Negociando com o Inimigo escrita por Dani R


Capítulo 17
XVII - Holding On And Letting Go


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIIIIII! Finalmente vim aqui com o capítulo. Juro que todos os dias eu tentei escrever essa bostica, e finalmente terminei huauhahuahu ah, e queria dizer que mudei o planejamento. Esse aqui é o penúltimo capítulo (porque ficaria muito longo e sem sentido se fosse o último). A música do capítulo dessa fic que eu amo que já tá na reta final :'( é Holding On And Letting Go do Ross Copperman (https://www.youtube.com/watch?v=BpnFFbnglvI). Espero que gostem!



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Is anybody out there?
Is anybody listening?
Does anybody really know?
Is the end of the beginning
The cry a rush a one breath
Is all we waiting for
Sometimes I want my taking
Changes everyone before

Ala Hospitalar; 18 de Abril de 2023; 8h26min AM

— Por favor, acorde.

Era uma voz. Uma voz insistente, esperançosa e feminina; delicada e fina demais, mas que combinava com a possuidora. Os olhos de Dominique abriam aos poucos e estavam bastante embaçados, mas logo foi possível perceber que estava na Ala Hospitalar, e ela se assustou.

— Calma, foi apenas um susto. — Ela virou pro lado e viu sua irmã. Então, se acalmou.

— Por que estou aqui? — Perguntou Dominique, tentando transparecer calma.

— Aparentemente ontem de madrugada você foi atingida por um feitiço estuporante e bateu a cabeça em uma árvore. James não explicou muito bem. Quer que eu chame ele?

A mais nova negou ao balançar a cabeça. Queria descansar muito mais, e depois saber o que havia acontecido. Ou saber naquele exato momento, afinal ela perdeu um dia inteiro de luta. Será que alguém mais havia morrido? A batalha já acabara? Ursula foi capturada? Ela queria fazer todas as suas perguntas, mas aquela confortável cama de hospital pedia por mais um cochilo.

— Mamãe foi para o St. Mungus. — Victoire disse após quase dez minutos de silêncio e um quase cochilo da irmã que ficou alerta assim que recebeu a notícia.

— O quê?!

— Bem, vai ser apenas momentâneo... ela teve um infarto depois que soube que você estava aqui, teve medo que você tivesse o mesmo fim que Louis, tudo em uma questão de horas. — Vic suspirou ao lembrar do irmão mais novo. — Mas ela já acordou, só que vai ter que ficar em observação. E não se preocupe, segundo Madame Pomfrey você não sofreu nada sério, embora tenha aberto um corte na testa que não vai deixar cicatriz.

Dominique assentiu, mas se apavorou ao lembrar do irmão.

— Minha ficha não caiu ainda. — Disse.

— Nem a minha. — A irmã mais velha respondeu, cabisbaixa. — É difícil saber que não vamos mais ver aquela carinha vermelha de tanta vergonha com os nossos paparicos.

— É. — Dominique sorriu fraco com a lembrança, mas logo deixou uma lágrima rolar em sua bochecha. — Por que ele? Ele era um garoto tão bom. Nunca fez nada de ruim para ninguém, ele não merecia isso.

Victoire concordou e logo começou a chorar também. As memórias com o irmão mais novo começaram a aparecer, e isso não era bom no momento. Seria bom no futuro, mas não agora.

— Ei, garotas. — Teddy aproximou-se da namorada para consolá-la no segundo em que pisou na Ala. — Vocês estão bem?

A mais velha assentiu e enxugou as próprias lagrimas. Logo, o namorado sussurrou algo em seu ouvido que aparentemente fez Victoire ficar surpresa.

— O que aconteceu? — Perguntou Dominique, curiosa.

— E-Eu te conto depois. — Respondeu Vic, que saiu da Ala Hospitalar com passos apressados.

Dominique bufou. Ela queria muito saber o que estava acontecendo. Qual é, custava dar uma dica pelo menos? Ela não tinha mais nada pra fazer além de virar para o lado e tentar dormir ou se perder em pensamentos.

Quando ela virou para o lado esquerdo, ela viu uma garota ruiva na cama ao seu lado recebendo uma transfusão de sangue. A cor do cabelo e suas feições eram inconfundíveis; Rose estava lá. Dominique entrou em choque vendo sua prima mais pálida do que normalmente era. Tentou alcançar sua mão, mas aparentemente seu braço era curto demais.

