O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 23
Bomba-Relógio


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Hoje é dia de MAOS e aqui estou eu, escrevendo e postando o capítulo de vocês! kkk Enfim... Boas notícias: Estou ficando de férias e com mais ideias para outras fics!! #Uhuuu!!
Espero que em breve meu tempo se estenda mais... Morro de saudades de escrever...
Enfim, vamos lá! rs

#BoaLeitura! :)



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– Bobbi, você está morta! – a voz de Romanoff surgia abafada, bem de frente para o prédio em que Ward estava.

– Foi necessário.

– Foi irresponsável! – a ruiva rebatia, com os punhos cerrados.

– Você jamais concordaria em tentar esse caminho.

– Não tenho muita paciência pra discutir com a minha presa.

– Tô ligada – Morse fez pouco caso da irritação de Natasha, enquanto ajeitava o próprio uniforme e seguia para o carro. – Matar primeiro, descobrir depois. Sei como funciona pra você.

– Você não podia ter feito isso.

– Bem, alguém tinha que fazer.

Natasha apressou o passo e se pôs à frente dela. Segurou a porta do carro com fúria, não permitindo que Bobbi entrasse. Ela não se deixaria escarnecer daquela forma.

– Você está me ouvindo, pelo menos?

– O que você quer que eu faça, Natasha? – Bobbi cruzou os braços, séria, mas mantendo-se controlada. – Quer que eu volte lá e acabe com a raça dele? Quer que eu te deixe ir lá e fazer isso? Fique a vontade! A única coisa que eu sei é que ele pode ser útil. Mata-lo não vai nos ajudar a derrotar a H.I.D.R.A.

– Ele é um traidor. – Natasha bufou e liberou a passagem, deixando a loira entrar no carro. – Eu dirijo dessa vez.

– Como quiser, viúva.

Romanoff encaixou a chave com desdém e ligou o carro com uma dose esperada de desaprovação. Encarou os olhos claros de Morse com um ódio quase inexplicável. Ela realmente não estava pensando direito. Logo ela. Algo naquela mulher a fazia lembrar-se de Barton, o que provavelmente se deve ao simples fato de ela ter sido casada com o Arqueiro. Ironicamente, esse tipo de atitude não constava na lista de habilidades da viúva-negra: Deixar seus sentimentos cegarem suas ações.

– Pra onde está nos levando?

– Se o seu amigo estiver certo, nós já temos a localização da base da H.I.D.R.A. em Washington.

– Nós já sabíamos disso.

– Então, por que esperamos isso tudo? Já poderíamos estar na base!

Bobbi pisou no freio e fez com que a ruiva a olhasse com um olhar fulminante. Esperou alguns segundos e respirou fundo, tentando pôr um fim àquele mal-estar.

– Olha... Precisávamos ter certeza do que estava acontecendo, Natasha. Eu nunca quis te deixar fora da missão, mesmo com os nossos... – a loira olhou para a estrada, desfocando seu olhar na rua quase deserta. – Probleminhas pessoais. – ela fez as aspas com os dedos, voltando a encarar Natasha. – Ward não é só uma arma. É uma ferramenta. Podemos nos disfarçar e vigiá-lo de perto, no hotel. Podemos até acompanhar os caras até a base Providence, oferecer suporte tático...

Natasha apenas a observava, às vezes parecendo que não estava ouvindo uma palavra do que a outra dizia, tamanha era sua falta de reação.

– Podemos fazer isso – ela continuou. – Nós somos duas das melhores agentes da S.H.I.E.L.D, ninguém entende mais de disfarce como nós. Se vamos fazer isso juntas, precisamos nos resolver ou colocaremos a missão e todos que estão nela em risco. E então?

Natasha olhava para o vão. Seu cérebro havia absorvido cada palavra lentamente e havia processado tudo. Exatamente como tinha que ser. Ela sabia que Bobbi estava certa. Não podia colocar tudo em risco naquele momento. Era hora de agir.

– Você vai de ruiva ou de morena? – Natasha lançou um olhar conspirador para Bobbi.

– Vamos pegar aqueles caras – Morse abriu um largo sorriso enquanto apertava o cinto de segurança. – Pé na tábua, chefia!



