Memórias do Passado escrita por Sokane Limiku e Fujisaki Nina


Capítulo 5
5 - As aventuras começam - O primeiro lamen


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!! *desvia de pedras, tomates podres e até de um piano* Gomen pela demora!!! Mas como bem sabem, tenho outras fics; sem falar que tô empacada lá com o próximo de Namikaze Aika T^T

Enfim, eu voltei! Então aproveitem o cap. e tenham uma boa leitura ^^



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Aika realmente não sabia o que estava acontecendo. Sentada na mesa, mirando a cozinha, ela via Kushina correr de um lado pro outro, pegando e guardando ingredientes e fita-la vez ou outra com um sorriso ansioso. Estava decidido, nunca mais diria à mãe que estava com fome! Foi só falar isso e perguntar se tinha alguma novidade que a ruiva mais velha a encarou com os olhos brilhando e correu para a cozinha, para preparar sabe-se lá o que.

– Okaa-chan, o que-

– Por favor, não me interrompa, Aika. – Kushina pediu, sem deixá-la ao menos terminar. Além de tremendamente eufórica a Uzumaki também estava séria. Parecia que precisava executar o tal prato com perfeição.

– Cheguei!

– Papai! – Aika correu pra os braços do pai ao vê-lo.

– SHIIIIIUUU! – Qualquer coisa que Minato fosse dizer, foi prontamente cortada por Kushina. – Eu preciso me concentrar aqui, será que é tão difícil fazer um pouco de silêncio?! – Reclamou a mulher que gritava feito uma louca.

– O que ela tem? – Indagou Minato baixinho para a filha. Aika apenas balançou a cabeça, indicando que estava tão confusa quanto o pai.

– Prontinho!! – Kushina exclamou de repente, colocando sobre a mesa uma pequena travessa de lámen.

– O que é isso, mãe? – Perguntou a Namikaze. Já havia visto Kushina comer aquilo, mas não entendia porque ela ficara tão extasiada por prepara-lo.

– Tudo isso por causa de um lámen, Kushina? – Minato questionou. Mesmo sabendo que, para esposa, aquela era uma comida quase sagrada.

– Não é só um lámen, Minato. – Retrucou a Uzumaki, ainda sorrindo. – Esse é o primeiro lámen da Aika! – Ela comemorou, e por um momento pareceu que vários confetes foram jogados para cima em comemoração. – Se ele não ficasse bom, minha menina não iria gostar de lámen, e isso não pode acontecer!

Aika baixou os olhos da mãe para o prato na mesa. Encarava-o com extrema curiosidade (Minato desconfiava que esse seria sempre o jeitinho dela), e depois de analisar um pouco, perguntou:

– E isso é bom, mãe? Kushina não lhe respondeu, apenas sorriu mais ainda e falou:

– Experimente e diga por si mesma.

A ruiva sentou-se à frente do prato, pegou os hashis e puxou da tigela um punhado de macarrão. Sentia os olhos da mãe sobre si e sabia que o pai também a observava, embora com menos intensidade. Kushina olhava tudo e parecia ver a filha se movimentar em câmera lenta. Quando a mais nova finalmente pôs o macarrão na boca, ela teve de conter um pequeno grito. Foram poucos os segundos até que Aika acabasse, repousando os hashis ao lado da tigela.

– E então? – Ela perguntou temerosa, a expressão da filha era indecifrável.

– É gostoso. - Aika respondeu sorrindo sinceramente. A Uzumaki nem tentou se segurar, levantou da mesa num pulo e pôs-se a comemorar.

– Ai, eu sabia que você ia gostar! Não tinha como você não gostar! – Kushina fazia a festa, enquanto Minato e Aika apenas assistiam com gotas na cabeça. – Já que você gostou, vamos comer ramen todos os dias!!

– T-todo... todo dia? – Questionou a Namikaze. – Mas eu nem gostei tanto assim e- - Tentou protestar baixinho para o pai, mas o mesmo apenas fez sinal para que deixasse quieto.

– Tá legal... enfim, eu tenho que ir agora, mãe. Combinei com o Itachi da gente brincar hoje. – Aika já ia saindo da mesa quando Minato a impediu.

– Espere aí, mocinha. Não está se esquecendo de nada?

– Eu já sei, pai. – Bufou a garota. – Tenho de tomar cuidado por onde ando; não me aproximar de jeito nenhum dos limites da vila; e voltar cedo pra casa. – Ela repetiu as normas impostas pelo pai.

– Aika, você sabe que eu só me preocupo com a sua segurança. – Minato suspirou. Se algo ruim acontecesse a ela ou a Kushina, ele jamais se perdoaria.

– Eu sei. – Sorriu a ruiva.

– Mas não é só isso, Aika. – Kushina apareceu atrás da filha com uma escova de cabelos nas mãos. - Você não quer ir para a rua com o cabelo parecendo um ninho de ratos, quer?

Meio a contragosto, pois achava que seu cabelo já estava muito bom, Aika pegou a escova. Mas assim que deu uma passada rápida em seus cabelos, não houve mais quem a segurasse, correu pra fora da casa tão rápido que fez por merecer ser filha do Relâmpago Amarelo.

