High School escrita por Paulinha Almeida


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Fanfic inteiramente dedicada às minhas lindas Cella Black (http://fanfiction.com.br/u/456561/) e LEvans (http://fanfiction.com.br/u/398310/), minhas gêmeas preferidas que hoje completam 17 aninhos.
Apesar da distância, sintam-se abraçadas, e saibam que meu whatsapp não teria a mesma graça sem nossas conversas diárias! Eu amo ser a sis mais velha de vocês ♥
***
Enjoy



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Eu sempre fui apaixonado por Lily Evans.

E quando eu digo sempre, quero dizer que desde o meu primeiro dia de aula, enquanto eu estava sentado sozinho na ultima mesa da praça de alimentação e a vi passar, linda e ruiva, rodeada de garotas e alguns garotos que a escutavam e seguiam com olhar fascinado, eu soube imediatamente que eu seria um de seus admiradores.

Isso aconteceu há quase três anos, quando eu me mudei com meus pais para cidade em que ela morava desde sempre. Naquele dia eu deduzi, equivocadamente, que eu e ela nunca nos suportaríamos.

Tal concepção estava embasada na visão que eu tinha de garotas populares da minha antiga cidade. Eu as via sempre com um ar constantemente esnobe para todos ao redor e envoltas em uma áurea tão espessa de autoconfiança que as fazia insuportavelmente inalcançáveis. Aliado a isso, elas também eram sempre muito bonitas.

E James Potter era, pelo menos onde morava antes, o rei da simpatia. Eu era conhecido por todos por três motivos básicos: minha habilidade em física quântica, minha educação que se estendia a todos, independente do que fossem, e do meu sorriso de canto. Logo, um cara como eu nunca se envolveria com uma líder de torcida mimada e irritante.

Não por mais do que alguns minutos, pelo menos.

Mas Lily era diferente, inclusive no quesito beleza. Enquanto o modelo básico de garota popular era muito bonita ela era, na verdade, insuportavelmente linda.

A minha garota era nobre, não se achava maior do que ninguém, sempre ajudava quem precisasse (principalmente em Física, e eu não pude deixar de pensar em quão curioso era ela ser boa na mesma coisa que eu, enquanto o resto do mundo odiava essa matéria). Na verdade era tão alcançável, e tão real para todos, que não havia uma pessoa sequer que não a conhecesse exatamente por isso: sua simpatia.

Ela só não sabia ainda que era minha garota. Mas eu sabia muito bem quantos garotos queriam ser o “garoto” dela, e talvez esse tenha sido um dos motivos de ela ter se tornado uma obsessão pra mim.

Meu primeiro mês nessa nova vida foi o mais sem graça possível, porque as duas únicas pessoas que eu conhecia nesse lugar eram meu pai e minha mãe. Minha rotina se resumia a ir à escola e conhecer um pouco do meu novo bairro nas horas vagas.

Em uma dessas rotas de exploração, me deparei com um parque de rua onde dois rapazes jogavam basquete apenas como distração, e os reconheci como sendo meus colegas de sala. Remus e Sirius já tinham me cumprimentado uma ou duas vezes, nada além disso. Mas assim que me viram eu fui convidado para me juntar a eles.

A partir dessa tarde, eu não me sentei mais sozinho na hora do intervalo e rapidamente meu círculo de amizade foi aumentando. Quando as férias do meio do ano chegaram, eu já tinha vários colegas na escola e dois amigos próximos a ponto de visitar a casa um do outro e passar tardes inteiras jogando vídeo games ou fazendo qualquer outra coisa.

Fazer amigos como eles foi o segundo ponto positivo que eu consegui enxergar nessa mudança. Descobrir que Lily era uma pessoa amável e não a patricinha mimada que eu havia imaginado, foi o primeiro.

