Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 34
Finais.


Notas iniciais do capítulo

~Hey gente... Eu disse que voltava na semana que vem e voltei e não que vem KKKKKKKKKKKKKKKK desculpa não podia perde a oportunidade. Pois então, chegamos ao fim, como em tudo na vida, mas... talvez esse não seja bem o fim, isso mesmo MUAHAHAHA, guardaremos as despedidas para amanhã, exatamente amanhã por que: *TAN TAN TAN* TEMOS UM EPILOGO, eu iria postar hoje, mas sem graça né? Enta amanhã eu posto, sem falta. Espero que gostem do final. -Kisses.



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Senti uma voz me tirando do sono, olhei para os lados com o queixo encostado na mesa, era a posição mais desconfortável do mundo para dormir, eu estava pensando em algo e acabei me deixando levar pelo sono.

Levantei minha cabeça e conseguir achar Clint, parado enfrente a porta com uma cara aflita e preocupada como se estivesse algo muito importante para dizer. Aquele momento meu coração disparou, sempre que ele me olhava com aquela cara acontecia alguma coisa.

–Tenho uma coisa para te dar. - Ele joga na mesa uma pasta de arquivos com o meu nome e um símbolo bem conhecido por todos nós. -Fiquei pensando se a entregava ou não, mas você merece saber. -Peguei a pasta em mãos ainda sem entender o que realmente era. Afinal nem todas as coisas tem o mesmo significado do que parecem ser.

–Por que está me dando isto?

–Fui falar com Fury.

–Por quê?

– Audrey, ele conseguiu evidências de que você não é culpada de nada que esta sendo acusada... Mas você precisa voltar... E se apresentar. - ele parecia detestar essa ideia, mas do que eu mesma. - Eu vou... Deixar você sozinha e... Acho que vou comer.

Clint saiu e foi para algum lugar da imensa casa que estamos, olhei para os lados procurando motivos para não encarar o que estava bem em minha frente, mas foi impossível, eu tinha todo o meu passado em mãos e não tinha coragem para encara-lo sozinha. Desviei meu olhar do arquivo, para soro que estava ao lado, o fitei por alguns segundos e me senti orgulhosa por finalmente consegui neutraliza-lo, mas logo o sorriso orgulhoso foi se esvaindo do meu rosto ao lembrar o que realmente importava naquele momento, levei minha mão direita até a capa daquele arquivo e antes de abri-lo penso em todos os eventos que me levaram até nesse momento. Se eu não tivesse entrado naquele beco, conhecido Clint Barton e o deixar bagunçar a vida da fracassada Audrey Rivers, eu não teria chegado nesse momento de descobrir tudo o que eu sempre quis saber e lembrar sobre mim.

Abri a capa e me deparei com uma foto minha bem nova, talvez com 14 anos, a foto lembra aquelas que colocamos em identidade e carteiras de motoristas, pela minha expressão bem séria, talvez fosse à diferença entre eu e essa Audrey, que ela não sorri ao tirar fotos, nem para identidade.

Baixei os olhos para a ficha, havia meu nome e o dos meus pais e finalmente as coisas que eu sabia fazer, aparentemente eu era muito boa em combate corpo a corpo e tinha uma boa velocidade, resistência e reflexos. Eu era boa em tudo isso e hoje não consigo deixar de cair da escada do meu prédio. A ficha também dizia sobre meu intelecto avançado e minha ótima habilidade com facas. Facas? Qual é, eu me corto até com apontador de lápis.

Antes de virar a página, ouvi um barulho atrás de mim, algo não muito alto, mas era algum tipo de ruído. Antes de tudo, joguei minha blusa de frio em cima do soro, não era bem óbvio que estava ali, mas era ainda assim era perigoso. Tentei virar-me para ver o que era, mas antes, uma mão agarrou minha boca enquanto eu tentava me soltar, algo frio e afiado se enroscou ao meu pescoço e depois não consegui mais me morrer.