(...)



– Aposto cem pratas como uma das duas vai voltar em um caixão.

A voz divertida da garota soava como um agouro, atraindo os olhares de parte da equipe para seu comentário nada confortante numa situação como aquela.

– Credo, Kate! Vira essa boca pra lá! – Skye a repreendia, com uma cara engraçada. – A Agente Morse pareceu mais cabeça fria do que a Romanoff. Vamos torcer pra ela manter a situação sobre controle.

Cabeça fria? – Kate soltou uma gargalhada. – Precisava ver como as duas se batiam quando Bobbi era casada com o Barton... Nossa, aquilo sim era barraco!

Simmons olhou para Fitz com uma expressão espantada e o garoto deu de ombros segurando o riso. Às vezes – quase sempre – Kate parecia ter esquecido o bom senso e as boas maneiras em seu apartamento no Brooklyn. Mas ela sabia disso e não ligava nenhum pouco. Simplesmente adorava chamar a atenção.

– E aí? O que a asiática fez com você? Me mostra os hematomas! – Kate exclamava sussurrando, puxando a manga da blusa de Skye a procura de supostas marcas de agressão física.

– Ela não me espancou, sua louca! – Skye puxou o braço com violência e deu um tapa na nuca da garota que murmurou um “ai” mudo. – Ela apenas me aconselhou. Nada demais.

– A May?! – Fitz-Simmons perguntaram em uníssono.

– Ela mudou, tá legal? – Skye levantou os braços, como se estivesse tentando se defender. – Ela não é a mesma desde que recomeçamos a S.H.I.E.L.D por aqui. Ela está mais... Humana.

– Quem está mais humana? – A voz da asiática preencheu a sala, assustando os outros agentes, que pularam em seus assentos.

– May – Skye respondeu com a maior cara de culpada que conseguiu achar. – Alguma novidade dos agentes?

– Eu vim justamente pelas informações. – May cruzou os braços na frente do corpo e encarou os agentes um a um, terminando a voltar para Skye – Não é esta a sala de monitoramento?

– Claro, claro... Meu erro. Vamos lá – a garota digitou no notebook rapidamente e uma enorme tela voltava ao painel principal, indicando a localização de todas as “partes” do plano. – Espere... Tem alguma coisa errada.

– O que houve? – May apressou-se em perguntar, já assumindo sua casual postura de ataque.

– Morse e Romanoff estão indo na direção contrária. Elas deviam confirmar a localização da H.I.D.R.A e...

– Seguirem pra lá.

– Isso mesmo. – Skye a olhou preocupada.

– E pra onde elas estão indo? – Simmons levantou-se e se aproximou do painel, dirigindo-se a Skye.

– Eu sei pra onde – Kate encarou os pontinhos vermelhos em destaque e segurou-se na mesa, sentindo as pernas balançarem por um instante. – Eu conheço a maioria dos grandes hotéis do Canadá.

– E isso deveria fazer algum sentido? – May encarou a garota de curtos cabelos negros.

– Bom... Digamos que eu fui uma “aprendiz de vingadora” há alguns anos... E bem, digamos que eu cumpri algumas missões do Clint por ele. Fora a parte que eu morei no Canadá antes de me mudar definitivamente pro Brooklyn então...

– Tem como pular para a parte que isso faz algum sentido para a nossa missão? – May estava perdendo a paciência, ao mesmo tempo em que ficava mais apreensiva.

– Enfim... Esse é um dos maiores hotéis de negócios. Pessoas com muita grana ficam hospedadas lá. Eu já interceptei três negociações e coisas envolvendo tecnologia alien... Bem, isso não é muito a minha parada, é a de vocês...

– E o ponto é? – Skye tentou ajudar.

– Esse hotel é furada.

– Continuo sem entender. – Simmons olhou confusa para May e Skye.

– Eles meio que “odeiam” a S.H.I.E.L.D, querida.

– Tá atrasada. O mundo inteiro odeia a S.H.I.E.L.D, Kate. – Skye corrigiu.

