Death Note: Os Sucessores - Caso Especial escrita por Nael


Capítulo 7
Parte 7: Aliada Secreta - Aumente sua aposta


Notas iniciais do capítulo

L e Inori se aproximam cada vez mais da verdade ao mesmo tempo em que estão cada vez mais distantes.
Maxiez coloca seu plano em prática e o jogo se torna cada vez mais perigoso.
Os mistérios vem a tona, nem todos saíram com vida.



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Tóquio – Casa de Annie

04 de Setembro de 2029

20:15

Sophie recebeu a notícia de que Inori Saito estava desaparecida através do Diretor da Nevidim, Fawkes. Algum tempo depois Watari a colocou em contato com Fabian um homem misterioso e neutro tendo contatos de qualquer e todos os lados.

— L... Fiquei surpreso com a ligação. Agora dá prévio aviso antes de prender alguém para começar uma corrida? – a voz masculina debochou.

— Fabian já disse que enquanto se manter como está não tenho intenção de prendê-lo. Entretanto seria de bom praxe você me retribuir. – a voz distorcida como de costume respondeu.

— Como uma troca equivalente?

— Então está ciente da situação?

— Não acredito que Annie tenha sido capturada. – Sophie sorriu de canto, assim como a amiga havia mencionado o cara era esperto.

— Eu também não. Neste caso preciso descobrir por que ela se deixaria ser pega.

—E o que tem até agora? Aliás, onde é que eu me encaixo nisso?

—Simples. Conte-me sobre o hacker Teiden.

—Teiden? O que ele tem a ver com isso?

—Não posso te dizer nada por enquanto até porque assim como estará traindo a confiança de Teiden eu sei que venderia qualquer informação sobre mim.

— Eu não nego isso. Mas não é sobre você, é sobre a Annie. E por ela eu abdico de todos os meus princípios.

—Pois muito bem...

—Certo. Não vai me contar, nem ligo. Bom, Teiden tem esse nome que significa apagão não é à toa. Ele quase sempre destrói as máquinas, apagando tudo no sistema que invadi. Seus principais alvos são empresas e bancos. Mas também já invadiu sistemas de diversas polícias inclusive a Interpol.

— Mas esses sistemas não foram destruídos.

— Exato. No submundo ele é conhecido como Teiden, o Invasor de Mentes. Isso porque além de ser um ótimo hacker e conseguir passar despercebido pela segurança dessas agências de inteligência ele também é um assassino de sangue frio que cumpre ordens precisas.

— Para quem?

— Isso talvez nem ele saiba. De qualquer forma só há uma coisa em que ele é tão bom quanto invadir sistemas, controlar as pessoas. – ela pode ouvir barulho de papeis do outro lado da linha. – Pelo que sei ele compara as pessoas a um computador, sendo o cérebro, portanto o hadware ele pode ser invadido e controlado como bem quiser. Seja através de tortura ou hipnose num interrogatório ele pode ganhar de qualquer um, inverter o jogo e sempre descobrir os segredos mais íntimos de alguém.

— Isso explica porque ele detém tanta informação e poder. Contudo isso não é para seu próprio benefício. Ele trabalha para alguém.

— Neste caso por que um hacker tão genial como ele se sujeitaria a obedecer ordens já que roubar dinheiro não lhe é um problema?

— Fabian ao meu ver só três coisas motivam as pessoas: dinheiro, vingança e medo. Se levarmos em conta que obter dinheiro é fácil para ele, Teiden quer se vingar de alguém, mas não pode fazer isso sozinho ou há outra pessoa ainda mais poderosa capaz de lhe ameaçar.

— Não faço ideia de quem pode ser. Há muitos criminosos por aí L. – ele provocou como de costume.

— Entendo. – a garota mordeu a unha.

— E quanto a esse Alquimista? O que pode me dizer sobre ele e Annie?

— Eu acredito que ela descobriu alguma coisa muito importante, mas para que eu fosse capaz de entender ela teve que se colocar em perigo.

— Blair e Charlie?

— Estão sob minha total proteção.

— Ela sabia que você protegeria os irmãos dela. – ele trincou os dentes. – É isso que nunca vou entender. Por que ela foi se juntar a você, por que ela foi confiar em você? E ainda mais por que logo o Grande Detetive se mistura com pessoas da nossa laia.

— Fabian... Não percebeu ainda?

— O que?

— Não há lado certo ou errado, não há heróis e vilões, não há bem ou mal. Tudo o que há é uma batalha do mais forte e esperto. No final todos somos iguais de alguma maneira e por isso não conseguimos nos entender. Então assumimos um lado, nos rotulamos e acreditamos no que fazemos. Isso não significa que eu permitirei essas mortes, que eu deixarei criminosos andarem por aí.

