Os Seguidores De Anúbis 3. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 1
Minha nova vida.


Notas iniciais do capítulo

UHUUU!
Bom, sei que o nyah não permite fotos nos capítulos e a moderação provou isso apagando todas as imagens lindas que estavam aqui nesse capítulo *Autora Chora* Entãaaaaao, fiz uma postagem no meu blog (Vulgo maloca que eu ainda estou aprendendo a mexer) com um lindo DreamCast para nós o/ Não está lá essas coisas mas peço pra vcs, coisas fofas, irem dar uma olhadinha lá e pá



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O barulho de meus passos eram a única coisa que faziam barulho naquele enorme corredor. O sol quente já me dava dor de cabeça, mas eu duvidava que aquela dor era maior do que eu sentia em meu braço esquerdo, recém ferido em uma luta.
— Santo Rá… - Murmurei.
Eu andava rápido, olhando o relógio a cada 5 segundos temendo chegar atrasada em minha reunião com o deus do sol. Praguejei mentalmente me perguntando o porquê do Duat ser tão comprido, continuando a minha caminhada apressada. Finalmente saí do sol quente, adentrando um corredor fechado ricamente decorado com pinturas antigas retratando vários deuses. Colunas brancas e douradas sustentavam o teto abobadado.
O parte do Duat no Brooklyn não chegava nem aos pés do duat no Egito, e sim, eu estava no Egito, e a mais de três anos aqui era meu lar.
Parei, sentindo um forte cheiro de perfume e uma fumaça rosada bateu contra meu corpo.
— Aí!
— Oi Ramsés! - Exclamou Nefertum, abrindo um sorriso, ja habitual, de tirar o fôlego.
— Precisa vir com tanto entusiasmo? Eu quase senti seu gosto. - Respondi, continuando a andar com ele em meu encalço.
— Pare de reclamar, eu sei que eu tenho um gosto maravilhoso.
Desde que saí com Rá mundo a fora, conheci muitas pessoas e uma delas foi Nefertum. Ele era um dos deuses que não se mudou do Egito com o passar do tempo. Foi o primeiro amigo que eu fiz aqui depois da batalha contra Set.
Nefertum era o deus dos perfumes, da primavera e da beleza. Tinha a pele negra e os olhos absurdamente azuis. Vivia sempre arrumado e com um cheiro atrativo, e apesar de toda aparência, personalidade calma e diplomática era um deus muito poderoso, já que também era parte do deus do sol.
Ele seria meu príncipe encantado perfeito, se gostasse de mim dessa forma. Nefertum, nos dias de hoje, se declarava gay e amava o mundo moderno por isso.
— Por que acha que Rá convocou essa reunião a essa hora? - Perguntou Nefertum, sorrindo com entusiasmo. - Será que a nossa pequena cadelinha voltou a atacar?
— Primeiramente não há nada de nossa, não dê títulos a ela! Quando se dá títulos você acaba se apegando e Keb não merece tanto nosso apego. E segundo, não, Keb não seria idiota de aparecer aqui dois dias seguidos. - Falei, chegando ao final do corredor.
Parei bruscamente, observando a enorme porta dupla feita de ouro, tentando adivinhar o que me esperava atrás dela.
— Amorzinho, a porta não vai se abrir sozinha… - Cantarolou Nefertum.
Suspirei, empurrando as maçanetas com toda minha força, adentrando o enorme salão dos deuses.
Assim que entramos, eu e Nefertum mudamos de forma. Minhas roupas normais evaporaram feito fumaça sendo substituídas por roupas de uma guerreira egípcia. Eu vestia uma uma vestido branco decorado com fios dourados, usava um colar de ouro com o símbolo de Rá e braceletes. As roupas de grife de Nefertum também foram trocadas por algo cafona e antigo. O deus vestia um saiote dourado enrolado em sua cintura, o peito estava nu, e um colar grande de ouro e pedras preciosas estavam pendurados em seu pescoço e tanto seus olhos como os meus estavam bem delineados com kohl.
— Pelos deuses, isso já encheu o saco! - Reclamei. - Sr. Rá!
Era isso que acontecia conosco sempre que Rá estava nostálgico. Mesmo depois de tanto tempo eu ainda me surpreendia com o tanto de poder que o deus do sol possuía, e todos me avisavam que aquilo não era nem metade. O deus tinha um poder incrível sobre o tempo e o espaço. E sempre que recordava do passado acontecia isso: nós mudavámos, como se estivéssemos nele.
