Agosto Infinito escrita por Alface


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu coloquei um espaço pra anunciar quando são falas. Como o Kyon fala o que pensa durante toda a fic, as pessoas poderiam confundir os pensamentos dele com as falas dele, então dei essa separação.

Ignorem minha narraçãocu na hora do climax, e boa leitura~



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- Kyon-kuuuuunnn...

Joguei o celular de qualquer jeito em direção à parede. Mas que diabos de som era aquele? Além de me acordarem no meio da noite, colocam este barulho bizarro parecendo um cachorro grunhindo misturado com...

 - A-Asahina?

 - Kyon-kun... eu... eu..

Então era mesmo ela!

 - Asahina, você está bem? Aconteceu alguma coisa?

 - Olá, aqui é o Koizumi.

Afastei o telefone dos meus ouvidos e o encarei. Mas que diabos..?

 - P-Porque você está com a Asahina?

 - Temos um problema. Poderia vir nos ver agora?

 - Irei logo - porque o Koizumi tinha que estar com a Asahina? O que eles estariam fazendo à essa hora da noite? - Onde vocês estão?

 

Eu não sei quanto tempo eu demorei para trocar de roupa, pegar minha bicicleta e pedalar até a estação. Só sei que meus pensamentos tinham vontade própria, e só conseguiram imaginar o motivo para Asahina estar, a esta hora da noite, com o Koizumi. E esses pensamentos me matavam.

Mas foi de grande alívio que, ao chegar na estação, percebi que a Nagato também estava lá. Mas este alívio acabou ao ver como a Asahina estava chorando.

 - O que houve, Asahina?

 - Kyooon-kuunnn...

Entendo. Aquela voz de cachorro grunhindo era mesmo dela. Mas como ela poderia parecer tão fofa mesmo chorando?

 - Kyoon-kun... eu... não posso voltar mais pro futuro!

Seu choro foi tanto que não conseguia imaginar ela falando de maneira clara novamente. Mas... como e... porque?

 

 - Resumindo... - Koizumi disse com aquele sorriso que eu odiava, mas estava preocupado demais no momento para pensar nisso - é isso. Estamos presos em um loop temporal infinito.

 - Difícil de acreditar que você diz algo tão irreal sorrindo... Koizumi, você tem idéia do que disse?

Ele intensificou o sorriso.

 - Claro. Sei bem da noção. Estava discutindo com a Asahina...

Deviam ter me chamo para eu participar da conversa!

 - ...no fim, notamos algo estranho no fluxo recente de tempo. A descoberta foi da Asahina - olhei para o estado dela. Estava com a cabeça entre os joelhos, chorando - Ela foi capaz de confirmar minhas suspeitas.

 - Que suspeitas?

 - De que passamos várias vezes pelo mesmo período de tempo.

Pare de me enrolar, idiota...

 - Já ouvi isso.

 - ...Pare ser preciso, o período entre 17 e 31 de agosto... Um verão infinito, que nunca termina. Qualquer ponto a partir de setembro sumiu deste mundo, por isso Asahina não pode voltar para o futuro. Parece algo óbvio...

 - Como a falta fisica de um mundo de um mundo pode ser óbvia? - Aquele sorriso estava começando a me irritar. Como ele poderia estar sorrindo com a gravidade da situação e com a Asahina chorando daquele jeito...? - Quem acreditaria nisso?

 - Esperava - ele riu - que ao menos você acreditasse.

Pare de rir idiot-

 - Ei... eu... posso explicar...

Ambos olhamos para Asahina.

 - Bem... Normalmente uso (informação confidencial) para contatar o futuro ou (informação confidencial)... mas depois de uma semana sem (informação confidencial), comecei a pensar...  Se tinha algo errado e depois (informação confidencial)... fiquei tão chocada que tentei (informação confidencial), mas não tinha (informação confidencial)... o que eu faço...

A intensidade do choro dela aumentou. Ei Asahina, eu não sei o que deve fazer, mas este (informação confidencial) funciona como um tipo de censura?

 - Estamos presos em algo parecido com um espaço restrito?

