Digimon Ômega escrita por AllexxisT


Capítulo 12
LEVEL 12 - Cidade sem lei




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Bárbara e Marcus foram ao bar semelhante aos do velho oeste em que se abrigaram da chuva recentemente, estavam dispostos a coletarem informações a respeito do Revolmon que ali havia interrogado o grupo. Chegando lá, avistaram um Digimon semelhante a um cacto que usava um chapéu mexicano atendendo no balcão daquele estabelecimento. Bárbara tratou de puxar seu digivice do bolso para coletar informações sobre aquele Digimon.

DIGIVICE: – Ponchomon – Nível: Armor – Descrição: Ele parece um tipo de cacto, mas é na verdade um tipo de Digimon fantasma. Ele parece estranho por conta de sua expressão que quase não pode ser decifrada, porém possui um caráter alegre. – Técnica: Dança de Sangue.

— Olá, boa tarde! Disse Marcus para o Digimon verde.

— Hey, muchacho, o que vai querer hoje? Perguntou Ponchomon.

— Queremos saber sobre o Revolmon. Disse Bárbara para o Digimon. Este que estava com o copo na mão, apoiou-se no balcão para começar a falar.

— E o que vocês querem saber a respeito do xerife? Disse o Digimon confirmando a teoria de Marcus.

— Onde podemos encontrá-lo? Perguntou Marcus.

— HAHAHA! No distrito, Ué! Disse Ponchomon debochando da pergunta de Marcus. — Fica a três quarteirões daqui naquela direção. Complementou apontando o rumo em que o grupo deveria seguir.

— Nossa, obrigada! Disse Bárbara já em posição de saída do estabelecimento.

— Se eu fosse vocês, eu não me meteria com aquele cara, sabe? Ele pode não parecer ser o mais forte, mas é um estrategista puro. Disse Ponchomon alertando os domadores.

— De estratégia eu entendo bem, obrigado pela informação. Disse Marcus agradecendo ao Digimon mexicano.

— Apareçam para tomar alguma bebida, a cada dez, ganhe uma grátis. Disse Ponchomon fazendo propaganda de seu estabelecimento. O grupo saiu sem se despedir do Digimon e foi em busca de Alex e Gabumon.

            Algum tempo após ser preso por Revolmon, Alex lentamente acordava, sentia seu corpo formigar, sua visão era um pouco turva e ouvia zumbidos fortes.

— Argh! Que sensação horrível! Disse o garoto para si mesmo. Apoiou-se nas pernas na tentativa de se levantar, deparou-se com Gabumon ainda desacordado ao seu lado, tateou seus bolsos e percebeu que estava faltando algo. — Meu digivice, ele sumiu!

— Vejo que acordou, humano! Disse uma voz que não trazia uma boa recordação, era Revolmon. — É este aparelho sagrado que faz com que digimons digievoluam com mais facilidade? Que interessante! Disse Revolmon em um tom sarcástico.

— Ei, devolve isso ao Alex! Disse Gabumon enquanto tentava se levantar com um pouco de dificuldade.

— O que vocês humanos fazem em meu mundo? Perguntou o Digimon revólver para Alex.

— Eu vim para ajudar a derrotar a Clave e salvar este mundo. Disse Alex em um tom forte. Gabumon apenas olhava para seu parceiro humano. — Eu não sei bem como farei isto, mas tornarei este cara, o salvador de todos vocês. Disse o garoto de camisa vermelha apontando para Gabumon.

— HAHAHA! Como pode dizer tanta asneira, mal conseguiu se salvar de mim. Disse Revolmon debochando de Alex

— Nos pegou desprevenidos, me deixa sair desta sala, vou quebrar esse cano aí no teu peito. Disse Alex furioso.

— Você é corajoso garoto, poderia até te matar agora por conta da sua arrogância, mas você disse que veio salvar meu mundo e eu acredito em você. Disse Revolmon para Alex enquanto apontava o digivice azul para o domador.

— Se acredita na gente, então nos solte. Disse Gabumon para Revolmon

— Pelo fato de eu aceitar que vocês estão dispostos a salvar este mundo do escárnio da Clave, não quer dizer que nesta cidade existem leis e que elas deverão ser cumpridas. Disse Revolmon causando uma angústia no semblante de Gabumon.

— Pois me leve para as batalhas clandestinas! Disse Alex para surpresa de Gabumon. — ­Gekomon disse que os presos de Venhein vão para as batalhas para saírem vitoriosos e garantirem sua liberdade.

— Que interessante! Mas sabe, aquele lugar é apenas para sentença de morte, o que não é seu caso, pois o Gekomon que você matou, era um ladrão difícil de ser capturado. Disse Revolmon para Alex explicando sua situação.

