PDV Emmett

Estava entrando na sala de geometria quando de repente esbarrei em alguém.

A menina, obviamente pelo meu tamanho, caiu no chão. Fui ajudá-la a se levantar.

- Foi mal aí. – eu disse.

- Tudo bem, estou bem. – ela disse limpando a poeira da bunda.

O sinal tocou e tivemos que entrar.

Acabou nós dois sentados na mesma banca.

Ela começou a puxar conversa:

- Meu nome é Renesmee. E o seu?

- Emmett... – falei.

A professora, que pareceu perceber a nossa conversa, chamou a minha atenção:

- Sr. Cullen! Dá pra ser ou tá pra isso? – ela deu uma pausa e continuou: - Como eu tava dizendo, a Geometria faz parte...

- Hmm... Cullen, certo? – a tal Renesmee falou pra mim.

- Sim... Por quê?

- Esse nome é familiar... – ela disse pensativa.

- Estranho. – e de repente a professora lançou um olhar maligno pra cima da gente. Então assim acabou a conversa por alguns minutos.

De repente, tive uma ideia. A aula tava muito chata, então peguei um canudo e fiz várias bolinhas com a folha do meu caderno. A Rose seria a minha vítima, que estava a duas bancas de mim.

Ela tava pensativa. Até pensei em deixá-la em paz.

Agora, Renesmee prestava atenção ao que eu fazia.

Peguei uma bolinha, coloquei na ponta do canudo, e soprei na direção da Rose.

- O que você tá fazendo?! – Renesmee disse tomando o canudo de mim.

- Eu só tô provocando a Rose, ué.

- Ela é minha prima! – nessa hora eu fique estático.

- O que?! Então você é a que veio de Nova York? – essa foi a vez dela ficar sem reação.

- Como você sabe?

- Eu e o Edward íamos encontrar vocês ontem no Beach Park!

- Quem é Edward? - ela pareceu pensar um pouco. – Hmm... Acho que sei quem é esse.

- Meu irmão... – falei.

- Sério?! – dessa vez a Renesmee nos ferrou. Por que a maluca gritou?

Ô-ou... Turma toda olhando pra gente. Até a Rose.

- Desculpa profis. “Dá pra ser”. – falei.

Alguns viraram os olhos, outros riram. Mas a professora pareceu não se importar. Apenas anotou algo no caderno. :X

- Bateu com a cabeça ontem, né? – perguntei pra doida.

- Bati, e a professora vai bater com a nossa!

- Relaxe. Se fosse assim, ela teria botado a gente pra fora. Com cerveja, ela vai passar um trabalho depois. Essa bicha é má. Vamo aproveitar, afinal, tamo lascado mermo. – falei, fingindo uma calma que não tinha. Ela deve ter colocado nossos nomes na lista negra.

- Como assim aproveitar? – ela perguntou fazendo a mesma cara que um detetive Robsten faz no meio de uma investigação.

- Assim... – virei pro lado e chamei Wando Trenntball, meu parceiro de palhaçadas. – Eaê, Clô!

- Faaala, Dovil!

- Clô e Dovil?! – Renesmee perguntou rindo.

- Sabe, Renesmee... – falei, mas fui interrompido pela mesma:

- Nessie. – ela corrigiu.

- Nessie? Tipo, monstro do lago ness? – o tal Clô perguntou rindo.

- Como eu tava falando, Nessie, homens, pelo aumento de testosterona, tendem a coçar as partes. Esse aí coça com pinça de sobrancelha. – eu disse, apontando pro Clô.

- Como é? – Nessie gargalhou.

- Ah, sabe onde fica a perereca, Dovil? – Clô perguntou pra mim. – Na boca da professora Maya. Se um dia ela ficar pobre, vai vender a chapa, ou melhor, os dentes de ouro!

- Cara, eu não aguento rir mais! Minha barriga já tá doendo. A risada do Emmett é a mesma de um gay vestido de véia... E você menino: - Renesmee apontou pro Clô. – para de rir com essa mão na boca! – Nessie tava vermelha e chorava de tanto rir. Realmente, quando quero, rio feito um viado... uma gazela. – Chega de animais e Wando parece um, querendo ou não. Ele é branquelo, magrelo, e ainda ri como um diabo. Não tem quem se aguente... Clô e Dovil arrazam.

- Wando vai ser o estilista das galinhas depenadas, digo, das peruas nos desfiles e tapetes vermelhos. Já tô vendo ele nos bastidores... fazendo só o que Deus sabe. Aliás, da última vez, ele saiu do camarim com um tal de Ariclenes e só ouviu os gritos lá dentro. Segundo ele, uma tal formiga Trinta Cunhão o mordeu.

