Coração de Gelo escrita por Elle Targaryen


Capítulo 6
She Will Be Loved


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas.. olha aí mais um cap. Quero agradecer todos os comentários, continuem comentando e dizendo o que vcs gostam ou não gostam, o que está bom e o que deveria ser melhorado.
Enjoy!
ps: Não consegui colocar a imagem que eu queria então pus um link lá pelo meio do texto, é um coração pra quem tiver curiosidade.



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She Will Be Loved

–Do que está falando? Ou melhor, de quem? – Emma pergunta preocupada enquanto o homem entra caminhando devagar até o centro da lanchonete.

–Falo de Elsa.

–Elsa? – David confirma, - A Rainha da Neve?

Os anões param de falar e beber, Granny parece congelada do outro lado do balcão, em menos de meio segundo o silencio se faz absoluto enquanto todos se olham espantados. Dentre tantas possibilidades de um inimigo novo em Storybrooke ninguém havia pensado nela.

–Quem é ela? – Emma pergunta.

–Não pode ser, ela é um mito. – Regina fala revirando os olhos.

–Nem sempre ela foi um mito, querida. – Gold retruca.

Se inicia uma pequena discussão confusa na qual todos interferiam. Uns juravam que Elsa realmente existia enquanto outros diziam ser um mito mais que ultrapassado, uma historia que se contava para as crianças e nada mais. A situação apenas piorava. Todos falavam ao mesmo tempo sem chegar a lugar algum até que David decide interferir:

–OK..., não vamos ficar aqui tentando descobrir se a rainha da neve é um mito ou não, temos de investigar isso.

–É a coisa certa a ser feita, mas antes disso alguém pode me explicar quem é essa tal de Rainha da Neve? – Emma fala olhando para Gold e em seguida para Regina que levanta uma das sobrancelhas com um sorriso irônico meio de lado.

–Elsa é de um reino chamado Arendelle, é bem próximo da floresta encantada. Todos conhecem, ou melhor, todos que cresceram na floresta encantada sabem da historia da rainha da neve. – Tinkerbell responde de seu lugar no balcão.

Gold resolve dar continuidade:

– Elsa nasceu com um poder indomável, uma das forças da natureza capaz de criar uma das piores maldições: o coração de gelo.

–O que contam na floresta encantada é que Elsa era uma criança boa, criada com amor, porém, seus pais escondiam sob todo custo seus poderes, era quase incontrolável e extremamente forte. Após a morte prematura dos pais Elsa assumiu o trono, mas numa noite, não sabemos bem o que houve, seus poderes saíram do controle e ela atingiu a irmã mais nova, Anna, direto no coração. A princesa congelou na mesma hora. – Thinkerbell continua logo após Gold.

–Alguns dizem que ela fez de propósito, pois temia que a irmã tentasse retirar seu lugar no trono. – Comenta Glumpi se metendo na historia.

–Sim, mas também existe a versão de que foi sem querer, ela amava a irmã e tentou de todas as formas desfazer a maldição. – Thinker fala.

–E o que aconteceu? – Emma pergunta.

Thinker continua continua:

–Ela perdeu a coroa e foi exilada do reino pela população. Foi perseguida pelo noivo da irmã, que assumiu o reino de Arendelle e não permitiu que Elsa voltasse. Então... – A fada faz uma pequena pausa, olha para todos em volta tentando se certificar de que realmente queriam ouvir aquela parte da historia.

–Então? – A loira pergunta curiosa.

–Ela foi para longe, juntou forças e atacou o reino. – Thinker explica da melhor forma que pode.

–Ouvi dizer que ela amaldiçoou quase todo o reino, transformando as pessoas em picolés de zumbis e quando não conseguiu o que queria os matou. Poucas pessoas do reino sobreviveram. – Ruby comenta fazendo Emma arregalar os olhos.

–Contam que o novo rei só sobreviveu porque pediu ajuda para o senhor das trevas. – Thinker continua enquanto Emma dirige seu olhar para Gold.

