Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 16
Capítulo dezesseis - Louise Parte I


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas. Leiam o recadinho lá embaixo, é importante.



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Capítulo dezesseis – Louise Parte I.

POV EDWARD.

Emmett acenou em despedida assim que Bella abriu a porta do meu escritório. Eles trocaram um abraço rápido e eu levantei para recebê-la em meus braços. Cheirei seu pescoço, meu vício.

— O que você tinha pra me dizer de tão importante que não podia ser dito pelo celular?

Eu lhe estendi uma fotografia. Era uma menininha de sete anos de idade. Com cabelos negros e lisos. Pele morena. Parecia uma índia. Ela sorria genuinamente. Era tão fofa. Bella agarrou a foto com suas mãos, ficando em completo silêncio.

— Como... Como você... Conseguiu? — Gaguejou. Visivelmente emocionada.

— Você disse que queria Louise. Eu prometi a você que conseguiria. — Eu lhe estendi outra foto. A recente, a Louise da vida real. Bella pegou a foto com tanta pressa que eu quase me arrependi por esperar tanto.

Já havia se passado um mês desde Forks. Desde a minha conversa com Charlie sobre casamento. E desde que eu havia feito essa promessa a ela. Jasper conseguiu endereço, telefone, fotos... E eu precisava investigar toda a história antes de deixar Bella remexer com isso. Então eu visitei a pequena empresa da família de Louise. Seu pai era exportador de vinhos. Uma própria linha, ainda pequeno, mas o negocio tinha futuro. Eu fui lá como um provável investidor nessa área. Ele me mostrou tudo, falou sobre os negócios e sua família. Casado, três belos filhos e duas netas. Não precisou de muito para que ele tivesse falando da característica de seus filhos. Inclusive de Louise. Eu fingi o máximo de descaso com a causa, agi com naturalidade, ele se quer percebeu minha curiosidade.

Poucos dias depois desse encontro eu abordei o marido de Louise. Ela estava casada, com duas filhas e tinha uma confecção de grife. Produzia suas próprias roupas. E seu marido administrava o local. Ele apontou para as fotos na mesa de seu escritório. A foto de sua família. Eu ri comigo mesmo, pensando que em breve eu faria isso também. Espalharia fotos de Bella com nossos filhos por todos os lados.

Com Osmar, marido de Louise, eu tive que ser sincero. Ele ficou um pouco assustado quando lhe contei, percebi que ficou na retaguarda, ouvindo em silêncio, enquanto eu lhe contava a história da minha namorada e futura esposa. Ele assentiu, reconhecendo o nome, dizendo que Louise o mencionou muitas vezes enquanto namoravam ainda na faculdade, poucos anos atrás.

Ele ficou encarregado de preparar Louise para o reencontro. Ele contaria tudo, eu achei que seria justo. Não só Bella precisava de amparo psicológico, pelo visto sua amiga também. E, lá estava ela, minha pequena garota encarando-me ansiosa.

— Eu a encontrei. — Ela suspirou. — Parece estar bem. Casou-se. Tem duas filhas. Eu conheci o pai dela, um bom homem...

— Meu Deus... Eu... Nunca pensei que conseguiria. — Ela tinha seus olhos marejados. Eu sorri segurando sua mão.

— Eu faço qualquer coisa por você, Bella.

— Você... Eu não mereço, Edward... — Suspirou cabisbaixa. Que papo era aquele? Sai da minha cadeira, me ajoelhando na sua frente, segurando seu pequeno rosto e beijando seus lábios.

— Está dizendo bobagem. Você merece tudo. — Ela sorriu docemente, abraçando-me.

— Não sei como te recompensar... Meu Deus! Você achou Louise!

— Sim, eu achei meu amor. — Ela estava emocionada demais. — E sim, você podia me recompensar aceitando jantar comigo esta noite. Para conversamos mais sobre isso. Sobre como você vai encontrar com sua amiga. — Ela sorriu largamente.

— Encontrar com ela?! É claro. Você não precisa nem perguntar. Eu vou, claro que vou! — Ela pulou em meu pescoço, me desequilibrando. Caímos ao chão.

— Já estou com ciúmes de Louise... — Brinquei enquanto roubava um beijo. — Você nunca fica tão animada assim quando te convido para um jantar.

— Não seja bobo, Edward. — Ela beijou minha bochecha — Eu inclusive acho que precisamos de mais de um jantar para comemorar isso!

