Entre o amor e o crime escrita por Naty Winchester


Capítulo 11
Alucinações


Notas iniciais do capítulo

Bom... voltei com o fim da história da família do Klaus!
Boa leitura



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18 anos atrás

Lizz estava em uma cama de hospital onde acabou de viver um dos piores – senão o pior – momento dos últimos anos, pensou ser um castigo por todo o mal que causou, ou talvez, foi apenas seu pedido sendo atendido já que ela mesma desejou que sua filha nunca chegasse a nascer, mas já estava tão acostumada com a idéia de ser mãe que se esqueceu completamente quem era o pai.

– Vai ficar tudo bem – Bill repetia a mesma afirmação a cada cinco minutos, sempre foi um bom marido, disso Lizz não tinha duvidas mesmo nunca a amando ele fez de tudo, mas então porque o traiu? Essa era uma pergunta que nem ela sabia a resposta, porém, tudo tem um motivo por mais egoísta e horrível que pareça sempre tem um por que.

– Eu vim assim que soube – Esther corre até a cama abraçando a amiga, a amizade não era como antes, cidades diferentes e vidas opostas às distanciaram um pouco, embora nunca tenham perdidoo contato.

Mikael ficou no canto do quarto com sua típica expressão indescritível sem demonstrar qualquer tipo de emoção, lógico já que não foi obrigado a sentir a dor que é perder um filho. Apesar de tudo se sentia culpado, no entanto, nunca deixaria que outro homem criasse sua filha... Não enquanto ele pudesse cuidá-la.

Não foi difícil contratar uma enfermeira que fez sua filha se passar por morta, contudo o mais complicado seria convencer a sua esposa a aceita-la em sua casa. Sempre desejou ter uma menina, mas essa nunca lhe foi concedida, foi por isso que Mikael foi obrigado a cometer um erro que traria resultados devastadores, pois o que ele nem imaginava era que o destino havia reservado algo inexplicável, afinal, todo o erro que se comete gera conseqüências.

2 anos depois

Esther colocava a ultima mala dentro do carro quando sente um leve peso em seus pés

– O que está fazendo aqui pequena? – olhou para baixo fitando a loira que com apenas deis meses já se mostrava um furacão engatinhando por todos os lados, a garota levanta os pequenos bracinhos pedindo colo

– Você acostumou ela mal... Quero ver como será daqui pra frente – diz Lizz agachando-se para pega-lo, porém logo desiste ao ver as caretas da filha

– Prometa que cuidará bem dele – pede Esther pegando Caroline no colo. Mesmo só passando alguns meses em Mystic Falls - apenas o tempo de seu filho nascer- já se sentia tão apegada a ela.

– É a décima vez que me pede isso... Só hoje – Sabia que Henrik seria bem criado da melhor maneira possível, teria uma estabilidade que não teria com ela, apesar de tudo amava Mikael e precisava lutar por ele e um filho não permitiria isso, ele nunca poderia imaginar que Henrik ficaria com Lizz já que acreditava que com essa viagem fosse apenas para se recuperar do aborto espontâneo que supostamente ela teria sofrido, mas o problema seria esconder a verdade.

Atualmente

‘‘ Esther não é a mãe da Rebekah ’’

‘‘ Seu pai acreditava que ela teria perdido o bebê, só descobriu um ano depois, então não o culpe por tudo ’’

‘‘ Eu não sei por que Henrik ficou com o Bill, mas creio que foi escolha dele ’’

‘‘ Mikael nunca acreditou em destino e muito menos em castigo, mas aprendeu da pior maneira possível ’’

‘‘ Foi como uma cruel troca de filhos ’’

Essas frases não saiam da cabeça de Klaus enquanto acariciava os cabelos da loira que permanecia sem mover um músculo, lembrou de minutos antes quando encontrou Caroline desacordada, o incrível é que foi naquele minuto que ele percebeu que nunca se perdoaria se ela não estivesse respirando.

