Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 5
Capítulo cinco - Seja notável.


Notas iniciais do capítulo

Eu de novo (duas vezes seguidas) vejo vocês no final.



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Capítulo cinco – Seja notável.

POV ISABELLA.

— Você acha que mais blush iria estragar? Mas ainda estou me achando muito pálida! Já você... Parece que acorda perfeita todos os dias. – perguntei histérica, Rosalie me olhou reparando meu corpo e então suspirou entediada.

— Você está incrível Bella, tem até maquiagem demais... Edward iria te achar fútil, soube que ele gosta de “simplicidade” nas pessoas. – comentou por alto enquanto caminhava até a mim e passava as mãos no meu rosto retirando o excesso da maquiagem, depois fez o mesmo com ela. — Acho que o quanto mais simples formos, melhor será. Ao menos eles verão que não somos perfeitas! – exclamou nervosa.

— Como Rose? Eu quero conquistar, não espantar. Que ideia doida.

Censurei com o olhar e voltei à atenção para meu cabelo, estava em dúvida de que forma o prenderia, observei minha irmã fazer um rabo de cavalo frouxo e colocar seu casaco cinza de listras rosa. Imitei o penteado de Rose e fitei o espelho, seis e vinte e sete da manhã... Havíamos acordado ás cinco, tomado café da manhã e banho quente, ainda assim conseguíamos nos atrasar.

— Vamos conquista-los, mas sem toda essa afobação. Agora vamos, vai dar seis e meia. – murmurou inquieta, seu mau humor estava gritando, só esperava sinceramente que ela não tratasse Emmett mal, ou se não estaríamos perdidas sobre as corridas matinais.

Descemos pela escada a todo vapor, ao chegarmos ao hall de entrada já estávamos ofegantes, Rosalie me encarou como quem dizia “é uma boa ideia correr tão cedo, estando tão frio e principalmente sem preparo físico?”. Mas eu até diria que não estávamos tão ruins assim e logo pegaríamos o ritmo.

— Bom dia garotas! – a voz era animada, nós o encaramos com certo espanto, como uma pessoa poderia ser tão bonita pela manhã? Tratava-se do nosso vizinho, Jacob Black, infelizmente sua fama não era muito boa, as más línguas dizia que ele era o famoso gilete, ou bissexual, como você preferir. Jake nos cumprimentou com um sorriso exuberante, ele encarou nossos trajes antes passar por nós com o mesmo entusiasmo.

— De tirar o folego... – suspirei.

— Não gosto dele... Argh. Vamos. – puxou-me tirando-me do transe, parei de encarar a bunda voluptuosa de Jacob que rebolavam ao subir as escadas.

Ao sairmos do prédio sentimos a brisa gelada da manhã nos tomar de soslaio, não havia sol no céu e isso era mais que normal, o frio era suportável até e havia poucas pessoas a rua.

— Estamos atrasados? Espero que não. – Emmett comentou nos assustando, estávamos encarando a direção oposta quando Edward e ele surgiram por trás.

— Bom dia... – fora tudo que Rose conseguiu pronunciar, a voz saiu estremecida e o sorriso era contido, estava nervosa, a cutuquei de leve e sorri para eles.

— Oh não, acabamos de descer, bom dia. – respondi estendendo a mão a Emmett que me puxou para um abraço, quanto contato físico, não me surpreendi quando ele fez o mesmo com Rose, mas Edward estava contido e apenas deu um beijo forçado na minha bochecha e na de minha irmã.

— Nós começamos mais cedo porque não sabíamos como é o ritmo de vocês? Quantas horas vocês aguentam? Caminhada ou corrida? – questionou Emmett empolgado.

— Ah... – engasgou Rosalie, obviamente sem resposta.

— Isso não é problema, aguentamos o ritmo que vocês imporem, né Rose? – encare-a.

— Claro. – ria nervosa, não era doida de me contrariar. — Mas podemos começar devagar? Faz, hm, tempo que eu não corro... – confessou.

— Vocês não correm? – fora a primeira vez que Edward se pronunciou, encarei Rosalie que corou de imediato.

