O Vampiro da Minha Vida escrita por konan facinelli


Capítulo 16
Capítulo 16 - Desculpe-me?!




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- Julian foi você que matou o Marcos?
Ele me encarava surpreso, triste, assustado... com medo?? Medo de que?!

Julian não falou nada. Só continuou me encarando. Isso está me matando!

Por que ele não fala?

- Julian, responde. - disse meio boba – é só um “não”, não é? - disse dando um sorriso amarelo.

Ele abriu a boca, mas nada saiu, tinha um nó em sua garganta. Seu silencio era uma faca em meu peito.

- Julian...

- Desculpe-me... – disse abaixando a cabeça. Logo depois ele havia desaparecido.

Meu sorriso falso desmoronou.


Desculpe-me?

Desculpe-me?

Desculpe-me!!


Desculpar de que? Não sou borra o suficiente para não saber!

Foi Julian. Julian!!

Sentei na beira da minha cama.

Por que? Por que, hein? Por que a vida adora me sacanear? Por que Deus adora me sacanear?

Merdaa!!

As lagrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.



Eu estava saindo da cozinha, indo em direção de meu quarto quando o telefone tocou. Sem vontade nenhuma, eu fui atender.

- Alô?

- Oi – disse aquela voz sorridente que eu tanto amo.

Olhei para os lados, não tinha ninguém na sala. Raquel tinha saído e Isabel estava dormindo em seu quarto. Dei um sorriso

- Ficou maluco Marcos?! - fingi estar zangada – e se fosse minha mãe que atendesse? Ou minha tia?

Ele riu.

- Eu falaria que eu era uma antiga amiguinha sua ou um amigo gay. Sei lá!

Dei uma risadinha.

- Por que ligou? - perguntei curiosa.

- Eu queria ouvir sua voz.

Eu sorri. Meu sorriso de felicidade era contagiante, tanto que Raquel, quando chegou em casa e me viu, começou a sorrir também...

Epa!!

Desliguei o telefone rapidamente.

Raquel ficou desconfiada.

- Quem era, Clara?

- Er... quem? Er... - eu ri – Gina.

- Gina, é? Então por que desligou na cara dela? - ela semi-fechou os olhos – Está me escondendo o que? - disse tentando parecer seria, o que não deu muito certo.

Eu ri de novo.

- Gina e suas tramas – dei de ombros.

- Ah – ela riu – Entendi.- disse indo para a cozinha.

Coloquei o telefone no gancho e subi para meu quarto feliz da vida. Ganhei o dia com a ligação dele.



Aquele dia tinha sido legal, eu tinha ligado para ele do meu celular depois, falamos até altas horas da noite.

Mas o melhor dia da minha vida foi outro:




Assim que saímos pelo portão da escola meu celular tocou. Helena me mandou um olhar de acusação e eu ri por isso.

- Alo?

- Clara?! - disse uma voz explosiva de felicidade. A minha voz preferida.

- Marcos? O que foi?

- Vou para BH esse final de semana!

Era a melhor noticia que eu poderia ter! Dei um sorriso enorme.

- É serio? Como assim?

- Meu pai é torcedor fanático pelo Palmeiras e vai ter jogo ele contra o Cruzeiro esse domingo aí no Mineirão – dava para sentir seu sorriso enorme pela voz – To loco pra ti ver amor! Acabei de falar com meu pai e nós dois vamos no jogo! - ele não deixava brechas para eu começar a falar, tudo saia da boca dele muito rápido – Tenho que comemorar esse fato! Nossa! - ele parecia que não acreditava no fato – Tchau amor!! Te amo!! Te amo muito!! Já to fazendo as malas! Te amo! - desligou. Eu não conseguia parar de sorrir, estava muito feliz.



O Pior?



Ele tinha me dado a senha dele para emergências. Só entrei para te dar um recado.

Emergência? Como assim? Comecei a ficar nervosa.

Que recado Matheus?

Ele demorou para responder.

Marcos morreu de overdose ontem a noite.

Fiquei em estado de choque. ELE MORREU. Senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto.

- Não – sussurrei e outra lagrima escorreu.




Eu tinha pensado que depois daquele dia eu nunca mais seria feliz.

Mas eu estava errada.



- Não vou te matar. - deu um sorriso triste.

Ficamos nos encarando.

- Por que? - perguntei curiosa e, não sei explicar o por quê, também meio ofendida.

Ele respirou fundo.

- Nos últimos trezentos anos, minha vida, se é que estou vivo, se englobava em matar gente – ele se aproximou –, eu vivia nas trevas. – se aproximou mais – E agora, estou aqui com você – encostou as costas da mão em meu rosto – uma mortal, minha presa. - ele encostou a testa na minha. - E nunca fui tão feliz.

Ele tocou os lábios frios como gelo nos meus. Ele me beijou com delicadeza. Seus lábios encostravam-se com os meus com cuidado, com medo se si mesmo. Era a melhor sensação que já tive. Esqueci onde e o porquê estava lá, só sabia que estava com Julian.


Eu estava feliz, feliz mesmo. Em tão pouco tempo, Julian tinha se tornado a minha vida, e também o motivo de te-la. Meu mundo rodava em torno dele.

Sempre me apego muito as pessoas ao meu redor, e é por isso que sofro tanto. Mas nunca achei que Julian me causaria essa dor...

Acabou que ele me causou a pior de todas...

