ELA - [One-Shot] escrita por Serena Bin


Capítulo 1
Ela


Notas iniciais do capítulo

Bom dia Hunger's. Achei essa estória perdida em meu computador, já tenho escrita a bastante tempo e relendo achei bacaninha e resolvi postar para distraí-los um pouquinho. rsrsrsEsse capítulo é dedicado à Leitora Maníaca e a Baddie B, as primeiras a comentarem a fanfic anterior.Boa Leitura:)



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"É APENAS UMA FAÍSCA, MAS É SUFICIENTE PARA ME MANTER VIVA." - Last Hope - Paramore

ELA SE AGITA. Em algum lugar tento imagina-la, mas existe algo que me impede, medo.

Um terror que me parece velho, tanto quanto a vida. Algo próximo à catástrofe e a dádiva.

Não existe no mundo sensação que supere o desespero de alcançar algo que não foi esperado. Ela não fazia parte de meus planos, nunca fez, mas ela era o plano dele, sempre foi.

Olho fixamente para o horizonte onde o nascer do sol queima em um laranja brilhante fazendo com que a aliança que tenho na mão esquerda reluza.

Ainda estou perdida em mim, num labirinto de emoções onde todos os caminhos levam ao desconhecido, quando sinto que estou me perdendo, repasso a lista que me mantém na realidade.

Meu nome é Katniss Everdeen Mellark. Tenho 27 anos. Eu sou casada. Meu marido é Peeta Mellark. Eu o amo, mais que a mim mesma. Eu estou grávida.

Grávida. Sinto que me perdi.

Basta que eu feche os olhos e estou de volta à campina, prometendo a mim mesma que nunca teria filhos. Isolando-me de qualquer compromisso em me manter viva, fechando qualquer porta com o mundo, então, no segundo seguinte estou no palco de Caesar Flickermann ouvindo juntamente com Panem, que eu estou grávida e no no último momento me transfiro para a segunda arena. Peeta sorri e solta as palavras que agora mais do que nunca duvido que sejam verdade:

– Voce será uma ótima mãe.

Meus olhos se abrem e novamente estou em meu quarto.

Na cama, sob os lençóis brancos, encontra-se o causador de meu martírio. O culpado por meus delírios e medos. O responsável por colocar dentro de mim - um ser tão irremediavelmente escaço de sentimentos positivos - uma semente de amor.

A imagem que reflete no espelho, mostra uma mulher às vésperas de dar luz; as cicatrizes esticadas juntamente com a pele. Os seios fartos da substancia que manterá alimentada a pequena criatura, as mãos exitantes percorrendo a cúpula que abriga o pequeno ser.

A agitação dentro de mim se acentua, então involuntariamente eu canto:

"Bem no fundo da campina, embaixo do salgueiro, um leito de grama, um macio e verde travesseiro. Deite a cabeça e feche esses olhos cansados. E quando se abrirem, o sol já estará no alto dos prados''

A criaturinha como se fosse um mockingjay, pára para me ouvir cantar. Não posso evitar sorrir.

Inexplicavelmente mais canções saem de meus lábios, mais carinhos saem de minhas mãos, mais felicidade brota em meu coração.

Talvez seja assim, o processo que funciona em mim para gerar amor.

Rejeitar algo até a última instancia, sofrer pela rejeição e só depois se permitir experimentar para finalmente, amar.

Foi assim com Peeta e está sendo com ela.

Minha filha. Minha filha. Minha filha. - Repito lembrando-me da ligação que tenho com o bebe que se mexe dentro de mim.

Estou perdida numa estranha estrada. Fragmentos de uma felicidade diferente.

É a voz dele que me tira da pequena nuvem a qual fui envolta.

Quando viro para olhar seu rosto, vejo braços estendidos. Vou direto para eles.

– Vai ficar tudo bem. - Ele diz.

Eu concordo. Seus braços envolvem meu corpo e suas mãos estão pousadas sobre meu ventre.

São raríssimos os momentos em que sinto essa estranha felicidade, porque na maioria das vezes o que me consome é o medo de que tudo quanto amo me seja tirado de uma hora para outra.

Felizmente, para esses momentos, eu o tenho. Fico sabendo então que, não importa o quão triste tenha sido minhas perdas, há um recomeço, sempre há.

E hoje, nesse momento, o recomeço é a minha aceitação quanto a ela,e amanha quem sabe, o recomeço seja explodir como fogos de artifícios por te-la em meus braços; talvez esse seja o recomeço que colocará fim a todas essas dúvidas sobre minha maternidade.

Quem sabe o que o futuro reserva a ela, minha filha que, toma como garantia a letra da canção da campina.

"Bem no fundo da campina, embaixo do salgueiro, um leito de grama, um macio e verde travesseiro. Deite a cabeça e feche esses olhos cansados. E quando se abrirem, o sol já estará no alto dos prados''

Não há como saber.

Fecho meus olhos e prometo viver para ve-la ser feliz e quando sinto o medo querer voltar, as palavras saltam para fora.

– Voces vão ficar comigo?

Peeta sorri e com a mão ainda em meu ventre me entrega a resposta:

– Sempre.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler. :) Se gostou deixe um comentário. É rapidinho e não dó nadica de nada. :)--Estou em férias do trabalho, e devo dizer que estou editando alguns novos capítulos de minhas outras Fanfics.Aguardem.