Talvez era o nervosismo, mas Dominique começou a entrar em desespero. Por sorte, alguém adentrara ali, porém ela não sabia se fingia estar dormindo ou se fazia perguntas. Então, ela optou pela primeira opção por puro impulso.

Os passos foram até a cama de Rose. A respiração da pessoa que entrara ali era ruidosa e nervosa, além de barulhenta. E então, começou a falar.

— Rose, eu... — Dominique reconheceu aquela voz de imediato; era Scorpius. Ela não sabia se ficava surpresa ou se agia como se já soubesse. Mas ela acabou apenas ouvindo a conversa. Pelo jeito, seu amigo sofria. — Por que você? Quer dizer, droga... eu só realmente quero matar quem quer seja que fez isso com você, mesmo sendo errado. Eu devia ter te protegido, ter te alarmado sobre o comensal que vinha na sua direção, mas eu também não o vi... merda! — Ele deu um soco no colchão. — Por favor, viva. Eu não sei porque eu demorei tanto para perceber que embora eu possa viver num mundo sem você, eu não quero. Eu realmente não quero. Caramba... eu te amo.

— HÁ! EU SABIA! — A loira não conseguiu se conter de tanta felicidade, o que acabou assustando o Malfoy.

— D-Dominique! Achei que estava descansando... — Ele ficou sem jeito, e colocou a mão na nuca. — Hm... então... está melhor, pelo que vejo.

O sorriso estampado no rosto da Weasley era como o de um maníaco, e Scorpius ficava cada vez mais assustado.

— Não vem com essa de mudar de assunto! Você ama a Rose! — Ela disse um pouco alto demais.

— Dominique! Shhhh! — Ele avisou, desesperado, o que fez a garota soltar uma risada.

— Você não precisa esconder isso, Scorp. Afinal, todos já suspeitavam. — Dominique abriu um sorriso mais calmo, tentando aconselhar o amigo.

Ele assentiu, ainda um pouco envergonhado. Era meio difícil admitir que amava a ruiva durante todo aquele tempo que eles viviam em pé de guerra — mesmo com alguns tempos de paz de vez em quando.

— Mas agora é sério, você está bem? — Perguntou Scorpius.

— Uhum. — Ela assentiu. — Mas com uma dor de cabeça insuportável.

— Por falar em amor... — Scorpius começou, e Dominique revirou os olhos já sabendo o que estava chegando — Potter estava preocupado com você o dia inteiro ontem. Mal lutou.

Dominique dessa vez também não conseguiu contar o sorriso, embora a revirada de olhos anteriormente.

— Ahhhhh, olha esse sorrisinho. Garanto que é retribuído. — O garoto provocou, e Dominique jogou o travesseiro nele.

— Mas ei, o que aconteceu com a Rose?

Scorpius fechou a cara e suspirou antes de explicar.

— Ela foi atingida por um Sectumsempra. Bem do meu lado. E eu não vi. — Ele suspirou de novo e se culpava. — O comensal acertou-a muito perto do coração, e o contra-feitiço não funcionou porque ela sofreu de uma hemorragia muito rapidamente. Por sorte, a mãe dela tem o mesmo tipo de sangue que ela e teve que doar. Mais uns minutos e ela podia ter morrido.

Dominique ficou boquiaberta de tão surpresa que ficara. Quase perdeu outro membro da família. Ela voltou a olhar para a cama de Rose e viu que a prima estava mais pálida que o normal, mas se aliviou ao lembrar que ficaria bem.

— Você pretende dizer tudo isso que disse quando ela acordar? — Perguntou para Scorpius, e o amigo suspirou.

— E-Eu não sei. — Gaguejou.

— Ah Scorp, qual é! Vai deixar todos esses sentimentos reprimidos por puro orgulho? Vocês dois são teimosos e perfeitos um pro outro!

— Dominique Weasley querendo me falar de orgulho? — Ele riu. — Você não está com o James por qual motivo mesmo?

Dominique respirou fundo e demorou para responder aquela pergunta. Scorpius ficou sem jeito, ao ver que acabara de tocar na ferida e quase pediu desculpas, mas a garota conseguiu responder.

— Eu nunca neguei que amo ele. — Ela ficou cabisbaixa. — Mas é que... Eu não estou pronta para voltar.

