O segredo de Bilbo escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Capítulo Único - O amor


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá, eu acabei de escrever esse conto pequeno, não revisei ainda. Porque tanta pressa para postar? É que hoje é o aniversário da minha gatinha e esse presente é pra ela hehe.Beijos Lele ♥



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Todos sabem que os Hobbits são um povo que tem orgulho de viver tranquilamente uma rotina ao qual já estão acostumados e satisfeitos. Também são conhecidos como ágeis, embora muitos confundam com magia, mas é algo tolo de se dizer, os hobbits não se interessam por magia. Magias são problemáticas e confusas. Nada mais interessante e prazeroso para um hobbit do que ficar em frente à sua toca, fumando uma boa erva-de-cachimbo, enquanto aprecia as nuvens vagando lentamente no céu.

Mas houve um hobbit que perturbou a ordem do Condado. Esse jovem partiu em uma aventura. As pegadas deixadas para trás foram ignoradas pelos demais habitantes do Condado. Mas quando ele retornou, vivo, carregando histórias miraculosas na bagagem, todos se agachavam em volta da fogueira, abastados de comida e um bom vinho para ouvi-lo falar.

Muitas coisas, além de magia, são problemáticas e confusas para os hobbits.

Como por exemplo, encontros sem prévio aviso. Nada mais frustrante para um hobbit, do que ser pego de surpresa em sua própria casa, com uma visita inesperada. Quero dizer, não que eles não gostem de receber visitas, mas é preferível que se faça um convite antecipado. Assim poderá dar tempo para um planejamento maior. Embora, comida e bebida não faltasse na toca de um hobbit.

Após sua longa jornada, Bilbo, o hobbit em questão, estava fumando em frente à sua casa, apreciando as nuvens cortarem o céu lentamente. Em seus olhos, era possível ver uma ansiedade, assim como seus dedos tamborilando sobre as pernas. O Condado nunca fora tão tranquilo. E aquilo significava que, se quisesse aventura, era melhor cruzar as colinas florejantes.

Ele fechou os olhos, sentindo a brisa em seu rosto. Tempos difíceis haviam ficado para trás, como a tempestade castigando as estradas de terra por onde passou. Os gigantes de pedra, monstros inimagináveis e agora era hora dele aproveitar a calmaria, os banquetes ofertados pelos amigos e familiares, enquanto narrava sua grandiosa jornada. Mas o que Bilbo não contava para ninguém, é que nessa viagem, a maior aventura de sua vida, foi uma jornada de autoconhecimento.

A descoberta de sentimentos ao qual ele jamais provara antes. E um em especial, que não imaginou ser possível existir.

Fome, dor, lassidão, medo, desespero, terror, sofrimento, alegria, felicidade, alívio. Amor.

O hobbit assistia as nuvens trilhando sua jornada pelo céu azul, em direção às colinas.

Estariam elas indo para uma aventura?

Desde que retornara, nada era mais como antes. Nem mesmo suas longas caminhadas pareciam assim tão longas. Às vezes, Bilbo passava horas, até mesmo dias, caminhando pelas trilhas da floresta. Caçando, dormindo na grama, preparando a refeição em uma fogueira modesta à beira de um lago. Retornava para sua toca com o cesto de peixes cheio, mas o coração vazio.

Desde que retornara, o hobbit não se sentia mais incluso naquele lugar. Faltava-lhe mais, muito mais do que um bom fumo, vinho e pães frescos. Faltava emoção, faltava a dor, o perigo.

A quem o bolseiro queria enganar?

Faltava ele.

Faltava sua presença imponente, majestosa, vibrante. Seu cheiro.

Faltava suas palavras de força e coragem. Suas palavras de confidência.

Faltava seu abraço. A força de mil homens em um simples abraço.

Bilbo guardava em seu coração aquela aventura, aquela história era somente sua, para que, em dias assim, quando olhasse o céu e fumasse sua melhor erva e bebesse de seu melhor vinho, ele se recordasse do que Thorin lhe dissera antes de partir:

“Se mais de nós dessem mais valor a comida, bebida e música do que a tesouros, o mundo seria mais alegre. Mas, triste ou alegre, agora devo partir. Adeus! ”

Naquela tarde, quando o sol tocava as colinas, Bilbo ergueu o cálice de vinho para o além. Com um sorriso doce e lágrimas escorrendo pelos olhos:

— Eu invejo tua nova aventura, meu amado Thorin. Em breve nós iremos nos encontrar.

E ele bebeu em homenagem aquele que lhe abriu os olhos para o verdadeiro mundo e presenteou-o com algo mais precioso do que ouro. O amor.


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Notas finais do capítulo

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