Até o fim escrita por Isabella Cullen


Capítulo 9
Compromissos. Comprometimento. Casamento? - parte II


Notas iniciais do capítulo

Obrigada meninas pelos comentários, eu tenho que confessar que estava desanimada, mas esses comentários me animaram bastante! Espero que gostem!



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A casa dele era um pouco maior do que a dela, um lindo jardim do lado de fora com flores diversas, que davam boas vindas. Eles entraram na casa muito bem decorada e perfeitamente iluminada, o sol penetrava de uma maneira singular. Não pode deixar de reparar no bom gosto de Esme nos quadros e móveis, uma mistura de móveis modernos e quadros antigos perfeita. Ele a acompanhou pelo interior até chegaram a porta de vidro que dava para a piscina e área destinada para o churrasco. Precisaram passar pela piscina e pela casa da piscina, subiram uma escada de pedras muito bonita e diferente. E lá estavam todos sentados e acomodados em suas cadeiras numa mesa. A reforma era nítida, tudo estava novo e o espaço era convidativo. Uma área cercada de vidros, deixava o lugar iluminado e cheio de vida. A parte destinada a preparar o churrasco era feita de pedra, algo bem rústico, Isabella admirou os armários de madeira e a longa bancada de mármore escuro que o churrasqueiro estava usando para preparar mais carne. Pelo aroma delicioso aquilo deveria estar muito bom. Eles foram se aproximando e Esme levantou para receber Isabella apropriadamente, ela nunca iria admitir, e rebateu com Carlisle muitas noites, mas ela fez aquilo para forçar Edward a apresentar Isabella e tinha conseguido! Vê-la ali de mãos dadas com Edward a deu também muito prazer, enfim uma menina legal.

– Isabella é muito bom tê-la conosco aqui!

– O prazer é meu. – A voz estava tímida e baixa.

– Me deixe te apresentar aos outros convidados.

Ela a levou para mais perto da mesa onde todos estavam comendo.

– Meu marido que você já conhece, essa é a avó de Edward, Antônia.

– Prazer Isabella.

– O prazer é meu. – Um sorriso simpático escondia a vergonha pelo olhar investigativo daquela senhora que aparentava ter uns 70 anos.

– Esse aqui é o irmão de Carlisle, Vincent.

– Oi! – Vincent era mais baixo que Edward e era quase careca. Os olhos verdes saltavam dos olhos e seu sorriso aberto deu a impressão de ser mais simpático que Carlisle.

Edward a seguia de mãos dadas enquanto as apresentações eram feitas. A esposa de Vincent era uma modelo muito bonita, muito mais nova do que ele com certeza.

– Essa é a mais nova componente de nossa família Isabella. Stephani essa é...

Edward percebeu a deixa proposital da mãe.

– Namorada. – Seu pai não pode deixar de olhar para ele com um olhar cúmplice. Isabella percebeu tudo.

– Essa é a namorada de Edward.

Stephani levantou e beijou Isabella.

– Agora você é a mais nova! Bem- vinda!

– Muito obrigada.

– Agora se sentem, vamos almoçar.

–Pensei que você fosse gostar e trouxe um vinho.

– Muito obrigada querida, muito atencioso de sua parte.

Eles se sentaram nos dois lugares vagos na mesa e apesar de Edward tentar discretamente se sentar do lado de sua avó ela foi mais rápida e chamou Isabella para o seu lado. Ele revirou os olhos e Isabella apertou sua mão com força, recriminando a atitude dele.

– Você vai se arrepender. – ele disse baixo puxando a cadeira para ela sentar.

Sua avó começou a falar em francês assim que Isabella se sentou, ela muito simpática respondia a todas as perguntas na mesma língua e riu muitas vezes quando Edward tentava interromper dizendo que isso era muita falta de educação. Antônia ignorava aquilo com um ar de muito desprezo, ela contou um pouco de sua vida em Paris e relembraram restaurantes e praças que Renné sempre ia com ela quando queriam espairecer. Não falou de Charlie apesar de querer muito, mas ainda não tinha falado muito sobre isso com Edward e não queria conversar primeiro com ela sobre Charlie, era simplesmente complicado.

– Vovó vou levar Isabella para casa se você continuar com essa falta de educação.

– Ela não é um bicho de estimação que você prende! Me deixe!

– Edward deixe, depois eu te atualizo.

