Apenas Colegas de Apê escrita por Dreamy Girl


Capítulo 77
Até que a morte nos separe


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooi meussss amooooores!
Eu tô postando rápido, não sei pq ,já que agora faltam sete capítulos pro fim 😢
Já estou em clima de despedida, mas sei que terei muuitas boas lembranças dessa época, principalmente vocês.



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– Vamos embora? Tô cansada. - peço de repente, enquanto andamos pelo shopping.

– Pra sua casa ou pra minha?

– Sei lá, você que sabe.

– Tá, vamos lá no Apê.

Nos direcionamos à saída e vamos para o Apê. Eu vou sempre pra lá, durmo lá de vez em quando, assim como ele também dorme lá na minha casa e da Dyl, e também fica lá, quando não estamos com vontade de sair.

Chegamos lá uns vinte minutos depois.

– Amor, vou tomar banho, tá? - aviso. Ele assente e eu subo. Tomo um banho rápido, só pra tirar o cansaço, e vou pro quarto dele. No quarto que era meu, ele fez uma espécie de academia, com alguns equipamentos de musculação, esteira, etc.

Em seu guarda-roupas, eu exigi umas gavetas pra guardar coisas minhas, já que sempre que vou lá tomo banho.

Abri as gavetas e não tinha nada lá. Só duas calcinhas. Legal.

Estava frio, e minha roupa era de calor (shorts e cropped!!!). O tempo da Califórnia é louco, muda em 10°C em questão de poucas horas. Eu, desprevinida, nem tinha roupa de frio.

Coloquei minhas roupas íntimas e abri o guarda-roupas dele.

Achei uma calça de moletom preta e vesti. Ficou grande, óbvio. Dobrei a barra até que não arrastasse no chão e fui à procura de uma blusa.

Vendo que não teria nada que não ficasse ridículo em mim, peguei um moletom qualquer e vesti.

Me olhei no espelho e comecei a rir.

– Que clichê. Meu Deus. Minha vida é muito clichê. - falei, sozinha.

Faço um rabo de cavalo e desço.

– Está estonteante, Rachel Grace! - brinca. Começo a rir.

– Como você é idiota, Steve.

– Você já me obrigou a assistir esse filme cem milhões de vezes, o mínimo é eu ter aprendido uma frasezinha e usar pra fazer graça. - ri e me pega no colo.

– Volto a dizer: você é idiota. Mas um idiota que eu amo. - enlaço minhas pernas em sua cintura e o beijo.

– Fazer o que, né? Alguns idiotas são mais idiotas que os outros. - ele fala, reprimindo um riso. Eu começo a rir de novo e dou um tapa na sua cabeça.

– Com isso quer dizer o que?

– Que você é mais idiota do que eu, por me amar.

– Cala a boca, você é incrível. Eu tenho todos os motivos pra te amar.

– Nem todos. Você sabe que eu vou morrer em breve. E mesmo assim me ama. Você poderia perfeitamente estar feliz, com ou sem outra pessoa, mas escolheu estar comigo, mesmo sabendo que o meu fim vai chegar mais cedo.

– Exatamente. Eu escolhi isso. E eu não me importo que o nosso infinito seja pequeno, o que importa é que seja nosso. Fiz essa escolha há vários meses atrás, e faria de novo se fosse necessário. Mas acho que já está bem claro que eu te amo e vou estar com você até o final. Não importa o quão cedo ele chegue.

Ele ficou me olhando e me beijou de novo.

– Desculpe por isso. - pede, sentando no sofá.

– Isso o quê? - pergunto, saindo do seu colo e sentando ao lado.

– Por tudo isso.. sei que isso te faz sofrer. E isso é o que menos quero, você sabe.

– Você não tem culpa.. ninguém tem.

– A culpa é das estrelas.. - fala, sorrindo torto.

– Estrelas idiotas que querem tirar você de mim.

***

O celular dele vibra.

Levanto, vou até ele, coloco a senha e abro a mensagem. Invasão de privacidade mesmo.

"E aí, irmão? Bora sair hoje à noite com as meninas? Uma coisinha mais romântica, e tal, só nós quatro, em um restaurante aqui perto. O Peter e a Dyl não vão poder ir, porque eles estão em outra cidade, como você obviamente deve saber. Temos uma novidade. Topa?"

– Amor. - gritei, alto.

Ele desceu as escadas e veio até mim.

– O que foi?

Não respondo e mostro a mensagem pra ele.

– Esse seu desespero foi pela novidade, né? - pergunta, sorrindo.

– Lógico! Sabe que sou a curiosidade em pessoa.

– Sei mesmo. Nós vamos, sim, responde aí.

Respondi rápido e perguntei que horas. Liam respondeu pouco depois, dizendo que às oito. Dei um "okay" e ele não respondeu mais.

Vendo que eram seis e meia, peço pra ele me levar pra casa, já que eu não tenho roupa lá. Ele sobe pra pegar uma roupa pra ele mesmo e depois nós vamos.

Eu já estava pensando na minha roupa. Eu queria ir de calça de cintura alta e camisa (acho que nunca usei isso). Já estava agoniada com aquela roupa 50 vezes maior que eu.

Quando cheguei em casa, fui pro closet enquanto o Steve tomava banho.