Koizumi mexeu a cabeça de forma negativa.

 - Não é isso... - ele se levantou - só um setor temporal foi quebrado. Há um processo onde, à meia-noite do dia 31 de agosto, tudo é resetado e voltamos ao dia 17.

 - E as nossas... não,  as lembranças de toda sociedade?

 - Elas também são resetadas. Todos recomeçam do começo.

 - Outro problema envolvendo o tempo? Apesar de que não deveria estar surpreso quando temos uma viajante do tempo entre nós...

 - Não, - ele voltou para perto de onde estávamos sentados - Asahina não está relacionada ao problema.

 - Então... qual é a causa?

 - Deve ser a Suzumiya.

Suspirei. Já deveria ter imaginado isso...

 - Ela provavelmente não está ciente disso, mas alguma parte dela não quer que as férias de verão terminem.

 - O que é isso? Ela ainda está insatisfeita?

 - Acho que sim - Koizumi disse, rindo - presumo que ela sinta que ainda há algo a ser feito durante as férias de verão.

...Ela sempre consegue transformar algo trivial em algo a uma escala galáctica...

 - ...Então... o que devo fazer?

Ele aproximou seu rosto do meu repentinamente. Muito perto...!

 - Quando descobrirmos isso, o caso estará praticamente encerrado.

Seu rosto está muito perto, idiota...

 - Ultimamente me preocupei com isso Koizumi... mas você parece gostar disso.

Ele riu, e aproximou mais ainda o rosto. Ei, não se aproxime pervertido!

 - Você deve sentir o mesmo... - finalmente seu rosto foi para longe. - Mas estou feliz, pois finalmente resolvemos o mistério por trás da sensação freqüente de déjà vu. Pensando bem, posso dizer que são resquícios de memórias resetadas.

 - Então... será que todos sentem o mesmo?

 - Não acho - isso Koizumi, vá para mais longe, não chegue perto de mim novamente! - você e eu somos excessões. Pessoas próximas à Suzumiya parecem ter uma chance maior de notar.

 - E a Haruhi? Ela tem consciência do que está acontecendo?

 - Parece que ela nem percebe... apesar de que posso dizer que é melhor assim. Mas certamente há alguém que não precise lidar com o déjà vu pois lembra tudo o que aconteceu.

 - E quem seria esse alguém?

 - Não preciso te dizer. É a Nagato. Isso seria possível para a entidade integrada de dados que transcende o espaço-tempo.

 - Nagato.. - sua expressão era a de sempre. Então, era por isso que eu sempre tive a sensação de que ela estava entediada quando fazíamos qualquer coisa nas férias? - É mesmo?

 - Sim.

 - Você se lembra de tudo?

 - Sim.

 - E por quantos loops já passamos?

 - Este deve ser o 15498º loop.

15498º? Como...! Mas...! Como assim 15498º?! Nagato, o que você está dizendo?!

 - Isso... é sério?

 - Sim.

 - Fizemos as mesmas coisas tantas vezes assim?!

 - Não é isso. Durante esses 15498 loops, houve 2 sem irmos à dança de finados, o loop 2391 e o 11054. E houve 437 loops onde não foram pegar dourados. Houve 9205 loops com trabalhos de meio-período, mas houve 6 diferentes variações-

 - Sim, já está bom.

Coloquei minhas duas mãos na minha testa. Como isto pode estar acontecendo...? 15498 loops... foi o que a Nagato disse...Multiplicado por 2 semanas, isso deve ser... Uns 594 anos.

Então ela foi a única que passou por todos os loops com suas memórias intactas...?!

Nagato, não imagino como você se sentiu durante esse tempo.

 

 

No dia seguinte fomos ver as estrelas. O local foi a cobertura do apartamento da Nagato. O Koizumi trouxe o telescópio.

 - Kyon - Suzumiya olhava pelo telescópio para o céu - Será que existem ?

 - O que ?

 - Marcianos.

Prefiro que não existam...

 - Não podemos ver nada na superfície - parecia estar falando mais com ela mesma do que comigo. Mas já estava acostumado - então devem ser uma raça bem reservada que vive em cavernas. Provavelmente são amigáveis.