— Claro que corremos, é que Rose tem preguiça de acordar cedo, sabe como é... Ela parece uma super-modelo, mas é só aparência. – tentei contornar a situação, Edward pareceu relaxar um pouco, Emmett nem parecia ouvir o que eu dizia. — Quer saber? Vamos começar. – disse por fim pegando o embalo e correndo na frente deles, aos poucos os vi me seguir, não sabia por quanto tempo aguentaria correr tão rapidamente sem ter um ataque cardíaco, mas eu tentei. Ombros para trás, barriga para dentro, respiração controlada, apenas expirando e respirando pelo nariz, estava tudo sob controle até ela... Rosalie parar. Ela estava pálida demais, sua mão fora direta para garganta e ela parecia sufocar. E então eu me lembrei... A asma.

— ROSALIE! – gritei correndo para perto dela, minha irmã ofegantemente puxava um ar inexistente, segurou nos meus ombros e seus olhos soltaram algumas lágrimas.

— O que está acontecendo? – Emmett parecia bem apavorado, ele encarava Rosalie e fazia gestos nervosos com a mão. — Ela não está morrendo não é? Pelo amor de Deus, socorro! – gritou Emm.

— Onde está à bombinha Rose, você a trouxe, né? – gritei novamente apavorada, comecei a procurar pelos bolsos até encontrar em um da lateral, entreguei na mão dela e ela levou até a boca e sugou. — Conte comigo, um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, agora solte o ar devagar... – contei junto com ela, Rose imitou meus movimentos com a cabeça e liberou o ar. — De novo. – repetimos durante umas três vezes, eu inspirava e respirava lentamente e ela imitava meu modo, até que então seus batimentos cardíacos estavam normais, ela parecia bem cansada, mas estava viva. Respirei aliviada. Será que isso bastava para ser notada? Eu precisava ir pra casa. Já tinha visto crises de Rosalie, mas Renée e Charlie sempre a acudiam, eles sempre cuidavam e a faziam melhorar rapidamente, eu nunca estive em um momento dessa sozinha, mas por ver vários ataques já sabia o modo de lidar.

— Meu Deus... – eu o encarei e ele chorava, Emmett estava chorando, ninguém entendia o porquê, Edward colocou as mãos sobre seus ombros e sussurrou coisas que nem eu, nem Rose conseguimos ouvir, os olhos dela estavam sem vida e ela não tinha nenhuma reação. Ela parecia uma morta viva.

— Ela está bem, ela está bem... – eu consegui ouvir Edward dizer repetidas vezes, mas Emmett não para de chorar. Fora uma péssima ideia a corrida matinal, péssima.

— Eu estou bem... – com sua voz inaudível ela murmurou, soltou-se de mim e caminhou dois passos até chegar perto dele. — Não chora assim, estou bem, isso acontece ás vezes, eu tenho asma. – informou Rose tocando o rosto dele, e como reflexo ele a abraçou.

— Não muito forte, vai sufoca-la. – avisei, ele a soltou. Não entendia o motivo do estado de pânico de Emmett, talvez fosse por ter perdido seu pai há poucos dias e quase presenciado uma morte por falta de oxigênio. Qualquer um surtaria. Eu surtaria. Rosalie surtaria. E Edward? Ele parecia estar totalmente sob controle.

— Eu vou pegar o carro, ele está há algumas ruas daqui. Esperem, por favor. – Edward anunciou e correu antes que alguém respondesse, Emmett tentava secar suas lágrimas e eu tentei conduzi-los até um banco próximo, estávamos em um dos parques de Seattle, muito verde, muita planta, muito ar livre e muito frio. Eu devia ter a lembrado da asma de Rosalie e agora me sentia culpada.

— Está melhor Rose? – questionei.

— “Tô” bem Bella, obrigada. E você, Emmett? – ela estava preocupada com ele, eu preocupada com ela e Edward parecia preocupado com todos nós.

