Nick conhecia Caroline o suficiente para saber que quando acordasse estaria vermelha, de vergonha. No entanto, poderia ficar naquele quarto, dormindo ao seu lado? Não, Lizz logo chegaria e ele sabia que a mulher não gostaria de saber o que tinha acabado de acontecer, o loiro também não queria que isso acontecesse.

Sentou-se na poltrona em frente a loira, ela adormeceu em seus braços sem dizer qualquer outra palavra, apenas o quanto o amava. Porém, ele não conseguiu a responder, não do modo que gostaria. Talvez esse detalhe tenha passado despercebido pela garota, contudo, Klaus sentia que um dia isso poderia a machucar.

Ainda não tinha pensado no que fazer a partir daquele momento, afinal, no segundo que deixou se levar pelos olhos tímidos de Caroline, assumiu um relacionamento extremamente sério, não que essa não fosse sua intenção quando chegou na casa da garota, porém, não tinha planejado que aquilo acontecesse, ou tinha.

Podia sentir o cheiro doce de Caroline em seu corpo, ela era perfeita. Uma perfeição injusta talvez, covardia em certos momentos. Caroline era a tentação em pessoa, totalmente irresistível.

Suspirou se levantando e conferindo a hora, ainda era cedo. Encarou a loira pensando no que fazer, constatou que seria horrível se Caroline acordasse e não o vesse ali. Então, caminhou até a cama a tocando de leve.

Seus lábios entre abertos e a respiração calma, o fez relembrar cada detalhe que se passou minutos antes. Abriu seu armário pegando uma camisola clara, voltou a cama e se deparou com Caroline sorrindo, um sorriso travesso.

— Iria embora sem me acordar? – Perguntou enquanto se enrolava nos lenções como se não quisesse que ele a visse, isso não passou despercebido por Klaus que soltou uma gargalhada irônica.

— Sabe que já vi tudo isso, né amor? – Ela corou revirando os olhos – Você fica linda dormindo, mas tenho certeza que me mataria amanhã.

— Não seria uma atitude correta a sua – Concluiu pegando a camisola das mãos do loiro -  Ando dormindo demais.

— É normal love, eu acabei com as suas energias – Caroline jogou um travesseiro no homem que se aproximou sentando-se ao seu lado, depositando um beijo em seu pescoço.

— Klaus... – Sussurrou fazendo ele sorrir. – Eu preciso de um banho.

— Vou deixar você descansar – Caroline sentiu os braços de Klaus a levantarem da cama, a carregando em seu colo até o banheiro – Nossa, não tinha notado o quanto você está pesada, tente diminuir a comida.

— Tá me chamando de gorda? – Perguntou dando um tapa no ombro dele que apenas ria da situação. Caroline sentiu seus pés tocarem o chão e logo a água morna a atingir, Klaus permaneceu escorado na porta de vidro do box a encarando. – Não me olhe assim.

— Te olhei de um modo pior e você não reclamou – Klaus manteve seu sorriso sugestivo até sair dali deixando a loira com seus pensamentos. Caroline tinha a sensação que sua vida seguiria um caminho certo, que voltaria a ser feliz talvez. Não sabia o quanto estava enganada.

Klaus viu quando a loira saiu do banheiro já vestida, antes que pudesse dizer qualquer coisa ela se jogou em seus braços o olhando e logo se curvando para beija-lo, Nick não teve tempo de corresponder, apenas ouviu alguém fingindo uma tosse forçada. Fudeu!

— Henrik havia me contado – Fofoqueiro – E eu custei a acreditar.

Lizz abriu um sorriso, não era algo agradável de saber, no entanto, achou “bonitinho” a situação, sempre foi romântica ao extremo.

[...]

— Quer dizer que agora estou perdendo o meu amigo – Damon parecia incomodado com algo, porém, disfarçava brilhantemente – Não acredito que está namorando a loirinha, não acredito que estou usando a palavra “namoro” com você. Não acredito que Lizz permitiu sem perguntar nada, absolutamente nada. Ham... Mundo moderno.

— E queria que ela perguntasse o que? – Klaus parecia indignado com as afirmações dele, fazendo o moreno rir mais – Tenho pena da sua filha.

— Agora está praticando bullying? – Damon fingiu-se de ofendido voltando a rir – Já estou pagando meus pecados, não quero sofrer mais.

