Até o fim escrita por Isabella Cullen


Capítulo 11
Charlie Swan


Notas iniciais do capítulo

Bem minhas lindas desculpa a demora ok? Eu estava revisando e revisando acabei demorando mais.



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A campainha tocou. Os dois se olharam estranhado aquilo, mas Isabella foi atender e

Edward a seguiu. Um entregador com um buquê de flores gigantesco estava na porta. Isabella assinou um papel e Edward pegou o buquê e colocou na mesa próxima da sala. Eles olharam por uns segundo os botões de rosas claras ainda se abrindo por uns segundos e Isabella achou o cartão. Edward olhou por cima, estava tudo em francês, parecia que estava escrita com caneta de tinta pelo jeito da escrita e a cor viva. Seu pai gostava disso então não era para ele tão estranho.

– Hum.. Edward, o que você acha de almoçarmos em Paris?

– Paris? Para quê?

– Acho que Charlie está curioso. Quer te conhecer.

– Charlie?

– Sim.

– Isabella te dei privacidade até agora, você sempre fala dele, mas nunca me disse o papel dele na sua vida.

– Pode considerá-lo meu pai, bom.. é assim que sou para ele. Uma filha.

– Mas..

– Vamos tomar café. Acho que já colocaram a mesa.

Eles vão para a sala de jantar, já montada e preparada para o casal. Eles sentam juntos. E enquanto Edward vai se servindo ela procura as palavras ou a história mais próxima da verdade.

– Sabe que sou adotada... bom antes de me adotar Renné foi casada com Charlie. Eles mesmo depois do divórcio nunca deixaram de se ver. Charlie casou uns anos mais tarde, mas ele ainda amava Renné demais para deixá-la e eles tinham negócios juntos. Muitos na verdade, a fortuna de um se baseava no conselho do outro. Eram parceiros. Cúmplices. Amantes. – ela falava isso com uma devoção, uma admiração. Não existia críticas ou censura. Isso chamou a atenção de Edward. Isabella continuou. – Bom, o que você pensaria se depois de uma temporada sem nos vermos eu aparecesse com uma criança?

– Que seria meu. – a ideia encheu seu coração. Ela mãe de um filho dele, era algo quase perfeito.

– Foi o que ele pensou. Ela não conseguia tirar da cabeça dele nem por uns meros minutos que aquilo era algo impossível. Eles foram casados por mais de quinze anos e nada. Renné me contou que depois de um tempo isso simplesmente consumiu demais eles e tinham as brigas, muitas brigas e então se separam. Mas Charlie não acreditou naquilo, até... – ela fez uma breve pausa. A história ficava muito tensa ali. – Bom, até Renné finalmente convencê-lo. Mas ele já estava apaixonado pela menina de olhos castanhos, como ele me chama. – ela sorri docilmente e Edward acha bonito aquilo. –Ele é o mais próximo de um pai que eu tenho. Ele sempre esteve lá por mim, para mim. Cada peça de teatro, cada formatura, transição ou decepção. Charlie cuida dos negócios, escolheu minha escola, acompanhou meus estudos... era simplesmente natural tê-lo ali com Renné, quase como se fossem casados. Mais felizes até do que isso. Ela dizia que eles melhoraram depois do divórcio.

– Mas não entendo... eles não ficaram juntos por quê?

– Incompatibilidade de gênios. Era o que Renné falava. Charlie dizia que uma casa era pequena demais para grandes mentes como a deles. Eu sempre achei que era amor demais para dois corações tão duros e imaturos.

– Hum.. Interessante. Por que você chama ele de francês estúpido?

– Renné o chamava assim quando estava com raiva.

– Você não o chama de pai.

– Nem ele de filha, mas a relação é essa.

– Então vou conhecer seu pai?

– Sim.

– Deveria ficar preocupado?

– Não.

– Por quê?

– A escolha é minha e não dele.

– Isso não ajuda, não funciona assim na prática.

– Funciona conosco. Ele sempre respeitou mais minhas decisões do que Renné. Intercedia por mim as vezes. Outras ele apoiava e ponto final. Era o que eu queria.

– Ele é muito protetor. Pela segurança... o carro.. medidas que vejo.

Isabella refletiu antes de responder.

– Vivemos num mundo perigoso. Charlie conhece muito bem isso. Acho é um medo racional.

– Eu gosto de te ver assim, segura, me deixa tranquilo.

Ela queria dizer que se sentia assim, mas sabia que cada segurança a lembrava do perigo real que corria. Um dia, e ela sabia que era inevitável, ela iria enfrentar seus pesadelos. Um pesadelo.

Isabella não percebia o quanto se entregava em cada palavra. Edward avaliou suas expressões muito bem em cada instante da conversa, bem até demais. Ela amava Charlie e tudo que viveu com ele e Renné, havia algo que não batia na história, algo que ela não contou... Hesitou. Charlie sabia desse algo e ele também prezada demais a segurança dela. Algo com a segurança dela o preocupava demais. Ainda muito prematuro para conclusões e Edward deixou isso de lado. O almoço em Paris poderia ser algo mais revelador.

