A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 18
Coração de Criptonita


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Vamos para mais um capítulo *__*
Que eu amei, particularmente... Espero que curtam!! ;)

#BoaLeitura :)



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* Bunker Playground. Menos de uma hora atrás.


– Coulson?

A voz suave de Melinda parecia ter sido estranhada pelos olhares curiosos de Skye e Coulson no escritório. May não costumava ser tão sutil assim. Ela era uma nível 7 e estava na cara que ela não precisava ser tão subordinada assim. Mas quando o assunto era Philip Coulson, a asiática parecia voltar ao passado, quando ele era apenas o seu O.S. e ela uma cadete promissora. Na verdade, na cabeça dela, as coisas não haviam mudado muito desde então.

– Eu queria falar com você... Em particular.

– Uh... – Skye levantou os braços e fez uma careta. – Tô saindo.

– É rápido, depois vocês poderão voltar aos arquivos e à conversa infindável de vocês – a piloto despejou, meio amarga. – Só preciso dar uma palavrinha com o Diretor.

– Não precisa se explicar, May. Já tô caindo fora. – Skye retrucou, tentando parecer séria. – Tenho coisas de nerd pra fazer fora dessa sala também.

– Tudo bem.

A garota saiu e mal ouviu a porta bater atrás de si. Provavelmente saíra correndo para contar à Simmons tudo o que se passava naquela sua cabecinha conspiradora. Skye não daria folga a ninguém. May adentrava a sala olhando para os lados, sem querer encarar Coulson. Ela estava nitidamente desnorteada.

– Phil, eu... Eu sei que não é uma boa hora, mas... Eu preciso falar com você.

– É, eu acho que já entendi essa parte. – ele sorriu docemente, procurando diminuir a tensão do ambiente. – Sente-se, Melinda. Você sabe que não precisa dessa formalidade toda ao se dirigir a mim.

– Phil, eu serei completamente sincera – ela sentou-se, cruzando as mãos por cima da mesa e olhando nos olhos dele pela primeira vez desde que entrou naquela sala. – De alguns meses para cá, sinto que as coisas tem mudado entre nós.

– Tudo mudou nos últimos meses, Melinda. – ele tentou parecer casual.

– Eu sei, mas... Desde que você descobriu sobre o T.A.H.I.T.I – ela abaixou a cabeça – Eu não sei, Phil... Quando senti você longe de mim, com nojo de mim... Achando-me uma completa mentirosa... Eu tive vontade de morrer.

– Melinda, não seja tão dura consigo...

– Eu ainda não terminei. – ela levantou a cabeça novamente e o encarou séria.

– Desculpe-me. – ele arqueou uma sobrancelha, surpreso.

– Coulson, eu fui embora daquele Bunker... A minha bagagem estava pesada, mas não tanto quanto a minha consciência. Saber que o estava deixando... Saber que quando voltasse, eu não mais estaria lá... Aquilo foi como voltar à Bahrein por alguns instantes.

Ele apenas a olhou, compassivo, quase conseguindo tocar a dor que ela sentia naquele momento. Aquela mulher à sua frente, se parecia muito com a garota que ele conhecerá muito tempo antes. Toda aquela doçura, força e determinação comprimidos num pacote cheio de amor e ternura. Aquela sim era a sua May.

– Mas eu precisava consertar aquilo. O preço havia sido muito alto... Foi naquele instante, quando eu deixei o Bunker... Que eu descobri... E tudo fez sentido de repente...

– O que você descobriu, Melinda? – O chefe levantou-se de sua cadeira e andou lentamente em direção à piloto.

– Que... O que eu sentia por você... Não mudou.

A piloto levantou-se subitamente. Ela havia falado demais. Sua vontade no momento era correr o mais rápido que podia e simplesmente desaparecer dali. Havia sido muito tola ao falar aquilo daquela maneira? Quem não a conhecesse, certamente não se espantaria, mas para quem conhecia uma mulher como ela, aquilo poderia soar um pouco fora do comum.

Melinda se repreendia arduamente por aquilo, enquanto dava alguns passos para trás, quase sem perceber. O que acontecia com a Cavalaria quando ela se encontrava perto dele? Era como o Super-Homem se sentia com relação à Criptonita, talvez. Melinda se via envolvida por um misto de sentimentos e por hora ela não era nada mais nada menos que uma simples mulher completamente vulnerável a ele.

Coulson aproximou-se dela cauteloso, impedindo que ela desaparecesse pela porta do escritório. Segurou seu queixo com cuidado e o ergueu para que ela o olhasse nos olhos. Ele sabia exatamente o que estava fazendo e era mais do que óbvio que ele a queria tanto quanto ela o queria. Na verdade o sentimento sempre estivera em ambos e parecia que nenhum dos dois conseguia mais segurar.

– Melinda – ele sorriu docemente, enquanto percorria o rosto dela com a mão que ele usara para levantar o seu queixo. – Quando eu te tratei mal... Eu apenas estava confuso. Na minha mente, você era a pessoa que eu mais confiava... Era a pessoa que sempre esteve ao meu lado... Eu apenas fui confrontado por meus próprios sentimentos por você – ele deu uma pausa e ela deu um pequeno sorriso. – Não sabia o que aquilo significava... Estava perdido, a HIDRA nos atacando por todos os lados... Eu não consegui entender na hora que você tinha suas ordens... Que você só queria me proteger. Hoje eu entendo você.

