Serpente e Leão escrita por Tami


Capítulo 15
Eu te amo, eu te amo mais


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu disse que só iria postar os próximos capítulos depois que comentassem, favoritassem e acompanhassem, mas mudei de ideia. Afinal, não vou obrigá-los a fazerem algo que não querem. Tenho muito leitores e mtos reviews, mas ngm comenta :/ , ok, tudo bem! . Enfim, está aqui os últimos capítulos, espero que gostem... Boa leitura ;* .



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/515729/chapter/15

– Vou te perguntar mais uma vez: que história é essa de “filho”? – ele me olhava com tanta raiva.

– Aqui não, vamos para outro lugar. – me levantei.

Saímos à procura de um lugar vazio, silencioso e que não estivesse tão destruído. Fomos para a torre mais alta de Hogwarts. Ironia né? Foi lá que descobri que estava grávida. Sentei-me no chão, ele ficou em pé.

– Já tem alguns dias que eu estava sentindo mal-estar, enjoo a toa, pensei que fosse nervosismo. Mas, hoje, quando fui comer, vomitei, foi quando desconfiei. Então fui a sala de poções e peguei uma poção de teste de gravidez. Ai tomei, e deu positivo. Eu ia te falar a noite, estava sem saber o que fazer o dia inteiro... Mas, quando eu cheguei no quarto e vi que você estava arrumando minhas malas para fugir, não pude contar. Porque você já não queria que eu lutasse, imagina se soubesse disso? Ai que não deixaria mesmo. E eu não podia deixar isso acontecer, eu tinha que lutar, eu tinha que defender Hogwarts, meus amigos. Mas no meu duelo com a Bellatrix ela me lançou dois feitiços muito fortes, e eu acho que nosso filho morreu, não tenho certeza, mas eu acho... – abaixei a cabeça e comecei a chorar.

– Você não tinha o direito de me esconder isso. E se o nosso filho morreu ein? A culpa é toda sua, por ter ido lutar, mesmo até contra minha vontade.

– Eu sei!

– POR QUE NÃO ME CONTOU GRANGER? POR QUE?

– Estava com medo!

– MEDO? MEDO ESTOU EU AGORA! ERA MEU FILHO, SEU FILHO, NOSSO FILHO, HERMIONE! – ele começou a chorar. Não me levantei, e nem olhei para ele, sabia que o melhor era deixa-lo quieto.

– Não vou te perdoar por isso! – chorei mais e ele saiu.

– Ai Merlin, o que vou fazer?

Chorei tanto que adormeci, acordei quando alguém me cutucou.

– Oi! – era Gina. Ela estava sentada do meu lado.

– Oi, como me encontrou? – falei me sentando.

– Aquele loiro que você chama de namorado me contou depois de eu força-lo a falar.

– Bem, não sei se somos mais namorados.

– Como assim?

– Ele meio que não gostou muito de eu ter escondido que estava grávida pra ele e ter perdido o bebê.

– Você nem sabe se perdeu ainda, calma...

– Eu sei que perdi Gina, sério. – foi ao dizer isso que senti que estava molhada na parte de baixo. – Gina?! – sussurrei.

– Oi?

– Me ajude a ir no banheiro rápido! – ela me ajudou a levantar e quando fiquei em pé, uma gota de sangue desceu pela minha perna. Corri para o banheiro. Eu estava suja de sangue. Comecei a chorar novamente, e gritar. – Meu filho morreu, Merlin!

– Calma Hermione, calma...

– Meu filho Gina, MEU FILHO... – sai correndo. Entrei em desespero. Cheguei no dormitório, Draco estava na sala. Corri para o banheiro, tirei a roupa, liguei o chuveiro e comecei a chorar...

– Hermione? – chamava-me Draco. – O que houve? – não respondi.

Acho que fiquei mais de meia hora no banho, chorando. Finalmente, quando criei coragem para sair de lá, graças a Merlin, Draco não estava lá. Entrei no meu quarto, tranquei a porta e a enfeiticei para não ser aberta do lado de fora. Deitei na cama, ainda chorando... Peguei meu ipod trouxa, coloquei para tocar as músicas e dormi, novamente. Acordei com o barulho de alguém esmurrando minha porta.

– HERMIONE? TÁ AI? TÁ VIVA? HERMIONE RESPONDE! – Draco.

– Vai embora Draco!

– ABRE ESSA PORTA, ANDA!

– NÃO!

– HERMIONE GRANGER, ABRA ESSA PORTA OU VOU DERRUBÁ-LA!

– ENTÃO TENTE, QUERO VER SE IRÁ CONSEGUIR... – ele socou minha porta, e continuou a socá-la várias vezes. – Não vai desistir não?

– NÃO! – continuou socando. – AI! – exclamou.

– Machucou?

– Não te interessa! – chutou minha porta e saiu.

