O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 12
A Loira, A Morena e A Ruiva


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! :) Vamos para mais um capítulo esclarecedor rsrs

Espero que curtam, eu ia colocar fotinha, mas quero sugerir que se alguém ficar em dúvida, as duas personagens são da Marvel mesmo (como eu havia citado antes) e que se alguém por acaso não conheça, dê só uma passadinha de leve no Google, ou me pergunte por mensagem mesmo. :)

#BoaLeitura :)



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Ward esgueirava-se pelos corredores, avaliando a movimentação dos cadetes ansiosos. Eles estavam em Washington D.C e seria uma viagem de 3 dias até chegar à base no meio da floresta canadense. Daquele monte de gelo. Eles não iriam de avião, helicóptero ou nada que pudesse chamar atenção. O primeiro passo em falso os levaria a cair nos radares da NSA ou da CIA. Neste caso a equipe liderada por Ward seguiria disfarçada pelos meios de transporte mais comuns para turistas ou advogados bem sucedidos..

– Vamos repassar o plano – Ward dava as últimas coordenadas antes de partirem. – Assim nos dividiremos: a equipe Alfa vai viajar a bordo de um Cruzeiro que levará dois dias e meio pra chegar ao Canadá. O ponto de encontro como todos sabem, será Montreal. O Cruzeiro é turístico e de primeira classe, então sugiro que aproveitem a vista e o cassino. Tentem não perder muito dinheiro, mas sejam convincentes. Sem falhas. – ele acenou, fazendo com que o pelotão se retirasse. – Bravo, vocês estão numa viagem a negócios. Vocês embarcarão num trem com destino a Toronto, sem escalas. Aproximadamente uma hora e meia de viagem, afinal, vocês são pais dedicados e não veem a hora de retornar para suas famílias nos EUA – ele pronunciou, dando um sorriso irônico. – Haverá uma conferência de advogados e promotores em Montreal daqui a três dias e a missão de vocês é convencer a todos de que estão indo pra lá – todos concordavam, acenando com a cabeça. – Como esse é o caminho mais rápido, vocês se hospedarão em Toronto para “discutir a pauta da conferência” e no dia seguinte um carro do “Escritório de Advocacia” escoltará vocês até Montreal onde vocês se encontrarão com o pelotão Alfa. Dispensados.

O pelotão Bravo seguiu para as posições e apenas a equipe Charlie permaneceu na sala.

– E vocês – ele observou a equipe atentamente. – Vocês virão comigo e Ibrahim. Vamos divididos em dois carros esporte apenas para curtir o final de semana no Canadá na minha hipotética despedida de solteiro. Nada de suspeito nisso. Vamos viajar lentamente, dormindo pelo caminho até lá. Simples e fácil. Daqui a três dias encontraremos os outros dois pelotões em Montreal. Todos entenderam?

– Sim, senhor.

– Dispensados.

Nem mesmo Ward havia conseguido entender como, em tão pouco tempo, ele havia ganhado a consideração daqueles homens àquele ponto. Todos obedeceriam suas ordens à risca, não importasse qual fosse a missão. Ward estava no comando.

Após discutir mais alguns assuntos com Ibrahim ele entrou no seu dormitório e recolheu as poucas coisas que tinha em uma mochila de marca. Basicamente uma carteira com alguns documentos e passaportes falsos, dois mil dólares, uma foto manchada e seu antigo distintivo da S.H.I.E.L.D. Uma escova de dentes, algumas roupas que pudessem ajuda-lo a interpretar bem o seu papel de noivo e uma aliança falsa que ele conseguiu com um dos caras que era casado. Colocou a mochila nas costas, os óculos escuros e pegou seu aparelho de celular.

– Ei, sou eu de novo.

– Eu sei, idiota. – a voz respondeu divertida do outro lado da linha.

– Estamos saindo em direção à Montreal. Três dias no máximo.

– E eu estou na posição desde que você ligou da última vez.

– Ótimo.

– Recebeu a pistola com os marcadores?

– Recebi. Uma delas vai com o grupo Bravo. A outra está comigo.

– O que eu faço agora?

– Como eu disse, é com você agora. Estamos indo pra base Providence.

– Vai enterrar os idiotas na neve?

– Não. Melhor do que isso.



(...)



Ela ainda estava brava com Clint. Na verdade, ela queria esquecer o que acontecera um mês atrás. Aquela missão na Alemanha havia acabado com os dois, física e mentalmente. No entanto, eles estavam naquela base, auxiliando Coulson e a equipe, até por que, pra começo de história, eles praticamente pertenciam à S.H.I.E.L.D.

“Philip Coulson” ela murmurava mentalmente “Você é inacreditável.” Romanoff recolheu os últimos registros e começou a fazer as ligações. Na sua cabeça, Phil estava achando pouco chamar aquelas duas para compor a equipe e ainda havia ordenado que a própria viúva-negra as contactasse. “São os negócios, Natasha.” Ela respirou fundo, concentrando-se em ser profissional. “Não esquente com isso.” Discou os números, começando pela loira, já que, na sua opinião, era a mais suportável das duas.

