Aproveite o momento escrita por Lady Nara


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeira one e primeira fic com o casal.. Tava estudando e de repente me veio a ideia então eu tive que escrever e postar ^^ boa leitura!
Ps. Fanfic dedicada a minha irmã que é louca pelo casal.



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O vento frio que entrava pela janela ainda aberta não me incomodava. O calor dos braços dele me deixavam segura, protegida, aquecida. Ele nunca conseguiu ser o que eu sonhava quando criança, ele sempre foi muito mais que isso. Ele era o que eu precisava, o que eu queria, e o que eu amava como mulher. Ele era todos os meus desejos de garota romântica e todos os meus desejos mais obscenos de noites frias e corpos quentes em um único homem.

As mãos dele pareciam ter sido feitas para percorrer meu corpo, os lábios dele para se encaixar perfeitamente com os meus, a voz dele, sempre tão séria e fria, me fazia perder toda a sanidade, comigo ele nunca era frio. Nossos corpos se completavam.

Meu nome é Haruno Sakura e sou uma empresária conhecida do ramo de petróleo, ele se chama Uchiha Sasuke e, o mais importante que sei sobre ele, é que ele mata pessoas por dinheiro e que ele é o homem da minha vida e eu o amo.

Eu o conheci depois de uma noitada com as minhas amigas, era a despedida de solteira de Hinata, e por conta do horário, eu voltaria para casa sozinha, desastrada como sou, esbarrei num homem grotesco fedido a álcool que tentou me assaltar foi então que ele apareceu e me salvou e, como um bom cavalheiro me ofereceu companhia, nos tornamos amigos, melhores amigos e com o tempo eu vi que de príncipe encantado ele não tinha nada. Porém ainda assim, era um homem incrivelmente fantástico, de ideais nobres e olhos hipnotizantes.

O passado dele era um mistério para mim, a revelação sobre ele somente veio na noite em que tentaram me matar. No momento em que eu pensei que iria morrer o assassino parou, ele estava hesitando em me matar e então eu reconheci aqueles olhos. Eram os olhos mais lindos que eu já havia visto. Eram os olhos dele.

FLASH BACK ON

Meus três seguranças haviam sido facilmente e brutalmente mortos por aquele ser. Ele era rápido, ágil e frio. De meu escritório eu escutava os gritos cada vez mais altos e desesperados. Tentei ligar dezenas de vezes para a polícia, mas a linha tinha sido cortada, eu estava sozinha e não poderia fazer nada a não ser esperar. Esperar que chegasse a minha vez. A grande sala era iluminada somente pela luz da lua que entrava pelas frestas das venezianas na janela. Eu tremia abraçando minhas próprias pernas encolhida sob a enorme mesa de mogno que ficava no centro da sala. Tentava não chorar, mas o medo era mais forte que eu e tudo em que eu conseguia pensar era, por que?

A porta da sala foi bruscamente arrombada. Ouvi os passos dele se aproximando de mim, desta vez ele queria ser notado. Queria que eu o ouvisse e soubesse que morreria. Um frio me subiu a espinha no momento em que ouvi o som de sua lâmina. Quando ele finalmente parou, o silêncio mórbido que estava aquele lugar só era interrompido pelos meus soluços. Passei as costas de minhas mãos pela minha face, secando minhas lágrimas. Eu nunca fui uma covarde, e não morreria como uma.

Levantei-me devagar e ainda mais lentamente me virei para ver meu assassino, estávamos os dois agora exatamente sob a pouca luz que invadia a sala, e eu tive a impressão que ao ver meu rosto, ele havia hesitado. Meus olhos antes determinados agora eram curiosos, e eu soube que eles perderam o brilho ao descobrir quem era meu assassino.

E lá estava ele, os olhos encantadores tão surpresos quanto os meus, um brilho diferente os percorria, seria tristeza? Mais uma vez naquela noite, eu chorei, dessa vez não por medo mas por decepção. Então ele apenas queria matar-me? Me enganará todo aquele tempo, apenas esperando o momento perfeito para acabar o serviço? Milhões de perguntas rondavam minha mente, e tudo o que eu consegui dizer foi - Porque?