— Desculpa por chorar assim! – Emm fez uma careta antes de rir. — É que eu fiquei apavorado, Alice tem bronquite, quando éramos crianças ela teve uma crise assim, mamãe tinha nos deixado sozinho por alguns minutos e quando voltou Alice estava desmaiada... Eu não sabia o que fazer. – ele se emocionou ao dizer.

— Oh Emmett! Eu sinto muito. Mas estou bem, graças a Deus Isabella sabia o que fazer e você só era uma criança, não teve culpa de nada. – com a voz melancólica Rose o consolou, ele tentou rir, mas era visível o quanto ficou abalado.

— Eu sei, mamãe disse que poderia ter acontecido com Edward também, mas eu vou te contar um segredo, Edward é o do tipo irmão super-herói, ele faria qualquer coisa pra não deixar Alice desmaiar na sua frente. – com um tom frustrado Emmett retrucou, havia admiração em suas palavras também, a forma com que ele via Edward, era bonita a cumplicidade entre os irmãos. — Essa coisa de corrida foi uma idiotice. – resmungou ele.

— Ah não, não desistam por causa de mim. – Rose rebateu.

— Claro que não Rosalie, você... Não pode correr mais e ponto. – antes que Emmett pudesse dizer eu me intrometi no assunto deles, estava sobrando entre os dois, mas não deixaria minha irmã-coração-mole por sua vida em risco. — Podemos arrumar outro jeito para estarmos todos juntos, mas nada de corrida. – disse decidida.

— Ela está certa Rosalie, nada de corrida. Talvez yoga? Acho que você não teria nenhuma crise assim. – eles riram, fiquei aliviada quando começaram a conversar algumas bobagens a qual não me encaixei e Rose esqueceu de vez o assunto corrida, tentei não me meter no assunto, eles atavam se dando bem, Emmett estava protegendo-a com seu braço e já havia oferecido seu casaco, a olhei desesperada para ela aceitar e ela assim o fez, os dois estavam se dando bem e isso era bom, ao mesmo teríamos um magnata na família, já que o meu estava demorando tempo demais para voltar e pelo visto, não fui notada como havia pensado.

Ouvi um toque uma música, Emmett tirou o celular do bolso e nos olhou.

— Mensagem de Edward, teve alguma emergência com o carro e pediu pra que tomássemos um táxi, ele lamenta muito e pede desculpas. – algo em dizia que tinha muito mais coisas do que Emmett realmente queria nos contar. — Vocês se incomodam se eu as colocasse num táxi de volta pra casa? Preciso checar uma coisa. – ele mordeu o lábio inferior e perguntou, Rose fora a primeira a se manifestar dizendo que não tinha problema algum. — Você pode ficar o dia em casa Rose, e não diga nada, Edward não se importará, pelo contrário, tenho certeza que se tivesse oportunidade ele diria pessoalmente. – os dois se levantaram e Emmett nos guiou até um ponto de táxi, fora muito gentil quando ele nos colocou e pagou o táxi dizendo “leve minhas garotas em segurança se não te parto a cara” obvio que fora em tom de brincadeira, mas mesmo assim Rosalie deixou seus olhos brilharem de admiração. — Nos vemos? – essa pergunta fora feita exclusivamente para ela.

— Claro! – disse extasiada.

— Até mais Bella. – então o carro partiu, Rose deitou no meu ombro e deixou seu mais belo sorriso aflorar, estava apaixonada... Ridiculamente apaixonada. Essa baboseira toda era ridícula e não combinava com ela, nenhum um pouco.

(...)

— Você teve um ataque de asma?

Fora Charlie que gritou quando chegara ao fim da tarde e vira Rosalie deitada no sofá assistindo tevê, nós havíamos chegados juntos, porque pedi pra que ele me buscasse no fim do meu expediente que coincidentemente coincidia com o dele, o trabalho fora leve, a loja mal havia movimento e eu descobri que o shopping onde eu trabalhava era nada mais nada menos do que de Alice Cullen! O império dos Cullen era maior do que eu imaginava e isso só aumentou minha vontade de conquistar meu magnata, teria que me esforçar para isso, ele era um homem bonito, a imagem do pecado, teria qualquer mulher que quisesse, mas eu teria que o fazer querer só a mim e isso que era o difícil.