— Mas você disse que no final somos todos farinha do mesmo saco, não entendo aonde quer chegar.

— Quero chegar ao ponto de que para mim o meu ver é o certo, o meu lado deve vencer, eu tenho um poder e pretendo usá-lo em prol daquilo que julgo correto, pois mesmo tendo consciência dessa homogeneidade devo escolher um lado e me firmar nele até que eu vença ou eu morra. – o rapaz sorriu.

— Sabe L eu começo a entender porque a Annie se arriscaria tanto por você, mas eu sou o cara em cima do muro e sempre serei. Então enquanto for por ela eu jogarei do seu lado.

— Eu sei e agradeço. Me mantenha informada sobre esse hacker, caso ele faça algum movimento e também sobre qualquer gang ou máfia com atividades suspeitas que levem até o Alquimista.

— Acha que se trata de uma organização criminosa?

— Não sei ao certo, mas de uma coisa tenho certeza esse Alquimista não pode estar trabalhando sozinho.

— E no que se baseia isso?

— No instinto afiado de Annie Tabolt.

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Saitama

Uma construção de um shopping abandonado.

— Valkyrie? – o rapaz pronunciou o nome. – Como na cultura nórdica? – Maxiez coçou o queixo. – Walkiria, aquela que escolhe os que vão morrer? – ele riu.

— Mais ou menos. – a moça não se intimidou.

— Certo Valkyrie, me conte sobre o Alquimista das Trevas.

— Ora essa, pensei que você fosse o cara esperto.

— Meu conhecimento acerca de química e magia é meio defasado. – ele voltou a se sentar de frente pra ela, Inori soprou a franja e olhou para o rapaz com cara de desdém.

O que está fazendo?— uma voz suave passou por sua mente.

Regra básica de um interrogatório Inori: seja sempre a pessoa mais esperta da sala.— a mesma voz respondeu a pergunta num tom mais agressivo.

— E então? – Maxiez insistiu.

— Não se trata do Alquimista e sim dos Alquimistas. – ela começou. – Entenda que ninguém sozinho poderia cometer tais crimes afinal alquimia é tachada como mágica justamente por ser algo além da lógica e capacidade humana.

— Se refere aos círculos?

— Sim. Vamos voltar bem no começo, Max, nos primórdios da história. As pessoas começaram a fazer experiências químicas, misturar elementos, catalogá-los e etc. Eu não pretendo entrar nas questões políticas e falar sobre a coerção da igreja, mas tenha em mente que para as pessoas comuns aquilo era algo incrivelmente inovador e assustador. – a moça ficou mais séria. – Aconteceu então que um maluco beleza chegou ao pensamento de que tudo está conectado de alguma forma, todos os elementos e portanto uma simples pedra é apenas um metal que não se desenvolveu por completo.

— Daí a lenda de transformar pedra em ouro.

— Exato. O ouro é tido como o metal primordial e, portanto o estado final de todo e qualquer metal. Claro que nem mesmo em laboratórios de última tecnologia é possível criar ouro na sua forma mais pura e em grande escala. Contudo você pode criar vários elementos artificialmente a parti de outra coisa.

— A lei da troca exata.

— Antoine Laurent de Lavoisier disse: Na natureza nada se perde, tudo se transforma. Sua lei de conservação das massas é nada mais que o principio básico da alquimia que diz que para se obter uma coisa você deve oferecer em troca algo do mesmo valor.

— Então uma quantidade x de pedra se tornaria a mesma quantidade x de ouro.

— Na teoria é assim, contudo a forma alquímica de se fazer transmutação beira mesmo a magia. Segundo os praticamente isso seria obtido através do circulo de transmutação que seria preenchido com as formulas e equações necessárias para realizar a transformação.

— Um circulo não tem nem começo nem fim, ele é infinito e constante. Isso faria com que a energia empregada nele se sustentasse e transformasse os elementos. – Maxiez completou imerso no discurso da moça.

— Mas tal energia não existe ou se existe o homem não a controla. Seja como for uma vez que exista uma lei é típico do ser humano querer quebrá-la.

— Então eles inventaram a Pedra Filosofal.

— A lenda da Pedra Filosofal era na verdade o objetivo final dos alquimistas, algo que eles alcançariam depois de muito estudo e prática. Ela conteria o elixir da vida eterna porque seria capaz de curar qualquer doença, restaurar qualquer elemento, criar qualquer coisa a parti de absolutamente nada. A Pedra Filosofal não obedeceria a Lei da Troca Exata, ela seria a exceção a regra.