- Essa espécie de formiga existe??? – Renesmee perguntou. Coitada, vai acabar se mijando de tanto rir.

- E eu sei? Nunca fui picado por ela. Graças a G-Zuis!

O restante da aula se passou assim. No final, a professora passou o trabalho pra gente, inclusive pro Wando, que se ferrou também.

Adivinhem o que a Sra. Monroe nos mandou fazer? Um resumo do assunto pra imprimir pro resto da turma! Interesseira, não?

(N/A: Gente, o Clô e o Dovil existem! São meus amigos. Ass.: Júh Lutz)

PDV Edward

Que raiva! Raiva, QUE RAIVA! Eu vou me matar agora mesmo!

Lá estava eu indo pra aula de biologia, a minha favorita, com uma calça preta APERTADA! Tudo isso porque foi a única solução para o “borrão” que tinha na minha calça. Eu tive que ir à enfermaria e pedir uma calça dos ‘achados-e-perdidos’.

Eu quero bater em alguém! Eu tenho que matar alguém! – foi com esses pensamentos que eu entrei na sala, atrasado.

- Desculpa o atraso, professor. Eu tava na enfermaria. – lá vai a turma rir de novo da desculpa esfarrapada. Mas era verdade, poxa!

- Hmm... Dessa vez eu deixo passar, Cullen. Eu sei que você não é de perder aula. – O professor Jesus Jones, de biologia, disse com sarcasmo fazendo um sorriso de alívio brotar no meu rosto.

Os únicos lugares vazios eram um no fundão, ao lado do George, um gay que vive dando em cima dos atletas; e outro na frente, ao lado de uma garota que me lançava um olhar de ódio.

Adivinha onde eu fui me sentar? Ao lado da mulher, lógico. Adoro uma mulher por cima.

Enquanto eu me aproximava, ela parecia estar bem concentrada em sua borracha, em cima da mesa.

- Edward – eu cumprimentei sorrindo, fazendo-a olhar pra mim.

- Bella. – ela falou, sem nenhuma emoção na voz.

Eu me sentei e o professor começou a falar:

- Como eu estava dizendo, vocês em dupla, terão que separar as lâminas de células de ponta de raiz de cebola nas fases de mitose que representam e rotulá-las corretamente. A dupla que conseguir terminar a atividade primeiro leva a cebola de ouro! – a turma toda começou a fazer barulho, animados.

O microscópio e a caixa das lâminas já estavam em cima da banca.

- Ér... acho que eu sou a sua dupla. – eu disse pra tal Bella.

Cara, o rosto dela não me era estranho, eu já a vi em algum lugar... Talvez em alguma aula qualquer.

- É. – ela me respondeu, nem um pouco simpática. – Mas pode deixar, eu faço a atividade sozinha.

- Mas... – dessa vez ela me surpreendeu, me interrompendo logo em seguida.

- Não se preocupe, eu coloco o seu nome.

- Olha, eu não sei o que você tem contra mim, mas eu quero fazer esta atividade.

- Se você insiste. – ela disse me passando um papel e o microscópio com as lentes.

- Você não vai me ajudar? – perguntei.

Ela bufou, mas acenou um sim. Olhei pela ocular.

- Prófase. – falei confiante. Afinal, já havia feito essa experiência antes e sabia o que procurar.

Passei o microscópio pra ela.

- Caso queira checar se não estou mentindo. – falei dando um sorriso malicioso.

Ela permaneceu indiferente e estudou a lâmina por alguns instantes.

- Prófase. – concordou, escrevendo a resposta no papel. Ela trocou rapidamente a primeira lâmina pela segunda, depois a observou com curiosidade. – Anáfase – murmurou, escrevendo enquanto falava.

Meu tom de voz foi indiferente.

- Posso?

Ela empurrou o microscópio pra mim.

Olhei ansiosamente pela ocular, só pra ficar decepcionado. Mas que droga, ela tinha razão. Enquanto fazia esta atividade, tentava lembrar de onde eu a conhecia (ou alguma coisa assim).

- Lâmina três? – estendi a mão sem olhar pra ela.

Ela bufou, mas fez o que eu pedi.

Será do clube? Da natação? Do dentista? Do urologista? ...OK, parei!

Dei a olhada mais rápida que pude.

- Intérfase. - Passei o microscópio pra ela antes que pudesse pedir. Ela deu uma espiada rápida e depois escreveu na folha.

Nós terminamos antes que qualquer um chegasse perto disso. Assim, não me restava nada a fazer a não ser tentar descobrir de onde surgiu a arrogância da Bella e de onde eu a conhecia...

De uma aula qualquer? – Depois desse pensamento, tudo ficou claro...

Eu tinha atropelado Bella no finalzinho da aula de Francês!

