Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 13
Segredos para fora do tumulo


Notas iniciais do capítulo

oooi peoples, desculpe a demora foi uma semana bem cheia para mim, mas isso não vai mais acontecer (pelo menos eu espero). Boa Leitura e espero que gostem. Beijos :*



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Levaram-me para o extremo de Nova York em um prédio isolado e colocaram em uma cela de paredes escuras e vidro blindado invés de grades. Sento-me no chão e resolvo não entrar em pânico, penso que talvez eles vão me soltar por que poderia ser um engano... Ou não. Mesmo mortos meus pais me colocaram em um problema dos grandes, fechei os olhos e senti a angustia vindo à tona, eu não me lembrava de nada e eu só queria lembrar, meus esforços eram impossíveis.

Havia outros presos no mesmo corredor, eu ouvia um deles cantar musicas Country e outros reclamando de fome. Devia haver alguma maneira de eu sair dessa situação. Começo a bater o pé no chão, o salto grosso da bota fazia muito barulho e ecoava pelo corredor.

Fechei meus olhos e peguei no sono, mesmo frustrada eu queria muito dormir.

Um guarda bateu no vidro e apontou o dedo para o chão e lá estava uma bandeja com frutas, acho que já era de manhã e eu estava morrendo de fome, me arrastei até a comida e peguei uma maçã. Clint devia estar aqui, talvez se ele não tivesse fugido eu não estaria nessa situação.

Um dos guardas apareceu com um homem loiro no vidro, esse era o Capitão e me senti honrada por sua visita, mas ele não estava aqui para isso, ele veio para me soltar.

–Audrey?

–Capitão, que bom te ver.

–Pode me chamar de Steve. –o guarda abre o vidro e eu saio. –Vim te soltar.

–Obrigado. –dou um abraço nele.

–Agora você é minha responsabilidade então se comporte-sussurra ele antes de me soltar, solto uma gargalhada. –Vamos para casa.

Caminhamos para fora do prédio e ele me deu carona até em casa, disse o que eu não devia fazer para voltar para minha cela. Estamos chegando Parque Hunter Hunter e eu decidi perguntar sobre Clint.

–Sabe algo sobre ele?

–Ele me pediu para te soltar.

–Sabe onde ele está?

–Não, mas saberemos logo.

Chegamos ao Brooklyn depois de um tempo, eu mal podia acreditar que passei um dia numa prisão e ainda dormi lá, espero que isso não manche meu currículo com a Columbia. Desci do carro e agradeci á Steve, depois subi para meu apartamento, cheguei e fui tomar banho e depois de estar vestidamente confortável, joguei minha carcaça na cama e fiquei olhando para o teto. Estava embolorado pela infiltração do telhado, já tinha reclamado com o sindico muitas vezes, mas o infeliz não resolveu esse problema. Levanto-me paciente e vou até o corredor, puxo a cordinha da escada para abaixar, em seguido dou um impulso para subir na escada curta e subi para o sótão. Quando vim para Nova York fiz questão de morar em uma casa que tinha sótão, nunca fui de jogar coisas foras, sempre achei que isso me faria lembrar de algo e foi por isso que decidi morar no terceiro e ultimo andar do prédio. Realmente tinha uma poça de água perto de onde fica minha cama, pego a lanterna velha em uma caixa e observo o lugar, havia caixas por todos os lados e uma pequena janela na parede lateral.

Caminho até a janela para abrir a cortina, antes de chegar uma caixa me chama atenção, na lateral está escrito “Pais”, abaixo até a caixa me sentando no chão e abro a tampa. Havia muitos livros e cadernos, começo a revirar o local e encontro dois pingentes, como tubos de ensaio pequenos, dentro havia um liquido azul claro que brilhava, coloco ao lado de minha perna, dou outra revirada e encontro mais um colar, em seguida coloca junto com o outro. Pego o primeiro caderno que tinha na frente, ele era bege com um cordão para amarrar em um botão, dentro havia algumas anotações dos meus pais. Na maioria eles citavam experiências com raios Vita, em outro caderno, cai uma foto de um homem loiro e magrelo, parecia o Steve um pouco diferente, alguma pagina solta citavam o nome “Abraham Erskine” e “Soro Super-Soldado”.

No final da caixa estava um álbum de bebê, pego em minhas mãos e abro, lá estava foto minhas, como bebê, a primeira uma garotinha com laços e vestido azul e ao lado uma legenda: “Audrey, minha pequena aos três anos.” Nas próximas fotos havia momentos que eu tinha algumas recordações bem vagas, uma delas está minha formatura no primário, deixei que soltasse algumas lagrimas, estava me faltando ar para tanta emoção. Na ultima pagina havia um envelope branco escrito meu nome, nele dizia:

Querida Audrey, Quando você nasceu, não podemos te dar muito, não tínhamos dinheiro e não estávamos preparados, fizemos coisas da qual eu e seu pai não nos orgulhamos, mas fizemos por você.

Não podemos te dar ouro e nada de muito valor, mas podemos te dar o conhecimento, esse ninguém pode te tirar. Nunca pensei que você não tem nada, você tem conhecimento.

Siga esse caminho, não os nossos que usam o conhecimento para ganância e bem próprio, mas use para ajudar. Sabemos que é capaz disso. Nós te amamos, Papai e Mamãe.

Depois de ler, não agüentava mais segurar e comecei a chorar, meu ultimo contato com meus pais estava nessa caixa e eu não sabia. A todo o momento flashs do que ouve vinham em minha cabeça, à maioria era bem vago, mas eram como peças de quebra-cabeças soltos na minha mente.

Jogo a caixa no chão do corredor e desço as escadas com os colares em mãos. Se isso fosse mesmo o que estou pensando teria que continuar escondido, eu tinha um estopim de guerras em mãos e a única certeza que tinha era que se caísse em mãos erradas, o mundo seria um caos.

Fui até o Closet e abri um armário ao lado da porta, guardava todas as minhas roupas de velório lá, odiavam ter que misturar isso as outras roupas, era como ter uma dose de energia negativa junto com minhas vestes. Ele era pequeno, até por que eu não tinha muitas roupas de velório. Guardo a caixa em baixo das roupas de cabide e fecho a porta, em seguida, com os colares em mãos, corro meus olhos pelo Closet e vejo uma bota de canos curtos. Lembro que quando achava coisas que queria esconder eu guardava nas minhas botas e lá ninguém procurava realmente ninguém iria procurar isso e botas que quase não uso, caminho até ela, pego o pé direito e guardo os colares lá.

Eu precisava de muitas respostas, mas não sabia como começar a procurar e nem o que fazer.


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