Peguei a roupa e me vesti, deixando a camisa preta presa na parte da frente da calça jeans escura. Dei uma dobradinha na barra e coloquei uma sapatilha preta.

Não sei se o Steve tinha morrido no banho, ou eu que tinha me trocado rápido demais, mas ele só saiu quando eu já tinha terminado.

– Uau. Você de camisa e sapatilha é inédito pra mim. - ele fala, entrando no closet de cueca cinza e secando o cabelo.

– Eu já usei sim.. as duas. Mesmo que num passado distante. - falo, pegando a escova de dente e saindo. Ele dá um tapinha no meu bumbum. - Me respeita, rapaz. - bato na dele de volta. Ele ri e me puxa para um beijo.

– Vai lá, dama da noite. - Ele brinca por causa da minha roupa escura e bate de novo. Bato nas costas dele e saio.

Escovo os meus dentes rápido e volto pra me maquiar.

Passo BbCream, pó, faço um delineado de gatinho (ficou perfeitinho, a Gabi vai ficar orgulhosa), rímel e batom rosa, nem claro nem escuro. Fiz o contorno no rosto e gostei do resultado. As meninas acabaram me ensinando algumas coisas..

Steve apareceu lá de camisa pólo vermelha com a gola azul, calça preta e tênis.

– Vamos tirar uma foto? - ele pede. Concordo e tiramos uma foto que ficou a coisa mais linda do mundo. Ele me abraçou por trás, segurou minhas bochechas com uma mão e fez um biquinho com a minha boca. Imitou a minha cara e eu bati a foto. Sério, ficou linda.

Já eram quase quinze para as oito, então peguei minha bolsa e saímos logo.

O restaurante é um de gente fresca (tipo a Angel, que adora ele). Estava vazio, talvez pelo dia, e encontramos os dois rapidinho.

– Que tal um relógio de presente? - Gabi pergunta. Sorrio pra ela e a cumprimento.

– Foi mal. - o Steve fala, cumprimentando os dois. Dou un abraço no Liam e sentamos.

– E aí, qual é a novidade? - pergunto.

– Calma.. só depois do jantar. - Gabi diz.

– Tá brincando, né? Acha que vou aguentar?

– Vai. Ou morra. - Liam fala.

– Okay, então, tô indo. - finjo que vou levantar. Eles três riem. - É sério, gente. - faço carinha triste.

– Calma, amor. Relaxa.. - Steve me abraça de lado.

– Tá, mudando de assunto, e essa roupa toda obscura? - Liam brinca.

– É, falei a mesma coisa. Mas, caramba, ela tá muito gata. - Steve completa.

– Ela fica linda de preto. - Gabi fala, também.

– Parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui, seus ridículos. - repreendo, rindo.

Continuamos conversando qualquer coisa até a comida chegar, comemos (o que era aquela comida comida? Meu Deus, aquele risoto de frutos do mar era simplesmente maravilhoso), pedimos a sobremesa, e eles só me enrolando. Quando já estava quase indo embora, eles deram um sorriso cúmplice e Gabi finalmente começou.

– Sei que demoramos, mas a intenção era atiçar a sua curiosidade, Ray. Eu queria que vocês fossem os primeiros a saber, já que são tão importantes pra gente e pra nossa história. Se estamos onde estamos, é graças a vocês. Sem mais delongas, vou falar de uma vez.. eu estou grávida. Desde de dezembro, ou seja, já estou com cinco meses.. e já sei o sexo. É menino. Nós dois estamos muito, muito felizes. E queríamos que vocês fossem os padrinhos.. aceitam? - disparou.

Fiquei atordoada com tanta informação. A Gabi vai ser mãe. O Liam vai ser pai. É menino. Eu e o Steve vamos ser os padrinhos. Caramba.

O Steve estava feliz, e eu ainda estática, tentando assimilar tudo isso.

É óbvio que eu estava feliz por eles. Só é muita informação pra mim.

– Rach? Que foi? - o Liam pergunta, preocupado.

– Não é nada, sério. Eu tô muito contente. Parabéns. E é claro que aceito o convite! - falo, normalizando.

***

Eu estava assistindo MasterChef de pijama, no meu sofá. O Steve trabalhando pelo computador, sentado do meu lado, quando de repente, interrompe o trabalho e me olha.

– Tem vontade de ter filhos? - pergunta.

– Tenho, sim. Bastante.. mas tipo, daqui uns 4 anos. Pelo menos.

– Suas duas melhores amigas já ficaram grávidas, não se sente um pouco .. tipo, pra trás?

– Sinceramente, não. Tipo, é loucura, muito precoce. Prefiro por enquanto só curtir meu namorado, e quando a gente casar, aí sim.

– Quer casar na igreja, de véu e grinalda? - pergunta, com um sorriso torto.

– Não faço questão. Desde que um papel mostre o que eu já tenho certeza, já está perfeito. - deito no seu ombro. - E, antes que pergunte, o que tenho certeza é de que eu sou sua e você é meu, até que a morte nos separe.

Ele olhou pra baixo, sorriu e fechou o notebook.

– Já acabou? - pergunto.

– Não, é que eu achei coisa melhor pra fazer essa noite.


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