Isabella passou pelo menos mais uma hora conversando com Antonia, ninguém parecia incomodado com a conversa além de Edward que no final estava a ponto de ser grosso com ela. Esme a distraiu com alguma conversa que ela não conseguiu entender direito e ele a levou para uma parte gramada perto da piscina. E ali estava a melhor hora do dia, os dois andando pelo gramado, sozinhos e sem dizer muito só aproveitando. Ela pensou o que Renné acharia daquilo, ela com certeza não aprovaria, mas aceitaria por ela, em amor à ela. Lembrou da aversão que ela tinha a compromissos e riu sozinha, Edward percebeu e preferiu ficar de fora desses pensamentos. O sorriso dela era algo poderoso, iluminava o dia, enchia o seu coração de uma forma que parecia que ia explodir a qualquer momento. Estava satisfeito, tinha conseguido a confiança dela e não queria decepcioná-la por nada, olhou para as mãos juntas e percebeu como ela se encaixavam, como o beijo, o primeiro de muitos. O início de alguma coisa mais profunda e de repente o mundo se encheu de possibilidades. Tudo isso teria que aguardar alguns minutos, Alice vinha na direção deles e se irritou profundamente.

– Não fomos devidamente apresentadas, meu nome é Alice, sou irmã dele.

– Oi, Isabella.

– Estava me perguntando quando ele iria trazer você aqui, acho que calculei por cima... – ela parecia pensativa, calculando as datas, Edward estava vermelho de irritação.

– Já se apresentou garota, se manda!

– Vai ser grosso na frente dela? Olha o comportamento, ainda precisa impressioná-la mais um pouco antes de mostrar as garras. – ela disse isso e riu freneticamente. Isabella não conseguiu disfarçar o quanto estava sem graça olhando para aquela criatura de cabelos louros e enrolados rindo de uma piada sem muita graça para os que estavam ouvindo ela.

– Já chega pirralha!

– Nada disso, Isabella posso te mostrar meu quarto? Minhas amigas já foram, uma outra festa, tinham que começar a se arrumar.

– Você não vai levar ela para lugar nenhum! Nem pensar!

Isabella olhou para a tempestade de vontades que estava surgindo, ela não iria ceder e Edward iria ficar ali batendo o pé também.

– Amor, ela só quer me mostrar o quarto. Já volto.

A palavra que iniciou a frase deixou ele atordoado demais para combater, a primeira vez que ela falava assim. Num tom doce e calmo, uma melodia para os ouvidos com certeza. Alice percebeu tudo e riu discretamente, aquilo era engraçado demais para ela. Dois bobos se admirando na opinião dela. Ela deu um selinho e foi para onde Alice a guiava.

– Você só falou amor para ele deixar né? - Isabella não pode deixar de rir com aquilo. Olhou para trás e viu Edward ainda absorvendo a informação.

– Acho que não vai funcionar de novo, é melhor aproveitarmos o tempo que temos.

Alice subiu as escadas na frente de Isabella e foi mostrando alguns detalhes da casa que ela ainda não tinha visto. As duas percorreram o corredor de quartos em silêncio e ela mostrou a porta rosa que dava para ver da escada.

– Ele comentou outro dia que você gosta de pintar.

– Sim.

–Posso te mostrar meus desenhos?- Uma menina tímida aparecia naquela hora.

– Claro!

–Sabe ainda vou fazer roupa para um grande estilista. Vou te mostrar alguns desenhos, de uma artista para outra tudo bem?

Ela abriu a porta e a decoração era algo muito interessante, as paredes tinham um fundo branco, mas com objetos coloridos pelas paredes. Um óculos grande rosa, uma bicicleta verde limão e outros objetos que variavam de tamanho e davam até uma outra dimensão na parede. Ela achou aquilo muito legal, as prateleiras e a estante tinham um tom de rosa escuro, contrastado com uma porta que ficava do outro lado. Porta de espelhos e ela imaginou o armário por trás daquilo, tudo estava arrumado demais, muito organizado.

– Suas amigas não acabaram de sair?

– Sim.

– O quarto...

– A bagunça fica no closet! – ela abriu a porta de espelhos e pode perceber onde realmente estava a bagunça. Teve a impressão de o closet ser maior que o quarto. Tinha sapatos e roupas espalhadas, com várias divisórias e um espelho ainda maior dentro ela ficou impressionada. Jacob que deveria ter uma filha assim, ele amaria conhecer Alice. – Já que já te mostrei a bagunça vamos aos desenhos.