Enquanto Klaus vigiava o sono pesado dela, Caroline sonhava ou lembrava-se dos poucos momentos felizes da sua infância

Flashback on

A tarde já estava no final, Henrik corria animadamente pelo pequeno jardim da casa enquanto seu pai, que tinha acabado de chegar para umas das visitas mensalmente, tentava inutilmente alcançar-lo

– Mamãe por que você e papai não moram juntos? – pergunta Caroline enquanto ajudava Lizz a fazer o jantar, normalmente ela mais atrapalha do que ajuda, mas naquele dia a garota fazia tudo com tanto capricho fazendo a mãe sorrir ao ver a filha catando feijão

– Você só tem sete anos Car... Um dia vai entender – diz simplesmente, a loira responde com um mínimo biquinho fazendo Lizz rir

[...]

– Olha pai eu também sei fazer bolo – corre com um bote cheio de areia

– Hum... Amor e do que é? – pergunta Bill que logo ri ao ver a expressão confusa da filha

– Acho que me esqueci de botar o pozinho que dá sabor – fala mordendo os lábios

Nesse momento Henrik chega batendo em suas costas por conseqüência Caroline começa a gritar forçando as lagrimas

– Decupa decupa – gritava Henrik tentando acalmar a irmã, ele ainda tinha dificuldades em falar certas palavras, cansado do choro de Caroline ele sai batendo os pés – Cholona

Imediatamente Caroline para de chorar e olha para o pai como se não acreditasse no tinha acabado de acontecer.

Flashback of

Caroline abre os olhos lentamente se deparando com o olhar preocupado de Klaus suspira e se senta na cama

– Você ouviu!? - conclui Klaus

– O que? ‘‘ E para piora meu pai me manda para o fim do mundo cuidar da filha da amante dele’’? – cospe as palavras com dificuldade

– Eu não...

– Eu não quero ouvir – fala, Klaus abre a boca para responder, mas a porta é aberta bruscamente

– Posso entrar – Henrik pergunta fitando a irmã, Klaus assente e antes de sair sussurra para Caroline que revira os olhos

‘‘ Eu te entendo, mas não acho que ele esteja pronto para receber uma noticia dessas, não agora... Você decide ’’

Henrik se aproxima encarando Caroline, é claro que aconteceu algo – pensou – a conhece tão bem que é difícil não perceber o quanto ela estava mau. Caroline por sua vez sentia que a qualquer momento iria desabar, tentava de todas as maneiras segurar o choro, mas ao fechar os olhos senti uma lagrima escapar

– O que aconteceu? –pergunta

– Problemas... Não é fácil ser perseguida por um assassino sádico - mente forçando um sorriso, depois de poucos segundos Henrik desiste e bufa frustrado

– Eu vou fingir que acredito só por que sei que não vai me falar nada – diz

– Eu te amo puxa saco – admite rindo

– Eu também te amo lambe chão – devolve irônico

– Posso te perguntar uma coisa - Henrik assente e ela continua – Por que você foi embora?

– Eu tinha deis anos, via nosso pai muito pouco e brigava muito com a nossa mãe, eu achei que era o certo – nessa simples frase Caroline percebeu que seu irmão se arrependeu de ter escolhido ficar com o pai – O que mais me atormenta é a dor que causei na Lizz, mas não tem volta.

POV KLAUS

Depois do longo tempo que Caroline ficou trancada no quarto com Henrik pediu permissão e foi ver o pai que mora perto da casa da Celeste, mentira... Desde quando ela pede permissão para algo? A garota simplesmente saiu e se não fosse Davina me falar aonde eles foram nesse momento eu estaria procurando feito um maluco

Eu não tiro a razão dela, afinal, até a minha cabeça estava dando voltas, na verdade, é muitas coincidências para uma pessoa normal entender. Toda essa historia me atormenta a cada segundo, eu não tenho cabeça para pensar em nada e minha vontade era de desistir do caso de Caroline e voltar para NOLA, mas esse pensamento me fazia imaginar ela com o mesmo final que quatro garotas tiveram nesses últimos meses.

Hoje mesmo Damon me ligou avisando da morte de outra moradora da cidade, por esse motivo teria que voltar ainda pela manha, sou tirado dos meus devaneios com risadas adentrando a casa

– Não adianta hem Caroline... Continua sendo a fresquinha do papai – Henrik zombava

– Eu duvido que você tenha mudado... Molenga da mamãe – devolve

Eu não queria atrapalhar esse momento, mas fui obrigado a avisar Caroline que teríamos que ir. Depois de toda a cerimônia de despedida fizemos a viagem de volta a Mystic Falls, porém, com uma diferença torturante... A loira não abriu a boca nem pra reclamar, o que para alguém acostumado a ouvir as loucuras dela era muito estranho.