– Se você gritar, eu corto a sua principal artéria te deixando viva para ver o que eu vou fazer com você. - uma voz sussurra bem perto do meu ouvido. Eu conhecia aquela voz, apesar de ser um sussurro. Tentei gritar, mas o som era abafado pela mão em minha boca. - Eu mandei ficar quieta Audrey, como vamos negociar assim? - ele apertou ainda mais a lamina gelada e afiada contra minha pele e por puro pânico eu paro de tentar gritar. - Vamos fazer um trato. Eu solto minha mão de sua boca, você não grita e eu não te mato. Okay?

– Hum-Hum -Foi tudo o que consegui dizer.

Ao soltar minha boca, mas deixando a lamina em meu pescoço, tentei me virar para ver quem era mais ele, e impediu, ainda assim pude ver parte do rosto de agente Michaud.

– Vai se arrepender por fazer isto, Michaud.

–Audrey, pelo que estão me pagando, quando isso acabar eu estarei rindo da cara de vocês no caribe. - Ele fala ao tom de deboche e totalmente sincero. - É claro que você pode vim comigo, eu não ligaria com a sua companhia. - Michaud fala bem próximo ao meu ouvido.

Olhei para a tela do meu celular que estava apoiado em várias coisas na mesa e vi um fecho de luz na escada, será que Clint sabia que ele estava aqui?

– Onde está o soro?

– Que merda! Porque todo mundo quer esse soro?

–Se talvez fosse esperta o suficiente saberia por que muita gente pagaria uma fortuna por isso. -Ele fala entre risinhos histéricos.

–E você foi esperto o suficiente para vim até aqui?

Sim, Clint sabia que ele estava aqui e mais uma vez o cavaleiro da flecha reluzente estava aqui para salvar a famosa Audrey Donzela em perigo. Está na hora de virar uma Famme Fatale. Segundo depois de ouvir a voz do arqueiro, ouvi uma arma sendo engatilhada.

– Você é corajoso o suficiente para apontar uma arma para minha cabeça, sabendo que minha faca está no pescoço dela.

–Antes que você possa fazer um corte de um centímetro no pescoço dela, eu consigo alojar uma bala no seu crânio. Então se afasta e podemos conversar. - Clint estava tão calmo e por incrível que pareça eu também estava.

A mão do Agente oscilava em meu pescoço e até que ele decidiu tirar a faca do meu pescoço, e se afastou por sua vez Clint o Jogou no chão em um golpe rápido que nem mesmo eu sei como explicar. Levantei-me da cadeira e fiquei ao lado de Clint que ainda apontava a arma para Michaud que esboçava um sorriso patético no rosto, a faca com qual ele tinha em mãos, caiu a poucos centímetros de sua mão.

– Audrey pega a faca e revista os bolsos dele.

Fiz o que ele mandou, peguei a faca e olhei os bolsos do agente que em nenhum momento parou de me olhar e sorrir.

–Você sabia que eu viria. - Ele diz.

– Eu te trouxe até mim, precisava saber quem me trouxe até aqui. -Clint rebate.

Fiquei surpresa com a situação, ele sabia e não me disse nada?

– Você sabia? - Sussurro.

– Eu fiz tudo isso deu as coordenadas de onde você estaria para te levarem, segui a Audrey para trazê-la para a Hungria... Entre outras coisas.

–E você foi esperto o suficiente para vim até aqui sozinho? - Clint pergunta.

Ele não responde só começa a rir histericamente, mas eu sabia que havia algo de errado, ele não de arriscaria vim até aqui sozinho sabendo que Clint Barton é um assassino treinado e o melhor atirador do mundo, por mais que eu também não fosse muita coisa ele saberia que também não deveria vim até aqui, principalmente sozinho. Foi então que notei, ele estava enrolando, fazendo o possível para prender nossa atenção nele.

– Ele está protelando. - falo baixinho e em seguida, volto meu olhar para o arqueiro que assente como se houvesse entendido.

Ouvi outro ruído atrás de mim e aos poucos alguém se aproximando, o agente ainda estava rindo, mas algo em sua expressão mudou, em um movimento ligeiro que nem mesmo eu sei o que houve, virei meu corpo rapidamente cravando a faca em alguma coisa, foi nesse momento que ouvi um barulho estrondoso semelhante à de um tiro, realmente sabia que era um tiro por que já havia ouvido aquele barulho outra vez. Mas a dor que estava sentindo em meu ombro era latejante e agoniante essa sim semelhante à de um tiro. Levei minha mão em meu braço direito e em seguida olho minha mão, estava suja de sangue, Clint de virou para mim abaixando a arma e colocando suas mãos em meu ombro, tentava ouvir o que ele falou, mas estava concentrada naquele incomodo em meu braço.