— Eu nunca vou me cansar disso! Quem dera as roupas do antigo Egito fossem aceitadas até hoje! - Exclamou Nefertum, passando a mão pelo peitoral definido, olhando para o salão logo depois. - Ah mas… gente! Que depressivo está esse lugar, cadê todo mundo?! - Perguntou. Realmente o salão dos deuses estava tristemente vazio, o que era um milagre já que sempre estava repleto dos deuses mais lunáticos que já conheci na vida. O ar quente e aconchegante que exalava do lugar sempre que eu entrava nele não estava presente o que me deixou ainda mais tensa.
— Todos esses tronos vazios… - Observei, com minha voz fazendo eco.
Os vários tronos, distribuídos pelos salão formando um "U", eram diferentes um dos outros mostrando a personalidade do deus que cada um pertencia. No fim do salão, que era decorado por estátuas e outros atrativos do antigo Egito, estava o maior de todos os tronos. Irradiando um poder absurdo e um forte brilho, estava o trono de Rá. Curvei-me junto com Nefertum ao perceber que o deus do sol estava ali mas ele nem pareceu perceber nossa presença.
Rá lia um livro em silêncio apoiado despojadamente nos braços de seu trono. Ele estava forte, bonito e no auge de seu poder. Mas, diferente de sua aparência, sua personalidade não havia mudado em nada e sua superioridade também não. Rá não tirou a atenção do livro e muito menos me olhou assim que me coloquei em sua frente.
— Está com saudades de cinco mil anos atrás? O salão percebeu. - Falei.
O deus suspirou, ainda não me olhando.
— Não estou com saudades. Só… me recordando de alguns momentos. - Falou o deus do sol. - Pensando em… coisas que podem acontecer.
Eu franzi as sobrancelhas.
— Eu adoraria ter minhas roupas de volta, mas… o senhor me chamou?
— Se está aqui óbvio que a chamei, Natália… - Rá ergueu os olhos, olhando para Nefertum rapidamente. - Não recebeu nenhum recado de Nefertum?
Eu revirei os olhos.
— Ele me disse que o senhor queria me ver. Só. Algo a mais se perdeu no meio desses cachinhos perfeitos e do cheiro de perfume. - Falei, dando um sorriso.
O deus da beleza me deu um cutucão.
Rá levantou os olhos novamente, olhando-me pela primeira vez por cima de seu livro.
— Vocês dois: quando vão tomar jeito? - Perguntou. Ele fechou o livro, endireitando-se em seu trono. - Enfim, chegou a hora!
— Chegou a hora? Hora de quê?
— A hora de trazê-los, Natália. - Arregalei os olhos levemente. - Precisamos de todos os deuses aqui. E quando eu digo todos eu quero dizer todos.
— Espera… Os deuses do Brooklyn? Meus deuses?
Rá deu uma risadinha.
— Chame-os como quiser. Só quero que vá buscá-los. Preciso de uma reunião com todos urgentemente.
— Uau. Tão fácil assim? - Indagou Nefertum.
— Sim… eu sinto que está na hora.
— Mas senhor Rá… você tem certeza? Quer dizer, poderíamos tentar resolver as coisas sozinhos antes de chamá-los! - Protestei.
Nefertum me lançou um olhar transpirando questionamentos, mas permaneci inquieta, olhando para o deus do sol.
Eu estava morta de saudades da minha família, dos meus amigos e do Brooklyn, porém, não queria trazê-los. Eu sabia que depois que eles colocassem os pés no Egito tudo seria diferente. Eu não podia mais fingir que era uma nova pessoa, pois eles trariam a velha Natália, esquecida a três anos, a tona, e com ela todas as memórias e sentimentos.
— Tentamos fazer isso sozinhos a anos, Natália. Precisamos de toda ajuda possível, não sabemos o que o destino nos prepara. Por ser seu último deus, Kebec…
— Não diga nome! - Cortei. - É por causa dela que está fazendo isso agora, não é? Ela não me dá medo, eu consigo derrotá-la sem precisar de ajuda!
— ...Por ser seu último deus, "aquela pessoa" será bem mais difícil de ser derrotada. - Continuou Rá.
Fiz uma careta.
Por incrível que pareça, dessa vez o deus traidor não demorou para aparecer, ao contrário, quando completou-se 10 dias que eu e Rá saímos do castelo de Anúbis, ele me encontrou. Kebechet era uma deusa até então esquecida por muitos. Deusa das cachoeiras, da purificação e de outras coisas inúteis. Ela poderia até parecer inofensiva, mas desde que me encontrou têm mostrado um poder até então desconhecido e bem forte. Foi ela quem machucou meu braço, que latejava a todo instante me lembrando disso. E era ela também que tirava todo meu sono.
— Não confia que posso vencer Kebechet sozinha?! - Perguntei para o deus do sol.
— É óbvio que não, Natália. Não fale besteiras! - Protestou Nefertum.
— Eu sei que evoluiu muito nesse tempo, minha criança. Conseguiu seu lugar no Duat, virou chefe de meu exército… mas precisaremos de toda ajuda possível para essa última luta. Sabe que a lei e a ordem não se restabelecem somente com uma pessoa. Você é forte, mas não é cem!