Uma semana depois

Sentei na ponta da cama e encarei o chão, já fazia uma semana desde a última pista do assassino, desde que ficou claro que Jeremy não tinha culpa de nada e desde a última vez que Caroline falou comigo. Todo esse silencio acabava com o resto de paz que eu tinha, me doía de uma maneira que eu nunca imaginei e por consequência me tira toda a vontade de trabalhar.

Desde a morte de April, que depois descobri ser prima da Elena, eu me concentrei inteiramente no ex-namorado dela que contou uma historia muito estranha, mas essa se tornou uma decepção quando o depoimento do rapaz se confirmou.

Hoje as aulas de Caroline retornariam e com isso eu seria encarregado de levá-la. Caminho em passos largos até o seu quarto

– Pronta? – pergunto escutando um ‘’ahãm’’ logo em seguida, em segundos a porta se abre revelando uma Caroline com os olhos inchados de chorar e com a maquiagem carregada na tentativa de esconder isso – Tudo bem?

– Aham – ultimamente essa é única coisa que sai da boca dela, eu entendo essa reação e sei que devimos conversar, no entanto ela não me dá chance. Em menos de cinco minutos já tínhamos chegado

– Você não vai entrar não é? - pergunta assim que saio o carro

– Resolveu falar algo love?... Respondendo a sua pergunta!... Eu vou sim – respondo a fazendo revirar os olhos – Eu tenho que falar com a diretora

– Diretor – me corrige

POV CAROLINE

Caminhei com Klaus pelos corredores atraindo olhares de todos, percebi que toda essa atenção era justamente pra ele quando ouvi um bando de garotas comentando

– Quer parar de sorrir – digo ao ver o sorriso sínico e prepotente dele

– Demorou uma semana para falar alguma coisa e quando abre essa boca é pra reclamar – diz frio. Eu queria ter falado com ele, mas eu não consegui, foi mais fácil ficar no meu canto sem ter que me preocupar sobre o que dizer ou fazer depois de tudo. Tentei diversas vezes encarar a situação e ser forte, mas essa semana só demonstrou o quanto eu fui fraca a minha vida inteira.

Encontro Stefan parado em frente ao seu armário o olho por um instante vendo aquele sorriso que há tempos não via realmente o namoro com a Elena não estava dando certo já que até mesmo ela não parece se importar tanto, me aproximo para cumprimentá-lo na esperança que Klaus seguisse para a sala do diretor

– Olá – digo o abraçando

– Oi Car, você parece ótima – Há se ele soubesse! Viro-me e vejo Klaus ainda me esperando

– Eu tenho que ir – ele assente e Klaus faz sinal para eu continuar. No corredor passamos por um painel onde ficaram as homenagens para as alunas que foram mortas, uma me chamou mais a atenção. April a prima da Elena... Nunca fomos amigas, mas tínhamos uma relação aturável, ela não merecia isso. No enterro tinha poucas pessoas, mas os poucos gostavam muito dela – ou fingiam muito bem – até Tyler voltou de New Horleans só para se despedir mesmo Elena garantindo que viu ele um dia antes do ocorrido.

– Olá Srt. Forbes – Encontro a coordenadora pedagógica na entrada da diretoria - Você deve ser o Klaus... O diretor já esta a sua espera

Saio quase correndo de lá e vou até a minha sala onde o clima não estava nada bom, de longe vejo Enzo no fundo, sempre gostei dele por mais que nosso namoro não tenha dado muito certo. Ele gostava muito da April, tanto quanto Tyler. Sento atrás da Elena que vira rapidamente

– Ei... Melhorou? – pergunto me referindo aos desmaios consecutivos que ela sofreu logo após descobrir o que aconteceu com a prima

– Sim... Obrigada – Elena encara Stefan e suspira pesado

– Não tem mais jeito né – ela nega com a cabeça – E o Damon?

– Damon esta sendo um ótimo amigo somente – responde depois de alguns segundos

Logo após as aulas fui ao Grill encomendar um Xix Bacon já que todos ficariam até tarde na delegacia depois fui falar com a minha mãe. Meu relacionamento com ela mudou muito, por mais que eu queira não consigo ficar cinco minutos ao seu lado sem que me dê vontade de gritar tudo que eu sei.