Fiquei no meu quarto o restante do dia, não sei o que acontecia lá fora, não sei se estavam arrumando a bagunça toda, não sai. A cada vinte minutos aparecia alguém na minha porta, me chamando, parece que eles se dividiam, vinha Draco, depois Harry, depois Rony, depois Kim, depois Gina, depois Haniel, depois Luna, depois Neville, depois os gêmeos Weasley, enfim, todo mundo. Comecei a me irritar...

– HERMIONE, ABRA ESSA PORTA, POR FAVOR, PRECISAMOS CONVERSAR. – era Kim.

– Kim, não quero falar com ninguém.

– Mas você já está falando...

– Você entendeu o que quis dizer!

– Hermione, poxa, pensei que eu fosse sua melhor amiga!

– E é...

– Então abra!

– Não! Se eu abrir pra você, terei que abrir para todos.

– É isso que impede de você abrir? Então confie em mim, pode abrir, não vai precisar abrir pra mais ninguém, ou você se esqueceu do meu “poder”? – eu sorri.

– Tem alguém perto?

– Não, eu juro! – abri a porta com a varinha, e assim que Kim entrou, a fechei novamente.

– Oi.

– Oi.

– Tudo bem? – Kim sentou-se na cama comigo.

– Na verdade, não. Eu tô muito mal.

– Imagino. Mas você tem que sair daqui uma hora ou outra. Vai acabar morrendo aqui desse jeito.

– Pelo menos assim encontrarei o filho que teria.

– Hermione, para de se culpar por isso, não foi culpa sua.

– Foi sim Kim. Aliás, fico feliz de você estar aqui, preciso da sua ajuda.

– Para o que?

– Para sair daqui sem ninguém ver. – ela franziu o cenho.

– Como assim?

– Eu vou em um medibruxo, vou ver o que aconteceu com meu filho, mas não quero que ninguém me veja.

– Por que? Draco deveria ir junto, afinal, ele é o pai.

– Não quero que o Draco vá, ele me culpa pelo que aconteceu, com razão. Mas, ele está com muita raiva, eu percebo na voz dele, na forma que ele bate na porta com intenção de abri-la. Então vou sozinha ao medibruxo, e logo depois vou partir, sumir.

– Que? Como assim? Você vai deixar o Draco e todos nós?

– Não quero que entenda assim, mas já que entendeu, sim!

– Hermione tá louca?

– Na boa Kim, não estou afim de viver o resto da minha vida com o Draco me lembrando de que eu sou a culpada de ter perdido um filho.

– Para de drama né...

– É sério. Ai ele pode ficar com a Pansy que nunca parou de dar em cima dele!

– Mas ele ama é você.

– Não mais...

– Ai Hermione, para néh!

– Ai Kim, tá, não quero falar do Draco. E ai, vai me ajudar ou não?

– Sinceramente, não quero, mas vou, porque se eu fosse você, iria querer fazer o mesmo. – lhe dei um abraço.

– Ai, muito obrigada Kim!

– Mas, com uma condição.

– Qual?

– Eu tenho que ir junto.

– Kim!

– É pegar ou largar.

– Ok! – e me abraçou. – Agora acho melhor você ir, já tem tempo que você está aqui, o povo vai desconfiar. Arruma suas coisas então, amanhã cedo vem aqui para marcarmos o horário, provavelmente será a noite.

– Tá bom, até amanhã então.

– Até! – ela se levantou, abri a porta e quando ela saiu, volteia fechá-la.

No dia seguinte, bem cedo, umas oito horas da manhã, Kim apareceu.

– Então, eu pensei de sairmos na hora que todos estiverem no refeitório jantando, porque ai o Draco não vai estar aqui. Você diz que vai no banheiro e vem pra cá. Pegou tudo que precisa?

– Sim! Então pode ser assim mesmo, eles não vão desconfiar.

– Tá. E como estão as coisas lá fora?

– Draco está mal, se é isso que quer saber. Ele não para de falar de você, não para de vir aqui na porta ver se ela ainda está trancada, as vezes eu o vejo chorando. – gelei.

– Ele ficará bem! Está assim por causa do bebê.

– Por causa de você!

– Ai Kimberlly. OK! Mas e Hogwarts? Como está?

– Bem destruída. Não estamos tendo aula, só estamos ajudando a limpar Hogwarts. Afinal, ainda tem o baile.

– Ai, o baile, queria ir!

– Então vai...

– Não né. Enfim, vai logo, antes que o Draco acorde.

– Tá bom!

A noite, quando todos estavam no refeitório, Kim apareceu na porta do meu quarto com uma mochila.

– Pronta?

– Pronta! – sorri.