No entanto, nós dois nunca tínhamos nem nos falado. Ela nunca tinha me dado espaço para nenhuma aproximação e era tão amável que eu simplesmente não sabia com abordá-la. Eu continuei, mesmo assim, a admirá-la quando ela passava, mas continuei esperando que ela demonstrasse algum tipo de receptividade comigo.

A fama do meu sorriso de canto eu já conhecia desde alguns anos atrás, e não demorou muito para que minhas novas colegas da escola começassem a suspirar quando eu passava. Entrar para o time de basquete no terceiro bimestre daquele ano acelerou esse processo.

Eu era considerado um cara quieto, se comparado a Sirius e Remus que eram os reis da palhaçada e da indiscrição. No entanto, isso não quer dizer que eu não tenha aceitado alguns e feito outros convites para o cinema.

Lily infelizmente não estava nessa lista, e eu já tinha percebido a essa altura que ela nunca me convidaria, ou sequer aceitaria meu convite.

O problema nem era tanto o medo de ouvir um “não” como resposta, mesmo eu achando que uma negativa dela não seria normal como outras que já levei. O caso, nessa nossa falta de relação, é que ela nunca tinha me dirigido uma palavra sequer. Mesmo o “oi” discreto que eu tentei algumas vezes foi respondido apenas com um aceno de cabeça.

Então eu entendi que nem adiantaria tentar, e passei a me contentar em admirá-la ao longe, principalmente nos dias de verão em que ela insistia em usar a saia de pregas do uniforme que lhe cobria até pouco acima dos joelhos. Era simplesmente glorioso o jeito como o tecido ondulava sobre sua bunda enquanto ela caminhava lentamente.

Em dia bem quente de verão, em que ela usava aquela saia que também habitava meus sonhos, ela cruzou o pátio caminhando rápido e eu acompanhei cegamente cada pedacinho a mais de coxa que o ondular do tecido revelava, até que Remus cortou o silencio.

—Ok, eu falo ou você fala? – Perguntou a Sirius, já sorrindo.

—Eu falo, porque eu sou mais sentimental. – Ele se justificou e antes que continuasse eu gargalhei enquanto ele se virava pra mim e falava, sem muita cerimônia. – James, meu caro, você precisa falar pra ruiva que gosta dela.

—E quem te disse que eu gosto dela? – Perguntei rindo.

—Ok, vamos fingir que você não está tentando mentir pra gente. – Continuou como se não tivesse sido interrompido. – É burrice de sua parte ficar escondendo que gosta da Lily e deixar espaço pra outras pessoas fazerem isso no seu lugar. Fiquei sabendo que semana passada ela aceitou o convite do idiota do Teodoro para irem ao cinema.

Instantaneamente eu me senti meio estranho com essa noticia, e perguntei a primeira coisa que me deu vontade de saber.

—E eles foram?

—Não sei. Mas se foram, não deu em nada porque hoje eles se cumprimentaram normal, como sempre. – Remus respondeu dessa vez.

Nesse momento Lily entrou novamente por onde havia saído e caminhou em direção à escada que a levaria ao andar de cima. Quando passou por nossa mesa, ela acenou sorridente para Sirius e Remus e continuou seu caminho após me lançar apenas um aceno quase imperceptível com a cabeça.

—Ok, eu não gosto dela exatamente. Mas ela é super gostosa e me atrai pra caralho. – Informei não sendo totalmente sincero e eles fizeram um gesto exagerado de concordância. – Mas o que exatamente vocês sugerem que eu faça? Ela nem me olha.

Eu expressei minha consternação, já que era a primeira vez que eu tinha a oportunidade de falar sobre isso com alguém, e admitir em voz alta que ela me ignorava enquanto eu gostaria de estar aproveitando nosso tempo de uma maneira bem mais interessante e prazerosa feria meu orgulho.

Os dois se olharam como se eu não estivesse entendendo nada do que se passava ali e Sirius se inclinou sobre a mesa para explicar melhor.