–Naquela época ainda não era eu. – Fala em o homem em sua defesa.

–O que o senhor das trevas fez? – Emma pergunta agora diretamente para Gold.

–Criou uma espécie de proteção para que as pessoas não fossem amaldiçoadas por Elsa. Vendo que ninguém do reino caia mais sob sua maldição, Elsa mais uma vez se retirou, juntou forças e atacou Arendelle com um exercito de homens de neve. O que não foi um bom plano visto que os homens de neve foram facilmente derrotados. No fim de tudo, o senhor das trevas conseguiu prender Elsa num jarro e cobrar a dívida do rei.

–Qual era a divida?

–A divida dizia respeito a um novo senhor das trevas. Ambicioso, o rei aceitou. O jarro ficou na posse do senhor das trevas, todos antes de mim não ousaram abri-lo até o dia em que você resolveu trazê-lo de meu cofre, xerife.

–Então..., eu trouxe Elsa do passado? – Pergunta boquiaberta

–Exatamente. – Gold confirma.

–E como tem tanta certeza que é ela? – Regina pergunta incrédula se metendo na conversa de ambos.

–Isso você pode me confirmar, Regina. O que tem sentido ultimamente? Um frio que corta seu corpo por dentro? Uma falta de felicidade que corrói seu coração? Quais os sintomas de ter sido tocada por Elsa? – Gold pergunta de forma direta mesmo sabendo que aquele não era um assunto que Regina gostaria de compartilhar com a cidade inteira, mas ninguém conseguia esconder nada de Gold, ele parecia uma sombra, sempre sabia de tudo.

–Não fui tocada por ninguém, você não sabe do que está falando. Duvido quer seja realmente essa Elsa. Ela é adorada por alguns como uma Deusa. Sua esposa tem esse nome por causa dela, Charming. – Fala irônica enquanto Emma se vira para o pai com uma expressão interrogativa.

–A mãe de Snow adorava Elsa como uma divindade. Foi pra ela que rezou quando soube que estava grávida e pediu uma filha branca como a neve e..., bem, todo mundo conhece essa parte do conto. – Fala tentando parecer divertido.

–Sim. – Emma confirma.

–Seu problema emocional não é o único indício, Regina. Meu cofre de coisas altamente perigosas está aqui em Storybrooke, fui verificar para ver se faltava algo, e..., o jarro onde Elsa estava presa desapareceu. Ligando isso a toda essa neve e essa barreira de proteção na saída da cidade, é quase óbvio. – Gold conclui tranquilamente enquanto se aproxima de Bella que havia ficado parada na entrada da lanchonete, pensativa.

–O que tem atrás da barreira? – Emma pergunta.

–Possivelmente um castelo de gelo. – Gold responde.

–Tem alguma ideia do que ela queira? – Pergunta novamente

–Tenho uma hipótese.

–Pois fale. – Regina pede com ironia e Gold fita a mulher de forma indiferente.

–Provavelmente Elsa quer o que queria antes de ser presa: retomar o reino de Arendelle.

–Ou talvez salvar a irmã seja o mais importante. – Thinker novamente se mete na conversa.

–Mas ela está congelada por anos. – Alguém retruca em algum lugar da lanchonete.

–Isso se ela existe realmente. – Fala Regina e mais uma vez uma pequena discussão sobre a existência ou não existência de Elsa se inicia.

A mulher ou deusa, divindade, fosse lá o que fosse, parecia ser bastante popular.

–Não importa se a princesa existe ou não, Elsa com certeza vai tentar retornar para Arendelle e com isso que teremos de nos preocupar. – Gold fala abafando a confusão.

–Então é fácil, basta ajudarmos. – Emma fala esperançosa.

Regina solta o ar pelo canto da boca enquanto revira os olhos. Não podia ser; Emma queria ajudar uma pessoa capaz de congelar todos na cidade?

–Não creio que ela queira ajuda, Swan. – Fala Gold.

–Por que não? Podemos convencê-la. Talvez falando com ela. – Emma continua.