Não tenho certeza disso...

 - Certamente eles virão nos cumprimentar quando os humanos pisarem pela primeira vez em Marte. E dirão “Bem-vindos à Marte”.

...Sinto que nos confundirão com invasores...

 - É tão chato...- sua animação aumentou - vamos procurar por OVNIs!

 

Depois de passar praticamente a noite toda olhando pelo telescópio, Suzumiya enfim se cansou. Em um canto do terraço, ela e Asahina estavam encostadas, ambas dormindo. Yuki, desde que chegamos lá, estava em um canto do terraço de costas para nós, desinteressada por tudo aquilo.

Como ela deveria se sentir, já tendo passado por isso 15498 vezes?! Não era de se admirar que estivesse com uma expressão de tédio... quero dizer, uma expressão de tédio diferente da normal, já que ela sempre esteve com uma expressão assim.

Eu e Koizumi, os únicos acordados e relativamente não-entediados, conversávamos: Koizumi apenas encostado na parede olhando em direção às duas adormecidas e eu, olhando para as estrelas.

 - O que ela quer fazer?

 - Bem, o que será... - Koizumi suspirou - Se soubéssemos, o problema estará resolvido.

Sua expressão mudou para uma expressão pensativa. Não gosto disso.

 - Que tal tentar isso? - Koizumi me abraçou pelos ombros. Disse com a boca próxima aos meus ouvidos, num sussurro. Eu odeio quando ele faz isso... - Abraçe a Suzumiya por trás e sussurre em seu ouvido “eu te amo”.

 - E quem fará isso ?

 - Teria outro alguém além de você?

Ele riu. Encarei aquele cara irritante.

 - Desculpe, mas - Empurrei aquele sorriso irritante para longe - Veto esta idéia!!

 - Então... - ele olhou para mim, enquanto o vento batia nos seus cabelos. O que era aquilo, comercial de xampú? - ...eu devo tentar?

Mas que diabos...! Aquele pervertido! O que Haruhi iria fazer se um idiota desses fizesse algo deste tipo com ela?! É claro que ela iria se assustar! Poderia até explodir o mundo, idiota!

 - Estou só brincando - ele riu. O que? Ele sabia ler pensamentos agora? - Não seria capaz de cumprir este papel. Só serviria para confundí-la.

Suspirei aliviado.

 - Aliás - ele voltou com aquele sorriso irritante - eu não conseguiria aguentar seus ciúmes.

 - Ciúmes? - olhei para ele irritado - quem teria ciúmes daquela... - olhei para a Haruhi adormecida ao lado da Asahina. Algum adjetivo, algum adjetivo... - ...daquela maluca?

Ele olhou surpreso para mim. Eu... disse algo errado?

Seu sorriso se abriu novamente. Idiota...

 - Então - ele se aproximou de mim rindo e se apoiou nos meu ombro esquerdo - você estaria com ciúmes de mim?

 - Eh?! - não aguentei e ri. Aquele idiota...! Só sabia fazer piadas pervertidas - e quem teria ciúmes de você?!

 - Eu esperava que você tivesse... - Ele me abraçou e sussurrou em meu ouvido - Kyon-kun...

Empurrei ele. Mas o que...! Agora, além de idiota, pervertido, ele era gay?!

 - Não me chame da mesma maneira na qual a Asahina me chama...!

 - Oh, então devo te chamar de forma diferente? Vejamos... - ele andava devagar em minha direção - Kyon-san? Kyon-senpai? Kyon-chan? Ou... - ele me abraçou por trás e sussurrou no meu ouvido, novamente - meu Kyon?

 - Idiota!!

Virei meu rosto em direção ao dele, pronto para empurrar novamente aquele rosto irritante, mas dessa vez ele estava preparado: segurou minha mão antes que eu o fizesse e me beijou.

O que?! O que este pervertido estava pensando?! Eu não sou gay! Ei, devolva o meu primeiro beijo!

