A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 38
A Redoma


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!
Consegui um tempo para atualizar esta fic! *_*
Férias estão chegando aí... Dedos cruzados pra que chegue logo.

Muito Obrigada pela paciência e pelo carinho de vocês, sério.
Vocês são ótimos, e procurarei atualizar minhas fics de acordo com o tempo. Vocês super merecem isso!

E vamos de capítulo!

#BoaLeitura! :)



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– Não pode ser verdade! – Skye enterrava o rosto entre as mãos enquanto os demais ainda estavam perplexos com a história de Cal. – Eles mataram a minha mãe?!

– Sim, Daisy… Eu sinto muito – Cal a olhou com pesar, sentindo as mãos fraquejarem. – O poder de cura dela não foi o suficiente para que ela sobrevivesse… Eu não pude salvá-la, Daisy… Não pude…

Skye levantou-se atônita. Caminhou a passos lentos até a pequena varanda da casa em que estavam, sentindo as lágrimas armazenadas em seus olhos apenas esperando o mínimo movimento das orbes para escorrerem sobre seu rosto. Ward, Fitz e Hill estavam de cabeça baixa, mexendo com os dedos aleatoriamente, enquanto Raina parecia não se importar muito com a dor da garota, o que na verdade, incomodava Jemma de uma forma descomunal. Já era complicado lidar com a infância solitária, mas descobrir que sua mãe havia sido assassinada pela H.I.D.R.A. daquele jeito era outro nível de dor.

– Você está bem? – Samantha aproximou-se dela, com as mãos em seus bolsos de trás. – Bem, eu sei que essa é uma pergunta idiota, já que seus olhos estão cheios de lágrimas, mas...

– Não, tá tudo bem – Skye sorriu do jeito espontâneo da garota – Eu só estou…

– Perplexa? Assustada? Triste? Sem vontade de cantar uma bela canção?

– É – Skye respondeu sorrindo novamente, mesmo que seu semblante abatido gritasse outra coisa. – Um misto de tudo isso aí.

– Não esquenta, tá bom? Você achou o seu pai e… Bem, tecnicamente, ele que achou você, mas… Pelo menos você vai ter a chance de conhecer um de seus pais biológicos. E depois nós podemos jogar uma bomba no covil da H.I.D.R.A. com a ajuda do meu irmão 007.

Skye limpou as lágrimas que haviam acabado de escorrer e sorriu para Sammy, agradecendo mentalmente por ela ser o oposto de Ward.

– Já parou a choradeira? – Raina apareceu atrás de Samantha, com uma cara de tédio. – Nós temos uma missão a cumprir, Skye. Eu, você e seu pai.

– Eu não vou a nenhum lugar com você, Raina.

– Oh, eu não acho que isso seja verdade. – ela retirou um mapa de sua bolsa e o abriu em frente às garotas. – Aqui. Está vendo esse vilarejo próximo a esse rio? Foi aqui que você nasceu, Skye.

Skye olhou para Cal que ainda estava andando aleatoriamente pelo pátio acimentado, há meio caminho da varanda onde estavam. Fitou o mapa por alguns segundos e sentiu algo tremer dentro de si, seguido por um calor que não podia explicar logicamente.

– E o que eu iria querer lá?

– Você sabe que você quer conhecer seu lugar, Skye… Você pertence a Hunan. Esse é o seu povo. Estaria mentindo se dissesse que não tem nenhuma curiosidade em saber sobre suas origens…

– Eu tenho motivos para ir, mas o fato de você querer ir é um ótimo motivo para eu não querer ir.

Samantha franziu a testa e a olhou meio confusa depois daquele jogo de palavras.

– Você entendeu! – ela continuou, meio impaciente. – Pode esquecer, Raina.

Skye voltava para a pequena salinha coberta, sendo praticamente escoltada por Samantha que encarava Raina como se a mulher estivesse armada até os dentes. As duas chamaram o resto da equipe, e já estavam deixando o lugar quando a voz de Cal fez com que Skye recuasse o passo que tão dificilmente conseguira trilhar para longe de seu passado.

– Daisy… Por favor… Eu tenho… Tenho algo para você. É algo da sua mãe – ele se enchia de esperanças à medida que Skye o olhava com os olhos doces e carentes que ele conhecia muito bem. – Ela queria te dar quando ficasse maior, mas aí…

– Não… Não faça isso comigo. – Skye o olhou devastada, com um misto de tristeza e raiva do destino, não sabia ao certo. – Isso só vai me fazer pensar nela… E no momento… Eu não quero, eu… Não posso pensar nela.

– Vocês podem ficar conversando aqui enquanto eu vou buscar o objeto na sua casa, Cal. – Raina pronunciou abruptamente e Skye semicerrou os olhos, desconfiada daquela conversa.

– Esse seu interesse repentino em “me ajudar a descobrir minhas raízes” – ela fez as aspas com os dedos. – não me convenceu, Raina. Pode ir dizendo o que você pretende com…

– Skye, Samantha – Ward balbuciou, chamando a atenção das duas – Vocês ainda não perceberam nada de estranho aqui?

Ward apontava para uma pequena fonte artificial que estava jorrando para cima.

