We Are Stars – Prólogo

Você tem um sonho?

Todos nós temos um objetivo na vida o qual almejamos alcançar, os quais variam entre os mais bobos até os mais sérios. Alguns desejam ir para Orlando, se divertir nos parques da Disney; já outros esperam que possam se formar em medicina ou engenharia. Às vezes nos tornamos egoístas, mas em outros casos, a pessoa se transforma em alguém mais otimista e positivo: varia de pessoa para pessoa.

Já eu não poderia ser considerada uma garota sonhadora. Desde pequena desejava pensar no presente: apenas isso. É isso que importa não? Alguns se prendem ao passado, outros se perdem em devaneios e planos sobre o futuro, ocasionando o esquecimento de quem essa pessoa é agora, e a ideia de não lembrar-me de quem realmente sou nunca me agradou. No entanto, o próprio tempo fez com que eu desconhecesse de mim própria, e de como eu deveria agir.

Minha mãe havia morrido quando eu já estava em plenos cinco anos, o que foi uma grande perda, tanto para mim quanto para meu pai, e resultou em um luto que teve a durabilidade de quatro anos. Aos nove, eu já estava recuperada de sua ida, e decidi seguir em frente – o que não foi o mesmo com meu pai. Ele se tornou violento e grosso com todos, mas eu realmente nunca me importei com isso, já que sabia que ele tinha um grande coração, e se importava verdadeiramente comigo.

O coração foi corrompido quando o homem alcançou a meia idade.

Os resultados dos exames foram ditos uma semana depois após meu pai ter ido ao hospital e não ter voltado. E, posso dizer que não foram tão agradáveis quanto eu esperava. Ele era a última pessoa que eu tinha, e não queria perde-lo tão cedo, e foi quando eu decidi ficar ao seu lado até o último minuto.

Começou o tratamento para o câncer, por mais que não soubessem localizar o invasor. E eu ia vê-lo todos os dias no período de visitas. Conversávamos pouco, já que não tínhamos sobre o que falar. O máximo era: “Oi, como você está?”, e após a resposta ele adormecia. Eu o olhava dormir, e ficava ali até o meu tempo se esgotar, mesmo que eu nunca tenha gostado de hospitais – lembravam-me a minha tão adorada mãe, e foi neste mesmo hospital que eu vi minha infância ser destruída em pequenos cacos de vidro, como um cristal quebrando-se à mil pedaços.

Passei a frequentar a faculdade de direito – era o sonho de meu pai que sua filha fosse uma mulher formada nessa área –, e foi lá onde eu conheci Erza Scarlet, uma jovem com um grande sonho. Nos tornamos amigas ao decorrer do tempo. Ela apresentou-me outras pessoas, as quais me ajudaram a enfrentar o problema que eu tinha com meu pai, tornando a mim menos neurótica e solitária.

Muito tempo se passou – alguns meses, talvez –, e o caso de Jude piorava – e eu dificultava a mim mesma junto. Com noites mal dormidas, mais trabalhos e provas da faculdade, não sobrava-me tempo para cuidar do meu bem estar, sair com os amigos ou até mesmo dar uma volta no parque. Eu estava completamente perdida nos meus pensamentos negativos. E não havia ninguém que pudesse me ajudar. Se nem mesmo meus melhores amigos conseguiam consolar-me com comentários otimistas, quem iria conseguir?

Foi quando ele surgiu, com aquele sorriso bobo nos lábios, tirando de mim qualquer tipo de energia pessimista.

Because when you love someone, you really love them. You give them your whole heart. You trust them. You never want to be away from them.— ALYSHA SPEER