Meu, agora eu entendi! A primeira coisa que me veio à cabeça foi pedir desculpas pra Bella.

- Bella, desculpa. – falei me virando pra ela.

Ela pareceu confusa com a minha fala inesperada.

- Hã? – ela murmurou, com uma cara de ‘ você é esquizofrênico?’.

- Desculpa por ter derrubado os seus livros no chão... – falei sinceramente.

- E não ter ajudado?... E depois sair como se nada tivesse acontecido?! – acrescentou ela, irritada, virando-se pra frente.

- Bella, você não tá entendendo. Eu estava numa situação de emergência...

- Isabella. – ela me corrigiu.

- Você me disse ‘Bella’... – eu disse, confuso.

- Costume...

Eita, que menina chata. Tava quase me arrependendo de pedir desculpas.

- Então... me desculpa? – falei, fazendo minha melhor cara de pidão. Mas parece que não deu certo.

- Não até você me dizer o motivo. – ela disse olhando no fundo dos meus olhos. Agora lascou! O que eu digo? Eu não posso dizer a verdade, de jeito nenhum!

- Bem, ér... Eu tava, quer dizer... Eu fui pra enfermaria, por que eu tava com uma dor terrível no pé...! Uhum, por isso que eu saí apressado daquele jeito. É, eu tava indo pra enfermaria.

Por que as minhas desculpas sempre têm a ver com a enfermaria?!

E parece que ela não acreditou muito não...

- E como...? O seu pé num tava...? – Ela ia perguntar o inevitável. Mas graças ao santo da bicicletinha, ela resolveu se calar.

Por que as minhas mãos estavam suando? E o meu coração batendo tão forte e rápido? Nossa, até parece que eu nunca menti antes.  

Mas enfim, Isabella ainda não disse se eu estava perdoado.

- Estou perdoado? – perguntei, quebrando o silêncio de poucos segundos.

- Está. – ela disse, me fazendo sorrir. – Mas vai ficar me devendo uma.

Hm... Gostei da ideia. O que foi? Eu nunca disse que ela num era gostosa!

Mas também era um meio de me aproximar dela.

PDV Alice

- Sim! O professor quer que eu ensine álgebra pro Jacob. Só porque o meu celular tocou na aula! Esse professor é maluco! – Renesmee me dizia, durante a aula de teatro. Eu estava prestando muita atenção.

- E o que o Jacob fez pra te merecer? – perguntei na maior inocência, mas acabei levando uma tapa na cabeça.

- Ele respondeu ao professor na frente da sala toda. Eu acho é tome!!!

- Nossa. Então vocês dois se merecem. – eu disse, recebendo uma careta da Nessie.

- Alice, você gosta da sua cabeça? – Nossa, é claro que eu amo a minha cabecinha! Tão inteligente... *-*

- Por quê? – perguntei.

- Porque eu passei pela privada e ela me disse oi. Que tal eu meter a sua cara nela e dar descarga? – Eita, que a Ness tá estressada hoje!

- Desculpa, desculpa. Vocês não se merecem. – Ah, se não se merecem...

- Sumermo. Meu Deus! Agora eu vou ter que aprender a desenhar álgebra! Sim, por que aquele babaca do Jacob não vai entender se eu explic...

Cutuquei a Nessie pra ela se tocar. Simplesmente o professor estava EM CIMA DA CADEIRA!

- Aaaah, vejo que as duas monas me enxergam agora! – Lafayette desceu da cadeira olhando pra nós. – A senhorita...

- Eu? – Nessie perguntou.

- Querida, você sabe por algum acaso sobre o que eu falava?

- Não. Perdão professor.

- Hummm... Gente, acho que já achei o papel da gata aqui! – Meu Deus, eu tava mesmo vendo aquilo? O professor de teatro tava mesmo rebolando, com voz fina e gírias bichas??? G-ZUIS! Deus é paaaaaaaai! Eu, Alice Brandon, tenho um professor gay assumido!!! Arraza!

- Ah, professor, brigada pelo papel principal... Não precisava! Eu sou ótima pra decorar texto... – Nessie falava com cara de desconfiada como que pra testar o professor... Ou professora, tanto faz!

- Ótimo! O papel da Maria José não é o principal, mas tem bastante fala.

- Maria o que? Marie Joseff, Maragaga, ou diva, né? – Nessie que nem é burra, tentou entrar na onda do professor.

- Não... MF é a empregada, fofa! – Neste momento, a cara da Nessie foi a melhor. Totalmente chocada...

- Calma, Ness. – Eu sussurrei para ela.

- Como eu estava falando, as audições começam próxima semana. Espero todos vocês lá! ...Ah, e o papel da empregada já está ocupado! – o professor disse, saindo da sala com aquele rebolado.

~Continua~