The Last Good Night escrita por thysss


Capítulo 13
Parkinson.




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- Draquinho – seu sangue ferveu só de ouvir aquela voz enjoada entrando por seus ouvidos.

            Ainda estava se ajustando com a gravata enquanto caminhava entre as pessoas quando a voz de Pansy Parkinson o despertou dos devaneios. Justo ela.

            - Oh querido – ela disse prostrando-se como uma esposa babona, quando na verdade fazia o que? Minutos? Que estavam “juntos”.

            Argh.

            - Mamãe quer tanto vê-lo – ela disse com seu sorriso mais falso prostrado na face. – Eu disse que iria procurá-lo, mas seus amiguinhos disseram que você havia ido beber com outros homens – ela deu de ombros e revirou os olhos.

            Não, Pansy não era idiota. Ela apenas queria se dar bem.

            - Essa historinha não colou – ela disse enlaçando seu braço no dele para que estivessem bem pertos e assim pudesse falar sem ter de erguer a voz e sem ninguém ouvindo. – Mamãe disse que você estava apenas se comportando como um homem – revirou os olhos como se estivesse com nojo, o que de fato estava. Cheirou o pescoço dele e seu estômago embrulhou. – Pois nesse momento eu só tenho a lhe dizer...

            Ele queria que ela não dissesse nada, que calasse a boca e fizesse todo seu teatro de namorada-futura-esposa perfeita e prestativa. Mas nada parecia capaz de calá-la.

            - Que eu fico feliz que mamãe nunca tenha tido contato com aquelazinha – ele sentiu vontade de calá-la com um soco, mas certamente não daria certo. – Porque senão você estaria perdido Draquinho – odiava ser chamado assim. – O cheiro, ou melhor fedor, dela está impregnado em você querido, e se minha mãe ou a sua reconhecessem, ah querido, você estaria muito encrencado.

            - Como se você se importasse – ele deu de ombros tentando se afastar, mas Pansy parecia uma sanguessuga colada em seu braço.

            Ela deu seu sorriso mais falso e Draco sentiu pontadas no estômago – que em nada se assemelhavam as “borboletas” de quando estava perto de Hermione. Estava mais para uma vontade semelhante à de regurgitar.

            - Tem o detalhe, pequeno detalhe – ela disse em bom tom para que ele entendesse perfeitamente. – Que se as coisas não derem certo para você Draco, não darão para mim. Esse casamento é por nossas famílias...

            E pelo fato, enjoativo, de que ela sempre o amou de uma maneira desvairada.

            - E eu espero que você se comporte, meu nome também está em jogo e você não vai estragar isso Draco – ali estava a Pansy interesseira, que, por sinal, parecia mais presente do que a Pansy simpática.

            Ah pelo simples fato de não existir uma célula sequer simpática naquela garota.

            Hermione costumava falar assim, Draco pensou esquecendo-se por um instante da presença desagradável grudada a seu braço.

            - Ah, não esqueça então de confirmar a história, querido – ela lhe tocou o rosto e tudo que Draco pode sentir foi o toque frio dos dedos dela, nada de um arrepio ou uma excitação. Pelo contrário. – Você foi beber com alguns amigos...

            - Alguém pode ter lhe informado errado – ele disse com um sorriso maldoso brincando nos lábios.

            - Não se atreva – ela disse mantendo a pose de quem possuía tudo sob controle.

            Detestável.

            - Draco querido – a senhora Parkinson, uma mulher com a voz tão irritante quanto a da filha, disse ao vê-lo se aproximar de braços dados a Pansy. – Vejo que estavam se entendendo – ela sorriu. – Fico tão feliz pela relação dos dois...

            - Eu também – o senhor Parkinson disse e Draco sorriu irônico.

            Porque ele não ficaria quando essa relação lhe rendia milhares de galeões?

            Hipócrita.

            Seu estômago revirou ao pensar que era isso que seu brilhante futuro lhe aguardava, hipocrisia atrás de hipocrisia, sorrisos falsos e alguém insuportável ao seu lado. De repente uma vontade arrebatadora de voltar para aquela sala e manter-se lá com Hermione sobre seu corpo o fez suar frio. Ah o que ele não daria por um vira-tempo naquele momento...

            Tudo que falavam soava mais como palavras desconexas e Draco agarrou um copo de bebida alcoólica, dessas que desce rasgando a garganta, só assim poderia encarar. Respirou fundo afrouxando a gravata, se sentia sufocado e nem havia começado ainda.

            Sorvendo outro gole lembrou a si mesmo que era escolha sua seguir assim, poderia ter jogado tudo para o alto e ficado com Hermione. Poderia. Agora era tarde demais para isso.

            Pansy enlaçou os dedos aos seus e ele soou frio, droga. Estava metido até o pescoço na pior escolha de sua vida e não havia volta atrás.

 


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Notas finais do capítulo

n/a: espero que gostem!
eu devia ter postado ontem e tals, mas tinha mil e um trilhão de coisas pra fazer, então não consegui passar aqui. mas ai está

 
o fim se aproxima!
e continuem dizendo, por favor, se preferem 2ª temporada dessa fic ou uma nova fic, que também vai ser Draco e Hermione.
 
beijos.
até fim de semana que vem.
espero que gostem.
deixem reviews, please!