Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 2
Capitulo 01


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde...
Aqui esta o primeiro capitulo, sei que o prologo ficou bem pequeno mais eu prometo que não vou fazer capítulos pequenos assim ... No momento estou escrevendo mais duas fincs (eu não sei onde estava com a cabeça de começar outra, mas a ideia não sai da cabeça e estava atrapalhando no desenvolvimento das outras então achei melhor começar a trabalhar nela também) e pretendo não deixar nenhuma delas sem atualizar então vou revezar postando um capitulo de cada uma pelo menos.



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Assim que senti Peeta Mellark colocar a aliança de ouro em meu anelar esquerdo, soube que as coisas haviam mudado em nossa relação afinal tudo muda depois do aceito. Casar novamente nunca esteve em meus planos, mas as coisas eram diferentes agora, eu já não era mais uma garota cheia de sonhos e idealizações de que o casamento me traria a felicidade plena e uma família perfeita onde meu marido me amaria acima de tudo e de todos, dessa vez eu era uma mulher com o pé no chão além de objetivos e uma realidade bem clara em mente. Levantei o rosto e encarei meu “marido” sem deixar de observar seus olhos azuis e por um minuto senti um temor tomar conta do meu corpo e a duvida de estar ou não fazendo a coisa certa assombrou mais uma vez minha cabeça. Pela expressão concentrada e inabalável no rosto de Peeta era difícil saber se o mesmo estava sentindo aquele temor.

– E pelos poderes a mim investidos eu os declaro marido e mulher - o juiz de paz disse com um sorriso típico de alguém que acredita estar trazendo a felicidade a um jovem casal - Pode beijar a noiva.

Fiquei tensa ao ver o rosto de Peeta se aproximar lentamente, e embora soube-se que precisávamos fazer isso afinal não existe casamento sem um beijo terno para selar a união senti meu coração acelerar e minhas mãos ficarem levemente tremulas e foi com o coração acelerado que fechei os olhos e senti os lábios de Peeta suavemente juntar-se aos meus trazendo uma sensação de conforto inesperado junto, um conforto que a muito tempo não sentia. Ouvi os poucos aplausos atrás de nós e me afastei suavemente de Peeta, tentei sorrir ao me virar e olhar para o irmão dele Gale, ele e a esposa Madge eram os padrinhos e únicos convidados do nosso casamento.

Gale Mellark era o oposto do irmão em questão de aparência, era alto os olhos castanhos com os cabelos pretos e a pele morena parecia ser mais meu irmão do que de Peeta, Gale me abraçou forma fraterna assim que me aproximei.

– Vou sentir saudades vizinha – ele sorriu antes de continuar – Mas estou muito feliz de tê-la na família – virou-se para Peeta e o abraçou também – Escolheu certo dessa vez irmãozinho – Peeta apenas sorriu para o irmão enquanto recebia os comprimentos da cunhada.

Gale estava verdadeiramente feliz, já que nunca escondeu de ninguém o quanto apoiava o nosso casamento, mesmo quando explicamos ao meu melhor amigo que estávamos casando apenas por razões praticas, e que tínhamos decidido fazer um contrato com o que esperávamos um do outro, e que aquele casamento seria mais um acordo comercial do que uma historia de amor que Gale desejava para nós quando nos apresentou.

– Preciso que assinem a certidão – o juiz de paz interrompeu para a ultima formalidade da noite.

Agora não tinha mais volta a partir do momento em que assinasse aquele papel eu seria legalmente uma Mellark e novamente uma mulher casada, Peeta não hesitou ao assinar e logo em seguida passou a caneta para mim, torci para ele não notar o tremor nas minhas mãos e assinei o mais legível e rápido possível. Não estava entendendo tanto nervosismo havia pensado muito sobre a proposta de Peeta, visto os pós e contra antes de aceitar, porque agora sentia aquele temor todo.

Sempre havia sido uma pessoa pratica, as experiências dos últimos vinte e três anos me deram sabedoria para me manter presa a realidade, e era isso que Peeta havia me oferecido a realidade. Esperamos pela assinatura dos padrinhos e em seguida observei o juiz se despedir desejando felicidades. Gale também pegou o casaco dele e da esposa.

– Nós vamos indo também – disse ajudando Madge a vestir o casaco.

– Esta cedo, fiquem mais um pouco – disse tentando esconder o pânico que senti ao notar que ficaria sozinha com Peeta no momento em que meus amigos cruzassem a porta.

– Desculpa Katniss, mas nossa baba tem um encontro hoje e prometemos voltar o mais rápido possível – Madge disse abotoando o casaco – Mas não se preocupe amanhã a tarde depois do cinema trago Prim para casa.