Bufei, não querendo aceitar que eu precisava da ajuda deles. Uma coisa que aprendi nesse tempo foi me virar sozinha, não depender de ninguém e conquistar as coisas que eu quero lutando por mim mesma. E a coisa que eu mais queria agora era derrotar Kebechet. Com sua morte minha vida se resolveria. Eu poderia sair do Egito, sair do Brooklyn, poderia ir morar onde eu quisesse sem preocupação. Eu poderia casar, ter filhos, ser feliz!
— Ok, mas eu não preciso ir! Tenho que cuidar das crianças… - Falei, fazendo Rá rir.
— Não são crianças, são adolescentes. E são meus iniciados, sabem se cuidar sozinhos. - Respondeu.
Rá mudou muita coisa no duat e juntamente com Amós escolheu alguns magos da casa da vida para montar um grupo que lutaria sem medo em nome do deus do sol se uma nova guerra começasse. E eu fui a escolhida para liderá-los. Tudo isso foi feito por debaixo dos panos, nenhum deus afastado de Egito sabia. Eram cinco grandes seguidores que compunham o pequeno, mas poderoso, exército de Rá. Seus nomes eram Piatã, Melissa, Heitor, Arthur e Max. Eram apenas jovens de 14 a 17 anos, mas ainda sim eram os seguidores mais fortes que um deus poderia ter.
A casa da vida praticamente desmoronou depois de nossa fuga. Magos se dividiram, alguns até foram para o lado de Kebechet. A maioria achava melhor me matar ao invés de me fazer novamente "A salvadora do duat", mas todos sabiam que isso desencadearia uma guerra mortal. A poucos dias fiquei sabendo que os deuses que residiam do Brooklyn também estavam ficando nervosos. Nenhum seguidor estava recebendo permissão para sair do vigésimo primeiro nomo e a três anos as portas da casa da vida foram lacradas com proteção "anti-deus". Tudo para evitar uma rebelião.
— Além dos mais, eu cuido! E não terá problema nenhum já que vai voltar amanhã mesmo. Eles sequer vão sentir sua falta. - Falou Nefertum.
Olhei mortalmente para ele, avisando-o para calar a boca.
— Mas tinha que ser justamente amanhã? - Perguntei, desgostosa. - Quer dizer… eu estou exausta. Kebechet deve estar também. Ela não vai aparecer aqui tão cedo.
— Sabe que Kebechet é imprevisível, Natália. Suas lutas estão ficando mais perigosas e, mesmo que tenha conseguido controlar meu poder, os efeitos colaterais estão ficando piores.
Cruzei os braços, negando veementemente. Sr. Rá, em tese, estava certo. Mesmo estando controlado e cada dia mais forte, o poder de Rá causava-me alguns problemas, afinal, eu ainda era humana. Pra piorar, as lutas com Kebechet eram diferentes. Não eram como as que lutei com Set ou Apófis, que eram baseadas no medo e na vontade de vencer, com Kebechet tudo parecia mais divertido, não parecíamos inimigas mas todos sabiam do ódio que eu sentia por ela e ela ainda mais por mim. Eu não exitaria em matá-la mas com todos os deuses aqui isso se tornaria mais difícil. Ainda mais por causa dele…
— Eu sei mas… amanhã não. E eu ainda não descobri um jeito de contar "aquele assunto" a Anúbis.
— Anjo lindo, pare de mentir para você mesma! Sabe que não está assim por "não saber um jeito de contar", você não quer voltar porque ainda está brava com o chacal por ele ter guardado um segredo de você. - Disse Nefertum, olhando-me com as sobrancelhas arqueadas.
Virei-me irritada para ele, empurrando seu rosto para longe.
— Não se meta, estranho! - Grunhi fazendo o deus da beleza rir.
— Uma hora ou outra Anúbis vai descobrir Natália. Kebechet é filha dele não é mesmo?
Senti um gosto amargo na boca.
Sim, Anúbis tem uma filha. Uma filha que ele nunca me contou que tinha e que agora eu estou destinada a matar.
— Essa não é a questão! - Mudei de assunto. - É só… amanhã não é um bom dia!
— E posso saber o por quê?
— Amanhã é meu aniversário, por isso. - Falei de mal gosto. - Meu aniversário não é uma data muito comemorativa, é nostálgica e mórbida. Não é um dia muito propício para reencontros.
— Então é nosso papel mudar essa idéia. - Falou o deus dos perfumes, dando uma piscadela para mim.
— Sinto muito Natália, mas não podemos adiar mais. - Falou Rá. - Estou com uma intuição de que esse é o momento. Sabe que minhas intuições são boas.
Virei os olhos, encarando o deus do sol suplicante. Rá deu um cálido sorriso, dando de ombros.
— Estou com as mãos atadas, querida. Apenas obedeça.
Eu grunhi para o nada.
— Deuses, está certo… eu vou!