Me deixei tombar no chão novamente sem realmente me importar muito com o que viria a acontecer, um buraco se abria sob meus pés enquanto tentava assimilar o que estava acontecendo. Ele iria me matar, o que eu realmente ainda não havia entendido. Enquanto eu chorava ele apenas ficava parado na minha frente, de pé, me encarando, os olhos confusos e tristes assim como os meus. Baixei meus olhos para o chão afim de não vê-lo mais, toda aquela decepção se transformando em ódio. Ou era o amor que nutria por ele se transformando em tristeza. Eu sabia apenas que era um dor insuportável e que eu nunca a sentirá antes. Ouvi novamente o som de seus passos e rezei para que ele estivesse indo embora ou que me matasse de uma vez, mas ao invés disso ele me abraçou. O perfume dele me invadiu e num ato rápido eu o empurrei e me afastei dele o máximo que pude.

– Saia de perto de mim! Monstro! Você... o que você quer? - eu o mirava com as lágrimas nos olhos, a dor na minha voz era palpável.

– Me perdoe - arregalei os olhos ao ouvir tais palavras, era a primeira vez que eu o ouvia tão... triste e tão sincero - Me chame do quiser, me bata, me xingue, mas por favor, me perdoe. - ele tentou se aproximar de mim de novo, e novamente eu o repeli, ele ignorava completamente a situação na qual nos encontrávamos, eu tremia cada vez mais.

– Te bater? Olha o que você fez! - gritei enquanto me levantava, eu tinha perdido o controle de mim mesma - o que você pretendia? O que pretende agora?

Ele abaixou a cabeça e desviou o olhar para a espada que tinha nas mãos então voltou a falar baixo - Eu fui pago para matar quem quer que fosse que estivesse nesse lugar, mas eu não sabia que era você. - ele olhou para mim e largou a espada, tentando se aproximar mais uma vez - é isso que eu faço. Eu mato pessoas.

A revelação me fez ficar de boca aberta, eu estava horrorizada, me vi apaixonada por um monstro, por alguém sem sentimentos, que tinha que me matar.

– Por que? - perguntei quase num sussurro, encarando-o, tentando desvendá-lo.

– Meu irmão era a única família que eu tinha, e esse era o único jeito que tinha de salvá-lo. - ele disse arriscando mais um passo em minha direção. - Me perdoe.

– Não perguntei por que você mata pessoas - eu disse levantando a mão, para que ele não se aproximasse mais - perguntei por que você não me matou.

Ele arregalou os olhos e depois disse para si mesmo - Porque? Porque eu amo você. - dizendo isso ele rompeu a distância entre nós e me beijou, um beijo urgente e ao mesmo tempo calmo. Envolvente ainda que inocente. Um beijo cheio de volúpia e totalmente apaixonado.

Naquela madrugada ele me tirou do prédio, e me levou para casa, e lá eu tive a noite mais maravilhosa de toda a minha vida.

FLASH BACK OFF

Eu soube naquele dia que não me importava com o que ele fosse, com o que ele fizesse para sobreviver, para mim ele ainda era o mesmo homem, não, ele era mais. Ele sempre seria mais. Naquela noite ele me mostrou que poderia ser muito mais do que qualquer expectativa que eu tivesse. Com os primeiros raios de sol, ele me contou como tinha chegado a tal situação; E ainda com os primeiros raios de sol ele me fez novamente sua. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente era como se estivéssemos numa dança perfeitamente coreografada onde ele ditava o melhor ritmo do mundo.

Mas ele ainda era um assassino, e eu sabia que sempre seria. Por isso quando ele foi embora eu não tentei impedi-lo, apenas pedi que ele voltasse e o esperei todos os dias e todas as noites. Tentei acompanhar todos os sinais e pistas que ele deixava para mim, sabendo que somente eu, descobriria. Várias foram as vezes que eu senti que ele estava comigo sem realmente vê-lo. Até que numa tarde num mês de inverno, ele finalmente voltou. Quando cheguei em casa estava tudo coberto por flores, somente das minhas preferidas, orquídeas. Um jantar a luz de velas estava posto, e ele se aproximou sorrateiramente com aquele perfume inebriante que pertencia a próprio corpo dele e me abraçou por trás, falando em meu ouvido que estava com saudades. Eu me virei abraçando-o também, nessa altura já chorava compulsivamente. Entrelacei meus braços em seu pescoço e o beijei, demonstrando toda a falta que ele me fazia.

– Você demorou. - falei assim que parei de beijá-lo mas ainda abraçada a ele, temendo que fosse apenas mais um sonho, mas eu sabia que era real, ele era real.

– Desculpe. Tive muitas coisas a resolver, não podia deixar que você corresse perigo. - ele disse me guiando até a mesa e me servindo com uma taça de vinho.