– Mas o quê…

Antes que pudessem dizer mais alguma palavra, Skye e Raina foram lançadas há alguns metros dali, com a força que se esvaía de Graviton sem nenhum esforço. As duas bateram de encontro a uma parede baixa de cimento, praticamente inconscientes a despeito dos gritos de todos os outros que assistiam à cena. Graviton nem mesmo se incomodava com a reação exagerada do pequeno grupo, já que sua atenção era voltada exclusivamente para as duas mulheres que resmungavam alguma coisa, ainda jogadas no chão.

– O que está fazendo, seu… Seu… O que é que ele é, gente? – Samantha perguntava, olhando para FitzSimmons como se eles fossem obrigados a saber tudo.

– Eu não sei o que ele é! – Fitz respondia nervoso, enquanto tentava correr na direção delas, sendo barrado por uma barreira gravitacional que aos poucos ia se formando em redor de Raina e Skye.

– Skye! - Ward e Simmons gritaram ao mesmo tempo, ao perceber que o ser estranho havia criado uma espécie de Redoma que as mantinha presas lá dentro.

– O que ele vai fazer com ela? – Simmons olhava para Hill e a comandante não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo ali. – Não podemos avisar o Coulson e a May?

– Vamos esperar um pouco. – Ward estreitava os olhos, tentando ver através da nuvem de poeira que os separava de Skye e Raina. – Parece que ele não está tentando matá-las...

– Só você que está achando isso, lindinho. – Samantha olhou por cima do ombro para o irmão. – Por que pra mim, se parece com uma forma meio torturante de morrer.

– O que é aquilo descendo dentro da Redoma? – Fitz perguntava, olhando para Simmons com uma expressão amedrontada.

– Eu não sei Fitz… Nós só podemos assistir…

Jemma segurou a mão de Fitz e o engenheiro a apertou forte enquanto viam uma espécie de cristal descendo lentamente para dentro da Redoma. Acima deles, Graviton levitava de olhos fechados, apenas controlando todos os movimentos embaixo dele. Alguns segundos depois, o cristal já se encontrava no meio da Redoma e levitava há pouco mais de um metro do chão. Skye e Raina estavam conscientes, mas logo iriam perder os sentidos novamente.

– O que ele está esperando? – Ward esmurrou o campo de força que os mantinha longe da Redoma.

– Parece uma espécie de ritual… Eu li isso em alguma… Mas o que diabos acabou de acontecer aqui?! – Samantha praguejava ao mesmo tempo em que o campo de força que os prendia se desfez, restando apenas a Redoma que permanecia intacta ao redor de Raina e Skye.

– Aquela coisa soltou um vapor dentro da Redoma! – Fitz respondia enquanto corria junto com os outros na direção do círculo esbranquecido pela substância que saíra do cristal.

Graviton voltava a subir, logo após liberar a névoa terrígena dentro da Redoma. Skye e Raina se solidificaram com o primeiro contato, mas logo acordariam. Elas e seus novos atributos alienígenas.


(…)


– Com licença, amigo… Aqui é os Estados Unidos da América?

A voz cansada e arrastada do jovem despertara um frentista sedentário que trabalhava meio período num posto de gasolina quase falido. Holfman quase caiu da cadeira com o susto, mas conseguiu manter o equilíbrio e olhou sem vontade para o rapaz:

– Não, é o Marrocos. – disse com ironia. – Mas é claro que é os Estados Unidos, o que você acha, ô branquelo?

– Sabe dizer onde tem um telefone público que eu possa usar?

– Você não é um fugitivo da lei, ou é?

– Não senhor – ele sorriu sem graça. – Eu sou um dos bonzinhos.

– Nesse caso, primeira rua à esquerda. Você anda uns 50 metros e pronto. Pode ligar para a garota.

– Como sabe que vou ligar para uma garota? – ele perguntou, curioso.

– Sempre são as garotas, filho. As mulheres estão bem perto da dominação do mundo!

– É verdade.

– E como é o nome dela?

– Da minha garota? – Jonathas sorriu ao pensar nela – Samantha. Samantha Hill.

– Bonito nome. Boa sorte ao encontrá-la.

– Obrigada – Jonathas sorriu e abriu a jaqueta procurando por um bolso interno – Vamos lá, Alan… Diga-me onde você está, filho!

Jonathas Farro abriu a carteira e retirou um cartão magnetizado em branco. Esperava que Samantha tivesse mantido a medalha que recebera quando ele foi dado como morto pela S.H.I.E.L.D. Geralmente, a família recebia seus pertences e aquela medalha levaria Jonathas até onde Samantha e Alan estivessem.

– A S.H.I.E.L.D e seus brinquedos localizadores.

Ele sorriu ao ver um pequeno mapa se projetar em linhas azuis no cartão antes totalmente branco. Um círculo em vermelho piscava, indicando a localização da medalha. Era o primeiro passo para encontrar sua família.

– Samantha, Alan… Eu estou de volta.


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Notas finais do capítulo

Nossa... Que reviravolta pra um capítulo só!
O que acharam??

Muito Obrigada, novamente!

#Itsallconnected #StandWithSHIELD!