– Sem chance! – a mulher nem mesmo esperou que a ruiva a cumprimentasse. – A que devo a honra, Romanoff?

– Pensei que tinha deletado meu número, Morse.

– Qual é, Natasha! – a loira deu um gole da sua garrafa d’água antes de continuar. – Você sabe que eu não guardo ressentimentos. Nós já fomos a num sei quantas missões juntas, por favor.

– Tô ligando em nome do Phil. – Natasha simplesmente ignorou o comentário de Bobbi. – Temos um problema com a HIDRA, descobrimos uma nova instalação em Washington D.C, mas graças a fontes internas, conseguimos traçar o plano deles, vai dar pra segui-los com alguma ajuda.

– É aí que eu entro.

– Precisamente – Nastasha normalizou o tom de voz. – Ainda está com aquele item em especial?

– Os seiscentos milhões que a Hill passa na minha cara todos os dias? Positivo e operante.

– Ótimo. Te mandarei as coordenadas. Tá fazendo algo de importante no momento?

– O mesmo treinamento de todos os dias: bate no saco de areia, chuta o saco de areia, aperta um botão aqui e outro ali... O de sempre.

– Então venha o mais rápido possível. Não podemos deixar que aquele monstro cabeçudo tome o controle da situação. Coulson está esperando.

– Só tem esse argumento? – Morse queria ouvir a sua piada favorita.

– Podemos trocar de codinome se você se recusar a aparecer aqui. – Romanoff respondeu séria, mas a “ameaça” surtiu o efeito contrário na loira.

Bobbi não conteve o riso do outro lado da linha.

– Calma aí, criatura! – uma nova gargalhada veio à tona. – Não precisa disso não, eu só queria ouvir o trocadilho. E só pra você saber, nós já nos separamos.

– Eu sei disso, Morse. Quando você vem?

– Okay, okay... Brincadeiras a parte, posso roubar uma carona e aproveitar que a Hill está muito contente por eu ter voltado pra S.H.I.E.L.D.

– E você tinha saído?

– Pô, Nat! – a voz do outro lado veio carregada de falsa melancolia. – Agora magoou! Valeu pela consideração...

– Sem drama, Harpia... O que deu errado?

– Você sabe o que é trabalhar para o governo, Viúva-Negra. Sempre tem algo errado.

– Isso não é uma exclusividade do governo.

– É, eu prefiro arriscar minhas chances com S.H.I.E.L.D dessa vez.

– Enfim, estou mandando as coordenadas agora.

– Ótimo. Chego aí o mais rápido possível.

Perfeito.

“Uma já foi” Pensou a ruiva, achando a conversa no mínimo adulta. Bobbi Morse tinha lá as suas piadas, mas no fim das contas ela sabia separar as coisas. Não era uma criança mimada. E por falar em criança mimada, era a hora de fazer a segunda ligação. “Por favor, cai na caixa postal...” Romanoff desejava insistentemente, chegando a cruzar os dedos, antes de apertar no botão de chamar. “Por favor, que ela tenha sido devorada por um tubarão azul em algum lugar do Oceano Índico e só encontraram os restos...”

– Alô. – ela atendeu.

“Droga!” Romanoff bufou em descontentamento.

– Alôou? – A morena insistia. – Eu vou fingir que não sei quem é... Tá bom assim pra você?

“Droga!” A ruiva apertou os olhos e os punhos ao mesmo tempo. “Okay, só não quebre o seu celular e controle-se.”

– Nat, quanto você quer pra falar alguma coisa? Tá amarrada em algum lugar e colaram a sua boca com aquela fita adesiva cinza que aparece nos episódios de Dexter onde eles colocam as pessoas em mesas e aí cortam elas em picadinho e depois retiram o sangue delas e depois as cordas vocais pra fazer violoncelos e... Droga! Essa é Hannibal! Desculpe, misturei as séries! É só o que eu faço ultimamente, fora treinar minha pontaria e violoncelo, você sabe que eu toco, não é mesmo? Cheguei até a tocar em Portland onde...

– CHEGA!! – Natasha soltou o grito que estava segurando há anos. Aquela mulher sabia como tirá-la do sério.

– Ora, você me liga e fica lesando do outro lado da linha, então resolvi ser a pessoa que fala...

– Você sempre é a pessoa que fala! – Nat enfatizou o “sempre”.

– Por isso que você me ligou? Por que está sem palavras? Porque eu posso falar o dia todo...

– Ca-la-da Katiezinha – ela ordenou passivamente, tentando não quebrar o próprio telefone. – Estou ligando unicamente em nome da S.H.I.E.L.D.

– E estão aceitando assassinos agora? – ela falava espontaneamente, afinal, ela era assim com todo mundo. – Que boa notícia! Tem uma pá de gente no meu bairro precisando de emprego.

A ruiva simplesmente respirou fundo.

– Sério que você não cresceu nada desde que nos conhecemos?