— Calma, pai. – Rosalie me olhou enviesada, provavelmente recriminando por contar tudo a ele. Eu simplesmente não conseguia esconder nada dele, papai tinha um olhar amedrontador quando queria.

— Como calma? Sua irmã me disse que fora no meio da rua! – Renée surgiu da cozinha, em sua cintura estava enrolado um avental e suas mãos cheias de sabão, supus que estivesse lavando a louça.

— Charlie, Rosalie está bem. O tempo estava frio quando ela foi trabalhar e então aconteceu à crise, Bella a salvou. Está tudo perfeitamente bem, não é querida? – minha mãe salvou nossa pele, nós combinamos que seria isso que contaríamos a Charlie, só Rosalie que não sabia.

— Claro, eu estou bem papai. – sorriu carinhosamente para ele, Charlie caminhou até ela e a abraçou forte.

— E você minha menininha! Como foi seu primeiro dia no emprego? – Renée aproximou-se de mim e abraçou-me forte, e eu havia sentido falta do carinho dela durante o dia.

— Foi bom mãe! Senti sua falta. Não é como estar em casa e assistir televisão tomando chá e comendo biscoitos. – encarei Rosalie que franziu o cenho rindo, estava me referindo a ela que tinha em sua mão uma xicara e o pote de biscoitos caseiros da vovó sobre o colo.

— Não seja por isso, mamãe fez biscoitos pra você também e tem chá quentinho. Vem, vamos a cozinha comer enquanto você me conta sobre seu dia. – caminhei até a cozinha com Renée e contei como é trabalhar em uma loja de turismo, inventei algumas emoções pra não deixar nada monótono e ela ter um “pouquinho” que seja de orgulho de mim. Ela disse que eu merecia mais e logo estaria trabalhando em uma grande agencia, com um cargo importante, ela confiava em mim e isso em inspirava. Contei a ela que o shopping pertence à família Cullen, ou seja, os patrões de Rosalie, também eram de certa forma meus patrões.

— Eles são muitos... Ricos, então. – ela não fazia nenhuma ideia do quanto dinheiro os Cullen tinham. — Fico preocupada com Rose... Se eles a acharem algum tipo de biscateira? – indagou Renée.

— Ah mamãe! Você viu como a Esme fora com ela? Acho que não pensariam isso sobre Rose... Espero que não. – não havia me preocupado sobre o que diriam sobre nós, nem me preocuparia também.

— E agora também fico preocupada com você! Esse encontro matinal da sua irmã com Emmett e o irmão dele o tiracolo, eu não gostei disso Bella, você nunca arruma um namorado, eu quero que você fique com um rapaz de boa índole, não sei realmente se aquele Edward é bom o suficiente pra você. – resmungou preocupada.

— Mãe! Você está falando de Edward Cullen, ele é praticamente o homem mais rico dessa cidade! Ele é bom o suficiente pra qualquer um. – eu ri, Renée me olhou atravessada, havia falado demais.

— Nunca a vi ser tão materialista assim... Sempre disse pra você que o amor é...

— O mais importante numa união. – completei. — Não quis ser materialista, só disse que... Se ele gostar de mim e eu dele... Você não vai ir contra, né? – quis saber, por um momento eu fiquei preocupada, a face de Renée suavizou, lógico, ela não iria contra o “amor”.

— Ah Bellinha! Se vocês se amarem e ele quiser um compromisso sério com você... Lógico que não irei contra, pelo contrário, o receberei como um filho, assim como Emmett... Mas qual o porquê da pergunta, você se interessou por ele, mocinha? – riu quando eu corei, abaixei os olhos e ri, não precisei responder. — Cuidado Bella! Eu até lido bem com isso, mas você conhece seu pai... Nós somos de Forks, cidade pequena, mente pequena... Princípios demais, costumes demais, liberdade de menos. Você terá que lutar se quiser realmente Edward, assim como Rosalie, se quiser Emmett. – minha mãe não sabia, mas eu teria que lutar realmente para tê-lo e eu o conseguiria custasse o que tivesse que custar.


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