— Na Idade Média também se tinha a busca do Santo Graal e a busca por esse artefato se assemelha a isso, pode ser que em algum momento as pessoas apenas mesclaram as coisas, inventaram histórias e a lenda dura até hoje.

— É uma boa teoria. E a chave para o que tanto quer. – ela sorriu de canto entortando a cabeça e Maxiez arregalou os olhos.

— O metal perfeito... Um circulo de transmutação... – ele se levantou rápido da cadeira, mas então Inori gritou.

— A semelhança entre um corvo e uma escrivaninha. – o rapaz parou estático e se voltou para ela. – Está faltando uma peça do quebra-cabeça que mudará completamente a visão da imagem. Sem ela você não deve agir.

— É o bastante. – ele girou a maçaneta vertical.

— Você vai morrer. – ele riu.

— Por que você, Valkyrie está prevendo?

— Não, porque se sobreviver ao Alquimista e ao gangster eu irei matá-lo. – ele tornou a fechar a porta. – Eu me chamo Valkyrie que significa aquela que escolhe os que vão morrer porque eu sempre elimino tudo e todos que possam ameaçar Inori.

— E o que acha que me impede de te matar primeiro, aqui e agora?

— O fato de que eu e L somos provavelmente as únicas pessoas que sabem como esse cara age e qual é o seu padrão. – ela sussurrou. – Que tal isso Max, uma troca equivalente. Eu te conto sobre os assassinatos e você me conta sobre você. – o rapaz cerrou os olhos e Valkyrie sorriu largamente. Stupide!

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Policia Japonesa – Divisão Especial

22:15

— Senhor Aizawa tudo pronto. – Watari informou, o homem agora estava de mascara e sobretudo.

— Entendido, vamos começar. – ele se virou para o restante da equipe que trabalhava no Caso do Alquimista das Trevas. – Atenção todos. – o lugar ficou em silêncio. – Como esperado a muitos dias o detetive L irá conversar conosco agora, segundo me consta ele obteve grande avanço na investigação. – ele sinalizou para Watari que abriu o notebook, na tela o L em Old English apareceu.

— Boa noite a todos. – a voz começou. – Peço desculpas pela minha ausência, contudo nesse tempo eu fui capaz de resolver o caso. – um burburinho tomou conta da sala.

— Silêncio. – Mogi se levantou erguendo a voz. – L como você resolveu o caso?

— Bom, logicamente tudo começou com a primeira vítima, a jornalista Shiori Sasaki de 23 anos que foi encontrada no apartamento que dividia com o noivo. Nesse ponto não era possível definir nenhum padrão contudo explica perfeitamente a morte da próxima vítima. – a sala parecia prender a respiração. – Sou uma pessoa de mente muito aberta e discutir a veracidade da alquimia não é o meu objetivo, mas uma coisa posso dizer sem sombra de duvidas, esses assassinos não são alquimistas.

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— Certo comece. – Maxiez voltara a se sentar de frente a Inori.

— Muito bem, a primeira mulher morta foi a Sasaki o corpo foi encontrado petrificado, nu e sem cabelos. Eu acho que o fato da pobre coita estar petrificada chamou muito a atenção o que acabou sendo o erro de todos.

— O que quer dizer?

— Max você sabe qual é a função de um assistente de mágico? – o rapaz ficou sem entender por um instante.

— Sim, desviar a atenção, ela faz os truques, é cúmplice dele.

— Não, a função de uma assistente de palco é ser o bode expiatório. Enquanto você presta atenção nela achando que irá trapacear o mágico faz o truque porque onde o mágico apontar, onde ele disser que a mágica está acontecendo assim você acreditará.

— Então a petrificação foi só um desvio de atenção?

— Em parte. O fato dela estar nua e não ser possível fazer nenhum exame para tentar definir se ela foi violentada ou não também deixaria qualquer pessoa aterrorizada. – a moça falou com desdém. – Mas não eu.

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— A segunda vítima. – L continuava falando aos policiais. – Misaki Kinoshita teve os órgãos transformados em diamantes isso acontece porque em um laboratório qualquer substância com bastante carbono pode virar diamante desde pelo de cachorro, cordão umbilical e cinzas de um falecido. Contudo o material mais adequado para isso é o cabelo já que contem queratina que por sua vez possui a maior concentração de carbono no corpo.

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— Peraí... Tá me dizendo que o cara usou o cabelo da Sasaki para transformar a Kinoshita em diamante?