– Desculpe-me, mas eu não sou uma agente da S.H.I.E.L.D. – Bishop respondeu sem mais delongas.

– Explique isso pro Coulson quando chegar aqui. Eu só estou dando o recado.

– E você é a garota de recados da S.H.I.E.L.D, agora? – ela perguntou, como se nada pudesse alterar seu bom humor exagerado. – Ei, o Clint tá por aí? Aquele desgraçado sumiu do prédio num sei nem quanto tempo faz...

– Você vai vir ou não?

– Responda à minha pergunta.

– Me obrigue.

– Depois eu que sou a infantil...

Natasha encheu seus pulmões de ar para não xingar meio mundo e deixou a respiração sair apressada do peito. Era hora de controlar a situação como um adulto. Como uma agente da S.H.I.E.L.D.

– Você é, infantil, Kate. Não há o que discutir sobre isso. Mas outra coisa que sei é que você se importa com as pessoas e por mais difícil que possa parecer, eu estou nessa pra ajudar pessoas também e se o Coulson teve esse lapso maluco de te chamar é porque ele realmente acha que você será útil e por mais que eu odeie isso... Aqui estou eu. Trabalhando – Kate não respondeu àquilo. Ela podia ser infantil, mas sabia reconhecer quando as coisas estavam ficando realmente sérias. – Então, você está dentro ou não?

– O Clint tá aí?

Natasha respirou fundo mais uma vez, mas reconheceu que o tom da outra mulher havia se tornado mais compreensivo.

– Eu só quero saber se ele está bem, Natasha. E eu tô dentro. Eu sempre quis trabalhar ao lado dos Vingadores. Você sabe disso. Eu sou praticamente uma Cosplay. Até no codinome.

– Deve ser por isso que o Coulson te colocou na equipe – ela deu uma pausa e sua respiração voltou a se estabilizar. – E o Clint deve ter mencionado sua atuação para ele como Gaviã Arqueira. Ninguém pode duvidar de sua habilidade.

– Uau, espera aí – o tom de sarcasmo voltou aos lábios da garota. – Deixa eu ver se entendi direito... A Viúva-Negra acabou de me elogiar? Espera aí que eu vou te colocar no alto-falante.

Kate Bishop jamais perderia uma chance como aquela.

– Essa eu vou anotar no meu caderno de acontecimentos surpreendentes da Kate. – completou a morena enquanto apontava uma flecha para um alvo lilás que estava fincado em uma árvore. – Natasha Romanoff reconhecendo minha incrível habilidade no arco e flecha.

– Não – Nat falou com ironia, parecendo mais divertida. – Eu fico com “Cosplay” mesmo. Agora você acertou em cheio – ela brincou com o trocadilho.

– Ha-ha-ha – Kate ironizou. – Mas aí, quando eu dou as caras aí no teu esconderijo secreto?

– Não é esconderijo secreto, é uma base... Deixa pra lá. – Tô te mandando as coordenadas agora. Tenta não ser seguida e botar tudo a perder.

– Deixa comigo, Natezinha. Eu tenho os meus truques, também.

– Ah, e o Clint... Ele está aqui sim. – Natasha respondeu, revirando os olhos, provavelmente se arrependendo de ter dado aquele gosto à Kate.

– Eu sabia – chego aí em cinco minutos.

– E você vem de quê? Montada num cometa?

– Eu ainda quero ter filhos, querida. A verdade é que eu estou treinando perto daí, incrivelmente. E eu tenho um brinquedo que dá conta do recado.

– Não vou nem perguntar.

– E nem precisa. É só olhar pela janela daqui a pouco.

– Venha como quiser, chegando inteira aqui é o que importa.

– Nossa! Alguém está preocupada comigo? Anotação número quinhentos e dezenove no caderno da Kate...

– Tá, tá! Esse caderno nem existe, sua louca! Trata de aparecer logo aqui e deixa de falar besteira porque você nem chegou e eu sinceramente já não aguento mais ouvir essa sua voz!

– Nossa... Essa realmente é uma ótima recepção, Viuvinha.

Natasha suspirou. “A May até parece suportável agora.”

– TCHARAM!! Olha eu aqui em cima!

– MAS JÁ?!

Romanoff procurou a janela mais próxima e a garota estava numa espécie de motocicleta/esqui/sabe-se-la-o-que-era-aquilo flutuando levemente um pouco acima da janela do segundo andar. O óculos roxo combinava com quase tudo, incluindo aquela motocicleta voadora. “Alguém avisa a ela que o halloween já passou...” Romanoff divagava até lembrar-se que Kate continuava na linha.

– Desce desse trenó que eu vou até a entrada do Bunker.

– Falou, chefinha.

Kate desligou e Romanoff levou às mãos à cabeça. Definitivamente, aquela ia ser uma longa e cansativa missão.


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Notas finais do capítulo

Harpia e Gaviã Arqueira *__* AMO!

O que acharam?

#itsallconnected #StandWithSHIELD :)