Você Me Bagunça escrita por AnaShipper


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Gente o retorno que eu recebi foi positivo demais, até me surpreendi rs' Obrigada!
Eu não vou colocar nesse capítulo, a conversa que a Megan e o Herval tiveram, por enquanto isso vai ficar no ar um pouco.
Também preciso avisar que nos próximos capítulos o casal vai passar por uma pequena turbulência, afinal a história precisa andar, né? rsrs Mas vamos seguindo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/509589/chapter/28

Davi se aproximou devagar perto da dupla, que permanecia abraçada. Herval o viu e soltou a garota lentamente, enquanto ela enxugou uma lágrima que caiu um pouco teimosa.

–Tá tudo bem por aqui? -Davi perguntou baixo, fazendo Megan olhá-lo finalmente.

–Sim, nós estávamos só conversando.

–Você tava chorando? -Perguntou, tocando o rosto dela.

–Yeah, mas, é bobagem, já passou. Você chegou cedo...

–Pois é, Davi, eu achei que lá na Marra tivesse muito o que fazer, do jeito que estão as coisas... -Herval disse, antes que Davi respondesse.

–Eu cheguei cedo, porque eu tinha uma coisa pra falar com você, Megan, tem um tempinho pra mim? -Ele perguntou logo em seguida, como se Herval não tivesse dito nada.

–Claro que sim, amor. -Ela disse enquanto abraçava sua cintura e encostava a cabeça em seu peito. Ela não pôde deixar de notar que o namorado estava sério, ele e Herval se encaravam com um ar estranho. Nem desconfiava da briga que os dois tiveram, muito menos dos pensamentos e desconfianças que começavam a ganhar força na mente de Davi.

Para ele era muito estranho toda aquela situação. Já tinha pensado em conversar com Rita sobre o assunto, mas a tia não iria confiar em Jonas mais do que em Herval, na verdade, ele nem sabia como ele mesmo confiava. Mas desde que Jonas entrara na vida dele, o Herval de sempre tinha ido embora. Era como se ele se sentisse ameaçado pela presença do empresário e não conseguisse controlar um temperamento que ninguém conheca até então.

–É sobre o seu pai. Vamo lá pra casa?

Ao ouvir o tema do assunto, a garota se soltou dele, sua expressão mudou.

–Davi, se é isso, eu não sei se quero tocar nesse assunto.

Herval sorriu, já que permanecia ali ouvindo tudo. E resolveu interferir:

–Megan, se você quiser, pode ficar aqui mais um pouco. Você lembra daquela ideia que você deu de mesclar um pouco de informática com inglês pra gente dar uma aula juntos? Então, a gente podia planejar ela agora.

A garota sorriu parecendo concordar com a ideia.

–Megan, eu insisto... -Davi tentou convencê-la.

–E eu te peço, por favor, vamos deixar isso pra depois. Finalmente eu tô fazendo algo que eu gosto. Eu sei que dad está com problemas, mas nunca precisou de mim pra nada, não é agora que isso vai mudar. Depois eu te encontro no seu apartamento, ok?-Ela finalizou lhe dando um beijo que ele considerou rápido demais. Talvez pela empolgação dela em permanecer na companhia do seu mais novo melhor amigo. Já não sabia se sentia preocupação, ciúme, ou os dois ao mesmo tempo. De qualquer forma, saiu dali muito a contragosto, porém Megan pareceu não perceber.

Ela estava se sentindo tão importante naquele lugar, era ali tudo que exigiam que ela fosse, mas sem nenhum esforço, pois aprendeu a amar cada canto daquela ONG e cada criança que convivia. A conversa que teve com Herval naquela manhã serviu para afastá-la ainda mais de Jonas, apesar de sua doença, mas no momento preferia não pensar isso. O que ouviu também a isentava de qualquer culpa.

Davi não foi diretamente para casa. Primeiro foi visitar Matias, mas o tio informou que ele tinha saído para procurar emprego e ainda não voltara, então passou um tempo no seu antigo quarto. A antiga cama ainda estava lá, na verdade, quase tudo deixara ali, afinal os tios não usariam o espaço tão cedo. Só evou para o apartamento ítens indispensáveis e os poucos móveis que agora tinha, ele comprou antes de se mudar. Então ficou um pouco ali e depois foi andando pelas ruas, até encontrar o amigo Ernesto que o convidou para ir beber alguma coisa. Aceitou sem pensar duas vezes.

Assim, ouviu atentamente as queixas do rapaz sobre a sua vida. Que apesar de agora trabalhar na Marra, sentia que ficaria sem rumo caso a empresa falisse. Davi então contou da proposta de Jonas o que deixou Ernesto eufórico.

–Davi, você não é louco de recusar uma oportunidade dessas!

–Eu sabia que você diria isso...

–E quem não diria? Você tem noção do que isso significa? Aliás, você tem noção do que deve ter significado pro Jonas te propor algo assim?

Davi entornou o copo mais uma vez, antes de responder.

–Sei. Isso de alguma forma redimiu o Jonas de algumas queixas que eu tinha contra ele, não pelo ato em sí, mas pela atitude, entende?

O amigo assentiu, mas começou a entender que para Davi era mais difícil tomar alguma decisão sobre aquele assunto. Tinha muito mais coisa envolvida ali do que apenas dúvida se daria conta ou não.