– Você não tá entendendo... Eles tem ordens estritas e permissão legal para assassinar qualquer agente que tiver um vínculo ativo com a S.H.I.E.L.D. Se elas duas entrarem... Bem, isso não vai ser nada amigável.

May arregalou os olhos, ao mesmo tempo em que Skye fazia o mesmo.

– Calma, calma, gente – Fitz tentava acalma-las. – Vale lembrar que não estamos falando de qualquer agente. Tanto a agente Morse como a agente Romanoff são ótimas espiãs, sem contar que elas não são nada indefesas... Elas vão sair dessa.

– Em todo caso, precisamos alertá-las. Não queremos colocar toda a missão em risco.

– Estou trabalhando nisso agora mesmo – Skye respondeu à asiática, ajustando o comunicador enquanto mexia freneticamente nos painéis. – Agente Morse, Romanoff... Estão à escuta?

Agente Morse na escuta, Skye.

– Ah, que ótimo – Skye suspirou, numa expressão de alívio. – Nós obtivemos algumas informações sobre o hotel...

– Por que vocês duas saíram da trilha? – May interrompeu a transmissão de Skye e tomou a palavra.

É uma longa história, May. Eu estava certa quanto ao agente Ward. Ele está nos levando direto para a H.I.D.R.A. É uma armadilha.

– Não pode confiar nele, Morse. Ele faria tudo pra se safar novamente e ganhar mais tempo.

Se ele tentar escapar eu o tenho sobre controle.

– Usou o marcador? – May perguntou, com um esboço de sorriso nos lábios.

Eu não ousaria colocar tudo em risco por um palpite, May. Eu sou uma veterana.

– É bom que as duas veteranas aí tomem cuidado. – ela falou um pouco mais séria. – O hotel para onde estão indo é bastante hostil. Estejam disfarçadas e preparadas para o pior. Se descobrirem que são da S.H.I.E.L.D, eles tem permissão de acabar com a raça de vocês.

– Ninguém vai acabar com a nossa raça – A voz de Natasha aparecia ao longe, seguida de um barulho de freios. – Sabemos exatamente como confundir um cara.

– Foco na missão – ela alertou uma ultima vez antes de desligar. – Se alguma coisa der errado, avisem-nos imediatamente.

– Pode deixar, chefe. – Morse respondeu antes de desligar.

– Elas sabem se cuidar, May. – Skye a olhou procurando acalma-la. – Você as conhece melhor do que nós.

– Sim – ela respondeu fitando a garota a sua frente – Exatamente por isso. Se elas não trabalharem bem juntas... Morse e Romanoff são a receita perfeita para uma bomba-relógio.

May deixou a sala em direção ao escritório de Coulson, deixando os demais agentes pensativos para trás.

– O que ela quis dizer com aquilo? – Skye sentou-se e apoiou o queixo sobre as mãos.

– Aquilo o quê? – Simmons a olhou, desatenta.

– Sobre o Ward... Será que ele...

– Skye – Jemma apoiou a mão no ombro da amiga, fazendo Skye encara-la. – Não pense nisso agora, okay? Se ele é bom ou não, se ele mudou ou não... Isso não muda o que ele fez conosco, com a May, com... Você.

A cientista hesitou, mas sabia que não poderia permitir que Skye criasse qualquer fio de esperança que fosse. Não poderia aguentar ver a amiga sofrendo tudo aquilo novamente.

– Não pense mais nisso, tudo bem? – Ela repetiu, soltando o ombro da amiga e sorrindo para ela. – Vamos trabalhar na missão. Coulson precisa de nós agora.

– Você está certa Jemma – Skye suspirou. – Sempre está.

– Desculpe atrapalhar o momento fofo de vocês, mas... Alguém viu a Kate? – Fitz interrompia ao mesmo tempo em que as sirenes soavam agudas no laboratório e em todo o avião.

– O que está acontecendo? – Simmons e Skye gritavam, correndo em direção à cabine.

– Alguém abriu a rampa de carga!

– Quem abriu a... – Skye apertou os olhos com força. – Droga, Kate... Me diz que você não fez isso.

Ela havia feito isso.


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Notas finais do capítulo

Kate, Kate... O que você fez??? O_O


— O que acharam??