Criminal Love escrita por imradioactives


Capítulo 26
Are you scared?




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aTodos já tinham saído da sala de Lauren, apenas Bram ficou lá. Andrew Pevensie, o advogado, já tinha levado todo o relatório para apresentar ao juiz. Disse que, com aquilo, seria bem mais fácil conseguir qualquer coisa.
Lauren olhou no relógio e viu que já havia passado da hora dela ir embora. Tinha passado o dia inteiro pensando, com Bram, em como seria interrogar Van Spielberg.
– Eu preciso ir para casa. Você vem comigo hoje? – Lauren olhou, suplicando para o rapaz.
– Me desculpe, meu amor. – Bram deixou um beijo em sua testa. – Um dos agentes precisou trocar de turno, eu disse que ficaria no lugar dele sem problemas. Vou ficar aqui até 4h00 da manhã.
– Tudo bem, então. Amanhã a gente se vê?
– Claro. Eu te acompanho até o estacionamento. – eles, então, desceram até o estacionamento e Bram esperou até que o carro de Lauren saísse de vista, para então, retornar ao trabalho.

Lauren chegou em casa exausta. Era como se um tanque de guerra tivesse passado por cima dela. Seus ossos pareciam frangalhos e sua cabeça pesava mais que o corpo todo. Seu corpo implorava por uma boa noite de sono, coisa que ela sabia que não teria até ver Van Spielberg atrás das grades.
Stephen emergiu da cozinha.
– E então? Como foram as coisas hoje? – ele perguntou.
– Se tudo der certo, amanhã teremos um mandato em mãos. – Lauren respondeu.
– Isso é ótimo! – Stephen sorriu e deu um beijo na bochecha da irmã.
– E você Steph, como está? – Lauren passou a mão pelo rosto dele.
– Como eu estou? – Stephen perguntou.
– Sim. Tudo isso acontecendo, e eu ainda não tive tempo de ver como você está. Você também foi atingido por isso.
– Você está falando de Rebe... – ele parou – Eve?
– Também. – Lauren respondeu.
– Eu estou bem, Lori, mesmo. Não tem motivo para eu ficar remoendo isso enquanto você tem o peso do mundo sobre seus ombros.
– Mas você estava gostando mesmo dessa garota. – Lauren disse.
– Eu estava, mas ela não é quem eu pensava que era. – Stephen balançou a cabeça. – Apenas não vale a pena.
– Eu queria poder te ajudar mais. Estar mais presente. – Lauren disse para o irmão.
– Não diga isso. Você não pode fazer tudo, apesar de querer. – Stephen sorriu.
– Infelizmente, não mesmo. – Lauren sorriu também.

Lauren se colocou debaixo das cobertas e fechou os olhos, esperando que o sono viesse logo, mas não veio. Como todos os dias.
Horas se passaram, e Lauren virava de um lado para o outro na cama, sem nem cochilar. Pegou seu celular e olhou as horas: 2h30 da manhã.
Foi quando ela ouviu o primeiro barulho.
Ela se sentou na cama, assustada. Os segundos seguintes foram de silêncio, e então o segundo barulho. Alguém está tentando arrombar a porta dos fundos, ela pensou. E então, começou a agir.
Pegou o celular e discou o ramal que dava diretamente para a sala de Bram, e ligou o viva-voz. Enquanto chamava, abriu a gaveta de seu criado-mudo e tirou de lá um revolver de calibre 38.
Quando a chamada caiu para a caixa postal e ela ouviu o bipe para a mensagem, ela pegou o celular e saiu de seu quarto, entrando diretamente no quarto de Steph e traçando a porta.
Foi exatamente quando o estouro aconteceu. A porta dos fundos tinha sido arrombada. Eles estavam dentro da casa dela.
– Bram, - ela começou sussurrando, enquanto observava Stephen de pé, encostado na parede, o pânico tomando conta de suas feições. – Minha casa está sendo invadida. Eles vão nos levar, a mim e Stephen. Kate saberá o que fazer para nos achar. Salve Stephen, custe o que custar. – Ela respirou fundo – Eu te amo.
Ela desligou o celular e o jogou no chão, partindo-o em pedacinhos. Mas havia, no meio de tantos, um único pedacinho que a interessava. Ela o pegou do chão e o colocou no sutiã.
E então correu para a parede, a arma em punho, apenas esperando para que os bandidos abrissem a porta.
– Vai ficar tudo bem. – ela sussurrou para Stephen. Ele apenas assentiu.
E então houve o primeiro tiro na tranca da porta. E o primeiro bandido adentrou o quarto.
A primeira reação de Lauren foi o pontapé, o empurrando contra a parede e batendo com o revólver em sua cabeça. O homem caiu desacordado no chão.
E então ela saiu do quarto, mas quando teve visão completa do corredor, outros dois deles estavam com suas respectivas armas apontadas diretamente para ela, enquanto ela sentiu outro, por trás, envolvendo seu pescoço com os braços e o cano da arma na lateral de sua cabeça.
Os segundos depois disso foram apenas um borrão preto na memória de Lauren.

Bram estava apoiado na parede do corredor, enquanto esperava a cafeteira anunciar que seu café estava pronto. Pegou o copo e seguiu de volta para sua sala.
Quando chegou em sua mesa, viu que a pequena luz verde, que indicava uma mensagem na caixa postal, piscava. Franziu o cenho, havia saído por no máximo cinco minutos de sua sala para pegar o café. Apertou o botão e ouviu a mensagem.
Quando reconheceu a voz dela, seu corpo congelou por inteiro.
Bram, minha casa está sendo invadida. Eles vão nos levar, a mim e Stephen. Kate saberá o que fazer para nos achar. Salve Stephen, custe o que custar. Eu te amo.”
Entrou em pânico. A partir daquele momento, sua mente começou a trabalhar no automático.
Chamou toda sua equipe, até os que estavam de folga no dia. Acionou Kate e Audrey, e em menos de meia hora estavam todos reunidos no saguão, aguardando as ordens de Bram.
– E o que exatamente ela disse no recado, Bram? – Kate perguntou.
– Que eles seriam levados e que você saberia como achá-los. – Bram respondeu. – Me diga que você entendeu Kate, por favor. – a feição de Bram suplicava a ela.
Kate assentiu.
– A inteligência de Lauren nunca deve ser subestimada. – Kate correu para sua sala, enquanto Bram continuava a organizar sua equipe.
– Eu quero uma parte da equipe na residência da agente Lauren. Coletem tudo o que pode servir de pista. Assim que soubermos o paradeiro dela, avisaremos vocês. – eles assentiram e a parte designada da equipe se retirou. Alguns segundos depois, Kate voltou com informações.
– Lauren levou o chip do celular com ela. O endereço é esse aqui. – ela esticou um papel para o rapaz.
– Então vamos. – ele ordenou.


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