— Não seja dramático – O loiro o encarou se controlando para não fazer qualquer piada sobre a situação amorosa do amigo – Já percebeu o quanto sua situação é... Um pouco estranha, talvez essa seja a palavra certa... estranha.

— Verdade, é um pouco estranho, mas nunca tive nada com a Elena, e mesmo se tivesse, Amara não teria nada haver. – A verdade era que o moreno não aguentava mais aquela situação. Seu irmão parecia não se importar em desfilar ou ficar agarrando a garota que viveu dívida entre os dois, e acabou escolhendo Silas. O pior era ter que presenciar essas cenas. – Tatía também está na cidade.

— As gêmeas Gilbert primas das irmãs Petrova, estou me sentindo em um filme – Comentou Klaus saído em direção a sala de Lizz.

— Espero que a gêmea má fale dessa vez. – Klaus abriu a boca para respondeu, no entanto ouviu um grito apavorado fora da delegacia, logo depois xingamentos e palavrões. Não precisava de tempo para reconhecer a voz – Acho que a sua “namorada” precisa de um dicionário com palavras decentes.

Viu quando a loira entrou bufando e batendo forte os pés, trocou um breve olhar com Damon que ao vê-la gritando com Brad por estar na sua frente, arregalou os olhos. Nunca tinha visto ela tão estressada.

— Katherine parece um anjo vendo a loirinha assim – Damon sorriu assim que ela parou na frente dos dois, com a mão na cintura – Tenho medo de entrar naquela sala.

— Não entendi Damon – Respondeu Caroline rispidamente, logo se virou para Nick suspirando – Um cara idiota pegou a minha vaga, alguém tem que resolver isso.

— Tenho certeza que sua mãe resolverá, ou não – Klaus sorriu fazendo ela revirar os olhos – Vamos?

Quando entraram na sala de interrogatório, sentaram-se nos seus devidos lugares. Camille não adiou a sua chegada junto com Lizz, e não demorou até Mikael chegar também. Klaus suspirou vendo seu pai naquela sala. Nunca havia trabalho com tantas pessoas em um interrogatório, era extremamente estranho.

— Kol está chegando, vamos esperar um pouco – Mikael sentia a necessidade de ensinar o filho mais novo como fez a Klaus, sempre quis que seus filhos seguissem sua carreira e ver Kol mostrando interesse o deixava muito satisfeito.

— Espero que não se importe meu filho – Falou Mikael enquanto Klaus negou com a cabeça – É apenas um modo de mostrar a Kol o que ele enfrentará, antes de começar seus estudos.

Ainda era estranho olhar para seu pai e agir naturalmente, depois de tudo, no entanto, Esther já o havia perdoado, Rebekah tentou se afastar, porém, caiu na lábia do pai, o perdoando tão rapidamente que Nick chegava a duvidar que sua irmã estivesse bem, e Lizz parecia o odiar, mas nunca o faria nada, deixaria que a vida o castigasse. Porém, o que ele fez foi crime e para Nick isso não parecia ter perdão, mesmo assim, não conseguia o tratar mal, não conseguia o odiar, Mikael era seu pai e disso Klaus não se esquecia.

— Eu entendo, foi o que fez comigo – Klaus sentiu a loira ao seu lado tremer sem desviar o olhar da parede. Ela sabia que ouviria coisas indesejadas e não queria que todos ouvissem.

— Não vou deixar ela falar mais que o necessário – Damon sorriu como se a confortasse e conseguiu, o que fez a garota sorrir – Mas se continuar com aquele humor de agora a pouco, tenho certeza que ela não terá tempo nem de falar.

— Cheguei – Kol cortou qualquer chance de Caroline responder o moreno, então apenas pegou na mão de Klaus que simplesmente a olhou sorrindo, um sorriso sincero, apenas para tranquiliza-la, esse fato não passou despercebido por Mikael, fazendo-o franzir a testa percebendo o que significava aquele ato.

Katherine chegou com Brad que a fez sentar na frente de todos, e logo se retirou, ficando em frente a porta. A morena olhou todos ali presente e encarou Caroline que devolveu o olhar debochado.

— Não sabia que teriam tantas pessoas – Comentou cruzando as pernas – E você sobreviveu né amiga, pena que vai ter que conviver com a culpa da morte dos seus preciosos amigos.