Regina torce o lábio e parecendo impaciente, diz:

–Está parecendo sua mãe falando desse jeito. Ingenuidade me parece coisa de família.

Emma olha para a morena que não lhe olhava de volta. Como ela poderia estar daquele jeito depois de tudo que haviam passado todo aquele tempo? Será possível que Regina não entendia que havia salvado Marian por acaso? Que não fora algo para atingi-la? Com certeza gostaria de fazer aquelas perguntas para Regina, mas em que momento, se ela era um poço fundo de grosseria? Respira fundo voltando a olhar para Gold:

–O que ela precisa para voltar? – Pergunta.

–Não faço ideia, talvez uma maldição. O problema é que não é apenas isso; Elsa não irá retornar sem um exército. Arendelle é um reino bastante protegido. Todos temem qualquer forasteiro, temem qualquer aproximação, é difícil ultrapassar as barreiras sozinho. Ela irá precisar de um exército.

–Então..., Storybrooke...

–Sim, Xerife. Storybrooke tem exatamente o que ela precisa: pessoas para controlar. – Completa o pensamento de Emma enquanto olhava para Regina completamente impaciente com o rumo da conversa.

–O que sugere que façamos? - A loira pergunta preocupada.

–Sugiro que nos protejamos. – Fala estendendo a mão para Bella. A mulher lhe entrega uma bolsa de couro da qual Gold retira uma esfera de vidro.

Emma olha para aquilo. Era a mesma que vira o homem lustrar no dia anterior.

–O que é isso? – David pergunta.

–É uma das muitas esferas de proteção que o senhor das trevas fez para que o povo de Arendelle. Basta colocar em volta do coração e não poderá ser atingido por Elsa. – Gold estende a esfera para Emma.

–Ótimo. Onde encontramos mais disso? – Davi pergunta esperançoso.

–Infelizmente tenho apenas três. Estou usando uma, a outra está com Bella, e esta é sua. – Fala entregando a esfera na mão de Emma. – Vai precisar.

A loira olha para dentro do vidro analisando os pequenos cristais em formato de flocos de neve. Era muita informação para um espaço tão curto de tempo. Acabara de saber que havia trazido para Storybrooke uma das maiores forças existentes no mundo dos contos de fadas, maior ainda que o senhor das trevas, e poderiam todos a qualquer momento, ser transformados em zumbis de gelo e a culpa seria dela, totalmente dela. Não bastava que o fizera à Regina agora estava em dívida com toda a cidade.

–Não vou usar isso. – Fala dando a esfera a David. - Eu trouxe essa coisa pra cidade vou correr o risco.

–Você vai precisar, Emma. Não ouviu Gold falar, ela é muito poderosa. – David diz também sem querer usar a esfera.

–Besteira. Elsa é uma lenda. – Regina fala impaciente se levantando do banco ainda com dificuldade. – Quando encontrarem a causa disso tudo, que não seja um mito com mais de duzentos mil anos, me avisem. – Fala dirigindo o olhar impaciente para Gold, depois para Robin que baixa os olhos ao encontrar os castanhos da morena. Regina retira o homem da direção dos seus rapidamente e sai.

Caminhava sozinha pelas ruas da cidade. Estava sem forças para usar magia e ir direto para casa, mas também não queria mais ficar naquela lanchonete com todos falando ao mesmo tempo. Com Robin ali ao lado de Marian esfregando em seus olhos sua felicidade. Não aguentava mais aquele ambiente. “Heróis, heróis para todos os lados. Buuuurp! Qual o problema daquelas pessoas?”, pensava.

Ela tinha “provado” a sensação de seu uma heroína quando derrotou Zelena e o que ganhou em troca? A chance de felicidade destruída. Que se dane a neve, que se dane o povo da cidade, que se dane essa historia de Elsa, que ela transforme todos em zumbis de gelo, Regina não se importava ou apenas dizia não se importar, já nem sabia mais. Se tinha uma coisa nas palavras de Gold que soavam como verdade era seu humor inconstante como se tivesse o tempo inteiro num combate interno entre a Evil Queen e Regina Mills.