Ela fechou a porta e foi para uma prateleira que ficava no alto, precisou subir na cama para pegar uma pasta grande e branca que estava ali. Sentou na cama e chamou Isabella com as mãos. Ela foi abrindo com cuidado e selecionando enquanto Isabella se sentava na cama grande dela.

– Olha esse.

Não havia como negar o talento, era um vestido longo, em cima dele tinha um nome. Constelação, esse era o nome. Estava em francês. Muito apropriado, o vestido era longo de um azul escuro deslumbrante, da barra até a cintura vinha uns brilhos pratas divinos. A cintura era bem definida e ela era de alças. Um decote discreto.

– Maravilhoso!

– Gostou? Mesmo?

– Você tem muito talento. Eu compraria na hora se estivesse em uma loja.

– Nem acredito... eu amo esse.

– Você fala francês?

– Entrei no curso essa semana. Estou muito empolgada.

– É uma língua muito linda, você vai gostar.

– Você fala?

– Sim, sua avó e eu...

– Ela que me ensinou o pouco que sei. Minha mãe resolveu me colocar no curso quando ela se mudou.

– Posso ver outros?

– Claro!

E se passaram mais alguns minutos até Alice falasse algo. Os desenhos chamavam a atenção, muitos detalhes, modernos e bem comerciais. Isabella via potencial neles.

– Sabe, estou surpresa. Meu irmão mudou muito.

– Mudou?

– Você é alguém muito especial mesmo. Se me falassem a alguns meses que ele seria assim, ninguém acreditaria, nem minha mãe. Não sei como ele está aguentando... antes ele ia para boates e voltava de manhã completamente bêbado. Ele não sente falta de sair ou dos amigos?

– Não sei.. – Isabella pensou que nesses meses eles nunca tinham saído com seus amigos, os finais de semana eram calmos. Ele acompanha seus horários malucos e faziam programas tão diferentes dos que ele estava acostumado, cinema, exposições, livrarias, bares e restaurantes... Ele nunca reclamou.

– Olha, ele mudou mesmo.

Edward bateu na porta nesse momento. Alice começou a guardar rapidamente os desenhos.

– Já vai! Depois te mostro mais.

– Tudo bem.

Edward bateu de novo antes que ela pudesse recolher todos os desenhos espalhados pela cama.

– Vamos fazer o seguinte, eu vou e você guarda tudo com muito cuidado.

– Tudo bem então. – Alice pareceu aliviada ao perceber que poderia fazer isso com mais calma. Ela foi andando para a porta, com aquilo na cabeça. Antes de abrir a porta ela se recompôs, não queria deixar ele perceber nada.

– Senti saudades. – ele deu um beijo mais ousado. Ela recuou com um sorriso depois de somente alguns segundos.

– Também, mas sua irmã é muito legal.

– Hum... fofocaram?

– Não.

– Ela passou uns dias juntando fotos para mostrar a você, ela mostrou aquelas fotos de criança?

– Não. – ela sorriu para ele - Vamos voltar, acho mal educado ficarmos tanto tempo fora dos outros convidados.

Ela estava mais formal agora, Edward estranhou, mas só acompanhou ela até seus parentes. O dia passou mais rápido e tranquilo, Edward evitou outras aproximações de sua avó e as tentativas de sua mãe de colocar Isabella ainda mais interada de suas histórias quando criança. Eles voltaram de mãos dadas e em silencio, Isabella estava pensativa e Edward ficou pensando o que sua avó poderia ter tido para causar aquilo. Não tentou quebrar o silencio porque ficou repensando nas histórias que ela poderia ter contato, como quando ele pegou aquele colar para comprar ingressos para um show e vendeu tão barato que sua mãe quase teve um ataque de tanto gritar. Ela realmente tinha histórias que a fariam repensar sua decisão. Ficou triste pensando que ela poderia terminar com ele com algumas horas de namoro. Chegando em casa, Isabella sentou no sofá e ele a abraçou muito casual.

– Andei pensando Edward, você nunca me apresentou aos seus amigos. Acho que estou te afastando deles.

Edward precisou assimilar a frase.

– Como assim?

– Estamos juntos a um tempo e... você se afastou deles.

– Isabella eu não sinto falta deles.

– Eles devem sentir a sua.

– Bom, eles devem estar bêbados demais para isso. – Edward pensa um pouco - Por que isso agora?