Brilhante ideia! Case-se comigo Bella! Pensei e ri ao mesmo tempo.

— Você poderia dormir comigo esta noite... — Ela sussurrou em meu ouvido, me fazendo estremecer...

— Parece bom... — Respondi beijando-a profundamente. — Eu simplesmente não vejo a hora de dormir com você. — Todos os dias da minha vida. É claro que o resto eu não disse em voz alta.

— Você é incrível. Tão...

Por alguns segundos Bella ficou sem saber o que dizer, me encarou, com seus belos olhos castanhos cheios de lágrimas e desviou o olhar, engolindo a saliva e mordendo o lábio inferior. Havia algo estranho nessa cena, como se ela estivesse profundamente angustiada. Como se levasse um peso imenso em suas costas, e eu, seu namorado, não conseguia fazer com que ela dividisse nada comigo. Ela nunca falava nada, nem sobre sua vida, nem sobre amigos, nem sobre planos futuros... Filhos... Bom, o que eu podia esperar dela? Nós só estávamos juntos há alguns meses, ela não poderia se sentir tão confortável assim. Era eu o apaixonado. O tempo inteiro eu sabia que tinha mais intenções que ela, mais razão que ela, o fato de Isabella me ignorar e ao mesmo tempo me chamar para sair me confundia, mas todo aquele desejo insano reacendia quando eu a via. Como agora. Como eu sei que sempre será assim, ainda que eu não ache que ela me ame dessa forma.

Ela saiu de cima de mim, levantando-se, recuperando o folego e ajeitando seu casaco sobre o corpo. E sorriu, como se não estivesse mais distante. Novamente estava na minha sala. Novamente era a minha namorada. Aquele olhar perdido e confuso desapareceu, era sempre tão rápido. Ela estendeu sua mão fina e pequena na minha direção. A mão direita, a que em breve ela usaria seu anel de noivado. Eu a beijei delicadamente, e me levantei sem sua ajuda, abraçando-a.

— Você sabe que pode falar qualquer coisa comigo, não sabe? — Bella assentiu.

— Eu sei... Que horas você me pega para o jantar? — Ela mudou rapidamente de assunto, me olhando, piscando seus olhos e afastando qualquer tipo de baixo astral que transparecia por eles.

— Às oito?

— Estarei esperando.

xXx

— Vai sugerir que ela volte para o psicólogo? — Esme me encarou, bebericando sua xicara de chá.

Quando Bella deixou meu escritório, um pouco chorosa e alegre demais, dizendo que precisava voltar ao trabalho, meu dia seguiu meio caótico. Sabendo que eu jamais poderia ajuda-la do jeito que ela precisava. Estava certo que só uma ajuda profissional curaria ou daria um passo para o processo de cura que ela necessitava. E era por isso que Esme me olha desse jeito agora, é clara sua duvida. Eu me vejo em minha mãe, a mulher calma e centrada ponderando sobre tudo que eu digo.

— Eu acho que você não deveria sugerir isso a Bella. — Ela simplesmente diz, sincera até demais.

— Por que não? — Quero saber. Ela sorrir para mim.

— Eu não quero que você fique bravo comigo... Mas, Alice e eu, estávamos no seu quarto hoje a tarde... — Ela mudou completamente de assunto, deixando sua xicara de lado e me encarando — E sua irmã estava fazendo o que faz de melhor: fuxicar.

— Por que Alice estava fuxicando minhas coisas? — Tentei manter a serenidade e não sutar, isso fez minha mãe sorrir mais.

— Na verdade ela só estava guardando algum dos seus ternos, Mariah recebeu folga essa tarde.

— Alice sendo um amor comigo... Hm. — Ironizei e observei Esme revirar os olhos de bom humor.

— Sua irmã o ama. E ela viu uma bolsa muito bonita dentro de uma de suas gavetas...

— Eu não acredito... — A interrompi. — Desculpa mãe, mas agora ela ultrapassou todos os limites. Desculpe.

— Não, Edward, eu que peço desculpas. Ela não ia mexer. Mas eu quis ver. Não acreditei que pudesse ser o que eu pensava. Céus, eu sempre achei que fosse Emmett que iria dar esse passo, não você.

Ficamos em silêncio, enquanto eu fechava meus punhos com força. Por que não eu? Por que eu não tinha o direito de casar? Por que era mais fácil enxergar Alice – louca e dissimulada – como uma boa mãe, e meu irmão, sempre tão mulherengo, como um bom marido? E eu... Que tive poucas namoradas na vida.