–Regina...! – A morena olha para trás. Emma se aproxima dela o mais rápido possível. Resolve parar a caminhada e esperar pela loira.

–O quê? – Pergunta com uma voz forte parada no meio da calçada.

–Se o que Gold disse é verdade você não devia andar por aí sozinha.

–Sim, claro por que serei transformada num picolé por uma bruxa má de contos infantis.

–Quando eu era criança, melhor dizendo, até alguns anos atrás eu pensava que a madrasta da Branca de Neve não existia e agora ela está aqui na minha frente e a Branca de Neve é minha mãe. Sei que você cresceu ouvindo esse conto da rainha da neve, como tantas crianças da Floresta Encantada devem ter ouvido, por isso não acredita, como muitos lá no Granny’s também não; mas não podemos nos dar ao luxo de duvidar de nada nesse momento. – Conclui retomando o ar para os pulmões.

–Veio até aqui para me ensinar a acreditar em contos de fadas, Swan?

–Não. Vim até aqui para..., para te dizer que não ande sozinha.

–Essa esfera de proteção só funciona pra a maldição do coração de gelo, ainda posso arrancar seu coração se chegar muito perto. – Regina fala num tom ameaçador. Dá as costas para a loira e retoma sua caminhada.

Emma respira fundo. Havia visto a forma como Regina havia olhado para Robin, Marian e Roland antes de sair do Granny’s. Sabia que a morena estava quebrada por dentro, que não abaixaria a guarda e tão cedo voltaria a ser a mesma Regina, aquela que sorria a ponto de se descobrir capaz de fazer magia branca, a ponto de ser uma heroína.

Fica parada por um segundo e então decide ir atrás da morena novamente. Se aproxima o suficiente para tocar em seu braço e fazer com que olhe para ela mais uma vez. Nessa tentativa, sua mão escorrega pelo braço da outra e para quando alcança sua mão. Regina vira-se no mesmo momento olhando para Emma meio espantada, mas sem cortar o toque.

–Não estou usando nada. Pode tirar meu coração agora se quiser, mas não vou desistir de você, Regina. Sei que quer se afastar de tudo e de todos, mas você não pode. Por tudo que já passamos nessa historia você pode dizer que tem uma família, você tem um filho. Há quanto tempo não dá atenção ao Henry? Ele não merece a sua ausência. – Fala tranquilamente enquanto analisa as expressões no rosto da morena.

–Estive ontem com Henry, Swan. Não tenho obrigações com mais ninguém dessa cidade. Henry é minha família, apenas ele. – Fala tentando retirar a mão das mãos da loira, mas Emma insiste em segurá-las, dizendo:

–Não é verdade. Também sou sua família. – Emma percebe o que acabara de dizer quando vê a expressão confusa da outra. A loira finalmente deixa Regina livrar-se de suas mãos e, sem saber o que dizer, tenta remontar as palavras para que dessem outro sentido, nem sabia direito o motivo, mas precisava se retratar como se tivesse dito algo muito ruim.

–Quer dizer..., - Fala pondo as mãos no bolso de trás do jeans. - Todos nós somos uma família. Você, eu Henry, meus pais, até mesmo o Gold e Killian...

–Me poupe, Emma, não faço parte da mesma família que SEU PIRATA. – Fala aborrecida com ênfase nas duas últimas palavras e dando as costas para a loira mais uma vez. Porém, Emma aparecia obstinada a se entender com a morena. Não deixaria que já naquele ponto de quase amizade a que tinham chegado, tudo desmoronasse. Pensava ser melhor para Henry se elas duas não fossem inimigas e acreditava que poderia, talvez, ajudar Regina de alguma forma, não sabia com o quê ou como, mas ajudar de algum jeito. Era isso que a motivava a estar ali, ou pelo menos imaginava ser.