Scorpius assentiu, e um silêncio constrangedor dominou a Ala Hospitalar por vários minutos. Por fim, Malfoy se despediu de Dominique e saiu da Ala antes que ela lembrasse de perguntar o que estava acontecendo lá fora.

Corredores de Hogwarts; 18 de Abril de 2023; 1h10min PM

Pomfrey decidiu dar alta para Dominique, já que não aparentava sem mais nenhum ferimento que necessitasse de observação. A garota decidiu aproveitar a oportunidade e tentou procurar alguém para explicar o que havia acontecido nas horas que ela ficou fora.

Não havia nenhum movimento. Ela andava e andava e andava, mas tudo que via eram escombros. Por segurança, ela agarrava a varinha na sua calça mas não avistava nenhum comensal. Mas assim que alcançou o Salão Principal sentiu a agitação.

Assim que ela entrou ela foi abraçada pelo seu pai, e ficou assustada com o que poderia ter acontecido.

— Nunca fiquei tão aliviado em te ver. — Disse.

— Por que? O que aconteceu? — Perguntou, preocupada.

— Além do fato de você ter batido a cabeça e desmaiado? — Bill suspirou. — Bem, sua mãe vai ficar no hospital por um pouco mais de tempo. Os curandeiros dizem que ela precisa ficar em observação e que precisam descobrir caso ela tenha uma doença.

Ah, ótimo. Era tudo que Dominique precisava. Um irmão morto e uma mãe com problema no coração. Ela suspirou e Bill abraçou-a de novo, acariciando os cabelos da filha.

— Vamos sobreviver a isso, ok? Sua mãe ficará bem. Vamos seguir em frente. — Ele tentava encorajá-la.

A garota assentiu enquanto engolia em seco.

— E-Então... — Ela começou. — A batalha já terminou? Não vi mais nenhum comensal ou auror aqui

— Só a batalha de Hogwarts. — Alguém atrás de Dominique começara a falar, e aquela voz era inconfundível. Assim que ela olhou para trás, viu que era James. — Há algumas ainda em vilarejos trouxas e Ursula conseguiu escapar.

— E a Jade? — Ela perguntou.

— Presa. Jason também. Todos os aliados de Ursula. — O garoto respondeu, sem conseguir conter um sorrisinho. — Foi ele que fez você bater naquela árvore. Depois daquilo eu o prendi junto com Jade e confisquei suas varinhas. Pelo menos os dois eram burros demais para usarem magia sem varinha.

Dominique abriu um sorriso sincero abraçou o primo.

— Obrigada.

— Sempre que precisar. — Ele deu um sorriso de canto. — E aí, quer acompanhar a cobertura dos ataques aos vilarejos trouxas? Estamos ouvindo pelo rádio.

Ela assentiu, e James levou-a até uma roda onde estavam concentrados muitos alunos, pais e funcionários ouvindo um radinho com as notícias sobre as batalhas. Todos pareciam focados, curiosos com o que aconteceria com seu mundo. Pelo menos a sua escola não seria mais tomada.

"Recebemos informações sobre a localização de Ursula Brusqué, a suposta criminosa por trás de todos os ataques" Era possível sentir a tensão do Salão naquele momento. Todos estavam com os ouvidos atentos. "Ela está nas imediações do Ministério. De acordo com nossa fonte, Harry Potter já mandou seus melhores aurores para lá"

Quando Dominique olhou pro lado, James, Lily e Albus estavam sentados e abraçados, repetindo a si mesmos que tudo ficaria bem com seu pai. Todos no Salão Principal oravam por Merlin pelo bem dos aurores e para que tudo desse certo e Ursula fosse devidamente punida. O único som que se era ouvido dentro daquele salão eram as respirações tensas dos ali presentes.

Passados mais de quinze minutos, todos já estavam atirados no chão e aguardando uma notícia até que ela veio.

"ALERTA PARA O POVO BRUXO! Ursula Lestrange-Brusqué está sendo presa neste momento. A informação é de que nenhum auror saiu gravemente machucado, e todos os comensais já foram presos anteriormente. Pelo jeito teremos mais tempos de paz, meus caros".

Ouve um estouro de euforia e comemoração ali dentro. Abraços, beijos, rodopios e sorrisos eram os mais frequentes.