— Pois nos leve, eu conseguirei nossa liberdade. Disse Gabumon confiante.

— Eu sei qual o interesse de vocês e não gostarão dela! Disse Revolmon fazendo com que Alex engolisse a seco as suas próximas palavras. — Ela parece ter envolvimento com a Clave, mas não posso prendê-la por não haver provas suficientes. Disse o Digimon revólver para a surpresa dos dois encarcerados.

— Me leve até ela então, talvez eu possa ajudar e descobrir se há algum envolvimento dessa garota com a Clave. Disse Alex rapidamente. Era a pista mais clara e precisa sobre a localização da garota domadora misteriosa.

— Ok! Assim que anoitecer, levarei vocês para a arena, se tentarem alguma gracinha para fugirem das leis de Venheim, sofrerão eternamente. Disse Revolmon apontando uma pistola na direção da cabeça de Alex.

— Quero fazer apenas duas perguntas antes de ir. Disse Alex Para Revolmon. O Digimon cowboy pegou uma cadeira e sentou-se perto das grades em que o domador estava.

— Faça logo. Disse Revolmon apressando Alex.

— Como ela foi parar nestas lutas? Questionou Alex.

— O evento é aberto para todos, pois nesta cidade, entre zero e três horas da manhã, todos estão aptos a cometerem delitos, afinal, somos digimons, nossos instintos é lutar para sermos mais fortes. Explicou Revolmon para a dupla encarcerada. — Ela deve estar refugiada em algum canto desta cidade. Começou a explicar Revolmon.

 — Está com uma semana mais ou menos desde o aparecimento dela, por mais que estas batalhas sejam ilegais, por conta da sentença de morte dos “foras da lei”, ela vem movimentando o mercado e aumento a economia de Venheim com suas apostas. Completou o Digimon arma.

— Não sabia que Venheim era alimentada por bitcoins sujos. Disse Gabumon um pouco chateado. Fez-se uma pausa até que o silencio foi quebrado por Alex.

— A segunda pergunta é, se você é o xerife e sabe sobre tudo que acontece aqui nesta cidade, cadê meus amigos? Perguntou Alex para o xerife revelando a preocupação com seus companheiros de jornada.

— Eu não sei nada sobre sua corja de mentirosos, devem estar vagando por aí em busca de informações a seu respeito. Disse Revolmon para Alex.

— Eles poderiam ajudar no real interesse da Clave com a domadora misteriosa. Disse Gabumon que logo foi retrucado por Revolmon.

— Quanto menos pessoas, melhor. Disse o Digimon bélico. Alex e Gabumon ficaram pensativos, mas não tinham muito que fazer, pois era a chance deles saírem em liberdade e encontrarem a domadora que Angemon citou com receio.

            No entardecer do digimundo, Marcus e Bárbara juntamente com seus digimons encontraram o distrito que era chefiado por Revolmon.

— Bárbara, chegamos! Três quarteirões ele disse... Disse Marcus para a garota loira.

— Finalmente! Cada quarteirão equivalente a cinco quilômetros. Vamos entrar e resgatar Alex e Gabumon. Disse a garota para o grupo. Eles adentraram ao saguão e perceberam a porta trancada.

— Que droga, como pode um distrito estar fechado? Reclamou Marcus da situação. — Hawkmon derrube a porta. Pediu o domador do digivice vermelho.

— Mas se eu derrubar a porta, correremos o risco de sermos presos. Disse Hawkmon alertando Marcus. Para a surpresa da dupla, ouviram batidas sonoras na porta, era Bárbara que estava à frente da porta batendo contra a madeira.

— Achei um jeito prático de tentar entrar. Disse Bárbara com uma voz delicada. Ouviram algumas pegadas na parte de dentro do edifício, Bárbara correu e se escondeu atrás de Marcus. — Lá vem ele!

            Da porta, saiu um Digimon semelhante a uma estrela prateada, possuía luvas azuis e um olhar fixo.

— Em que posso ajudar? Perguntou o Digimon para o grupo. Marcus puxou seu digivice do bolso para coletar informações a respeito do referido Digimon.

DIGIVICE: – Starmon – Nível: Champion – Descrição: Um Digimon estelar cuja marca registrada é sua estrela armadura e suas botas e luvas. – Técnica: Tempestade de Meteoros.

— Gostaríamos de falar com o xerife. Disse Bárbara em um tom simpático. Starmon apenas olhou para a garota. — Ué, você não vai falar nada? Perguntou a garota.

— O xerife não se encontra. Disse o Digimon estrela já dando as costas para o grupo.