–Davi, sério cara, podem dizer o que quiser do Jonas, que ele é assassino, ladrão, qualquer coisa, mas só uma é um fato até agora: ele é um visionário. E ele te escolheu, não uma, mais duas vezes. E a segunda vez põe em risco tudo que ele construiu a vida toda. Então, chegou a sua hora de agir, fazer jus a essa confiança que ele te depositou.

–Eu sei e vou pensar nisso, mas ainda tenho que conversar com a Megan sobre esse assunto.

–Iih cara, cê acha que ela te daria força pra dizer sim?

–Não faço a menor ideia, digamos que a confiança dela no pai é atualmente: zero.

–Que barra, hein?

–Nem fala, e é por isso que eu já vou indo - disse já se levantando, deixou o dinheiro da
conta sobre a mesa e se despediu.

*** *** ****

Chegou em casa um pouco antes de Megan, sentou no sofá meio sem vontade de pegar o computador para dar uma encaminhada no trabalho que trouxera pra casa. Realmente não tinha cabeça para isso, principalmente depois de ter bebido. Estava meio tonto e muito sonolento. Então quando viu Megan entrar, demorou um pouco para assimilar que ainda tinham que conversar.

Ela foi até ele muito carinhosa, sentou em seu colo.

–Que bom que você chegou, lembra que a gente precisa ter uma conversa, né?

–Aham - Ela mal respondeu, pois nesse momento atacava o pescoço dele com beijos e sua orelha com mordidas que sempre lhe desconcentravam, como ela sabia bem.

–E nem adianta... tentar fugir... com esse joguinho de sedução, tá ouvindo?

Ela deu um risinho e um suspiro bem perto do seu ouvido que o arrepiou por completo. Megan tinha consciência do efeito que causava nele, às vezes, sem querer, isso acontecia e ela sempre achava graça. Aproveitou o momento e beijou sua boca o impedindo de dizer qualquer coisa. Davi poderia tentar se recusar e ser firme, mas foi se deixando levar aos poucos. Quando viu, já estava sem ar e querendo mais. Como ela permanecia em seu colo, foi fácil para ele deitá-la ali mesmo, apoiando a cabeça dela no braço do sofá, que sorriu com o fato de ter conseguido fazê-lo esquecer tão rápido da conversa que queria evitar. Sem contar, é cláro, o fato de que estava com muita saudade dele. Até que parou de beijá-lo, de repente. Ele estranhou e perguntou o porquê dela ter parado.

–Você bebeu?

–Só um pouco, por quê?

Ela riu.

–Não tô te recriminando, eu sou a última pessoa que poderia fazer isso, só não sabia que você tinha esse costume.

–Só às vezes, quando eu tô mal, quando preciso relaxar um pouco, enfim...

–Aconteceu alguma coisa?

Eles então sentaram novamente.

–Era o motivo por eu querer conversar.

–Ah claro, meu pai já te envolveu nos problemas dele, né?

A garota se levantou no mesmo instante.

–Megan, não, espera, deixa eu te falar...

–Não, Davi, eu não quero saber de nada disso agora, por favor. Agora, o que você acha de eu fazer um chá pra você? É sempre bom depois de beber.

Davi sabia que ela estava fugindo, mas não pôde deixar de perguntar:

–Chá? Nunca te imaginei fazendo chazinho pra tratar de bebedeira. -Ele brincou enquanto ela riu também.

–Ah, Davi, eu também não sou uma imprestável que não sabe fazer nada, né? De vez em quando eu sei me virar sozinha. -Ela falava já na direção da cozinha. Davi resolveu esperar, talvez ela baixasse a guarda.

Em alguns minutos ela trouxe o chá e deu para que Davi provasse, que se surpreendeu.

–Nossa, muito bom, e meio diferente também.

–Sim, esse eu aprendi com um ex-namorado inglês, o Charlie, lá eles tomam chá o tempo todo e toda vez que eu bebia ele me levava pra casa e me oferecia um desses. -Ela riu e fez uma última observação - Ele tinha um sotaque fofo...

–Hum... Grande coisa! Sou mais o meu... -ele olhou com desdém e uma expressão bravinha que fez a garota sorrir.

–Baby, você fica mais lindo ainda com ciúme.

–Ciúme... Nada a ver, nada disso, só não acho nada agradável você ficar falando nos seus antigos namorados, ainda mais assim toda derretida.

Ela achava engraçado como ele só conseguiu demonstrar mais ainda negando, mas disse apenas:

–Sorry!

Ela levantou e foi até a cozinha pegar uma xícara para ela também.

Ele tomou mais um gole e a olhou, todo pensativo.

–Megan... -Chamou, enquanto a garota voltava.

–Hum?

–Foram muitos mesmo... os seus... namorados?

Com isso ela colocou a xícara sobre a mesinha e riu, indo até ele novamente.

–Não acredite em tudo que você já leu sobre mim. E mesmo que seja verdade, que diferença faz agora?

–Nada não, idiotice minha... -Acariciou o rosto dela e beijou cada canto dele, antes de recomeçar de onde tinham parado. E assim, até ele mesmo acabou esquecendo qualquer outra coisa que precisasse fazer. Nada era tão importante quanto esses momentos que preenchiam todos os vazios e deixavam todo o resto tão insignificante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem os erros.
Ah, se alguém percebeu, eu diminuí drasticamente o inglês, sei lá, acho que a fic vai chegar num momento que isso ia atrapalhar muito. Fora que é até natural a Megan, vivendo já há um bom tempo no Brasil, passasse a falar melhor o português.
Ah eu mudei a capa da fic, espero que gostem.
Bjs!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você Me Bagunça" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.