— Nós ganhamos! Nós ganhamos! — James chegou gritando e levantando Dominique e logo girando-a. Porém, ela era uma das únicas que não parecia muito animada. Logo, o garoto ficou preocupado. — Você está bem?

— Bem, estou feliz que ganhamos... — Ela respondeu, colocando as mãos na nuca. — Mas meu irmão morreu por causa de tudo isso. E a maioria é minha culpa.

Ele colocou as mãos nas costas da garota, afastando-a do Salão barulhento para poder conversar melhor e acariciou-as também, para confortar Dominique. Após, fez um gesto para que ela sentasse num pedaço de pedra, e ele sentou-se ao lado.

— Mas como pode ser sua culpa, Domi? — Ele perguntou.

Dominique respirou fundo.

— Bem, eu deixei Jade entrar na minha vida. Eu confiei nela muitos segredos, alguns que não eram nem meus... foi assim que ela e Ursula conseguiram informações da nossa família. Essa batalha e essas mortes só ocorreram por causa da minha tolice de confiar em alguém... — Ela olhou para o lado e tentou engolir o choro, porém James encostou o dedo indicador em seu queixo e a fez olhar diretamente para ele.

— Não diga isso, Dominique. Primeiro, Ursula conseguiria informações de qualquer maneira. Segundo, a culpa é dela e de Jade por serem desse jeito, não sua por ser tão aberta e honesta como uma verdadeira amiga deveria ser. Coisa que ela definitivamente não foi. — Ele respondeu, e Dominique abriu um sorrisinho amarelo e triste.

— Ah James, você sempre sabe escolher bem as suas palavras... Mas será que não esqueceu que você também quebrou minha confiança? — Ela disse com pesar na voz e se levantou dali, mas James segurou seu pulso.

— Quantas vezes eu vou ter que deixar claro que eu fiz aquilo pra te proteger?

— Por favor, não vamos entrar nesse assunto novamente... — Dominique suspirou.

— Eu nunca quis te machucar, Domi. Eu te amo, sempre amei. — James tentava convencê-la com o olhar, mas acabou observando uma lágrima saindo do rosto dela.

— Isso realmente não importa, James. Porque no final tudo machuca do mesmo jeito. — Ela enxugou a própria lágrima e colocou as mãos no rosto de James depois. — Entenda meu lado, James. Você tem sido um ótimo... amigo nas últimas semanas. E eu também te amo... droga, eu te amo tanto! Mas eu tenho passado por muita coisa, e eu acho que um relacionamento não seria adequado no momento.

James retirou as mãos de Dominique que estavam em seu rosto, fechou seus olhos e pressionou os lábios. Ficou segurando as mãos da garota e olhou-a nos olhos.

— Eu entendo. Só não suporto mais ficar perto de você e saber que não posso te beijar ou me declarar. Eu quero você, Dominique. Eu juro que nunca mais vou te machucar. — Disse.

Dominique ficou cabisbaixa por alguns segundos antes de erguer a cabeça e balançá-la negativamente. Logo, ela abraçou-o e beijou sua bochecha.

— Nos vemos depois, Jay.

E saiu dali, deixando o garoto a observar enquanto caminhava para longe dele.

Chalé das Conchas; 18 de Abril de 2023; 6h37min PM

Funerais nunca foram fáceis, principalmente se for alguém da sua família ou alguém que você ama. Os Weasley e Delacour estavam reunidos na praia perto da casa de Fleur e Bill para dar um último adeus a Louis. O plano era que o corpo do caçula Delacour-Weasley fosse cremado e as cinzas espalhadas pela areia da praia.

Enquanto isso, o resto da família conversava; seja sobre Louis, a batalha ou assuntos banais. Mas haviam apenas duas pessoas quietas ali, que não abririam a boca a não ser que alguém fosse falar com elas: Dominique e Victoire. As duas estavam sentadas em cadeiras lado a lado, e a mais nova estava com a cabeça escorada no ombro esquerdo da mais velha.

— Lembra como o Louis sempre amou elfos domésticos? — Victoire começou a falar, tentando quebrar o silêncio que já durava mais do que ela aguentava.

— Sim. — Dominique respondeu com animação alguma, mas logo fez uma expressão pensativa. — Ele sempre carregava aquele elfo de pelúcia. Me lembro quando ele ia pro nosso quarto no meio da noite porque tinha pesadelos carregando aquela coisa.