—Você já viu Lily não cumprimentar decentemente alguém nesse lugar? – Perguntou pausadamente, como se eu fosse uma criança.

Eu sempre me irritava quando Sirius fazia isso, mas segurei a vontade de dar um soco nele e apenas respondi.

—Não. Só comigo. – Respondi quando percebi que ele não continuaria enquanto eu não fizesse isso.

—Então, James. Essa é a explicação de tudo. – Remus completou o raciocínio.

—Pense. – Sirius voltou a falar sem necessariamente me dar tempo para pensar. – Você é a única pessoa que ela trata diferente, isso só pode significar duas coisas: ela te odeia muito...

—E Lily não é o tipo de gente que odeia as pessoas. – Remus interrompeu. – A menos, sei lá, que você tenha matado o gato dela afogado.

—Ela tem um gato? – Perguntei na esperança de ter uma informação a mais.

—É um exemplo, seu burro! – Sirius exclamou enquanto me dava um tapa na cabeça e Remus afundava o rosto nas mãos, incrédulo, enquanto ria de mim.

—Ta, desculpa! – Falei enquanto deixava minha cabeça a uma distancia segura de suas mãos.

—Continuando. – Anunciou se ajeitando novamente em seu lugar. – Ou ela te odeia muito, ou você é diferente pra ela.

—Ou você fede e ela não quer chegar perto. – Remus finalizou o raciocínio.

Ri junto quando os dois gargalharam e assim que ficamos sérios eu resolvi aproveitar o fato de que eles a viam todos os dias pelo menos desde a primeira série.

—Ok! – Interrompi fazendo os dois me olharem. – Vocês a conhecem faz tempo, não é? Me digam o que sabem sobre isso.

—Cara, esse é o problema. Não temos como ajudar. – Remus respondeu.

—Lily nunca namorou antes. Pelo menos ninguém da escola. – Sirius completou, diante da minha cara de dúvida. – Mas isso não quer dizer que ela não tenha tido uns casos com algumas pessoas.

Esclareceu e piscou ao final.

—Mas, uma coisa eu te digo. – Remus interrompeu o silencio e eu o olhei. – Ela não trata você igual trata os caras com quem ela já teve algo. Na verdade, eles eram tratados exatamente iguais a todas as outras pessoas.

—Isso é bom? – Perguntei em dúvida.

—Depende. Por ser ótimo, e pode ser péssimo. – Sirius deu de ombros antes de continuar. – Uma coisa pode ter certeza, em muitos anos convivendo com ela, eu já consegui perceber que Lily é demais.

—Verdade, ela é demais. – Remus concordou e eu me calei.

Nosso intervalo acabou nesse momento, e eu não tive muito tempo mais para pensar no assunto durante as outras aulas. Como era dia de treino, fiquei na escola até tarde e quando cheguei em casa apenas comi com meus pais e fui dormir.

O resto da semana pensei no que Sirius e Remus me disseram, e observei o modo como ela agia. Minha conclusão, como eles haviam dito, poderiam ser ótimas ou péssimas: eu era o único a quem ela ignorava. E tenho certeza de que era proposital.

Não que eu tenha levado aquela ultimo comentário a serio, mas só por precaução eu perguntei à minha mãe, um dia sozinhos em casa, se meu perfume era cheiroso. Ela me disse que era muito.

Nós já estávamos no final do ano letivo quando eu decidi que precisaria fazer alguma coisa caso quisesse descobrir o que exatamente Lily sentia – ou não – em relação a mim.

Todas as minhas tentativas de aproximação foram falhas, e eu tentei de muitas maneiras. Não a encontrei na biblioteca, ela não foi a nenhum jogo e nenhum treino, infelizmente não tínhamos nenhuma aula juntos e, para minha infelicidade momentânea, eu também era bom em física e pedir ajuda com a matéria seria patético.

