A torre da Grifinória estava calma, assim mesmo dizendo era tudo simplesmente normal, as pessoas estudando, os alunos novos perdidos, mas não havia problemas, e esse era o problema, seria o primeiro ano normal em Hogwarts desde a chegada de Harry Potter.

No ano anterior, algo que ficou marcado para a história aconteceu, Voldemort foi derrotado, pelo garoto que sobreviveu, os outros alunos praticamente os louvavam, era o trio mais famoso da escola, e provavelmente da Europa. Mas, apenas parecia que seria mais um ano normal, agora os problemas não era salvar os amigos, e derrotar o lorde das trevas, e sim, o que havia no coração dos três, sentimentos confusos, capazes de enganar até o mais sábio dos sábios em sentimentos.

Rony e Hermione estavam cada dia mais feliz, sempre sorrindo, trocando beijinhos aqui e ali, se abraçando, Harry e Gina, igualmente, porém, eram mais tímidos, o último ano do trio em Hogwarts estava para realmente começar, as provas eram horrendas de tão difíceis.

Mas, ao fim das avaliações, os sentimentos duvidosos voltaram a fazer jus ao nome. Gina terminou com Harry, e Hermione e Rony estavam se desentendendo.

–Rony, o que está acontecendo, você não é igual a antes, desde que você passou o final de semana no mundo trouxa você está....

–Estou?

–Diferente, você não me dá mais atenção como antes, não me beija a uma semana!- berrava Hermione, enquanto estavam na beira do lago de Hogwarts.

Não era tão difícil de explicar a situação do ponto de vista de Ronald Weasley, quando as provas acabaram, ele foi convidado por seu pai a visitar o mundo trouxa, estavam ansiosos, até que chegaram a um fast food. Onde começaram a se embolar com o sistema.

‘’ -Pai, tem certeza de que o dinheiro trouxa vai dar, os números parecem ser maiores!- Rony chamava a atenção do pai.

–Calma filho, e fale baixo, alguém pode ouvir e desconfiar. E também, vai dar 12 euros, eu tenho 50 guardado aqui no bolso.

–Certo mas...

–Senhor, seu pedido- disse a caixa do fast food.

–Ahm, ér.. hã, eu vou querer aquele terceiro ali- disse Arthur todo enrolado nas palavras.

–X-búrguer queijo prato, certo, e você?

–É .... o mesmo.- disse Rony.

–E para beber?

– Suco de abobora!- o pai de Rony falou, logo ganhando cotoveladas do filho.- Oh me desculpe, eu iria perguntar... o que você tem?.

–Suco de uva, refrigerante de cola...

–Refrigerante de cola para nós dois por favor!- disse o pai Weasley, gostando do nome da bebida.

Pegaram os pedidos, e assim como Arthur dissera, o dinheiro deu certo.

–Céus, comida trouxa é uma delicia, e essa bebida.. refri... repriferati....

–Refrigerante- disse Rony, rindo do pai.

–Sim, preciso trazer Molly aqui algum di...

O homem foi interrompido, por uma mulher que caíra em cima de seu filho, derrubando o copo de suco no chão.

–Meu deus!- foi tudo o que Rony conseguiu dizer, quando, a mulher olhou para ele, com o nariz sangrando, o jovem ruivo não pode ter outro reflexo se não ajudar.

–Mil desculpas, é que tinha suco derramado no chão e.... minha nossa!, que vergonha- dizia a mulher, era pálida, loira, e com olhos verdes, uma combinação rara.

–Não, não precisa se desculpar, eu mesmo caio o dia inteiro e meu nariz sangra diariamente com isso- disse Rony, contemplando a beleza da mulher a sua frente.

–O que eu posso fazer para me redimir, me diga algo, se não ficarei com isso na cabeça o resto do dia.- dizia a loira preocupada.

–Não seria uma má ideia você lembrar de mim, mas poderíamos sair um pouco agora, já que você quer se redimir.- Disse Rony, a essas alturas, ele nem lembrava que Hermione existia’’

–Mione, me escute, aconteceu algumas coisas.

–Que coisas?!

–Eu... eu... c.. conheci...

–Não me diga que conheceu outra garota?!

–Mas o que está havendo aqui?!- Harry chegou- Eu podia ouvir vocês gritando lá de cima.

–Em Rony?, me responde!- disse Hermione, quase chorando.

Rony apenas olhou para ela com tristeza. Antes de dizer a palavra final.

–Sim.

Hermione não aguentou, saiu correndo e empurrou Harry, os dois garotos se olharam.

–Mas o que foi que você fez?- Potter perguntou ao amigo.

–Eu conheci outra garota Harry, eu não posso ficar com Hermione, sabendo que ela pensa que eu a amo, seria um terrível erro.- O ruivo disse, apesar de bravo, Harry tinha que concordar com o amigo.

–Então...

–Eu apenas confundi amizade com amor.

–Eu vou lá, ver o que ela vai fazer- Disse Harry, era nessas horas que ela precisava de seu ombro.

Ele subiu até uma parte quase nunca frequentada por alunos na escola, e sabia que encontraria sua amiga lá, ela estava sentada na escada, chorando ferozmente.

Harry se sentou ao lado da amiga, que estava com a cara afundada nas mãos, suspiros e gemidos de tristeza estava deixando Potter triste também, não conseguia ver sua amiga triste. Talvez, quando terminara com Gina, ela teria razão ao dizer que a pessoa que ele gostava estava em baixo do nariz dele.

Logo, o garoto sentiu a face da garota se desenhar em seu ombro, massacrado seu braço com o corpo da garota, ele podia sentir o local húmido, as lágrimas de Hermione estavam excessivas.

Hermione, estava tão confusa que queria alguma coisa para deixa-la feliz, e recorreria a seu melhor amigo.

–Harry, você ainda está triste pela... Gina?

–Não, Mione, com o tempo tudo passa, você vai ver, se a pessoa não te ama, não vale a pena ficar com ela, vai ser difícil, mas você consegue.

–Quem garante que vou?- disse a garota erguendo seu rosto aos de Harry.

–Eu te garanto!, Herm, você e a garota mais forte que eu já conheci.- disse o garoto, fazendo Hermione olhar para ele com mais atenção.

–Harry, e acho que um amor só se cura com outro.

–Hermione!

–que?

–De onde você tirou isso?- perguntou Harry, a essas horas, seu rostos estavam encontrados.

–Sabe Harry, desde que Rony parou de me dar atenção, eu... apenas tinha olhos para você, seu jeito me fazia esquecer dos problemas.

–Espera, então eu sou seu outro amor?!- disse ele impressionado, agora o que Gina lhe disse fazia sentido, o seu amor estava de baixo do se nariz, pelas barbas de Mérlin!, era Hermione o tempo todo!.

–Sim Harry- ela disse.

Os dois se encararam em um profundo silêncio, Hermione levou seus lábios aos de Harry, segurando sua cabeça, ele foi enfeitiçado pela boca molhada da garota, agora ela estava o guiando, poucos minutos depois suas línguas estava se atacando e ao mesmo tempo dançando, e sentada ao seu colo, Hermione passou o resto do dia se deliciando com Harry Potter, e sabendo que ele não era apenas seu amigo.