(...)

Eu resmungava coisas sem sentido enquanto enfiava algumas coisas dentro de uma mochila. Bufei, arrastando-me até a janela do meu quarto, debruçando-me nela. O dia no Egito estava bonito. O sol brilhava soberano no céu, iluminando o deserto que se estendia até o horizonte. Palmeiras e relva verde cobriam as margens do rio Nilo que estava calmo hoje. Algumas crianças, filhas de camponeses, brincavam na parte mais rasa do rio provavelmente nem imaginando as propriedades mágicas que aquelas água possuía.
— Toc, toc… - Cantarolou Nefertum, adentrando meu quarto.
Virei-me para ele.
— Oi… - Murmurei desanimada. - Veio até aqui para me desejar boa viagem?
— Sim, e te lembrar que Rá está com pressa.
— Deuses, quer me ver longe tão rápido?!
— Óbvio que não, Ramsés. Apenas quero que você traga logo os deuses maravilhosos e lindos que a tempos eu não vejo! - Exclamou Nefertum. - E que você pare de fingir e assuma logo que está louca para reencontrar eles! Você fala em voltar desde que chegou aqui… o que te fez mudar de ideia?
— Eu. Eu me fiz mudar de ideia. - Falei indo até minha penteadeira, olhando-me no espelho. - Estou insegura.
— Natália Ramsés, insegura? Insegura por que, criatura?
Arranquei uma foto minha de três anos atrás colada em meu espelho, ignorando as tantas outras grudadas ali, virando-me para Nefertum.
— Muita coisa mudou, Nefertum. Eu mudei. Só não sei se foi pra melhor. - Respondi, passando a mão pelas antigas cicatrizes que Set fez em meus braços. Nefertum veio até mim, arrancando a foto de minha mão e comparando-a comigo. Eu sabia o que o deus via. A antiga menina da foto de cabelos compridos, negros e cacheados não existia mais. Agora ele via uma garota de cabelos curtos que mal chagavam a altura dos ombros, loiros e desgrenhados. Havia ganhado um pouco de peso também e ficado mais forte. Essa nova eu nem de longe se parecia com a garota da foto.
— Quer saber de uma coisa? - Perguntou Nefertum aproximando-se mais de mim e dando um beijo em minha bochecha. - Eu não sei se gostaria tanto da antiga Natália. E tenho certeza que todos vão amá-la tanto como eu amo. Tudo mudou, Ramsés. Você cresceu! Vai fazer 21 anos amanhã e eles precisam entender que é o ciclo da vida!
Eu suspirei, olhando de volta a minha penteadeira, vendo em uma das fotos o rosto de Anúbis rabiscado. Eu havia feito aquilo quando tinha descoberto sobre Kebechet e sobre todos seus segredos. Havia me sentindo traída, triste e mais sozinha do que nunca; mas eu ainda conseguia enxergar, por baixo dos riscos feitos a caneta, as feições do deus Chacal. Ele não sorria, mas parecia feliz, e eu duvidava que e dirigia qualquer resquício de felicidade em minha direção quando soubesse da minha nova missão.
— Natália? - Indagou Nefertum, tirando-me dos meus devaneios.
Sorri, dando um leve empurrãozinho no deus.
— Por mais que eu não acredite nessa máscara bondosa, seu poço de falsidade, você é mesmo um ótimo melhor amigo. - Falei. - Obrigada.
Nefertum fez uma cara de obviedade.
— Sim, e sou bonito e cheiroso também. Conte algo que eu não sei.
— Esse Egito vai virar uma loucura…
— Oh se vai. Mas o que é minha vida sem esses dramas que já duram mais de cinco mil anos?
Eu suspirei pesadamente, jogando a mochila em cima dos ombros.
— Me deseje sorte.
— Você tem Rá. Pra que sorte? - Perguntou - Volte logo pra mim, OK?
— Amanhã antes de acordar estarei aqui. - Prometi.
Nefertum assentiu, sorrindo.
Abri a porta de meu quarto saindo no corredor da casa da vida do primeiro nomo.
— Cuide de tudo até eu voltar.
— Pode deixar! - Falou Nefertum.
Eu sorri, sentindo uma sensação de ansiedade começar a me invadir.
De verdade, eu queria rever meus pais, meu irmão, Kel, Khonsu… e também queria ver Anúbis e Hórus, por mais que eu tentasse negar a mim mesma.
A porta se fechou atrás de mim, e eu dei meu primeiro passo para aquele futuro incerto.


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Notas finais do capítulo

Booooom é isso! Gostaram? Odiaram? Deixem seus reviews bebês, please :D