– Vamos sair hoje com eles.

– Sair? Para onde?

– Uma boate, um clube... não sei sinceramente como vocês chamam isso aqui.

Edward olhou para os olhos de Isabella, analisando, especulando, procurando.

– Você não quer ir a um lugar desses. O que está acontecendo?

– Eu quero ser apresentada aos seus amigos e até onde eu sei eles frequentam esses lugares. Liga para algum deles e vamos sair todos juntos.

– Você não vai gostar de sair com eles. Tenho uma ideia melhor, vamos a um bar em...

– Nada disso. Vamos a uma boate dançar. Vou trocar de roupa e você me pega as 11:00 tudo bem?

– O quê?

– Você ouviu perfeitamente.

Isabella já estava fora de seus braços quando ele tentou persuadir ela do contrário. Foi para casa, tomou um banho, se arrumou. Pensou em ligar para Leandro ou para Rafael, mas Tânia com certeza estaria com eles. Resolveu levar ela numa boate menos badalada em um tipo mais reservado. Estacionou o carro na garagem dela ainda confuso com aquilo, Isabella iria realmente se divertir? Ela ouviu o carro chegando e já o encontrou na porta da garagem, estava com uma calça Charlies que destacava suas curvas, uma blusa com uma cor cinza metálica muito bonita, ele admirou o seu pescoço destacado pelo rabo de cavalo alto. Um salto muito alto, nunca a viu com um salto tão alto.

– Você está linda. Só que acho que já disse isso hoje para você.

Ela sorriu muito sem graça, a roupa a deixava sensual mesmo e ela sabia.

– Vamos para onde?

– Escolhi o lugar certo pela roupa.

– Vamos!

Ela estava animada demais, Edward estranhou aquilo, mas prosseguiu. Eles chegaram rápido e foram logo entrando. A música estava alta, a pista de dança fervia com as pessoas dançando. Ele a segurava levemente pela cintura e a guiava para o bar e conseguiu um lugar para ela sentar e ficou do lado dela. O ambiente era muito diferente, Isabella não sabia como agir, estava deslocada. Pensou em beber para relaxar, mas era fraca demais para bebida e Edward nunca a viu beber. Ela olhou para ele de relance, o rosto dele era meio indecifrável. Ele deveria estar gostando só que não era isso que estava demonstrando, por ela talvez.

– Hum.. quer beber alguma coisa? – ele perguntou muito perto de seu ouvido.

– Acho que estou bem. Vamos dançar.

Edward soltou um sorriso e Isabella ficou satisfeita com aquilo. Ele deveria estar sentindo falta daquilo e agradava a ideia de que ela poderia estar dando algo prazeroso a ele, a vida com ela deveria estar chata. Apesar de Edward não saber bem como reagir aquilo

Ele a conduziu, Isabella estava nervosa, forçando a si mesma a fazer aquilo. O começo foi um pouco constrangedor, não conseguiam se sintonizar na pista. Ele não sabia onde por as mãos, ela não sabia como acompanhar e assim uma hora ele pegou na cintura dela e a conduziu suavemente no ritmo. Ela chegou mais perto dele relaxando, deixando fluir e assim aproveitando cada segundo. Não demoraram muito para sair, Edward insistiu em levá-la para casa cedo. Ela estava um pouco aborrecida no carro só que Edward ignorou aquilo, dirigindo sem parecer notar aquilo.

– Não encontramos com ninguém.

– Eu sei, não queria encontrar com ninguém.

– Edward, eu pedi para você me apresentar aos seus amigos.

– Isabella eles vão te conhecer, eles podem te conhecer, só que acho desnecessário ser nesse ambiente.

– Edward..

– Olha a noite foi maravilhosa, só que não queria que ela terminasse com papos desnecessários e bebida além do controle.

E assim, os olhos de Isabella se iluminaram, era um outro Edward do seu lado. Alguém mais maduro e confiante, ele a conduziu na pista e agora ditava o rumo sem dúvidas do que queria. Ela sorriu e relaxou enquanto e ele voltava a se concentrar na direção. Ele a deixou em casa e foi para casa descansar, o dia foi cheio de emoções e eles precisavam descansar. A vontade era de ficar mais um pouco, mas ele estava confiante de que isso iria acontecer quando tivesse que acontecer.


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Notas finais do capítulo

Então meus amores o que vocês acharam?



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