Eles se aprontaram com um pouco de pressa, Isabella vestia um vestido verde fechado com saltos pretos e um casaco lindo. Muito conservador, ele a acompanhou com uma roupa mais formal. O trem partiu e ela ia narrando mais detalhes de sua vida, contando histórias de Charlie e Renné. Uma nova página desse livro tinha se aberto, ela falava o máximo que podia dele, talvez para tentar explicar o papel dele melhor ou para mostrar que aquele tal francês era realmente alguém importante. Digno de apresentações. O almoço estava marcado no restaurante da torre Eiffel e quando chegaram ele já estava sentando, tranquilamente esperando os dois com um jornal e uma xícara de chá. Edward ficou nervoso ao ver aquele homem branco, um pouco gordo e alto. Ele tinha cabelos brancos e pareceu um pouco mais velho do que imaginava de início. Ele se levantou ao ver Isabella e abriu um sorriso convidativo e feliz. Ela o abraçou assim que chegou mais perto. Um abraço longo e carinhoso.

– Ótimo revê-la, mon ange.

– Também estava com saudades.

Ele tinha um sotaque forte, mas nada que atrapalhasse.

– Charlie esse é Edward. Edward esse é Charlie.

Ele estendeu a mão e Edward o cumprimentou. O garçom veio com o cardápio assim que se sentaram e Edward viu que estava tudo em francês.

– Posso pelo menos opinar? – Charlie olhava para Isabella num tom sugestivo.

– Edward... Charlie quer saber se aceitamos sugestões do cardápio já que esse é seu restaurante favorito.

– Claro... Claro- Um certo alívio passou pelo seu rosto e Charlie controlou o riso.

– Bom então...- ele fez um sinal para o garçom. E logo pronunciou um francês rápido demais.

– Achei a escolha do menu interessante. – Isabella disse quando obviamente tudo já tinha pedido.

– Estou muito feliz em vê-la perto de mim, faz tempo. – Isabella olhava duramente para ele, Edward fingiu não perceber e manteve olhar calmo, ele queria saber o que Charlie guardava. – Bom, vocês estão se divertindo?

– Estive com Claire todos esses dias, primeira vez que saímos.

– Espero que aproveitem Paris, está linda hoje. Magnifique, na verdade.

– É mesmo. – Edward concordou olhando a vista magnífica do restaurante.

– E quando vocês retornam?

– Acho que depois de amanhã.

Mais rápido do que o esperado as entradas foram servidas e Isabella se acalmou um pouco pensando que a comida e os comentários sobre ela poderiam fazer Charlie simplesmente esquecer suas conversas nas últimas semanas. Discussões seria o termo mais adequado.

– Bom, estive conversando com Tony esses dias e falei sobre você. Comentei só. Ele ficou feliz em saber que ano que vem você estará lá com ele, ma chère.

– Charlie... – um tom de aviso.

– Isabella, ano que vem é um tempo razoável, não? Ele disse que sua vaga estará garantida. Isso é realmente ótimo.

– Vaga? – Edward precisou intervir.

– Sim. – Charlie abriu um sorriso amistoso e orgulhoso. – Isabella passou com louvor para Oxford, Tony Monaco é um amigo meu, vice-reitor de lá.

– Não vejo necessidade de falarmos nisso agora.

– Parabéns meu amor, nossa!

– Charlie eu sei onde essa conversa vai nos levar e já vou dizendo, não faça isso!

– Isabella ele só está... – Edward recebeu o olhar firme de Isabella que dizia “ sai disso!”.

– Não volto para Londres agora.

Edward finalmente percebeu para onde Charlie a estava querendo levar. Isabella precisava voltar para sua vida, sua faculdade. Califórnia não era opção. E ficou triste na mesmo na hora, ela não queria ir, mas esse era o seu futuro.

–Não estou pedindo isso. Só estou comentando... – ela olhava furiosamente para ele e Charlie parecia se divertir com aquilo, foi então que Isabella percebeu os olhos vagos de Edward. Ele tinha mordido a isca. Charlie com apenas uma frase tinha conseguido.

– Quer saber Charlie você me deu a desculpa perfeita para acabar com esse almoço.

– Nada disso Isabella. – Edward agora tomava as rédeas, segurou a mão dela. – Acho que seu pai só estava querendo te dizer que seus estudos não podem ser menosprezados desse jeito.

Charlie abriu um largo sorriso.

– Isso é muita falta de responsabilidade deixar uma vaga dessas para... – não conseguiu completar a frase.

– Está satisfeito? – ela perguntou ressentida olhando para Charlie.

– Isabella, Londres é mais segura para você.

