Tudo brilhava. E zunia. Eu me sentia leve,jogada na praia deserta com Seth do meu lado. Como ele era bonito! Me aproximei mais dele, naquela noite tão estranha. Meus lábios estavam dormentes e meus olhos desfocados.

“Xabe, Seth.”parei buscando meu raciocínio. Elefantes cor de rosa bateram na minha mente, voando. Parei bruscamente,pensando por que raios eu lembrei de elefantes cor de rosa.

“Oooooooooo que?” ele perguntou me abraçando desajeitadamente.

Eu comecei a rir desesperada, ele me acompanhando. Paramos de repente,levando mais uma onda de risadas.

“Voxê é baxtante bonito...” eu disse, minha voz embaralhando.

Ele riu e eu ri também,pegando a segunda garrafa de vodka atrás de mim. Joguei a cabeça para trás,meus lábios sentindo o gosto delicioso deslizando pela minha garganta. De repente,parou.

“Ahhhhhh nãoooooooooooo!” chorei em contragosto. Tinha acabado. Minha pequena fonte da felicidade tinha acabado. E isso era tão triste.

“Que foiiii?”ele perguntou,os olhos se focalizando em mim.

Balancei a garrafa vazia na sua frente, desconsolada.

“Acabouuuuuuuuuuuuu!!Mina fontsch!! Acabou!!” chorei. Ele olhou com os olhos apertados para a garrafa que eu balançava na minha frente. Ele balançou a cabeça.

“Acabouuu!!!Como axim?Eram duax garafax!” Ele pegou a garrafa nas minhas mãos, olhando triste. “Eu queria maix...”ele disse lambendo os lábios.

Começamos a rir,uma risada gostosa. Ele parou, me abraçando com força. Recomeçamos o riso, ele olhando para os meus lábios. Juntei nossas bocas rapidamente, minha mente girando,luzes aparecendo através das minhas pálpebras, o calor do contato de Seth na minha pele. De repente a luz.

Ah a luz, que me tomou nos braços. Com o calor de Seth, me senti abraçando o sol. Suspirei feliz, sentindo toda aquela...luminosidade em minha pele.

Nos separamos, meu peito subindo e descendo feliz. O sol nascia atrás as montanhas de Forks e eu respirava feliz.

Tá, feliz e um pouco tonta.

Pena que Jared e Quil estavam muito bêbados para terem ficado conosco. A luz aparecendo em La Push era a coisa mais bonita que eu já tinha visto!   

“Amanda?Amanda!”escutei uma voz chamando. Por que todos me chamavam? Meu nome ia gastar desse jeito... Me aninhei em Seth.

“Amanda!”olhei em volta,o sol tampando minha visão.Ou a bebida tampava minha visão. Uhmmmm...

Senti alguém me puxando para cima e um par de olhos dourados me encarou. Franzi a sobrancelha.

“Quem ééé voxê?” perguntei, dando pequenos soquinhos para me afastar.

Ele pegou um brilhante celular e discou elegantemente, pondo na orelha. Após a segunda chamada,alguém atendeu.

“Achei ela. Já estou indo!”ele parou um pouco, me observando novamente. “Acho que ela está bêbada.”

“Não extou nadaaa!!!” disse abrindo os olhos para encarar o almofadinha que estava me levando para longe do sol, do Seth e da minha querida garrafa.

OH MEU DEUS!

“Voxê é um gaaaaaaaaaaaaaato!” balbuciei, embasbacada.

Ele levantou uma sobrancelha cor de cobre, suas orbes douradas me mirando silenciosamente.

“Meeeeeeeeu nome é...Amanda...” pronunciei,lançando meu melhor sorriso para ele. “E voxê éééé????”

Elelançou um breve olhar para trás, enquanto voltava para mim.

“Edward” ele pronunciou brevemente,com uma voz....

OH DEUS!

“EdVard???”

Ele piscou, meio que cansado,olhando para o celular.

“EdWard”.

Se não era o bonitão de ontem a noite! Nosssssaaaaa!

Credo.Não. Para. Estou falando que nem a Leah. E isso não é bom, garanto.

O celular dele piscou e por fim ele suspirou aliviado. De repente fui jogada nos braços fortes e estranhamente frios que me conduziam para alguma lugar.

Que lugar?

Quem se importa?

Com um gostoso daqueles podiam me levar para o Alasca que eu não reclamaria.

Ou para a Russia.

Ou para a Sibéria.

Ou para a França.

Ou para a casa dele.

Uhmmmmm...

Ou para a minha casa.

Eu dormi antes que minha mente pervertida tivesse um ataque de criatividade.