Perdeu o marido e tudo que tinha. Espero sinceramente que agora que isso acabou Ítalo resolva o motim na base em Destiny. Ou pelo menos construa outra em Onyx e resgate nossos apoiadores no penhasco da pequena Destiny City. Vou precisar de um psicólogo depois de tudo o que aconteceu. Apesar de que uma boa noite de sono deve resolver rapidinho. Desde é claro, eu durma até as quatro da tarde. Vamos ser sinceros, não é? Eu mereço tanto um bom dia de sono quanto mereço a Angel. Mas a Angel é mais uma questão de escolha dela, não minha.

Assim que sai de um banho quente arrebatador, seco o cabelo com uma toalha e visto qualquer coisa que tem em meu guarda-roupa. Depois desço e confiro a geladeira. Quando acabar aqui, vou fazer uma visita a Angel.

–Dexter.

Chama Ítalo, enquanto me observa atacando a geladeira dele. Eu nem o vi chegando. Mas isso é algo de primórdio mesmo. Ser silencioso até para respirar. Olho para ele enquanto mastigo um sanduíche.

–Vai ver a Angel?

–Acho que sim, por quê?

–Você acha ou tem certeza?

–Acho que eu tenho certeza.

–Bem, já que eu disse isso para seus irmãos, agora é sua vez.

–Disse o que?

–Se magoar minha filha, Dexter Garden, você vai virar um cara morto, compreendes?

–Sua ameaça é tão cristalina quanto à água.

–Vou tomar isso como sim.

–Ok, então.

–E diga a Angel que pedi pizza.

–Vou dizer.

Concordo já perdendo a graça para comer. Que sogro é esse que fui inventar de querer ter? Essa Angel não sabe do que sou capaz de suportar por ela. Não sabe mesmo. Imagina isso, você de boa, comendo de boa, e vem a criatura de lá te ameaçar. Ok, ele é o pai e tal, mas ameaças na hora de comer é quase pedir de mais. Termino o sanduíche e vou para o quarto da Angel. Bato na porta, e a ouço praguejar. Devia esta cochilando. Espero um pouco até ela abri. A Angel me encarados pés a cabeça e faz uma grande careta. Perto dela, digamos que estou bem arrumado. O cabelo curtíssimo e platinado estava uma parte molhada, a outra seca e embaraçada, e ela tinha pegado a primeira coisa que viu na sua frente. Um short do pijama super curto azul Royal e uma camisa social, que ela esta crente que é do pai, mas é minha.

–Tu ta perdido?

Pergunta mal humorada. Típico da Angel. Acho que quando nos já estivemos já com uns cem anos ela ainda vai me cumprimentar assim: carrancuda. Mas que fica uma fofa é inegável. Digamos que ela faz beicinho. Não como a Margarett, mas de um jeito Angel que ela nem vê.

–Você vai dormir agora?

Pergunto com um meio sorriso. Aspiração é realmente uma boa palavra para eu descrever o que sinto pela Angel. A garota é a megera a ser domada. E se eu consegui nunca mais largo dela. Dou valor ao que conquisto ainda mais se sou atacado por castiçais e mordidas pelo que eu quero ter. Aí eu dou mais valor ainda.

–É o que planejo.

–Mesmo se eu disser que seu pai pediu pizza?

–Aí eu vejo.

–Posso entrar?

Pergunto por educação. A idéia original e infalível é entrar sem pedir, por que a Angel nunca vai me convidar. Ela deve ter horror ao pensamento de me ter no quarto dela. Eu também não gosto da idéia, mas eu sei que ela não vai descer para sala só por causa de mim. Acho que a Angel nunca faria nada por mim se nossas ideais não estiverem em concordância.

–Vou pensar nisso também.

–To entrando.

–Por que você veio me perturbar?

Indaga de mau humor quando eu sento na cadeira do papai dela. A Angel se joga na cama e se cobre até o pescoço.

–Não Angie, vim te ver.

–Agora isso deve ser uma necessidade.

–Linda do jeito que você é? É quase uma.

–Eu sabia que sou linda, mas não tanto.

–Não, você é realmente linda.

–O que você quer?

Pergunta desconfiada como só ela é comigo. Sei lá. As pessoas em sua maioria me consideram alguém responsável e confiável, mas a Angel não consegue fazer nenhuma das duas opções. Parece que é até algo pessoal. Se não for trauma por não ter tido um pai em boa parte de sua vida. Não que eu seja capaz de fazer isso com alguma garota. Gosto de cuidar do que é meu.

–Nada.

–E o que perdeu aqui?

–Nada.

–Deixa de enrolarão, Dex.

–Vim ver se você esta bem.

–Fofo, mas acho que não é só isso.

–E vim fazer companhia, também.

–Tenho duas irmãs, se é que você lembra.

–Acho que você tem razão.

–E que tédio.

–Que semana.