Edward dessa vez não disfarçou a surpresa, a questão da segurança de novo.

– Charlie pára por aí. – Isabella agora estava vermelha. Ele apertou a mão dela como se evitando um soco ou algo assim.

– Edward, me fale sobre você. Soube que faz direito.

– Sim, estudo. Me formo daqui em breve. Poderia me formar antes, mas sabe como é. Acho que precisava de um estimulo. – ele sorriu para Isabella.

– Ótimo. Já pensou no que quer se especializar? Posso te ajudar com isso.

A conversa fluiu melhor, Edward ainda sentia a tensão vinda de Isabella, por vezes ela olhava desconfiada para Charlie como se alertando sobre um tema proibido. Mas ele não voltou a fazer mais nada, pelo menos Edward não percebeu. E os dois foram embora, ainda andando pelos arredores apreciando as paisagens lindas, os restaurantes, as ruas.

Ter esse tempo com Isabella foi maravilho eles riram, brincaram, namoraram e finalmente voltaram cansados para Londres. Isabella estava muito cansada e deitou rapidamente no sofá para esperar Edward e acabou cochilando. Ela acordou novamente nos braços dele na cama confortável que os fizera ser tão mais próximo no dia anterior, mas não poderia concretizar nada. Claire queria vê-la antes de ir embora e devia isso a amiga, a tão companheira Claire. Deixou Edward ainda dormindo e foi, com a promessa de voltar mais cedo. Quando ela chegou estavam todos sentado na sala de vídeo escolhendo um filme.

– Olha vamos ligar para onde? – Jacob estava animado demais com muitos panfletos de restaurantes e pizzarias.

– Pizza! – Edward falou.

– Comida Italiana, tem um ótimo restaurante aqui pertinho. – Jacob sugeriu.

– Nada disso, muito pesado. – Isabella estava sentada o sofá agarrada em Edward. Bree estava com Jacob em outro sofá da sala, a lareira estava tornando o ambiente agradável e quente, Edward estava rindo demais com as palhaçadas de Jacob. Ele estava falando do atendente de uma loja em que ele foi e estava delirando com a beleza do jovem rapaz.

Mas a noite passou rápida demais e de manhã bem cedo eles embarcaram para a Califórnia. Juntos, mais juntos que na vinda. Em certo momento no avião Edward lembrou de Oxford, aquilo precisava ser resolvido. Isabella não poderia abandonar os estudos, ela estava adormecida em seus braços no avião e beijou suavemente a sua testa, ficar longe dela seria difícil. Só que Charlie falou algo sobre ano que vem e isso o animou, ainda teriam uns bons meses pela frente, até lá pensariam em alguma coisa.

Ele a deixou em casa antes de voltar para ver sua mãe, ela com certeza estaria ansiosa para saber das notícias. Não foi diferente, precisou dar um relatório completo assim que chegou, até sua irmã estava prestando atenção. Ele tirou um pacote pequeno da mala e entregou a sua mãe, Jacob tinha providenciado lembranças, apesar dele não saber bem o que eram. Para sua mãe, um lenço de cetim lindo, florido. Sua mãe achou de muito gosto e perguntou diversas vezes onde ele encontrou aquilo, combinava com alguma coisa no armário dela. Para sua irmã, o presente mais enigmático do mundo, uma carta. Ele achou que deveria dizer que era de Isabella, caso ela não gostasse, mas ela soube assim que abriu.

– Meu Deus! – Sua irmã com uma cara de surpresa incrível e de repente um sorriso, pulos e gritos.

– O que foi que Isabella te deu? – ele perguntou curioso, era só uma carta afinal.

– Mãe... só você vendo.

Mas o papel escrito em inglês com apenas “o vestido chega semana que vem. Amei o modelo, fiz alguma modificações necessárias. Continue assim. Valentino.”

– Como assim filha?

– Isabella antes de ir mandou buscar um desenho de um vestido... Nunca achei que ela fosse... Meu Deus!

– Ual! Deveria ter dito que fui eu que dei. – Edward ri olhando a cara furiosa da irmã.

– Eu saberia que foi ela. Como sei que esse lenço..

– Pode parar por ai mocinha!

Esme sabia que não foi ele quem mandou os presentes, mas mesmo assim achou agradável receber algo das mãos de Edward. Ele ainda estava com uma caixa nas mãos, pequena.

– O que é isso? – Perguntou Esme.

– Para o papai. Esse eu mesmo escolhi! – ele pensou no que disse e fez um cara que denunciava o resto - ... que dizer... sem ajuda...

– Claro filho, eu entendo, mas o que é?

– Uma caneta de tinta, é de ouro e prata. Muito bonita.

– Seu pai vai gostar, um presente seu tem muito valor. Mesmo que a reação dele não seja a de Alice.

Edward riu, seu pai definitivamente não iria pular.


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Notas finais do capítulo

Então meninas... o que acharam?



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