Me debatia, tentando fazer com que ele soltasse minhas mãos para eu poder dar um soco na cara dele, mas o braço dele nem se movia com minhas tentativas. Ele tinha super força agora, é isso?

Mas eu precisava pensar rápido. Sua lingua entrava em minha boca e simplesmente brincava lá dentro. Se fosse uma garota, eu até diria que ele beijava bem, mas não era. Era um garoto!

Minha consciência parecia estar acabando. Estava sem ar.

E como se pudesse ler meus pensamentos, ele retirou sua lingua de dentro da minha boca.

Sem pensar duas vezes, bati com minha cabeça do peito dele repetidas vezes, tentando bater nele de alguma forma para me soltar.

 - Oh - ele ria. Como ele não estava sentido minha cabeça? - você não gostou do beijo?

 - É claro que não, idiota! - rosnei - Você é um homem e eu também! Desde quando você é gay?! Me solte, pervertido!

 - Ora ora - ria com gosto - se continuar a gritar assim, Suzumiya e Asahina poderão acordar. O que será que elas pensarão, ao nos ver abraçados assim?

 - A Nagato estava aqui o tempo todo, ela poderá provar que foi você que me forçou! - Olhei em volta na esperança de encontrar minha salvadora. Mas o que...! - Ahn? O-Onde está a Nagato?!

 - Ora, ela entrou já faz um bom tempo. Aqui fora está frio, não acha?

 - Idiota... é claro que está frio! Me solte para eu poder entrar também, antes que eu pegue um resfriado!

 - Ah - ele fez uma expressão pensativa. Ele iria mesmo me soltar? - Bem, eu tenho uma ideia melhor.

Foi tão rápido que eu só percebi seus movimentos quando ele havia terminado: ele colou seu corpo no meu, colou sua perna direita entre as minhas e me abraçou com tanta força que, assim como antes, eu não tinha como mover meu braço.

 - Não acha que, se ficarmos assim, será melhor do que entrar?

 - Seu desgra-

Minha raiva era tanta que, antes que eu pudesse falar todos os xingamentos conhecidos pelo homem (e alguns pelos macacos), ele colocou aquela língua quente novamente dentro da minha boca e me beijava com gosto. O que é isso, ele queria me engolir? Ele parecia estar com tanta urgência para me beijar, que quase me engasguei com aquela coisa viçosa. Passamos um bom tempo ali, eu tentando me livrar de todas as maneiras nas quais conseguia pensar, enquanto ele praticamente me fazia engoli-lo.

Não sei o que deu em mim, mas havia me cansado. Ele era forte demais! De onde vinha tudo aquilo? Quando ele começou a gostar de mim? De onde vinha essa força?

Quando voltei para mim, percebi algo terrível: minha língua estava se movendo em sintonia com a dele.

 - Ora - ele lutava para respirar - acho que, no fim, eu beijo bem.

 - Calado - estava vermelho. Como eu pude...? - Me solte agora, idiota. Sua brincadeira já está indo longe demais.

 - Ah, eu também tenho sentimentos, meu Kyon - ele abriu aquele sorriso idiota dele - está dizendo que, depois de tudo isso, ainda acha que seja uma brincadeira?

Uh? Aquilo... Era sério? Mesmo?

 - Você - olhei assustado para ele - gosta... de mim?

Ele apenas continuou sorrindo.

Seu rosto de aproximou novamente do meu. Não acredito que, depois de tanto tempo me beijando, ele ainda quisesse mais!

Mas eu errei. Seu alvo agora era meu pescoço. Ele o beijava e mordiscava com delicadeza. Depois de um tempo brincando por ali, ele avançou para minha orelha, mordiscando-a.

 - Ah, então aqui é seu ponto sensível?

 - Como...?

 - Seu amigo lá de baixo parece gostar daqui...

Ah não. Não. Não. Não me diga que...

E era verdade: ele estava ereto. Ai meu deus, como pude ficar assim por um homem?! Porque eu não conseguia mais controlar o meu corpo?!