– Onde você foi? - perguntei curiosa mas não realmente interessada, apenas desejava que dessa vez ele ficasse.

– Eu nunca fui realmente longe, eu não poderia deixá-la verdadeiramente.- o olhei com a sobrancelha erguida, era uma declaração linda, mas eu sabia que não era de toda uma verdade. - Não por muito tempo - sorri, meus olhos brilhando de felicidade, eu transbordava felicidade. Me levantei e me dirigi até ele, e deixei que meus sentimentos falassem por mim...

– Eu também amo você, Sasuke. - ele sorriu, se levantou já envolvendo minha cintura e me guiou até meu quarto, que estava ainda mais romântico que toda a casa.

E mais uma vez, nós nos seduzimos, nos tocamos, nos preenchemos, nos completamos, e nem mesmo a neve que caia lá fora me fazia frio, por que ele me esquentava, me aquecia. Eu me excitava só com o roçar da pele macia dele, marcada por algumas cicatrizes, na minha. Me arrepiava cada vez que a respiração dele ou os lábios dele alcançavam meu pescoço. O desejava cada vez que ouvia um gemido dele, me satisfazia cada vez mais com ele. E quando finalmente nos esgotamos ficamos ali deitados, abraçados, sentindo a respiração e o coração um do outro. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer, só precisávamos um do outro e assim eu me deixei pegar no sono envolvida nos braços dele. Quando o dia raiou alguns raios de sol atingiram meus olhos fazendo com que eu me acordasse. Eu ainda estava nos seus braços, mas notei que ele tentava sair sem que eu acordasse. Levantei - me quase num pulo ficando de joelhos sobre a cama enquanto ele permaneceu sentado.

– Onde você vai? - perguntei encarando-o, meu olhar demonstrava o medo de que ele fosse embora outra vez. - Onde você vai? - repeti ao receber o silêncio dele em resposta.

– Vou embora, Sakura. - ele disse abaixando a cabeça, ele não teria coragem de dizer isso olhando em meus olhos. Fiquei sem saber o que fazer, mas eu tinha que reagir dessa vez.

– Não. - ele me olhou assustado. - É a segunda vez que você faz isso. Eu tenho que te impedir dessa vez. - segurei sua mão e sorri. - Fique, por favor.

– Eu não posso colocar você em perigo, eu nunca me perdoaria se acontecesse algo a você, ficando aqui, deixo você vulnerável. - ele disse acariciando meu rosto tentando me convencer.

– Como assim, então tudo isso não significou nada? Foi apenas mais uma noite? - eu me levantei ficando de costas para ele,não queria que ele me visse chorando mais uma vez.

– Nunca mais diga isso - ele falou me virando para ele e me envolvendo num abraço - eu tenho que ir porque não consigo lutar perto de você, e agora eu tenho que fazer isso para proteger você! - olhou nos meus olhos, e eu me senti nua diante dele, não conseguir mais me conter e comecei a chorar abraçando-o com toda minha força.

– Ainda seremos amigos, quando você voltar? - amigos, amantes, companheiros, eu queria ser tudo dele e que ele fosse tudo meu. Ele me olhou triste, tanto quanto eu, talvez até mais.

– Eu... Eu não vou voltar meu amor. - eu senti o chão se abrir sob meus pés mais uma vez, não poderia ser verdade.

–Não diga isso! Não repita isso de novo! - gritei batendo em seu peito, enquanto ele ainda me abraçava tentando me acalmar. Impossível.

– Eu preciso de você! E você precisa de mim. Precisamos um do outro. - a minha voz totalmente embargada pelo choro. As lágrimas agora também manchavam a face dele, seu rosto tão bonito, os olhos dele estavam inchados, ele não dormiu, constatei, ele estava tão triste quanto eu afinal.

– É claro que vamos. Os melhores, sempre. Eu prometo. - ele me abraçou forte e eu sorri tentando controlar minhas próprias lágrimas enquanto enxugava as dele. - Mas eu tenho que ir por enquanto.

– Eu vou esperar por você. - sorri, as lágrimas aumentaram. - Sempre vou esperar por você. - eu sabia que na verdade não precisávamos de promessas, ele sempre voltaria e eu sempre estaria esperando por ele. Ele me beijou e eu me rendi á ele. Eu sempre me renderia a ele em todos os momentos que tivéssemos juntos. A cada noite em que ele me fizesse dele e eu o fizesse meu.


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