Em cima do telhado

O ar é tão frio e tão calmo

(Don't Jump - Tokio Hotel)

Eu caminhava lentamente até o parapeito do telhado. Uma parte de mim gritava desesperadamente para mim não pular, mas em compensação uma parte maior prometia que se eu fizesse isso a dor iria passar, eu estava um pouco bêbado, mas eu podia muito bem sentir que aquilo só iria passar se eu pulasse.

BIA P.O.V.

Eu não disse nada demais, foi uma briga normal como qualquer outra. Eu agora procurava ele desesperadamente, não estava achando, quando eu vi um grupo de pessoas brigando, foi quando resolvi desviar meus olhos para o prédio, ele estava lá, parado, imóvel como uma estatua. Perfeito como uma estatua. Eu não pensei em mas nada, a não ser correr até aquele telhado e tira-lo de lá.

[...]

Durante a briga:

- Bill, eu te odeio - Ela gritou saindo de perto de mim.

Não, não podia ser verdade, eu a amava, ainda amo, mas ela me odeia. Uma dor como se cravassem uma faca em meu coração me atingiu quando eu pensei nisso.

[...]

Eu subia rápidas as escadas, ele não podia fazer isto, não comigo, eu amava ele. Ou melhor, amo ele.

Eu grito durante a noite por você

Não torne isso real

Não pule

As luzes não vão te guiar

Elas estão enganando você

Não pule

Não deixe as lembranças irem embora

De mim e de você

O mundo está lá em baixo

Fora de vista

Por favor, não pule!

(Don't Jump - Tokio Hotel)

Quando eu finalmente cheguei perto dele ele me olhou nos olhos chacoalhou a cabeça e continuou a olhar para baixa, para seu fim, para o fim do nosso amor. Para o fim de todos nossos planos, para o fim do nosso mundo.

-Bill, eu te amo, não faz isso. - Eu pedia entre soluços e lágrimas.

-Tarde demais para perceber isto, sinto muito, eu te amava, eu te amo, mas estou muito magoado. - Ele disse colocando o pé para fora e pulando.

-NÃO - Eu gritei desesperada. Era assim que minha história com ele iria terminar?

Tudo um dia tem um fim, alguns nos deixam traumatizadas, outros nos deixam felizes.