Corremos para a torre mais alta de Hogwarts, novamente. Ninguém ia lá. Kim sabia voar de vassoura então voamos até um lugar na qual pudéssemos aparatar, e aparatamos em Londres, na porta da casa dos meus pais. Avisei a eles que iria. Olhamos uma para a outra, e toquei a campainha.

– HERMIONE! – minha mãe me abraçou.

– Oi mãe! – ela estava me sufocando. – Essa é a Kimberlly. – finalmente me soltou.

– Olá Kimberlly! – e lhe deu um abraço.

– Oi senhora Granger. – meu pai apareceu logo atrás da minha mãe.

– Oi Kimberly! – meu pai a comprimentou.

– Oi senhor Granger.

– Minha filha, que saudades! – meu pai me abraçou.

– Também estava pai!

– Vamos entrem, está frio, e vocês devem estar cansadas. – minha mãe nos empurrou para dentro.

Ficamos algum tempo no sofá conversando com meus pais, mas logo subimos para o quarto, estávamos cansadas.

– Kim, quanto tempo acha que levará para o Draco perceber que eu não estou mais lá?

– Acho que ele já deve saber, na verdade!

– Será?

– Eu acho!

– Por isso que não podemos ficar muito tempo aqui. Vai que ele aparece aqui!

– Amanhã resolvemos isso. Preciso dormir Hermione.

– Tudo bem! Boa noite!

– Boa noite!

Não demoramos a dormir. Acordamos as sete da manhã. Nos arrumamos bem rápido, nos despedimos dos meus pais e saímos. Fomos a procura de um médico bruxo. E por incrível que pareça encontramos um no centro de Londres. Ele me atendeu assim que chegamos.

– Interessante encontrar bruxas aqui! – disse assim que entramos na sala.

– Interessante encontrar um bruxo fingindo ser um trouxa.

– Na verdade, gosto muito da ideia de ser trouxa, então decidi virar médico.

– Hm... ok! Mas enfim, preciso de um exame para agora, não quero que seja feito sem magia, eu preciso dele rápido.

– Tudo bem, o que houve?

– Quero saber o que aconteceu com meu filho!

– Você está grávida? – “pergunta idiota”, pensei.

– Sim! Ou acho que estava, estive em uma batalha dias atrás, e fui azarada por dois feitiços muito fortes, “crucio” e “sectumsempra”, logo depois, saiu sangue daqui de baixo. – apontei para “aquele lugar”.

– Hm... deita ali, vamos dar uma olhada.

Deitei, e logo depois ele começou a fazer um feitiço com a varinha, minha barriga começou a brilhar, e foi só isso.

– Você perdeu o bebê, sinto muito! – arregalei os olhos, não falei nada, nem me mexi.

Kim veio até mim.

– Vamos Hermione! – e me levantou. – Obrigada doutor! – saímos do consultório.

Ficamos andando sem rumo, eu não falei nada, e Kim não me forçou a falar. Quando finalmente consegui dizer algo, foi:

– Quero ir pra casa! – e fomos.

Ao chegarmos na minha casa, abri a porta, e a primeira coisa que vi foi Draco e Rony sentados no sofá da minha casa. Meus pais conversavam com os dois.

– O que fazem aqui? – falei.

– Hermione! – Draco correu para me abraçar.

– O que faz aqui Draco?

– Estava preocupado! – me soltou. – Precisamos conversar. – Kim me deu um olhar tão feroz quanto o dos meu pais que fizeram o mesmo, então assenti. Subimos as escadas, entramos no meu quarto.

– Pode falar agora. – sentei na cama, ele se sentou do meu lado.

– Por que fugiu?

– Por que precisava saber o que aconteceu com meu filho.

– E não poderia me contar?

– Não!

– Por que?

– Por que eu não ia voltar! – ele engoliu em seco.

– Por que?

– Por que eu não queria ver você me culpando o resto da vida por ter perdido nosso filho!

– Eu não faria isso, nunca. Eu quero o seu bem! E se perdeu, é porque tinha que acontecer.

– O que conversava com meu pais?

– Disse que estávamos juntos e que hoje eu ia pedir a eles para namorar contigo, mas brigamos, e você fugiu.

– Por que falou isso?

– Porque não podia contar que você tá grávida.

– Estava! – corrigi.

– Vem, volta pra Hogwarts! Eu não te culpo por ter perdido o bebê, a culpa foi da minha tia!

– O que houve com ela ein?

– Está na prisão de Askaban.

– E seu pai? Cadê?

– Está morto! – assustei.

– O que?

– Poisé...

– Sinto muito!

– Não, tudo bem, não sinta, eu não sinto!

– Draco, não fale assim, é seu pai!

– Que queria me matar... – não tinha resposta para isso, era verdade. – E então, volta comigo pra Hogwarts?

– Sim! – e ele me deu vários beijinhos por todo o rosto, e eu ria.

– Eu te amo!

– Eu te amo mais!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Serpente e Leão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.