Comento fechando os olhos e me escorando na poltrona reclinável. Isso poderia ser uma oportunidade para a Angel fugi, mas ela não tem medo de mim, então aproveitar aquele seu doce cheiro em toda parte. A garota é imperativa mesmo morrendo de sono. Enquanto eu sou ao contrario. Quase nunca durmo, e quando faço é praticamente o dia todo. A noite é minha hora, e estou sempre parado, sem fazer nada. Se fosse o Cam, e ele não estivesse comprometido com a Caryn, estaria em uma balada, fazendo jus a sua grande fama de macho alfa supremo.

–Dexter...

–Hã?

Pergunto com preguiça grande mais para um sadic. Mesmo com os olhos fechados posso sentir a Angel me olhando. E bem de perto por que sinto a respiração dela na minha face. Um perigo. Espero que ela não faça isso quando eu estiver dormindo. Acordo um ogro. Quer dizer, eu nunca dormi com a Angel por perto. Na verdade Eu não dormi ainda essa semana. Mas quem tem tempo. Nem descanso eu tive, com tanta coisa acontecendo a todo instante.

–Eu gosto de você.

Revela Angel, me obrigando a abrir os olhos. Um eu gosto de você não é um eu te amo, mas isso me deixa animado vindo da Angel. Como eu disse, ela estava realmente bem perto de mim. Então a primeira coisa que vi foi àqueles olhos azuis celestes bem intensos e misteriosos me encarando. Ela piscou rapidamente enquanto se afastava. Os cílios da Angel são bem grandes, parecem espanadores, de vez em quando me pergunto se um não gruda no outro. Mas é inegável ela fica uma gracinha. Quer dizer, ela é uma gracinha capaz de me bater, mas é uma.

–Eu também gosto de você, Angel.

–Aposto que você não sabe nem qual é a minha hora preferida do dia.

–É agora. A hora em que o céu esta mais limpo e você pode ver as estrelas.

–E você conhece algum lugar em que podemos fazer isso que não seja o jardim?

Pergunta um pouco constrangida. Eu fiquei com uma duvida cruel. Quando ela diz podemos, é tipo algo geral ou ela quer ver estrelas comigo? Espero que seja a segunda opção. Acho divertido ver estrelas, mesmo que eu não saiba nenhuma constelação. Mas eu fazia isso com minha mãe. Fazer com a Angel seria algo tão especial quanto.

–Tem o telhado.

–Legal.

–Mas é perigoso.

–Dexter, você esta de brincadeira não é?

–Qual é? Choveu! O telhado estar molhado e as chances de escorregar e cair são bem grandes.

–O que é a vida sem um pouco de perigo?

Indaga ela caminhando até a varanda de seu quarto e indo para o telhado. A Angel deve ser viciada em adrenalina. É a única alternativa lógica. O que me faz um ferrado duplo. Se por acaso no futuro, casarmos e tivemos filhos, ele ao vão ser apenas arrestados como ítalo como serão viciados me adrenalina com a Angel. E eu vou parar de viver preocupado com as crianças serelepes. Fui atrás dela, já que era o mais lógico a se fazer. Mas é cada uma que essa menina me ver. E que estrelas ela veria se o céu estava nublado? Dessa aventura eu acabaria molhado de chuva. Pelo menos a vista compensava. A varanda da Angel dava vista direta para as montanhas de picos congelados, para a floresta branca de pinheiros e para os edifícios bem feitos da cidade de Onyx. Ok. Era estupendo. Tirava o fôlego. A Angel encostou-se no meu braço e suspirou.

–Aqui é bonito.

–Como você.

–Sabe, Dex, você é muito exagerado.

–De nós dois, eu sou quem tem a melhor visão.

–Ela esta ficando ruim. Vai acabar precisando de óculos de grau.

–Duvide o dó.

–A duvida é sua mesmo? Use-a como quiser.

–Você é chata sabia?

–E você é lerdo.

–Como?

–Ah, meu Deus! Eu vou ter que ser o sexo forte da nossa relação?

–Eu ainda sou bem mais forte do que você.

–Terei eu, a dama daqui, a tomar atitudes?

–Que atitudes?

–Ainda duvida que seja lerdo?

–Você não é muito especifica, sabia?

Pergunto, fazendo a Angel suspirar impaciente. Depois surpreendentemente, ela me puxa pela camisa e me beija. Fiquei eufórico automaticamente. Mas enquanto os minutos se arrastavam, fui acalmando. Deixando meu corpo me guiar, a Aspiração. Ela suspirou um pouco,enquanto minha mão segurava sua nuca e a outra a acariciava delicadamente. Enquanto ela se dissolvia em meus braços aos poucos. Cedendo a barreira que criara entre nós. Depois, afastou-se um pouco com a respiração ofegante, e descansou a cabeça em meu peito. Não precisava ter estrelas no céu. Eu tinha um Anjo perto de mim. Era só dela de quem eu preciso.


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Notas finais do capítulo

Quem queria um capitulo da Angel,não precisa se preocupar, ela vai ficar com o epilogo. E comentem e recomendem a historia. Obrigadas desde já.



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