Entro em casa e me jogo no primeiro sofá que enxergo, encaro o teto e me vem á mesma coisa na cabeça, aquela que me tira o sono e me destrói. É pensando nisso que acabo dormindo

[...]

– Caroline... Caroline ohou – repetia Kol me despertando

– O que você quer? – pergunto sem animo algum

– Eu vou sair – assinto – O seu Xix já chegou... Podia ter comprado um pra mim, agora eu vou ter que comer em outro lugar – fala sínico, como se fosse um sacrifício

– Pode ir Kol – digo pegando o meu jantar, antes de sair ainda solta uma piadinha, quem seria Kol sem suas piadas?

" adoraria ter ficado como baba’’

A última vez que fiquei sozinha foi quando aquele louco apareceu em minha casa, pensando nisso, esse foi o principio da minha desgraça. Queria ter reconhecido aquele mostro, mas as roupas brancas e a mascara não ajudaram, Jesse falou que no carro da April tinha alguém com essa semelhança.

Assim que termino de comer meu celular começa a tocar, retiro-o da bolsa e vejo uma chamada perdida e algumas mensagens, não evito o medo assim que percebo de quem é o numero

De Bonnie:

Seu tempo esta acabando Caroline

De April:

O meu maior prazer é ver essa carinha temendo por mim

De Lexi:

Game over Car

Uma semelhança em todos os casos é o sumiço dos chips dos celulares de todas as vitimas e agora... Tento manter calma e me convencer que isso é apenas uma tentativa de me torturar e seria impossível que ele estivesse aqui... Ou não?

Respiro fundo e me levanto quando – para meu desespero - as luzes da casa se apagam, não... Não... Agora não. Nesse momento meu coração já estava saindo pela boca, ligo meu celular na esperança de trazer um pouco de luz. Minha primeira idéia é sair da casa, mas e se ele estiver ali fora? Então no mesmo instante ligo para o Klaus que atende no segundo toque

– Caroline eu não tenho tempo nem paciência pra suas bobagens – é a primeira coisa que ele diz

– Klaus por favor... te.... tem... Volta pra casa – Eu mal conseguia falar, sentia que a qualquer momento alguém iria aparecer na minha frente

– Caroline se você e o Kol estiverem brincando comigo... – ele para de falar assim que percebe a minha respiração ofegante... – Eu estou indo

Assim que desligo o celular as luzes voltam, tento ao máximo me convencer que foi só um apagão, olho todos os cantos da casa e lentamente vou para meu quarto e me tranco lá

“É só uma coincidência” penso, ao menos era o que eu esperava

Sento na cama tentando me acalmar quando vejo um envelope vermelho na estante dos meus livros, antes de pensar em pega-lo o ar começa a me faltar. Aos poucos tento puxar-lo pela boca na intenção que ele volte aos meus pulmões, mas isso só piora

Sinto gotas de sangue escorrer pelo meu nariz e me levanto para ir até a janela, porém sinto meus pés saírem do chão como se eu estivesse flutuando, um gemido involuntário escapa e minha respiração começa novamente a falhar

Um filme passa pela minha cabeça, minha infância, minha família, amigos, Nick, cada momento. Sempre fui “chorona”, mas me convenci que dessa vez não, eu não choraria. Ouço passos vindos em direção ao quarto e por um instante pensei ser o Klaus, mas a voz do outro lado me convenceu do contrario

– Bonnie? – Não podia ser... Vejo minha amiga atravessar a porta como se ela não estivesse ali, minha cabeça parecia que a qualquer momento iria explodir a dor só fazia a dificuldade que eu tinha de respirar aumentar. Caio no chão sentindo meu corpo simplesmente paralisar, Bonnie continuava ali me olhando com um sorriso no rosto.

Abro minha boca, mas nem um som saiu, olho para as paredes do quarto e sangue escorria delas por um segundo ouço gritos desesperados pedindo ajuda...

– Caroline? – eu queria gritar, pedir ajuda sair daqui, mas não consegui. A porta se abre rapidamente num estouro, porém mesmo vendo a sombra de alguém conhecido eu não tinha mais forças para lutar.


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Notas finais do capítulo

Esse foi um capitulo de transição com o final do mistério Mikaelson ... a fic voltará a ser centrada no assassino que a partir de agora vai aparecer bem mais
beijos...



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