— Katherine, temos algumas perguntas para você – Klaus a cortou sem largar a mão de Caroline – Temos fatos que mostram o porquê cometeu os assassinatos, no entanto, você matou pessoas que não estavam naquele dia, não havia motivos aparentes, então porque as matou?

— Elas tinham uma vida perfeita, não gosto de pessoas assim, me lembram a você Caroline. Matar sempre foi algo prazeroso para mim. – Katherine não desviava seu olhar da loira que suspirou ouvindo a resposta da ex “amiga”, não queria sentir a culpa que estava sentindo naquele momento – Eu matei mesmo, e mataria novamente. Minha vingança era meu único objetivo.

— Stefan? – Katherine suspirou ao ouvir o nome do loiro saindo da boca de Camille. Logo um sorriso irônico surgiu em seus lábios.

— Eu uso as pessoas, faço elas fazerem o que eu quero – Revirou os olhos – Eu gostava da sua companhia, mas antes ele do que eu. O mesmo para Matt.

— Você é um monstro – Caroline gritou se levantando – Te fizemos mal Katherine, mas o que você fez é cruel, você tentou matar a sua irmã.

— Eu não me importo Carol – Sorriu Katherine mostrando não se importar com as palavras de loira – Não me importo com ninguém, vocês me fizeram ser assim.

— Caroline senta – Pediu Lizz vendo a filha encher os olhos de lagrima, mas Caroline não choraria, não na frente daquela mulher.

— Qual é a sua relação com Celeste? – Perguntou Klaus desviando seu olhar a Mikael que apenas assistia vendo Kol olhar com certa curiosidade o momento, era um bom começo.

— Ela era amiga da minha tia, a gente morava na sua casa enquanto ela trabalhava para vocês. Celeste descobriu o que Mason fez comigo e ficou ao meu lado, ela era uma boa pessoa, mas seu filho a destruía.

— Celeste tinha um filho? Desde quando? – Kol arregalou os olhos buscando digerir as palavras.

— Tinha... um filho adotado na verdade. Um tal de Rick, lembra Niklaus? – Nick sentiu seu corpo travar e Mikael teve que tocar levemente seu braço ao perceber o quanto aquilo o afetava. – Considero seu silencio uma confirmação. Deixa eu te contar uma coisa...

— Rápido Katherine – Nick a apressou cansado do seu silencio. Viu a morena assentir e voltar a encarar Caroline, como se aquela história fosse para ela.

— Rick tinha namorado Carina por um bom tempo, mas a família era contra e ela terminou, ele queria se vingar, eu adoro aquele homem, devo dizer – Riu a morena, depois sorrindo para Caroline – Celeste tinha que proteger o filho quando descobriu que vocês entrariam no caso, então pagou a Carina para fazer o serviço. Ela se apaixonou por você, mas não poderia recusar aquele dinheiro, precisava pagar o hospital. A mãe dela estava morrendo.

— E aí aconteceu o que aconteceu. Carina faria tudo para manter sua mãe viva, e aquilo não parecia tão errado. Enfim, o tratamento não resultou em nada e a loira se arrepende até hoje. O amor é um sentimento que nos destrói Nick, e ela te ama.

— O que Mason te fez? – Perguntou Damon vendo que o amigo ficou em silencio por alguns segundos.

— Coisas horríveis, nenhuma menina merecia aquilo – Não foi preciso dizer mais nada, Mason tinha abusado dela, a feito sofrer ainda mais – Nenhuma.

— Enzo? – Klaus se recuperou deixando para pensar na sua situação depois. Lembrou-se das palavras do garoto no hospital.

— Esse é um outro motivo para te odiar Caroline – A loira a olhou balançando a cabeça negativamente – Eu o amava, o amo.

— Por isso não ameaçou ele – Refletiu Damon a vendo assentir e deixar que a tristeza a atingisse por breves segundos, no entanto, logo seu sorriso voltou – E o Tyler?

— Me salvou do Mason, também sei agradecer.

Caroline notou que o único motivo para Katherine exigir sua presença, era tortura-la. Deixar claro que todos morreram por sua culpa, mostrar a história de Klaus para provoca-la e deixar claro todos os motivos que a levaram a querer a matar. Não era só vingança. Continuou ouvindo as perguntas e observando o olhar da morena para si.