— O processo é bem simples, basta colocar a substância no formo a uma temperatura e pressão ideais e o carbono vira diamante em questão de dias. – Inori parecia entediada por ter que explicar aquilo.

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— Ainda sim não é algo que se compense produzir já que o custo do serviço é sempre muito maior que o valor dos diamantes fabricados.

— Mas L e quanto a primeira vítima? Como ela foi transformada em pedra? – questionou um.

— É, e se o material tem que ser levado a grandes temperaturas e pressões como o de Kinoshita estava em perfeito estado quando foi encontrado?

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— Tudo a seu tempo Max. – Inori se fez de irritada. – Primeiro, Misaki não morreu por estar se tornando diamante, ela morreu porque foi aberta viva ou algo do tipo. Como eu disse não seria possível apenas uma pessoa fazer todo o trabalho em tão pouco tempo com tanta precisão. Minha teoria é de que eles tiraram os órgãos da garota de alguma forma usaram o cabelo da Shiori para se fundir ao tecido, fizeram o processo e então colocaram de volta na garota.

— Alguém assim teria que ser médico, legista ou algo do tipo.

— É... Eu pensei nisso, teria que ter também um laboratório com os melhores equipamentos do mundo.

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— Já a petrificação da jornalista eu acredito que aconteceu enquanto ela tomava banho. O que me fez concluir que não era um assassinato aleatório e sem nexo uma vez que os criminosos tiveram o trabalho de pesquisar sobre a vida e a rotina dela sabendo exatamente quando ela tomaria banho e seria o momento exato para atacar.

— Está dizendo que ela foi petrificada pela água do chuveiro? – Aizawa se demonstrou espantado.

— Sim. Na Tanzânia existe um lago chamado Natron que possui água com temperatura de até 60° graus Celsius e alta alcalinidade tendo o Potencial Hidrogêniônico superior a 10,5, petrificando assim qualquer ser vivo que ouse tocá-lo. – L falava calmamente expondo dados da localização a todos e vários animais mortos pela petrificação. – Embora ninguém possa explicar ao certo como essas aves em grande maioria morreram acredita-se que a superfície da água gera um reflexo perfeito, confundindo os animais, que acabam colidindo com a água. Depois do banho acidental o alto teor de sal e sódio faz o corpo se calcificar.

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— Água com temperatura e pH elevado? – Max queria muito rir daquelas informações. – Isso é muita maluquice.

— Sal e sódio, fácil de se adquirir. Mas isso não é tudo, assim que a água do chuveiro começou a ficar extremamente quente Sasaki deve ter tentado mudar a temperatura e no fim acabar desligando. Eu acho que quando ela tentou sair do banheiro encontrou a porta trancada ou alguém do lado de fora. Foi então de alguma maneira sedada já que não havia sinais de luta em nenhum lugar da casa, teve os cabelos raspados e então foi petrificada pela água.

— Tá bom, e quanto a última garota? Izume Nakajime que encontrou no parque?

— Ah! Sim... Izume teve o corpo com exceção do rosto todo deformado a um ponto de não ser identificável. Eu acho que a intenção de soltar o corpo naquele lugar era para que as pessoas a vissem ainda viva e assim ficasse claro que o corpo era dela. Esse é incrivelmente fácil, basta ter um ácido forte que ele corroerá a pele em questão de minutos. Eu acredito que tal ácido estivesse sendo liberado dentro do saco de dormir em que ela foi presa, por isso se contorcia. Ao se misturar água com ácido o resultado na pele humana não é nada agradável.

— Tá, mas qual a ligação dela com a última vítima? Pelo que entendi uma completa a outra.

— Não, esse não tem nenhuma ligação com Misaki Kinoshita. O que me leva a pensar que talvez tenha a ver com o próximo assassinato. – Havia muitos alunos de Keio lá naquela noite além de Inori, estou me preocupando a toa, certo? Pensou a moça.

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— Próxima vítima?

— Sim. Uma outra mulher foi sequestrada. – L informou.

— O que? – Aizawa se irritou. – Quem? – o computador não respondeu. – L você está escondendo informações da sua própria equipe de investigação?

— Amanda Mizuho. – ela disse por fim. – Uma enfermeira que trabalha no Tokyo Metropolitan Hirro.

— E por que isso não foi noticiado?

— Porque essa é a última parte do quebra-cabeça, a maneira de se identificar o padrão entre os assassinatos.

— E qual o problema disso? Assim ficaria mais fácil prender esses homens e proteger as pessoas.

— Pelo contrário, isso causaria pânico além do mais não somos os únicos jogando nesse tabuleiro. – alguns trincaram os dentes e cerram os punhos detestando a referência.