– Me perdoe por aquilo. – ela o olhou com uma ponta de remorso. – Nunca quis mentir pra você.

– Não precisa se desculpar, May. Eu fui rude e você não levou isso em conta, apenas permaneceu me apoiando... Eu nunca encontraria ninguém melhor para estar ao meu lado. Você me entende e me conhece como nenhuma outra pessoa jamais me conheceu.

– Coulson eu...

– Amo você – ele completou a frase que ela pretendia dizê-lo. – E espero que não seja tarde demais. Eu venho tentando te mostrar isso desde que chegamos aqui... Acho que você seguiu as pistas corretas.

Coulson sorriu e Melinda o acompanhou, dessa vez num sorriso mais leve e descontraído. Ele a enlaçou com a outra mão, puxando-a delicadamente pela cintura, a chamando para si. Melinda tocou o rosto dele com as duas mãos e olhou nos olhos dele, que mais pareciam duas pedras preciosas reluzindo. Estava na cara que os dois esperavam por isso há anos.

– Sim, eu segui as pistas certas – ela sussurrou e Phil pôde sentir sua respiração pesada enquanto ela encarava os olhos dele e vez por outra os seus lábios. – Discrição nunca foi a sua praia nesse tipo de coisa. – ela brincou.

– Mas era a minha intenção que você percebesse – ele sorriu mais ainda e deslocou para trás da orelha uma mecha de cabelo que insistia em esconder parte do rosto dela. – Então, o que achou?

– Chocolate no café-da-manhã, Phil – ela mordeu o lábio inferior, enquanto sorria. – Aquilo foi golpe baixo.

– Não foi, não – ele discordou, numa expressão divertida. – Não é trapaça se eu simplesmente sei como te agradar.

– Sim, você sabe...

A piloto sussurrou e aproximou o rosto do dele mais um pouco e o beijou. Ele a puxou para mais perto e alguns segundos depois ela tinha os braços em volta do pescoço dele. Eles estavam próximos à porta, bem no lugar que Melinda havia parado pouco antes de tentar sair da sala e só levou alguns minutos para que ela estivesse com as costas encostadas na parede, bem como no primeiro beijo deles, no refeitório da Academia.

– Eu amo você – ela disse, enquanto o beijava. – Sempre amei.

– Eu também te amo, Linda – ele parou o beijo e segurou o rosto dela entre suas mãos, como se ainda não tivesse acreditando naquele momento. – Eu senti tanto a sua falta. – e ele a beijou novamente.

– Eu também senti saudades – ela o beijou de volta e deu uma pausa para respirar. – Eu te amo. – ela parecia uma adolescente repetindo aquilo. – Eu te amo...

– Você é linda, sabia? – ele parou o beijo e voltou a olhar para o rosto dela e viu uma única lágrima escorrendo de um dos olhos dela. – Você não mudou muito desde que me deu um banho de lama...

– Ah, é, né? – ela apertou mais ainda os olhinhos e ele limpou a lágrima do rosto dela. – Você e essa história infinita... Sabia que eu leiloei aquele Santana logo após a batalha de Nova York?

– Mentira... Sério?

– Sim – ela sorriu, sentindo o clima familiar entre eles novamente. – Ainda peguei uns cem mil.

– Você tem muitas coisas pra me contar, eu presumo.

– É – ela descansou o corpo na parede e permaneceu abraçada a ele. – Como nós ficamos depois disso?

– Eu quero ficar com você pra sempre, pode ser? – ele brincou e a beijou novamente.

– Quero dizer... Nós vamos contar para os outros agora? Com toda essa missão com a Sam e a Hill fragilizada... Com a execução do E.A.R.T.H...

– Okay, então... Nós esperamos a situação se acalmar.

– Certo, Diretor. – ela disse num tom divertido. – Preciso voltar para as comunicações. Pode ter surgido alguma atualização.

– E você veio aqui só de declarar pra mim, então? – ele a olhou, questionador.

– Eu só vim expor a situação, mas... Você contribuiu para os acontecimentos posteriores. – ela brincou e o beijou.

– Eu não podia deixar essa passar, Linda. Poderia ser minha última chance – eles ainda estavam com a respiração pesada. – Não poderia simplesmente deixar você ir.

– Eu não iria a lugar nenhum, Phil. Meu lugar é aqui ao seu lado.

Ela o beijou de novo e de novo até ser interrompida por um bip que vinha do seu bolso. Era o Agente Triplett que a contactava da nova unidade da S.H.I.E.L.D.

– Agente May?



(...)



– Cacilda! – Skye ainda não acreditara no que ouvira. – O A.C. e a Cavalaria voltaram!!


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Notas finais do capítulo

Ops... Skye ouviu tudo ó... Boa sorte pra eles, tentando manter isso em segredo... kkkk

— O que acharam?

#itsallconnected #StandWithSHIELD #23thSeptember! :)