— Onde está a Meredith?

— Morta é claro. Seu corpo está enterrado na sua própria casa. – Ela sorriu vitoriosa enquanto Caroline se segurava para não sair dali, não estava aguentando ouvir tudo aquilo – Eu obriguei ela a liberar a Bonnie, as pessoas não conseguem se defender com uma arma apontada para a sua cabeça.

Katherine sentiu seu rosto virar bruscamente quando Caroline se debruçou rapidamente na mesa lhe dando um tapa, ela sorriu vendo Damon segurar a loira. Klaus assentiu fazendo o moreno arrastar a garota até o lado de fora.

— Katherine Gilbert... você confessa ser responsável pelas mortes que... – Camille terminaria o interrogatório enquanto Lizz acabava de escrever tudo o que foi dito ali, para proteger a filha, a delegada resolveu fazer esse trabalho para não ser necessário a presença de mais alguém.

— Confesso, e mais ainda, não me arrependo – Se apoiou na cadeira encarando todos, já tinham todas as respostas – A culpa é sua Car. – Gritou como se ela pudesse ouvir.

Caroline sentiu os braços de Damon a fazerem sentar em uma cadeira terrivelmente dura. Olhou para cima vendo o sorriso sarcástico dele que deu de ombros sentando-se ao seu lado.

POV Caroline

Damon me olhava com certa insistência, isso me deixou um pouco constrangida. Qualquer um ficaria se estivesse um par de olhos azuis a encarando daquele jeito. Vale lembrar que esses são os meus pensamentos e ninguém está ouvindo, porque...

— Caroline? Tudo bem? – Assenti vendo ele gargalhar – Tá rindo sozinha?

— Eu não estava rindo – Menti – Eu estava apenas pensando.

— Na noite com o Nick? – Damon arqueou a sobrancelha de forma sugestiva, o que me fez virar um tomate.

— Ele te contou? Que horror – Cobri meu rosto com a palma das minhas mãos. Acho que dei mancada, porque ele arregalou os olhos. Klaus não tinha contado nada demais. Estupida!

— Bom... O caso está quase encerrado – Damon mudou de assunto, para minha sorte, no entanto isso me fez lembrar aonde eu estava e o que tinha acabado de fazer. Resisti em lembrar qualquer detalhe, eu precisava seguir a minha vida, mesmo sabendo que fui culpada por tudo o que aconteceu, eu precisava seguir em frente.

— É... – Suspirei olhando para os meus pés, eles pareciam mais interessantes. – Vou sentir falta de vocês.

 - Eu também sentiria a minha falta – Damon só podia estar de brincadeira. Eu realmente estava sendo sincera, mas a prepotência dele não o permitia admitir que também sentiria a minha falta, assim espero. – Mas, soube que vai estudar em Nova Orleans.

— Só depois que eu terminar o ensino médio – Meu objetivo é me formar na universidade de Nola, e o Klaus não tem nada a ver com isso. Bom! Ninguém precisa saber que é ao contrário. – Eu vou ser uma caçadora de tempestades muito famosa.

— Caçadora de tempestades? – Damon caiu na gargalhada me fazendo rir também – Achei que seria uma investigadora e....

— Ah! Sim, sim – Sorri – Mas depois de tudo, não sei se é exatamente isso que eu quero.

— Entendo – Damon pegou na minha mão, no entanto, logo soltou, como se não tivesse percebido o que fez – Eles já estão vindo.

Quando percebi já estavam todos fora da sala, porém, continuaram conversando, logo Damon se juntou a eles. Olhei a hora e percebi que daqui a pouco conheceria o restante da família Mikaelson. Se bem que Mikael não me deu uma boa impressão.

— Oi maninha – Encarei Henrik e Rebekah que sorriam animadamente, senti ciúmes, não consegui evitar.

— Oi Lizz – Rebekah saiu abraçando fortemente a minha mãe, não entendi, realmente não entendi. Depois, soube que elas combinaram de sair juntas depois do almoço, aquilo era realmente estranho.

— Vamos love – Klaus me chamou e fomos em direção ao seu carro. Henrik preferiu ir conosco, apesar do convite de Mikael, enfim, todos estavam indo para a mansão Mikaelson. Nick tinha me comentado que não sabia que a família possuía uma casa na cidade, já que, a que estavam estalados era alugada pela companhia.