–A esfera vai ficar com Henry. Creio que ele precisa bem mais que eu. Não sabemos os planos de Elsa. – Fala andando atrás da morena que cada vez mais apressava o passo batendo seus saltos com força no chão.

–Pela primeira vez você pensou certo. – Fala continuando a caminhada sem olhar para trás. – E talvez também esteja certa quando a creditar no que Gold diz sobre Elsa.

Emma sorri involuntariamente agradecendo a si mesma por ela estar de costas e não ver aquilo. Ficara feliz. Era muito raro Regina dizer que ela estava certa em alguma coisa.

Recolhe o sorriso rapidamente quando percebe a morena se virando para ela.

–Vai me seguir até em casa como um cão de guarda? – Pergunta de forma ácida.

–Prefiro a palavra acompanhar, mas se quer usar seguir, fique a vontade. – Responde levantando os ombros e abrindo um pequeno sorriso.

Regina tenta demonstrar impaciência e não entende o motivo de não conseguir. Emma fazia aquela expressão de “eu sei que você precisa de mim então me deixe ficar”. Não era a primeira vez que a loira fazia aquilo. Era uma sensação perturbadora ver o sorriso acanhado nos seus lábios finos; um sorriso tímido, sem mostrar muito os dentes, sem revelar muita coisa, mas com aqueles olhos verdes transbordando a sinceridade das palavras.

No meio da calçada de uma rua deserta enquanto a neve caía fina, Regina se aproxima de Emma. Tantas palavras cabiam ali naquele momento. Palavras nunca antes proferidas que esperavam o momento certo para serem ditas, o momento em que todo aquele conto de fadas cheios de vilões e heróis chegasse ao fim e finalmente pudessem respirar como pessoas normais. Queria dizer aquilo a ela, o quanto se sentia normal com ela por perto. Não sentia que era um personagem saído dum conto de fadas, uma lenda, uma rainha má vaidosa e vingativa. Queria agradecer por ter colocado Henry no mundo, por salvá-la tantas vezes, por acreditar nela mesmo contra todas as evidencias. Queria dizer que não a odiava, que não conseguia a odiar, que ao contrário disso, que olhar para ela era como sentir o calor do sol depois de um longo inverno, ou ver luz do fim do túnel, a abonança depois da tempestade e todas essas coisas boas que aparecem após algo ruim; mas, mais uma vez as palavras certas não saem:

–Emma..., desculpe.

–Pelo quê?

–Por tentar odiar você mais uma vez.

Emma sorri apertando os lábios e abaixando os olhos que vão dos pés de Regina aos seus olhos castanhos.

–Então não consegue mais me odiar?

Regina levanta uma das sobrancelhas enquanto tomba o a cabeça pro lado levemente como se estivesse irritada com a pergunta atrevida da loira.

–Ok., não vou te aborrecer. – Emma fala levando as mãos ao ar como se rendesse à policia.

Há quanto tempo ela não agia assim de forma tão descontraída? Difícil precisar naquele momento.

–Você aceita meu pedido de desculpas? – Regina insiste.

Emma sorri. Já havia ouvido a morena fazer aquela mesma pergunta com aquela mesma expressão e aquele tom de voz baixo, rouco e ao mesmo tempo forte que só Regina tem.

–Não precisa pedir desculpas eu entendo você. De verdade. – Fala se aproximando mais da morena. Os olhos, sempre os olhos as unindo naquela troca que falava mais que todas as palavras que poderiam ser colocadas em todo espaço ao redor de seus corpos.

–Está frio. É melhor me apressar. – Regina quebra o contato de meio minuto entre suas íris castanhas e as verdes de Emma ao dar um passo para trás. Aquela situação estava ficando estranhamente perturbadora. A morena não sabia o que sentia naquele momento, apenas um sentimento vindo sabe Deus de que lugar de sua cabeça lhe dizia para sair dali o mais rápido possível. Não parecia correto se aproximar demais de Emma.

–Está certa, vamos...


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Notas finais do capítulo

Então, então, então????