– Nunca dê as costas para um inimigo, Barton. - Michaud diz apontando uma arma para nós. -Você me ensinou isso.

– Você está bem, Audrey? - Clint pergunta depois de ignorar o gesto de Michaud.

Balanço minha cabeça em sinal de resposta, aos poucos vou me estabelecendo há realidade. Observo Clint que esboça uma expressão indecifrável, ele olha para mim e sussurra:

–Confie em mim. -Em seguida se volta para o Agente. - Se você quer o soro vai em frente, - Ele caminha até onde deixei, passado pelo corpo do homem que ataquei, tira minha blusa de cima e pega o frasco, colando em uma mochila a qual trouxemos até aqui. -leve isso e deixe-la em paz.

Clint entrega a bolsa para Michaud, ele analisa a atitude do arqueiro e reluta em pegar a mochila, não era de estranhar, se até eu achei que era uma atitude estranha, mas confiava nele então não questionei.

– Eu achei que esse dia nunca fosse chegar, -Depois de muito relutar, Michaud pega a mochila e passa a caminhar para a porta. - o dia que você amarelaria Barton.

Você te, sorte de ela... -O arqueiro para sua frase, ponderando em suas palavras. - Vai embora antes que eu me arrependa.

– Hasta La Vista.

Michaud sai pela porta rindo e Clint me abraça ao ver que ele saiu, meu braço latejava muito, mas eu lutava contra essa dor.

–Por que fez isso? -Sussurrei enquanto ele me abraçava.

– Você vai saber.

Do lado de fora do lugar surgiu outro barulho estrondoso que me lembrava do acidente com meu pulmão, Clint me abraçou ainda mais forte e antes que eu fechasse os olhos vi algo claro atravessando as janelas.

– Abaixe-se. -Sussurrou rapidamente.

Abaixamo-nos e logo em seguida os vidros da janela estouraram aos poucos tudo foi acabando e o silêncio retomando, o único som que sobrou foi nossa respiração.

– Você é maluco. - Falo sorrindo e sentindo uma mistura de alívio e de culpa.

– Você me disse isso quando te liguei pela primeira vez.

Comecei a rir por que era verdade, falei que ele poderia ser um maníaco, no final ele só era um assassino, exatamente só um assassino. Depois que deixei de abraça-lo ele se levantou e foi até as janelas, eu ainda sentia muita dor e agora pressionava o ferimento com cuidado, a Shield chegou pouco tempo depois e com muitos agentes que se espalhavam no local e enquanto Clint conversava com Fury, me levaram para a ambulância e aplicaram morfina para a dor, acabei pegando no sono e não me vi chegar ao hospital.

Ainda estava zonza quando acordei no quarto de hospital, mas eu sabia que o homem que mais parecia ter saído de uma história em quadrinhos era realmente, Fury estava na minha frente, aparentemente esperando que eu acordasse, ajeitei-me na cama e tentando abrir meus olhos.

–Eu sou inocente. - falo com a voz fraca, mas ainda assim sorrindo.

– Eu sei, eu sei. -ele diz se sentando na poltrona ao lado da cama. -vim aqui para assegura-la que você está livre de suas acusações.

–Obrigada. - Tento falar em um tom mais sincero possível.

–Audrey, sinto muito por ter se metido nessa situação e por coisas que fizemos contra você...

– Tudo bem... Tudo bem, fiz mau julgamento de vocês também por serem uma corporação governamental e blá blá blá, realmente vi o que vocês fazem pelas pessoas.

Ele solta um sorriso e chego à conclusão que foi a primeira vez que o vi sorrir, isso também me fez sorrir, depois de um tempo de silêncio, ele se levanta colocando as mãos no bolso do sobretudo e caminha até a porta.

– Bem... Até a próxima, Rivers.

– Até há próxima Diretor Fury.