— Vimos que ele prendeu dois dos nossos amigos. Disse Marcus para Starmon.

— Não prendemos ninguém hoje. Disse Starmon para a surpresa do pessoal.

— Então podemos entrar para verificar? Perguntou Bárbara para o Digimon

— Se entrarem sem permissão, serão os primeiros presos de hoje, ok? Disse Starmon fechando a porta. Bárbara ficou furiosa com o ocorrido.

— Que droga, ele está mentindo! Disse a garota zangada.

— Vamos ter que entrar de qualquer jeito, temos que resgatar o Alex. Disse Marcus.

— Vou investigar melhor o que está acontecendo. Disse Hawkmon levantando voo. O Digimon vermelho sobrevoou a construção, porém não encontrou nenhuma entrada por cima, olhou janela por janela, mas não obteve êxito em sua procura, resolveu retornar para próximo de seu parceiro humano.

— Alguma coisa, Hawkmon? Perguntou Marcus para seu parceiro Digimon.

— Nada, as celas estão vazias, o que não deveria ser normal por se tratar de um distrito policial. Respondeu o Digimon ave.

— Talvez os digimons presos não fiquem aqui. Disse Lalamon para os dois.

— Ela tem razão, Hawkmon viu quando Alex foi capturado por Revolmon, então ele deve estar em outro lugar desta cidade. Disse Marcus.

— Sem informações ficará mais complicado de acha-lo. Disse Bárbara entristecida.

— Vamos ter que voltar ao bar para mais informações. Disse Marcus. Bárbara apenas assentiu e o grupo marchou em direção ao bar de Ponchomon.

            Alex e Gabumon estavam sendo transportados em uma espécie de gaiola com rodas que estava sendo rebocada por um Tankmon, dentro da gaiola havia alguns mantimentos a pedido do domador que estava faminto.

— Argh! Isso aqui é ruim! Reclamou Alex de um alimento semelhante a uma laranja.

— Essa laranberry é medicinal, usamos frequentemente para acelerar a cura de ferimentos. Disse o Digimon gourmet. — Parece que ele se importa com você. Complementou Gabumon.

— Com nós Gabumon. Disse Alex.

            O Tankmon levou a gaiola até um beco, revolmon que estava montado no Digimon bélico desceu de suas costas e proferiu algumas palavras de difícil compreensão, de repente as paredes do beco começaram a se abrir e por entre a fenda apareceu um portão metálico, este se abriu permitindo que Revolmon juntamente com os outros seguissem caminho, instantaneamente após a travessia, a parede se fechou. O local era cheio de túneis e bifurcações. Tankmon parou no centro de uma bifurcação e o Digimon bélico desceu das costas do Digimon tanque.

— Ei dupla de infratores, vou escrever vocês nas lutas, esperem aí e não fujam! HAHAHA! Disse Revolmon debochando de Alex e Gabumon e seguindo direção a uma tenda.

— Eu juro que quando eu ganhar minha liberdade eu destruo esse maldito. Disse Gabumon furioso. A gaiola se abriu e Alex e Gabumon saltaram dela, olharam ao redor e perceberam o mau cheiro que havia ali, a umidade, a escuridão, as vozes cada vez crescentes.

— Vamos garoto, siga-me! Disse Revolmon para Alex. Sem questionar, o garoto juntamente com Gabumon seguiram o Digimon.

            Marcus e Bárbara juntamente com seus Digimons, voltaram para o bar que naquele momento estava quase fechando, eles se apressaram para coletar informações.

— Ponchomon, onde podemos encontrar o xerife? Perguntou Bárbara ao Digimon.

— Na delegacia, eu já havia dito isto a vocês! Disse Ponchomon em um tom sério

— Mas fomos lá e ele não se encontrava, estamos procurando nossos amigos. Disse Marcus ao Digimon mexicano.

— Porque não colabora com a gente! Disse Bárbara em um tom alto. Ponchomon se virou de uma vez em direção à garota e Lalamon logo se pôs a frente de sua domadora.

— É o seguinte, não recomendo que vocês fiquem nas ruas depois de meia noite, as leis dessa cidade não funcionam durante este período. Disse o Digimon verde alertando os humanos.

— Saber disso não resolverá nosso problema. Indagou Marcus.

— Você não está contando tudo que deveríamos saber... Disse Bárbara para o espanto de todos os outros inclusive Ponchomon.

— Verdade, eu não contei e nem contarei o que acontece nesta cidade. Exclamou o Digimon armor. Ao ouvir aquilo, o digivice de Bárbara brilhou e logo Lalamon digievoluiu para Sunflowmon, mostrando que a garota já havia dominado seu poder do coração em relação a digievolução.