— E mais aquele cobertorzinho de dinossauros e um bico na boca. — Victoire sorriu com a lembrança. — Nós duas sempre brigamos demais, mas quando Louis precisava da nossa ajuda nós éramos as mais santas.

— Antes de eu me revoltar contra tudo e todos eu adorava mimar ele e tratar ele feito um bebê.

Victoire assentiu e apreciou o momento de memórias.

— Isso é o que devíamos fazer, sabe? Lembrar das coisas felizes ao invés de ficar lamentando pela tristeza. Afinal, Louis era um garoto tão... excepcional. Ele merece isso. — Disse.

Dominique olhou para a irmã com admiração.

— Verdade. — Concordou ao balançar a cabeça.

Descendo as escadas, ali estava Bill carregando um pote decorado feito de latão e com uma cara desolada. Dentro do pote estavam as cinzas de Louis, e toda a família ficou estática ao ver o pai.

— Louis amava a praia... — Ele começou. — Foi por isso que pedi para que todos viesses aqui hoje. Para que suas cinzas fossem espalhadas nesse lugar que ele tanto apreciou e brincou quando criança e até adolescente, e pelas pessoas que ele mais amava.

Emocionados, cada um da família pegava um punhado de cinzas para espalhar pela areia da praia. Alguns espalharam mais longe, outros assopravam as cinzas para que elas fossem conduzidas pelo vento e outros espalhavam de acordo com os passos que davam.

Dominique e Victoire decidiram largar as cinzas perto do túmulo de Dobby. Elas lembravam de quando Louis era criança e ouvia as histórias sobre o elfo vindo de seus tios, foi daí que sua obsessão por elfos domésticos começou. Ele costumava fingir que Dobby estava vivo, e sempre que iam para o Chalé das Conchas no verão — pois depois que ele cresceu um pouco mais eles tiveram que se mudar e fizeram do Chalé uma casa de veraneio — ele conversava com o túmulo de pedra, falando tudo que acontecia em seu dia e como queria que Dobby ainda estivesse vivo para poder ser seu amigo.

Agora, eles se conheceriam no outro lado.

E isso fazia as irmãs se emocionarem.

— Eu queria ter tido mais tempo com ele, sabe? — Dominique disse com os olhos lacrimejados, olhando para Victoire. — Pra recompensar o tempo que eu fui uma idiota com todo mundo por causa do meu próprio sofrimento.

— Sinto muito, Domi. Foi tudo culpa minha e do meu ciúme. — Victoire respondeu, fechando os olhos.

— Você espalhou o boato, e eu não procurei desmentir por pura covardia. Ao invés disso, afastei todo mundo. Inclusive minha própria família... — Bufou. — Eu deveria ter partilhado minha dor e deixar os outros ajudarem.

— Ele sabia que no fundo você estava sofrendo. Nunca parou de amá-la por causa disso. Nenhum de nós parou. — A mais velha respondeu, colocando os braços em volta dos ombros da mais nova.

Um adeus nunca foi fácil. Guerras deixavam rastros de tristeza e luto, principalmente para familiares e amigos próximos. Louis era apenas mais uma vítima de muitas, e os Weasley não eram a única família com dor no peito. Eles iriam seguir em frente; essas coisas acontecem. Mas nunca esqueceriam do sorriso alegre e das cabeleiras loiras comum entre os Delacour que Louis tinha. Nunca esqueceriam de seu bom coração, e continuariam fortes por ele por todas as perdas que eles tiveram nos últimos anos.

Sometimes we're holding angels
And we never even know
Don't know if we'll make it, or we know
We just can't let it show

It's everything you wanted, it's everything you don't
It's one door swinging open and one door swinging closed
Some prayers find an answer
Some prayers never know
We're holding on and letting go
Yeah, letting go


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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHHHH, EU VOU CHORAR! Não tô preparada pra escrever o último capítulo. Mas é necessário. E agora que eu tô de férias eu vou ter bem mais tempo e já sei como vai terminar, então não vou enrolar as férias inteiras que nem a última vez kajshf. Aliás, eu também vou começar a escrever o reboot de From a Loser to an Almost Winner que também vai sair coladinho com o último capítulo de NCOI. Então fiquem ligados, ok?
Espero que tenham gostado e deixem reviews se sim, ok? Amo saber quando apreciam meu trabalho



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