Chegamos em frente a um portão que foi aberto logo em seguida. A casa era realmente linda, de longe, vi a piscina e um gramado incrivelmente bonito. Por dentro era ainda mais encantadora, tudo muito sofisticado.

Assim que a porta foi aberta, percebi que Esther já nos esperava na sala, ela estava sentada com um homem alto, bonito para falar a verdade, e uma garota ruiva. Me olhou dos pés à cabeça e revirou os olhos. Oi?

— Bom dia Caroline – Esther me abraçou e depois me deu um terno beijo na testa – Fico muito feliz em saber que tudo vai voltar ao normal em sua vida.

— Obrigada – Sorri vendo ela se encaminhar para Henrik, não prestei muita atenção quando eles saíram levando Mikael junto, acho que precisavam conversar, naquele momento. Porém, antes, Esther avisou ao Nick que Elijah tinha algo para falar com ele e que aquilo era o certo. Klaus não pareceu entender.

Peguei a mão do meu loiro que sorriu e me levou ao sofá sob o olhar debochado da ruiva, quem ela pensa que é?

Notei que Damon parecia mais emburrado do que o normal, olhando feio para o Nick que apenas fazia uma cara que dizia: “ Eu não tive culpa”. O clima estava estranho e ninguém abria a boca, nem Kol. No fim, quando nossos olhares se encontravam ele rapidamente desviava sorrindo.

— Então amor— A voz enjoativa da ruivinha de farmácia chegou a me dar ânsia – Não vai me apresentar?

Klaus pareceu se despertar do transe em que se encontrava desde que chegamos, sabia que aquilo tinha haver com as palavras de Katherine, no entanto, Carina não poderia nos atrapalhar. Era disso que eu tentava me convencer.

— Sim, desculpe. – Vi ele apontando para a homem que me olhava curiosamente – Esse é o meu irmão, Finn. E ela é Aurora, minha prima....

— E essa loira maravilhosa é a Caroline, minha eterna rainha - Kol falou irônico quando Klaus ia me apresentar. Sorri e ele não pareceu se importar com a sua frase. Damon começou a rir como se tivesse entendido a piada de Kol, seria até estranho se ele não tivesse entendido. Às vezes acho que eles foram irmãos em outra vida.

— Nossa eterna rainha na verdade – Camille zombou, e todos acabaram rindo da situação. Foi só naquele momento que eu entendi o que Kol quis dizer. Rainha, pela proteção que tiveram que ter comigo.

Klaus me puxou fazendo que eu subisse as escadas e o seguisse até o seu quarto. Muito grande por sinal. Me levou até a varanda e a visão era realmente linda, dava para ver todo o jardim de entrada.

— Tatia e Amara – Sussurrei enquanto ele me abraçava e dava leves beijos em meu pescoço. Klaus seguiu o meu olhar e viu as irmãs caminharem até a porta, acompanhadas de um loiro sorridente. – Silas, certo?

— Sim – Assentiu – Por isso Damon está tão irritado. Mas, minha mãe não teve muitas opções, nossas famílias são amigas a anos.

— Entendi – Ele sorriu e eu o beijei. Um beijo calmo, porém, me fez relembrar a noite passada e desejar que o momento se repetisse o quanto antes. Eu tinha certeza que o amava e sabia que ele sentia algo forte por mim.

— Você é muito linda Caroline – Encostou sua testa na minha me encarando com seus belos olhos. Existem muitos homens bonitos, mas ele... ah!

— Irmão – Nick sorriu me puxando para entrar novamente. O homem elegante estava esperando na porta, ao lado de uma mulher muito bonita. Só podia ser Elijah, o irmão “certinho”. – Desculpe Niklaus, não sabia que estava acompanhado.

Sorri, mas logo percebi que Klaus ficou tenso e olhava a loira com certa magoa, tristeza e raiva. Elijah percebeu o clima e parou de me encarar, odiava quando me analisavam, porém, o pior venho a seguir.

— Precisamos conversar irmão, vocês precisam... – Klaus se esqueceu de tudo e se perdeu olhando para aquela loira ridícula, linda talvez. Na verdade, me senti pequena perto dela – Carina se juntará a nos hoje.