Em nosso ultimo dia de aula do primeiro ano eu, Remus e Sirius estávamos completamente sorridentes assim que a ultima aula acabou enquanto caminhávamos em direção à saída para voltar somente dali a dois meses. Quando viramos à direita no pátio que nos daria acesso à rua, Lily vinha apressada na direção oposta e quase se chocou conta mim.

Precisei colocar ambas as mãos em sua cintura para evitar nosso impacto, e sem pensar abaixei meu rosto vários centímetros de encontro ao seu e dei um beijo em sua bochecha, seguido de um:

—Tchau Lily.

—Tchau James. – Ela respondeu mais baixo do que o normal, em um meio sorriso e com as bochechas muito vermelhas.

A soltei sorrindo de volta e cada um continuou o caminho que estava fazendo. Sem conseguir disfarçar a satisfação de finalmente entender o que meus amigos haviam falado algumas semanas atrás, os encarei enquanto eles me lançavam um olhar de “eu avisei”.

—E então? – Remus provocou me dando uma cotovelada assim que me juntei a eles novamente.

—Vocês já tinham reparado como meu nome é sexy? – Perguntei me referindo à maneira como ela o pronunciou, e que me fez imaginar coisas.

—Eu reparei que ela sabe seu nome, e só isso já é de se espantar. – Remus respondeu enquanto Sirius ria.

—Segundo ano que me aguarde. – Sentenciei e os dois riram ao meu lado.

Fiz uma viagem de três semanas para a casa dos meus avós, na antiga cidade onde eu morava e curiosamente eu já não tinha aquela vontade absurda de voltar. Remus e Sirius foram presença constante, principalmente quando meus pais viajaram durante três dias e eu fiquei sozinho em casa.

Eu nunca soube onde Lily morava, apesar de saber que não era muito longe da minha casa, já que ela sempre ia a pé para a escola, como eu, mas mesmo assim não a encontrei nenhuma vez durante as férias.

O mesmo não se pode dizer dos meus amigos, que se tornaram frequentadores assíduos da minha casa. No fim das férias, minha mãe já tinha virado “tia” e perguntado umas duas ou três vezes, brincando é claro, se não seria melhor adotá-los de uma vez.

No meu primeiro dia de aula do segundo ano eu cheguei à escola atrasado, procurei meu nome na lista e segui para minha nova sala de aula. Atravessei a escola correndo e entrei na aula de gramática quando esta já havia começado há dez minutos.

Eu estava um tanto ofegante e irritado por ter que acordar cedo, mas tudo desapareceu quando eu reparei que o único lugar vago era ao lado de Lily Evans.

Contendo o sorriso que senti vontade de soltar, olhei um pouco ao fundo e vi Sirius e Remus me lançando olhares sugestivos.

Assim que ela percebeu que eu me sentaria ao lado vi suas bochechas corarem e ela morder o lábio enquanto olhava algumas anotações em seu caderno.

—Oi Lily. – Cumprimentei quando me sentei ao seu lado e lhe lançando um dos meus característicos sorrisos de canto.

Ela não me respondeu, mas sorriu timidamente em minha direção.

Nós tínhamos seis aulas semanais de gramatica, as quais eu ansiava fortemente para poder me aproximar e colocar em pratica meus planos de tê-la para mim. Ela não falava muito durante as aulas, sempre prestando muita atenção, mas em poucos dias ela já sorria e me cumprimentava quando eu me sentava ao seu lado.

Passada a fase de me ignorar, Lily começou a se mostrar uma companheira de classe divertida, apesar de profundamente focada nos estudos. Na primeira vez em que ela soltou uma piada, ainda que muito sutil, eu quase engasguei de susto antes de começar a rir, porque realmente havia sido muito engraçada.

Imediatamente a voz de Sirius me veio à cabeça: “Lily é demais.”.

Ao fim do primeiro bimestre eu já acompanhava até sua próxima aula quando o tempo de Gramática se encerrava e, seguindo conselhos nada sutis, comecei a dar a entender que me interessava muito por ela, e não só como colega de classe.