— Espera Bárbara, o que você vai fazer? Disse Marcus assustado.

— Eu estou cansada de tudo isso e ele tem a resposta do nosso problema! Disse a garota em um tom furioso. — Sunflowmon prenda-o! Ordenou a garota.

Em um rasante, Sunflowmon conseguiu agarrar o Digimon cacto mexicano em seus braços e enrolou sua cauda espinhosa no pescoço de Ponchomon.

— Essa é a Bárbara que eu conheço? Sussurrou Marcus para Hawkmon.

— Ela demonstra ser tão insegura e tímida, mas tem um grande potencial. Disse Hawkmon.

— Já fiz minha parte Marcus, hora das suas perguntas. Disse Bárbara se afastando um pouco do grupo com um semblante irritado.

— Não precisa dessa violência toda, eu sou da paz. Disse Ponchomon de olho nos espinhos da cauda de Sunflowmon.

— Onde estão meus amigos? Para onde o xerife o levou? Questionou o garoto loiro.

— Eu não sei te responder. Eu só sei que o Revolmon gosta muito de batalhas e criou uma lei para que essas batalhas ocorram dentro do que ele acha legal. Respondeu o Digimon verde.

— As batalhas clandestinas? Perguntou Marcus.

— Sim! Inclusive haverá batalhas hoje, talvez o xerife deve ter levado seus amigos para lá. Disse o Digimon com um tom angustiado.

— E onde fica esse local dessas batalhas? Questionou Marcus.

— Fica no subsolo da cidade próximo aos becos berrantes. Respondeu Ponchomon ao domador. Bárbara olhou no rosto do Digimon que tinha apenas buracos no lugar dos olhos.

— Vai nos levar até lá, né? Perguntou Bárbara. Ponchomon engoliu a seco aquela pergunta.

— Estou muito cansado, preciso ir pra casa e dormir. Disse o Digimon se esquivando da responsabilidade. Marcus olhou seriamente para face esverdeada do Digimon.

— Você vai nos levar até esse lugar, depois poderá ir para sua casa. Disse o loiro em um tom desafiante.

— Ok, eu os levarei. Disse Ponchomon se prontificando.

— Não tente fazer nenhuma graça no caminho. Alertou Hawkmon. Sunflowmon ficou com sua cauda de espinhos em prontidão e o grupo foi em direção ao local, sendo liderados por Ponchomon.

            O lugar em que Alex estava agora era uma espécie de arena cercada por barras de ferro que lembrava a estrutura de gaiola, algumas destas hastes estavam amassadas, outras enferrujadas e até quebradas, marcas de muita violência que aquele lugar transmitia. O local das lutas ficava no centro de um lugar de visibilidade prejudicada pela falta de luz, para se chegar ao centro, os lutadores deveriam descer um jogo de escadas para obter acesso ao local. Revolmon conversava com alguns digimons encapuzados para não revelarem suas identidades enquanto outros observavam o Digimon bélico com certo receio. Alex e Gabumon estavam observando a movimentação quando avistaram dois digimons marrons que seguravam um trono acima de suas cabeças, alguns digimons foram se afastando para dar passagem, neste assento ele observou traços humanos de uma garota que vestia uma camisa branca com um mini colete preto, saia xadrez em vermelho e preto, além de botas cinza fosco e uma máscara azul.

— É ela Gabumon! Disse Alex para seu parceiro Digimon. Gabumon observou atentamente e se afastou de Alex, indo em direção à garota.

— Vou observar mais de perto, você fica aqui. Disse Gabumon para Alex. O mini comboio foi seguindo em direção as escadarias que davam acesso ao centro da arena, Gabumon chegou bem próximo à garota e usou seu olfato na tentativa de sentir o cheiro de algo familiar, mas foi surpreendido por uma pata em seu nariz.

— Ops! Me desculpe, eu sou um pouco atrapalhada. Disse um Digimon parecido com um cachorro, de cor bege e orelhas rosa choque.

— Tudo bem, sem problemas. Disse Gabumon que um instante depois sentiu um cheiro horrível em seu focinho. — Digimon maldito, passou chulé em meu focinho. Completou o Digimon peludo que logo se pôs a procurar o Digimon que havia feito isto, mas não o encontrou. Logo após o ocorrido, Gabumon voltou para perto de Alex.

— Senti um cheiro de humano, mas não pude ter certeza, um Digimon me atrapalhou. Disse Gabumon para Alex.

— Tenho quase certeza que é ela, vamos manter o plano até conseguir nosso objetivo, trazer ela para nosso lado. Pontou o garoto.

C O N T I N U A ...


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