Ri sem graça em meio as lagrimas.

Eu achava que Julian seria para sempre, sem mentiras ou complicações, mas quem disse que a vida é fácil?!

Eu achava que Julian me amava mesmo. Que ele gostava de mim...

Mas... Será que eu estava errada?




Enquanto andávamos, eu não tirava os olhos dele, não por que ele é a coisa - acho que esse é o termo certo - mais linda que já vi, mas sim por que ele tem me ajudado muito esses dias. Me alegrando, me amparando, me deixando desabafar e me impedindo da fazer besteiras, como me matar. Senti a obrigação de dizer:

- Obrigada – disse tirando meu olhar dele corada.

Me olhou confuso.

- Pelo o que?

- Por estar comigo nesses momentos difíceis – disse ainda olhando para frete.

- Nossa, que frase profunda! – debochou. Respirou fundo, seu sorriso sumiu – de nada.

Olhei para ele confusa, ele estava com a mesma cara daquele dia no sofá, a mesma expressão de dor, só que não tremia. E, como antes, meu coração apertou por vê-lo assim.

- Julian o que foi?

Ele balançou a cabeça.

- Você está me entendendo errado...

Como assim entendendo errado?

- O que?

Olhou para baixo, e respirou fundo.

- Anda, vamos andar mais rápido. Nesse passo, nem no segundo horário você vai entrar.

Ele acelerou o passo.


Sera que ele só está comigo por... obrigação? Julian não me ama? Nunca me amou? Tudo foi uma mentira?

Me coração apertou tanto que chegou a doer.

Ouvi batidas animadas na porta, que faziam uma musiquinha. Tentou abrir a porta logo depois, mas estava trancada.

- Clara? - ouvi Raquel me chamar alegremente.

Raquel. Minha mãe. Me lembro da ultima vez que ela me viu triste, enquanto eu morria aos poucos na cama, ela morria comigo enquanto tentava cuidar de mim.

Não quero vê-la daquele jeito novamente. Não mesmo.

Isso mesmo, pense em Raquel – assenti para mim mesma.

Sequei meu rosto e respirei fundo. Assenti com a cabeça mais uma vez e fui abrir a porta.

- Oi mãe – disse abrido a porta.

Raquel sorria, mas quando olhou para mim o sorriso sumiu.

- Clara você estava chorando? - perguntou preocupada. Deve ter notado meus olhos vermelhos.

- Que? - esfreguei meu olhou – Não, eu estava dormindo, eu to morrendo de sono.

- Ah ta.

- Mas qual o motivo dessa felicidade toda? - mudei de assunto.

- Ah! É que... - ela iria começar, mas parou. Olhou para os dois lados do corredor. Depois me empurrou para dentro do quarto e entrou logo em seguida e olhou de novo para os lados e fechou a porta. Depois olhou para mim, que a olhava curiosa. Ela deu uma risadinha – É que não quero de Isabel escute.

Ela andou e sentou na cadeira de minha escrivaninha. E eu andei e sentei ma borda da minha cama virada para ela.

- Eu estou planejando a uma festa pra sua tia – disse ela baixo pra mim, como criança que está fazendo uma besteira e não quer que os pais escutem.

- Ela não quer festas, mãe – resmunguei – Lembra da que você aprontou ano passado? Você vez uma festa pra ela enorme, maior que festas de casamento! Ela pode ter sido educada e ficar dando sorrizinho pra todos os convidados que você arranjou, que tinha gente que ela nunca tinha visto, parecia que todo o baixo estava lá!, mas lembra quando a festa acabou? - ela vez uma careta – Pelo visto você lembra, ela tinha falado tanto no seu ouvido que ele ficou ate vermelho!

- Ficou vermelho coisa nenhuma !– tentou se defender com um argumento idiota – E esse ano eu vou fazer diferente. Vai ser uma festa pequena, aqui em casa mesmo, só para um pessoal mais intimo. - ela bufou – eu não gosto de festas assim, mas eu acho de a Isabel vai gostar, não acha?

- Pode ser que sim.

Ela deu um enorme sorriso.

- Ótimo! Já encomendei o bolo, os salvadinhos e os docinhos. Também já chamei as pessoas mais importantes: os amigos mais intinos, o namorado e a irmã dele.

Namorado? Como assim?

- Tia Isabel está namorando?

Ela sorriu.

- Está sim. Eu só sei o nome dele, nunca o vi, mas pelo que ela me contou, ele é muito bonito e ela disse também que é mais novo que ela. Ela não tinha te contado?

Mais novo e bonito. Será que... não. Duvido bastante.

- Qual o nome dele, mãe?

- Isso você saberá amanhã. - disse levantando e se retirando do quarto.

- Mãe?

- Oi? - disse abrindo a porta.

- Você comprou aqueles chapeizinhos de aniversario?

- Quais?

- Aqueles cones estranhos, você sabe.

Ela deu uma risadinha.

- A vesta já vai ser sem grassa, tinha que ter pelo menos isso não é?

- Ótimo – disse desabando para traz.

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Notas finais do capítulo

Está aí mais um capitulo.
Me desculpem pela demora de postagem.
Espero que tenham gostado.
Como será que Clara vai agir?
quem será o namorado de Isabel? voces tem alguma suspeita de quem é? ô.õ
as respostas estarão no proximo capitulo.
agradeço aos que estão acompanhando minha fic. isso me deixa muito feliz =/
Bye Bye



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