—Você é muito bonita, sabia? – Falei um dia enquanto ela gargalhava baixinho em meio a um comentário que fiz a respeito da roupa colorida demais que o professor estava usando.

Antes de me agradecer suas bochechas adquiriram um tom tão avermelhado que quase se confundiram com os cabelos e ela soltou uma risadinha sem graça que a fez ficar irresistível. Depois do meu elogio repentino ela não falou mais durante a aula, mas percebi que passou o resto da manhã a arrumar os cabelos com mais frequência, sempre preocupada com a aparência.

Senti vontade de dizer que ela poderia parar de se preocupar, pois ficaria linda de qualquer maneira. Mas achei demais para um dia só.

Desde então, eu me mostrava mais próxima e mais atencioso sempre que ela se dirigia a mim, e a prova de que ela percebeu – e gostou – da minha aproximação foi seu leve tremor quando, durante uma explicação sobre o uso de locuções adjetivas, eu segurei sua mão por cima da mesa e a acariciei levemente.

—Vamos? – Convidei me referindo ao intervalo anunciado, ainda com sua mão entre as minhas.

—Hoje não vou, desculpe. – Falou de uma maneira tão ressentida que mostrava que ela realmente sentia muito não poder ir. – Marquei de me encontrar com a Alicia aqui e discutirmos o trabalho de Física.

—Não tem problema. – A tranquilizei antes de me aproximar e beijar sua bochecha mais demoradamente que o normal. – Até amanhã.

Me levantei enquanto ela ainda me olhava corada e depois de sorrir em sua direção saí da sala. Como previsto, Remus e Sirius estavam do lado de fora me esperando e bastou que eu pisasse no corredor para que me cercassem.

—Cara, quanta evolução! – Remus elogiou e eu sorri.

—Nunca se esqueça de que deve isso a nós dois. – Sirius me lembrou sem nenhuma modesta.

—Já se pegaram? – Remus quis saber, curioso.

—Ainda não. – Respondi me lamentando.

—Não se preocupe, meu caro James. – Sirius argumentou com leves tapinhas em minhas costas. – Bastou olhar a expressão dela quando você a beijou para saber que a ruiva ta no papo.

—Cala a boca, Sirius! – O repreendi antes de acompanhá-los em uma gargalhada demorada.

No dia seguinte, em uma quinta-feira particularmente chuvosa, cheguei à escola quando já havia se passado quinze minutos do inicio da aula. Corri até a sala do Sr. Flitwick e entrei rapidamente após um apressado pedido de desculpas.

Assim que me sentei ao lado de Lily sorri em sua direção e ela correspondeu com um sorriso um pouco maior do que o dos outros dias, virando-se para frente em seguida e falando e comentando em um falso tom de repreensão.

—Está atrasado de novo, Potter. – Finalizou prendendo uma risada e ainda mirando a lousa, onde o professor anotava algo que parecia orientação para algum trabalho.

—Desculpe te fazer ficar com saudade, Evans. – Respondi em seu ouvido e a observei sorrir, ainda sem me olhar.

Antes que ela respondesse algo a aula começou com a desculpa perfeita para que eu a visse fora dos olhos curiosos dos nossos colegas de classe: trabalho bimestral em dupla, a ser feito impreterivelmente com a pessoa com a qual nos sentávamos durante as aulas.

Notar um leve rubor e o sorriso discreto no rosto de Lily foi fácil. Difícil foi esconder minha satisfação durante o resto do dia.

Como havia muita coisa a ser feita, marcamos nosso primeiro encontro para o dia seguinte na minha casa, após a aula. Como não tínhamos nenhuma aula juntos nas sextas-feiras, eu esperei ansiosamente até que o sinal batesse indicando que estávamos liberados e corri como um louco até o portão de entrada para esperá-la onde havíamos marcado.