— Bom, é verdade. Eu ainda não sei como vou propor. Mas eu vou. Vou em casar com ela, acho que posso sugerir qualquer coisa. Dar qualquer conselho. Eu serei o marido dela, mãe. — Ignorei a dor que eu sentia, e me levantei.

— Eu não quis dizer isso, meu filho. Você tem sim o direito... Só não quero que se magoe. Você acha que Bella quer se casar agora? Você acha que deve se casar agora? Vocês são tão... Jovens...

— O que foi, mãe? Você sempre foi a favor. Sempre quis. Ama Bella, ama a Rose. Qual o problema agora? O que Alice enfiou em sua cabeça?

— Acredite: eu estou preocupa com vocês dois. Quero que Bella fique bem. Não quero que depois você tenha que segurar um casamento... — Ela parou de falar, respirou fundo e caminhou até a mim. — Não quero que depois você tenha que levar nada nas costas. Você entende o que eu quero dizer?

Silêncio.

Mais silêncio.

Eu iria chorar. De ódio.

Sempre levei tudo nas costas: os estudos. A família. A empresa. Emmett deveria ser o irmão a abrir mão de seus sonhos, não eu. Até Alice se fosse preciso.

— Eu carrego tanta coisa nas costas... — Esme abaixou a cabeça, assentindo, mas todos eles agem como se não soubessem o que fizeram comigo. — Você acha que lidar com os problemas de Bella seria um sacrifício?

— Eu acho que você foi feito para ela. E ela para você. — E saiu, depois de me dar um rápido beijo na bochecha. Estava tão constrangida...

xXx

POV BELLA.

— Você está legal?

Não. Eu não estou nada legal.

Edward ignorou minha cara de mau humor e empurrou a porta do banheiro da nossa suíte. Eu não queria que ele me visse assim, então escondi o rosto na mão; limpando a boca toda respingada de vômito. Nós tivemos uma ótima noite. Um divertido jantar e então, assim que passei pela porta da nossa suíte, eu quis colocar tudo pra fora. Ótima hora para o meu intestino dar algum sinal de vida.

— Vai embora, Edward. — Grunhi entre dentes, fechando a tampa do vaso e dando descarga.

— Eu não vou... Você? O que houve?

Ignorei-o, novamente. Lavei o rosto com pressa, usando um pouco da pasta de dente que ainda estava dentro da caixa, disponível na pia do lavabo.

— Eu sabia que não podia comer tanto assim. Mas você... Foi persistente. — Resmunguei. Controlando a vontade de vomitar novamente.

— Sinto muito, amor... Você quer algum fervescente? Vai aliviar um pouco. — Ele se aproximou de mim tão rápido que não pude impedi-lo de me abraçar, ele estava mesmo preocupado — Eu sei, sorvete e torta não foi uma combinação boa.

E pronto. Bastou ele falar isso para que eu o empurrasse e voltasse para o vaso sanitário. Ele foi todo fofo ao segurar meus cabelos, enquanto eu vomitava até meu estomago.

Eu fiquei ali por mais algum tempo, Eddie me ajudou a tomar banho e depois não havia clima para mais nada. Eu tenho certeza que ele ficou torturado com minha camisola indecente, mas não insistiu em nada, apenas colocou-me na cama e me embalou. Por volta das quatro eu acordei novamente, me sentindo péssima e colocando tudo para fora. Tudo que não existia mais no meu estômago. Enquanto eu ficava no chão chorando de dor, Edward me colocou entre suas pernas e afagou minha testa soada.

— Nós vamos a algum hospital assim que amanhecer. — Eu não respondi, ele estava certo, eu precisava de algum remédio que parasse essa crise estomacal. Havia dias que isso estava me torturando.

— Certo... — Murmurei baixinho, me encolhendo mais em seu abraço — Desculpa por estragar nossa noite... Você me trouxe aqui... É tão lindo.

Edward respirou fundo, provavelmente querendo me esganar por dizer algo assim. Eu sabia que ele não se importava... Ele era tão... Bom comigo. Que me faltava o ar para descrever, mesmo agora quando eu estou completamente suja de vômito, ele está aqui me segurando, no banheiro de um dos hotéis mais caros de Seattle.

— Não diga isso, Isabella. Eu quero estar com você em qualquer ocasião. Na saúde... Ou na doença. — Ele riu, enquanto eu sentia meu corpo inteiro se arrepiar com suas palavras... — Eu sei que esse não é melhor momento... Eu sei disso...