Fury saiu do quarto e eu me senti cansada e ainda mais sozinha, odiava hospitais, tanto quanto odiava voos comerciais e internacionais, mas tudo mudou quando ouvi a porta se abrir e Clint entram sorrindo com a comida horrível de hospital em mãos.

– Mais uma hora e estaremos em casa. -Anuncia com entusiasmo na voz.

– E eu pensei que estivesse na Espanha. - Falo rindo.

–Estamos chegando à América. - Ele senta na poltrona ao lado de minha cama e coloca a bandeja na mesa. - Eu disse que iria para a formatura.

–A essa altura não faz diferença, nem roupa descente eu tenho.

– Você fica linda até vestida de mendiga. - Ele ri.

– Você é suspeito de mais para falar de mim. - Digo desviando olhar do dele e em seguida o silêncio toma o lugar. -Já é dezembro né?

–É... Dezembro, algum problema nisso? - Clint pergunta confuso.

– Não... É que foi algo tão rápido e um ano tão cheio.

–Pois é... Não foi um ano tão ruim...

– Tirando o fato de ser baleada duas vezes, ter um pneumotórax traumático, ser sequestrada e presa... É não foi tão ruim. -Falo me entregando ao riso.

– Audrey. - o seu tom já passa a ser serio e ele novamente me da os arquivos.

– Sobre isso quero te pedir um favor. - Falo pegando em sua mão. - Suma com isso.

– Tem certeza? -Ele pergunta desentendido.

– Absoluta. Clint, não preciso mais saber do meu passado, para saber quem sou.

–Farei isso, já que você pede.

Quando finalmente chegamos a casa, eu me joguei na cama da qual senti tanta saudade, Brad estava concentrando demais pulando e lambendo Clint enquanto eu estava deitada, sentindo um imenso alivio por estar em casa. Mas Brad não se esqueceu de mim e pulou na minha barriga.

A formatura não foi tão ruim quanto eu pensei, até mesmo ser oradora da turma não foi ruim, Tony estava na plateia junto com Clint, e esboçava um sorriso orgulhoso, quando a formatura terminou e eu fui a encontro deles, Tony estava tirando foto com adultos e crianças.

Imaginei que a maioria dos formandos iria a festas em suas casas por terem se formado, pelo menos ouvi isso de algumas garotas que estava lá. Clint me levou para comemorar, mas não no que chamamos de tradicionalmente.

Havíamos acabado de sair de um MCDONALD'S e fomos para um parque de diversões que havia em Manhattan, o lugar estava cheio e havia muitas filas em muitos brinquedos, mas não era um problema aquela altura. Clint estava comprando algodão doce para mim, enquanto eu esperava sentada em um banco perto da roda gigante, achei incrível o fato de vê-lo com roupa formal, mas quando chegamos ao MCDONALD'S, ele afrouxou a gravata, tirou o paletó, e arregalou as mangas.

Ele veio até o banco com um algodão doce azul em mãos e me puxou para me levantar, dando-me o algodão.

–Eu queria o rosa. -Reclamo.

–Pare de reclamar era o que tinha. - Ele agarra minha mão e me puxa para a roda gigante. - Vamos.

A roda gigante era o único que não tinha uma fila imensa, então rapidamente conseguimos sentar em um dos bancos, ela começou a girar para que os outros entrassem.

–Hum... Por que não podemos ser um casal normal? - falo com a boca cheia de algodão doce.

–Audrey, você já notou esse casal que esta em baixo de nós?

–Ah... Sim - Respondo com repulsa, por o casal abaixo ser meloso e ter apelidos ridículos.

– Por esse motivo não somos um casal normal.

–Sou feliz por isso. - Respondo sorridente e encostando a cabeça em seu ombro.

Observávamos as pessoas que estavam em baixo de nós, pareciam perdidas e procurando algum rumo, eu era uma dessas pessoas. Serio, eu era. Totalmente perdida.

A questão é: todos tem uma história. Seja ela, ruim ou boa e você escolhe como conta ela. Essa é a minha e eu gosto de conta-la pelo lado mais dramático e engraçado possível.

A vida é assim, com certeza é, uma graça.


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Notas finais do capítulo

AAAH e desculpa pelo tanto de palavras, acabei me empolgando.



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