Como resultado, fiquei pelo menos quinze minutos plantado até que ela finalmente chegasse, mas pelo menos eu não estava mais ofegando de cansaço quando ela se aproximou.

Caminhamos juntos e em silencio os quinze minutos que separavam minha casa da escola e quando finalmente entramos na sala da minha casa, minha mãe estava nos esperando no sofá, com uma revista nas mãos e sorriu gentilmente para nós antes de dizer que havia preparado algo para comermos.

Eu nunca havia levado uma garota até minha casa, nem para fazer um trabalho, então foi um tanto constrangedor observar minha mãe nos observando com olhos avaliadores e perspicazes.

Assim que terminamos de comer minha mãe apareceu na copa e nos interrompeu quando começamos a tirar a louça da mesa.

—Não se incomodem, podem deixar que eu tiro. – Falou enquanto tirava o prato das mãos de Lily. – Querida, sinta-se a vontade.

Ela agradeceu a gentileza e me acompanhou até a sala, onde nos sentamos sobre o tapete da e colocamos os materiais necessários sobre a mesa de centro. Antes de começarmos Lily levantou os cabelos vermelhos e os prendeu em coque mal feito, apenas para que não caíssem sobre nossas anotações, e passou a escrever alguns tópicos importantes.

—O que foi? – Perguntou assim que notou que eu ainda permanecia parado e olhando para ela.

—Nada. – Respondi rapidamente e passei a escrever algumas coisas também.

Durante aproximadamente duas horas mal conversamos e, apesar de ainda faltarem muitas coisas, nosso trabalho já parecia bem estruturado. Apoiei minha lapiseira sobre a mesa e bocejei, passando as mãos sobre os olhos. Quando os abri, Lily estava fazendo o mesmo, com os olhos fechados e a boca entreaberta, totalmente desejável.

—O que foi, James? – Perguntou sorrindo quando me viu novamente olhando-a.

—Você é linda, Lily. – Repeti o elogio de alguns dias atrás e ela corou novamente, mas sorriu prendendo rapidamente o lábio inferior entre os dentes.

—Você também é bonito, Potter. – Respondeu me dando a coragem necessária para continuar.

—Mas não é só isso, Evans. – Interrompi me sentando mais perto, muito perto dessa vez.

—Não? O que mais então? – Perguntou incerta, meio tímida.

—Eu gosto de você. – Declarei de maneira firme, embora eu estivesse um pouco envergonhado.

Ela me olhou um pouco perdida, antes de enfim responder:

—Eu também gosto de você. – A ouvi dizer enquanto um sorriso enorme de satisfação estampava o meu rosto.

Interrompi o sorriso dela quando grudei nossos lábios, sentindo o gosto maravilhoso do que eu esperava ser o primeiro de muitos de seus beijos.


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Notas finais do capítulo

Olá meus amores.
Sim, eu voltei!!! o/
Bom, essa é minha primeira fic James&Lily, e espero ter me saído bem a ponto de atender as expectativas das pessoas especiais a quem ela é dedicada, e de todos os meus leitores.
A ideia inicial era uma one de presente para a Cella e outra para a LEvans, mas uma coisinha chamada TCC (que graças a Deus já acabou!) não me deixou cumprir o prometido =/
Nesse caso, aguardem porque muito em breve trarei o segundo capítulo de HS e a segunda one desse presente de aniversário que representa muito menos do que elas merecem receber. ;)
Eu estava morrendo de saudade de escrever, então pretendo retomar minhas histórias o mais rápido possível agora que já sou uma mulher graduada e não vou mais precisar dividir meu tempo com a facu!
Espero que vocês gostem. E eu consideraria uma ótima boas vindas receber muitos comentários lindos. =)
Comentem, recomendem, opinem, apareçam para que eu mate a saudade!
Até o próximo capítulo,
Beijinhos!



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