– Se ela começar a dar trabalho pode trazê-la hoje a noite mesmo – sugeri torcendo para que ninguém notasse meu desespero. Gale que estava terminando de por o próprio casaco riu.

– Prim nunca deu um pingo de trabalho Katniss, além disso ela e Diana estão planejando o que iriam fazer hoje desde o inicio da semana, você não vai querer estragar a festa do pijama das nossas filhas, que alias são primas agora.

– Não se esqueça disso quando viermos buscar Diana nas férias pra passar uns dias com a gente no Doze – Peeta falou sorrindo para o irmão.

Não podia negar o quanto Prim gostava de Gale e Madge, e eu nunca me importei com a amizade que ela e a filha dos meus vizinhos tinham desde os dois anos quando o casal se mudou para casa ao lado, as duas adoraram saber que seriam primas e assim que Madge sugeriu uma festa do pijama no dia do casamento Prim e Diana começaram a preparar o evento que contava com filme, pipoca, doces e horas brincando de boneca. E embora não fosse a primeira vez que Prim dormia na casa vizinha eu achava que o falatório incessante de uma criança de quatro anos seria uma ótima distração aquela noite.

Em vez de ir até o distrito Dois, os filhos de Peeta haviam ficado com os avós, no distrito Doze, já que Nathan o mais velho estava participando de um campeonato de basquete, e foi com a noticia de que os garotos não viriam que Madge sugeriu que as meninas se ocupassem de outra coisa já que não faríamos festa. Gale estava saindo quando se virou para o irmão.

– Já ia esquecendo deixamos uma garrafa de vinho na cozinha divirtam-se

Evitei ao máximo olhar para Peeta quando meus amigos saíram, busquei algo para arrumar na pequena sala de estar, mas tudo já estava no seu devido lugar, embora minha vida tenha dado uma volta de trezentos e sessenta graus nada havia mudado na minha pequena casa.

– Esta arrependida Katniss? – Peeta perguntou com sinceridade, me pegando de supressa.

– Não – disse de forma rápida com uma certa vergonha de imaginar que ele percebeu meu desespero.

Em nenhum momento Peeta demostrou arrependimento ou medo da decisão que tinha tomado, e agora era tarde demais para eu me arrepender, aquele casamento de conveniência, sem envolvimento emocional era exatamente o que ambos queríamos para nossas vidas, ambos queríamos uma família além de termos nossos filhos como prioridade.

– Aqui esta sua copia do nosso contrato, já registrada como combinamos, quer ler mais uma vez? – Peeta perguntou após me entregar um envelope

Neguei com a cabeça, já havia decorado grande parte do contrato de tanto lê-lo antes de assinar, aquele contrato detalhava o que cada um deveria fazer e esperar do outro nessa união, aquele contrato era o lembrete de que aquele casamento não era de verdade.

O primeiro casamento de ambos deixou marcas e lições. A primeira esposa de Peeta havia pedido o divórcio e ido embora deixando os dois filhos para ele criar sozinho. Já meu primeiro marido havia morrido a quase dois anos deixando uma montanha de dividas de jogo e uma filha pequena para cuidar sem qualquer ajuda já que quando minha filha nasceu eu tinha deixado de trabalhar para cuidar da Prim em tempo integral.

O fato é que queriam a mesma coisa naquele momento,uma família e estabilidade para nossos filhos, mas ambos não queriam um envolvimento romântico. O acordo era simples eu faria o papel de mãe em tempo integral, cuidaria das crianças e da casa, Peeta seria o responsável pela estabilidade financeira da família e seria um pai presente essas eram as bases do contrato.

Sem ilusões de amor eterno, sem declarações ou expectativas de conto de fadas era o casamento ideal pra ambos uma parceria pelo menos foi o que pareceu quando Peeta lhe apresentou a proposta.

Porém ali sozinha com Peeta usando uma bela aliança de ouro não sentia tanta segurança em sua decisão, Peeta era um homem extremamente bonito isso ninguém poderia negar, embora fosse um pouco mais baixo que o irmão tinha um belo porte físico, os cabelos loiros levemente ondulado e claro os olhos azuis, mas não qualquer azul um azul que lembrava o oceano.

E foi nesse mesmo momento observando meu marido que percebi que esse acordou, na parte que não envolvia as crianças não seria tão fácil quanto eu pensei.


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Notas finais do capítulo

Nossa fiquei tão feliz por ver os comentários do prologo muito obrigada até o final do dia repondo cada um... Espero que tenham gostado do primeiro capitulo e comentem aceito criticas construtivas, sugestões ideias .... Tenham um ótimo final de domingo até o próximo Beijos