Acordei com o sol batendo em meu rosto, odiava quando isso acontecia. Esfreguei as mãos no olhos para que eles desembassassem, levantei da cama cambaleadando e fui até a cadeira perto da porta do banheiro e vesti a roupa que estava ali. 

Farejei o ar descofiado de algo e senti um aroma diferente, não era Stefan e nem a comida que ele preparava para o café da manhã, era um cheiro feminino, mas não delicado como de Elena. Um cheiro forte e nada confiavél para meu olfato. 

Fui até o banheiro e lavei o rosto, ainda encomodado com o cheiro. 

Desci as escadas e percorri o caminho até a cozinha, e cada passo que eu dava o cheiro ficava mais forte. Tentei encontrar alguma lembrança do cheiro, mas nada veio em minha mente. 

Entrei na cozinha e vi Stefan e uma garota se divertindo muito, mas ela fazia panquecas demais para apenas duas pessoas comerem.

- Oi - comprimentou ela, ne hora que entrei na cozinha.

Desconfiado, respondi o comprimeto da garota. "Será que Stefan está tão mal assim que teve que buscar uma menina no meio da noite?" -pensei.

- Não se lembra de mim, não é? - perguntou ela, quando eu havia me aproximado do fogão para pegar duas panquecas e alimentar-me antes de sair para esfriar a cabeça.

Não disse nada, apenas queria que a ruiva continuasse a me questionar e dizer, finalmente, quem ela era.

- Sou Galadriel, a garota que conheceu em Nova Iorque.

Franzi o cenho, buscando algo que me lembrasse a garota. Ela devia ter uns quinze anos, pela aparência, mas vampiros tem a mesma idade até o final chegue. Então, finalmente lembrei, era a garota do bar de Nova Iorque, pelo pouco que passei naquela cidade movomentada, conheci alguém que prestava. Era Galadriel, uma vampira que matara o próprio pai por vingança.

Levantei da cadeira e a comprimentei com um abraço.

- Você mudou - disse eu, espantado - seu cabelo está diferente e os olhos não são os mesmos.

- Tingi as madeixas, mas os olhos não são lentes de contato.

Stefan ficou espantado, eu pude perceber o medo no ar. A diferença entre meu irmão e eu era que eu tamava sangue humano e ele apenas de lebres ou animais asquerosos. E todos os vampiros sabem que quando tomamos sangue humano, ficamos forte a cada dia e descobrimos mais sobre o mundo.

- O olho ficou assim, algumas semanas depois que saiu de Nova Iorque... - explicou ela.

Poucas semanas que sai de Nova Iorque, foi poucas semanas depois de ter matado seu próprio pai.

Os olhos eram assustadores para qualquer mortal, mas nenhum pensaria ser algo sobre natural. Eles eram vermelho-sangue como o cabelo tingido.

- Veio fazer o que aqui? - perguntei, curioso.

-Visitar meu amigo e voltar para a escola. Faz tempo que não vou e não terminei o ensino médio.

- Boa sorte - ri, depois do comentário que havia feito - Meu irmão decidiu voltar para a escola também.

- Sério?! - disse, animada.

- Sim, mas já terminei... - explicou Stefan, fazendo uma longa pausa não querendo explicar porque relmente estava indo lá.

Galadriel também não perguntou e não teve um pingo de curiosidade por saber o motivo. 

- Posso morar aqui, até terminar a escola? 

- Com certeza! - respondi.

Eu ia adorar aluém para me divertir e me esquecer de Elena pelo menos um segundo.

- Se perguntarem na escola. Vou dizer que estou morando na casa de meus tios.

"Tios?!" - pensei e fiz uma careta. "Ela está querendo insinuar que sou velho".

- Que tal... Hmm... Primos?

- Primos, está ótimo! - exclamou, toda felizcom a idéia.

Terminamos de comer em silêncio, foi então que meu irmão mais novo o quebro, perguntando algo para a jovem e não para mim. Stefan estava interessado na garota, mas não apaixonado. Não era amor, mas uma amizade que iniciara.

- Que ano vai cursar?

- O segundo e você?

- Estou no terceiro.

- Legal!

Mas foi assim que a conversa terminou, sabia que Stefan não queria sair naquela manhã de sábado e Galadriel queria conhecer toda a cidade e ela estava decidida em fazer. Abriu a porta da sala, segundos depois de colocar as coisas no quarto, e saiu para o mundo ensolarado.

Sentei na cadeira na principal sala da casa e foi ali que anotei algumas coisas no diário, praticamente tudo sobre Elena e quando não queria anotar algo sobre ela, algo vinha na minha cabeça e eu riscava o papel e me pegava pensando nela.

Olhei para o relógio do corredor para certificar que horas eram: quatro e meia. Galadriel realmente da cidade e com certeza tinha feito muitos amigos.

Ela voltou mais tarde para casa no mesmo dia. Stefan estava trancado no quarto e eu estava na cozinha procurando algo para beber, mas não havia nada na geladeira que prestasse. Peguei uma cerveja em lata e abri. O líquido desceu garganta abaixo.

- Primos, - ouvi Galadriel chamando da porta da frente da casa - fiz uma amizade, venham ver quem é.

Não apressei-me para chegar a sala e nem farejeio para certificar quem estava com ela, apenas fechei a porta da geladeira e caminhei calmamente até a sala.

- Olá - disse a garota de cbelos castanhos e lisos - Acho que já nos conhecemos.

"Então, a amiga de Galadriel era Elena, não podia ser verdade" - pensei. Seia bom Elena por perto, mas não era esse o pedido dela. Engoli a cerveja que estava em minha boca e o gosto foi horrível porque ela já tinha ficado quente.

- Que falta de educação, primo. Venha comprimentar Elena.

Aproximei-me da nova amiga de Galadriel e beijei sua face, deixando ela entrar e se sentar no sofá.

- Onde está, Stefan? - perguntou Galadriel, emburrada.

- Deve ter saído, não o vi desde quando você saiu.

A sala ficou em silêncio, mas ninguém queria puxar assunto. Nem mesmo Galadriel, a pessoa mais himperativa que eu já tinha visto na vida.