— O que quer dizer? – Mogi se manifestou novamente.

— Eu acredito que uma organização criminosa tem interesse nesse assassino e por isso temos que manter tudo no maior sigilo deixando com que a população pense que não estamos evoluindo em nada, é a melhor maneira de proteger a todos.

— Que organização? E por quê?

— A universitária que testemunhou o corpo sendo jogado no lago, Inori Saito está desaparecida. Antes disso tenho informações que ela foi vista com um rapaz alto de cabelos escuros que não foi reconhecido por nenhum de seus amigos e colegas próximos.

— Ela foi sequestrada também? Por quem? E pra que? A garota não viu nada de útil.

— A pessoa que a levou talvez não saiba ou não aceite isso, de qualquer forma é nosso dever trazê-la viva também. – Eu tenho a última peça do quebra-cabeça e Inori Saito tem a última jogada, não posso resolver isso sem me encontrar com ela.

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— Está tentando me intimidar?

— Pense bem, Max querido. Se você foi capaz de descobrir sobre Inori Saito ser o maior QI do Japão o que impede L de fazer o mesmo? Talvez tenha ido mais além e saiba sobre mim, Valkyrie. – ela sorriu. – O L que falou conosco era falso, você inventou, mas o verdadeiro poderia estar vigiando de perto e chegará até você, pois como disse ele é um fantasma que se infiltra e destrói grandes criminosos.

— Não importa, mesmo que chegue até mim ele não vai encontrá-la, ele não vai conseguir me pegar. – a garota se inclinou pra frente ficando a centímetros de Maxiez.

— Eu estou contando com isso – ela sussurrou e então tudo aconteceu muito rápido. O barulho de cordas se arrebentando, os pulsos vermelhos, o sangue escorrendo pelos braços de Inori, as mãos no pescoço de Maxiez que foi empurrado com a cadeira até a porta impedindo a maçaneta de ser aberta pelo lado de fora.

Maxiez bateu nas mãos dela e se soltou do enforcamento, mas a garota logo girou e acertou um chute em seu peito, de alguma maneira havia se livrado das cordas nos tornozelos também. O rapaz tossiu e caiu no chão perante a dor, Inori passou a corda na cadeira e na maçaneta da porta.

— Eu sou Valkyrie, aquela que escolhe os que vão morrer. – ele se virou rápido para ela, mas a garota desviou do ataque e num giro chutou o rosto do rapaz, em seguida deu uma rasteira fazendo-o cair de novo. – E pra você querido Max é game over. – e por fim socou o rosto dele repetidas vezes até que caísse desmaiado. Nerds! Nunca aprendem a brigar.

Na porta ouvia-se barulhos, os dois cúmplices do lado de fora tentavam arrombar. Inori pegou sua cadeira e acertou a câmera que ficava no canto da parede. No meio da pequena sala parou ofegante encarando as próprias mãos sujas de seu sangue. Havia cortado a corda com o pequeno canivete que mantinha nas costas dentro da calça e forçado os pulsos, depois apenas tirou alguns parafusos da cadeira de modo que quando atacou o rapaz, com muita força ela desmontou a cadeira e uma vez com uma perna solta foi fácil se libertar.

— O que você fez? Eles vão matar a gente. – Inori levou as mãos aos cabelos lilás.

— Não vão não. – as mãos ergueram seu queixo. – Eu não permitirei. – ela encarou sua própria imagem. – Você sempre confiou em mim todos esses anos, nós sempre fomos tudo o que tínhamos e podíamos nos apegar. – Valkyrie falava enquanto a outra balançava a cabeça negativamente. – Pare de me deter e deixe-me protegê-la como sempre fiz.

Inori olhou fundo em seus próprios olhos. – Ou será que quer voltar a ser uma garotinha frágil e assustada? A pergunta resoou em sua mente.

Nevar! – a mulher no meio da sala falou em voz alta abrindo os olhos.

— Never? – Maxiez murmurou ainda meio inconsciente. A personalidade dupla de Inori se voltou para ele e viu que o garoto sorria de canto.

Yes, nevar! – ela falou propositalmente com sotaque britânico. Entendi tudo, vou acabar com isso.


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Notas finais do capítulo

Voltei galera, melhor do que nunca e com o meu capítulo favorito até agora.
Já peço desculpas pelos erros, vi que tem vários nos capítulos passados, mas não tô podendo corrigir. Mandem nos comentários que logo, logo eu conserto. =D

Curiosidades:
O método de fabricação de diamantes é real.
O Lago Natron também existe e petrifica animais.



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