How it ends escrita por Mardybum


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários!!



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Sabe quando tudo dá errado e você gostaria de nem precisar levantar da cama, apenas esperar o dia e a onda de má sorte passar? Pois era exatamente pelo o que Ferdinando estava passando. Precisava ter muita paciência para não brigar com seu pai e a sua estava a ponto de acabar. E ainda tinha que suportar a ideia de que Viramundo estava perto de sua amada, morando na mesma casa que ela. Chegou em casa quase explodindo de nervoso. Vendo sua situação, Catarina pergunta:

–Nando, mas o que tá contecendo co cê? Chegou em casa com sangue no zóio.

–Ara Catarina, num é nada mas tudo tá dando errado, não posso conversar com o meu pai coroner Epa que já sai briga.– Disse, lembrando da história do discurso. - E ainda por cima, quando vou conversar com o compadre amigo Pedro Farcão aparece aquele violeiro que vivia na venda do seu Giácomo vivendo lá! E pra piorá, a Gina gostando das cantoria dele, vê se pode uma coisa dessas!

–Ah Ferdinando ocê tá com ciúmes! - Disse a madrasta, rindo.

–Deixa de besteira Catarina! Magina, eu, com ciúmes daquela uma. Eu não quero nem sabe. - Disse, mas não a convencendo, que diz:

– Ma ocê sabe que pode confiá ni mim! Eu posso achá tudo isso uma maluquice mas eu quero o seu bem Nando. E eu vejo o jeito que ocê fica quando fala daquela Gina.

–Ocê tá certa Catarina. - Disse, suspirando e indo em direção de seu quarto.– Aquela uma tá me deixando completamente maluco.

–Pois eu acho que ocê tem que bejá ela denovo! E vê se ela que ocê ou esse otro ai que ocê falo! - Sugere Catarina, deixando Nando abismado com o comentário da madrasta, mas que logo diz:

–Eu já fiz isso uma vez mas toda vez que tento de novo ela foge ara!

–Pois então beje a força!

– Mas assim eu não quero...eu queria mesmo um beijo que ela quisesse me dar... - Disse Nando, pensando no dia que isso aconteceria.

–Mai Nando...– Começa a dizer Catarina, mas logo é interrompida pelo enteado:

–Mai nada Catarina, agora chega que eu tô cansado e quero dormi. - Fala, se despedindo da madrasta e se deitando. E ainda não conseguia tirar Gina da cabeça. Pensava como ela estava, o que teria acontecido depois que ele saiu de lá, e principalmente na ideia que Catarina teve. Era verdade que ele não via a hora de beijar Gina novamente, sentia falta de seus lábios e se lembrava do gosto deles toda noite. Mas não podia beijá-la a força novamente, pois antes beijou para demonstrar sua coragem mas agora isso não era o caso, precisava saber se o sentimento que surgiu dentro dele após o beijo foi recíproco. Ah como ele desejava te-la junto dele, mas precisava esperar. Quanto tempo, não sabia. E a única coisa que podia fazer era sonhar com com ela todas as noites. E isso o que faria outra vez.

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Ferdinando acordou bem cedinho aquela manhã, mas não por vontade própria. Sua vontade era de que seus sonhos com a ruiva geniosa nunca mais acabassem, mas infelizmente nada estava saindo como desejava naqueles tempos. Logo encontrou seu pai com os títulos de eleitor de todos os trabalhadores daquela fazenda, o que o fez pensar. Não era mentira que se animava em ser prefeito, pois gostaria de mudar a realidade daquela cidade, o problema era que seu pai não concordava com o jeito que pensava sobre política. Mas sempre que pensava em seu futuro, gostaria de que fosse totalmente diferente de ficar dentro de um gabinete de prefeito a metade do dia. Gostava de cuidar da terra. E gostaria mais ainda que fosse com a mulher que amava. Usou a briga que teve com seu pai por discordar de sua atitude para desistir de tudo aquilo. Agora Gina não era mais futura primeira-dama da cidade das Antas.

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Gina estava com Viramundo descansando do trabalho na lida. Adorava as modas que ele cantava pois sempre amou musica. Mas estar com Viramundo não era e nunca seria a mesma coisa que estar com Ferdinando. Não conseguia deixar de lembrar dele sempre quando o violeiro elogiava sua disposição com a terra, ou a ela mesma. Sentia saudades de trabalhar na companhia do engenheiro, mas agora ele era candidato a prefeito e a companhia do violeiro estava sendo até agradável. Mas logo se levantou pois já tinha chegado a hora de voltar para casa. Passou pelo caminho das plantações, que estavam cheias de vida por conta do trabalho que Ferdinando fez e ela não conseguia deixar de pensar nele. "Ara mai será que eu num consigo tirá aquele engenherinhú da cabeça?" e como se pudesse ler seus pensamentos, lá estava ele na sala de sua casa.

– Tarde Doutor Ferdinando... Disse, lembrando de que Juliana sempre a dizia para se comportar bem perto dele.

Ferdinando havia ido na casa dos Falcão para dizer que não seria mais candidato, mas principalmente, para ver Gina. Pensou em ir para casa depois de saber que ela estava na lida na companhia de Viramundo, mas lembrou da voz de Gina o chamando de covardão antes de beija-la e resolveu ficar esperando. Deixa-la chegar sozinha com o violeiro só piorava a situação

– Doutor Ferdinando Gina? - Disse, enfatizando o "Doutor". - Ocê sabe que não precisa me chamar assim, até porque até umas horas ocê era a minha futura primeira dama...

Ao ouvir a palavra "era", Gina questionou:

–Ara mai como assim era? - Disse, com um certo desespero na voz.

O dotô Nando tava mi dizendo aqui que desistiu de se candidatá fia - Disse Pedro Falcão.

–I nois tava falando também de como o Viramundo tá lidando bem ca terra né pai.- Disse Dona Tê, olhando para o violeiro com um sorriso no rosto.

Na conversa, Ferdinando sempre tentava fugir do assunto Viramundo mas Dona Tê parecia sempre querer voltar a falar sobre isso.

– A gente tenta né dona Tê. Mas a Gina tá sendo de grande ajuda pra mim aprende a lida ca terra.– Disse Viramundo, deixando Ferdinando novamente irritado.

–Pois é seu Pedro é isso mesmo que o senhor disse, a partir de agora eu não sou mais candidato a prefeitura nenhuma i se a Gina quiser continuá sendo primera dama - Disse Ferdinando, olhando para a ruiva que estava ao lado do violeiro– O Viramundo que se candidate!

–Mai ocê tá mais é besta Ferdinando! Donde cê tiro essa história de Viramundo? Dá licença qui ieu preciso tomá banho. -Disse Gina, irritada, subindo as escadas.

Depois disso, Ferdinando se despediu de Pedro Falcão e saiu daquela casa. Pensava em quando Gina deixaria aquela teimosia e lhe daria um beijo. Talvez tivesse que seguir o conselho de sua madrasta para conquista-la mas pensaria nisso mais tarde. "Mai não tão tarde porque eu num vo aguentá ficá mais tempo sem pode senti aquela boquinha doce novamente", pensava enquanto percorria o caminho de volta para a fazenda do coronel Epa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! E sim, o resumo e o capítulo de hoje me deixaram com esperança :3
Comentem!