— Do que você está falando? — Engoli a saliva, sentindo uma pequena vertigem.

— Eu tenho algo para você no meu paletó. — Ele continuou — Mas nós podemos falar disso depois. Quando você estiver boa... Só pare de falar bobagens. Eu te amo; cuidar de você é a melhor coisa que eu poderia estar fazendo agora.

Eu não podia chorar. Não podia. Mas por que diabos eu não parava de chorar? Enquanto Edward tentava me consolar, eu me lembrava de como ele tinha sido maravilhoso há algumas horas antes. Principalmente quando ele disse que Louise e eu iriamos nos encontrar no final de semana. Me contou coisas incríveis da vida dela. E agora, o homem me tinha em seus braços, e me dizia para não chorar, que ele iria me cuidar. Que eu era seu amor. E eu... Era só uma vaca, mentirosa, que não conseguia mais encará-lo sem sentir todo o peso que eu estava carregando desde o dia em que eu o conheci.

Eu o encarei. E lembrei-me dos seus olhos. Naquela tarde chuvosa, quando ele buscava sua prima em alguma rua de Seattle, provavelmente Tânia estava desolada por ter recebido a notícia da morte do tio. E naquele dia, os olhos de Edward estavam negros de tristeza, pela morte de seu pai.

— N-naquele dia... — Gaguejei, enquanto ele me abraçava forte em seu braço — Que Tânia esbarrou comigo...

— Ah... — Ele suspirou, mexendo sua cabeça, assentindo, eu não o via, mas sabia que ele tinha entendido tudo.

— Era você. No carro... Seus olhos... E depois...

— E depois eu encarei você daquele jeito. Na capela. — Eu choraminguei ainda mais, assentindo também. Edward riu sem humor, parecia constrangido — Você deve ter pensado que eu era algum maníaco.

— Eu não conseguia parar de encarar também. — Eu ri em meio ao choro. — Eu te odiei... — Sussurrei — Por que não consegui tirar esses olhos verdes da cabeça...

Edward riu da minha confissão. E essa era a primeira vez que eu realmente dizia algo doce para ele. Algo doce e verdadeiro. E isso me fez tremer ainda mais. Ele tinha algo para mim em seu paletó, e lá dentro, bem no fundo, eu sabia o que viria a seguir. O que eu tanto queria.

— E eu não conseguia tirar você da minha, também. Me apaixonei por você, quando vi Tânia a derrubando. Eu queria sair, mas... Não podia, você sabe... Eu apenas fiquei ali, naquela eternidade de segundos, te olhando. Você é a mulher mais linda que eu já vi. Eu sou completamente apaixonado por você.

Esse homem é real?

— Ai meu Deus... — Choraminguei — Eu não mereço você. Céus... — E chorei ainda mais, enquanto esse homem lindo tentava me endireitar em seus braços, para que ele pudesse me olhar nos olhos.

— Shhh, amor... Calma. Fica calma. Você me merece. E eu mereço você. Sabe o que Esme me disse hoje cedo? — Fiz que não com a cabeça, enquanto Edward me tomava novamente em seus braços. — Ela me disse que nós fomos feitos um para o outro.

Mais um eternidade de silêncio, enquanto eu sorria como uma boca e soluçava, Edward me abraçou mais em seus braços.

— Nunca ouvi tanta verdade em uma frase. — Ele voltou a dizer. — Vem. Eu vou te ajudar a tomar outro banho, está bem?

Eu sabia que esse homem não iria embora. Eu sabia que ele iria ficar comigo, me dar a mão e ser fiel a mim. Ele era a minha única chance de felicidade. Edward Cullen... Agora eu vejo um futuro bom, estável e lindo. Com filhos, um marido e uma vida que eu jamais imaginei que poderia ter.


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Notas finais do capítulo

Boa noite. Oi galera, tudo bem com vocês? Espero que sim. Sei que tem gente pensando que abandonei a fic, recebi mensagens com perguntas do gênero e não: não abandonei. Apenas tive alguns problemas com a postagem, falta de tempo etc. E agora estou toda atrapalhada, estou no último mês do meu curso, fazendo muito trabalho e repondo aulas. Não abandonei e nem vou abandonar a fic. Esse capítulo é chatinho, mas é muito importante para vocês entenderem algumas coisas no decorrer da fic. Bom, por enquanto é só, se der prometo postar mais capítulo hoje. Beijos!!!!!



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