Aika já estava com seus três anos e meio e, embora ainda fosse meio jovem, Minato e Kushina a deixavam passear pela vila, desde que não falasse nem aceitasse nada de estranhos. E sua parte ela cumpria bem. Se bem que, esses dias, sua mãe sempre acrescentava um “tome cuidado” mais temeroso. Ela não estranhava, afinal estavam em guerra.

Mas voltando ao presente: A Namikaze admirava o mundo a sua volta enquanto caminhava, mas sem nunca diminuir seu ritmo. Embora Itachi andasse meio ocupado com os treinos, ele sempre arranjava um tempo para ela; e a ruiva era muito grata a isso, nem imaginaria sua vida sem o moreno por perto. Divagando sobre o que ela e o amigo poderiam fazer hoje, nem notou uma bolinha vermelha passar quicando por ela.

– Cuidado!! – Aika parou bruscamente ao ouvir o grito, mas quando foi se virar tudo o que viu foi um borrão preto que pulou em cima dela, fazendo-a cair sentada no chão.

A ruiva amarrou a cara, sentindo a corrente do impacto com o chão duro; mas a dor foi ignorada quando abriu os olhos e se deparou com o que a derrubara. Era... um cachorro?

– Ai, meu Kami! Me desculpe mesmo, eu sinto muito. – Aika levantou o olhar e viu uma garota. Parecia ter por volta dos quatro anos, tinha cabelos castanhos e estranhas marcas vermelhas nas bochechas. Atrás dela, vinham mais dois cães.

– Está tudo bem, não foi nada. – Sorriu docemente para a menina, levantando-se e batendo a terra do short.

– Você está bem mesmo? – A morena perguntou, ainda incerta.

– Estou, sério. Mas e ele? – A ruiva referia-se ao cão que a dona pegara no colo.

– Ah, não se preocupe, ele é bem resistente. – Respondeu a garota. – Nós estávamos brincando quando eu atirei a bolinha deles com força demais.

– Era por isso que estavam correndo. – Deduziu Aika. – Mas como vocês farão agora para achar a bola?

– Sem problemas! Com o faro dos meninos, podemos achá-la rapidinho. – Vangloriou-se a morena. Mas tão rápido quanto seu sorriso surgiu, também desapareceu. Lembrou-se agora, os trigêmeos estavam gripados. – Seria um bom plano, se eles não estivessem com os narizes entupidos.

– Coitadinhos. – Lamentou Aika, abaixando-se e acariciando um dos cães. Sentia-se um pouco culpada, afinal, se não tivesse ficado na frente, eles não teriam perdido a bola. Se pudesse fazer algo para ajudar... E então, a ideia lhe surgiu: - Itachi e Shisui- kun!

– Heim? – Indagou a morena sem entender

– São uns amigos meus, acho que eles podem ajudar. Vem comigo! – Pediu, e a outra pôs-se a correr atrás dela.

– A propósito – A morena chamou, ainda correndo. -, meu nome é Hana. Inuzuka Hana

– Aika. – Declarou simplesmente, mas mostrando um doce sorriso. – Namikaze Aika

Em outra parte de Konoha, Itachi e Shisui caminhavam e tinham como destino um campo de treinamento. Apesar de ter combinado de brincar com Aika, Itachi não poderia. Seu pai o mandou treinar com Shisui o dia todo.

– Mas tem certeza de que você não quer passar na casa dela? Assim, só pra avisar. – Shisui insistia.

– Eu já disse que não. – Itachi respondeu mais uma vez. – A Aika sabe tão bem quanto você o quanto meus treinos são importantes.

– Mas você acha certo simplesmente deixar a sua mãe dizer que você não pode ficar com ela hoje? – O outro rebateu. Embora conhecesse pouco Aika, gostava da garota, e sabia que ela ficaria triste se o amigo furasse com o compromisso.

Itachi não respondeu. Como um bom Uchiha tinha seu orgulho, e contar para alguém que ele meramente não queria ver aqueles olhos azuis ficarem chorosos, seria um golpe certeiro em seu ego.

– Itachi, seu plano era não se encontrar com a Aika? - A pergunta de Shisui pegou o garoto de surpresa. O que o tinha denunciado? – Se era, desculpe te desapontar, mas ela tá vindo logo aí.

– Itachi! Shisui-kun! – Bastou ouvir aquela voz para Itachi desistir da ideia que o amigo lhe estava pregando uma peça. Virou-se e viu sua amiga ruiva, acompanhada de outra garota. – Preciso da ajuda de vocês. – Aika pediu assim que parou a frente deles.

– Desculpe, meninas, mas nós...

– Do que precisam? – Shisui interrompeu o amigo, que encarou-o atônito.

Aika deu um sorrisinho, e Itachi sentiu seu sangue congelar na mesma hora. Guardem essas palavras: quando Namikaze Aika dava esse sorriso é porque tinha um plano. E nada de bom pode vir disso!


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