Koizumi parecia se divertir com minha expressão de horror, e riu. Sinceramente, eu nunca havia o visto sorrir daquela maneira. Sempre era aquele sorriso irritante, de quem ri nas horas erradas, ou de quem está escondendo algo. Mas desta vez não. Pela primeira vez, ele sorriu de olhos abertos, e seus olhos pareciam os olhos de alguém... apaixonado. Que estivesse olhando para algo precioso.

Não pude deixar de notá-los: nunca havia visto uma expressão daquelas, ainda mais na pessoa na qual eu menos imaginava vê-la.

Então ele me abraçou novamente. Mas desta vez, não foi algo forçado: eu senti que ele havia deixado uma brecha. Eu senti que, se eu o empurrasse, poderia me livrar dele.

Mas, como poderia fazer isso após ele ter me olhado de uma forma tão doce? Pela primeira vez, poderia arriscar o termo “em toda minha vida”, senti que eu era especial para alguém. E simplesmente não consegui sair dos braços dele, não por estar preso, e sim por querer ficar ali.

Depois de um tempo assim, ele deve ter percebido que eu não iria fugir, e voltou a brincar com meu pescoço. Ao subir novamente para minha orelha, e sem querer deixei escapar um pequeno gemido.

Mas, desta vez, ele não deu algum comentário sarcástico. Simplesmente continuou. Será que ele estava com medo de que eu mudasse de idéia...?

E, confiando totalmente em mim, Koizumi soltou meus braços e moveu suas mãos para minhas duas bochechas, e voltou a me beijar.

 

Eu já havia desistido de fugir.

À muito tempo.

E, mesmo que eu quisesse...

A sanidade já havia me abandonado...

 

Então eu o beijei também. Coloquei minhas mãos em cima das dele. Koizumi brincava com a minha língua, e eu, com a dele. Como era macia...

Ao separar sua boca da minha, um pequeno fio de saliva continuava a ligar as duas. Nós dois respirávamos com dificuldade e olhávamos um para o outro.

Eu encarava aqueles olhos apaixonados.

E ele encarava os meus olhos insanos.

Voltou a me beijar, mas desta vez ele retirou meu casaco. Já estava sem frio mesmo...

E voltou então a beijar meu pescoço, mas desta vez foi descendo devagar. Quando dei por mim, minha blusa já estava no chão, e a língua de Koizumi mordiscava meu mamilo. Já estava impossível de segurar meu gemidos: só tomava cuidado para que fossem baixos.

Enquanto mordiscava o direito, ele apertava o esquerdo, mantendo cuidado para que não fosse forte demais. Sua língua então desceu pelo meu abdome, fazendo minha virilha formigar. Eu já sabia, no fundo, o que ele iria fazer, mas quando dei por mim já estava perguntando.

 - Koizumi, o que você vai-

Ele sorriu.

 - Acho que você já sabe o que irei fazer.

Parecia ter lido meus pensamentos, outra vez.

Com meu cinto já longe de mim e minhas calças nos meus joelhos, corei. Não acreditei que ele fosse mesmo fazer aquilo, e bem perto da Haruhi, Asahina e Nagato...

 - Estando correndo perigo assim de sermos vistos... - ele virou seu rosto para cima, olhando profundamente em meus olhos - ...torna isso ainda melhor, não acha?

 - Cala a boca, idiota. Já estou começando a sentir frio, é melhor entrarmos agor-

 - Não se preocupe - ele riu - vou fazer com que se sinta bem aquecido.

Então começou. Ele lambia o comprimento do meu membro, como se fosse algo normal. Eu não conseguiria me imaginar no lugar dele... na verdade, eu já não conseguia imaginar mais nada.

Ele estava ali.

Nada mais importava.

Como se quisesse me provocar, ele lambia lentamente, dando pequenas mordiscadas por onde passava.

Sem querer soltei um gemido desconfortável.

 - O que foi? - ele abriu um sorriso provocante - está insatisfeito com algo?

Mesmo já tendo sido consumido pela insanidade, não pude deixar de odiá-lo.

 - Eu...

 - Fale.

 - Você... sabe.

 - Bem, acredito que você deseja algo que eu desconheça. Se dissesse em voz alta, acredito que eu poderia ajudá-lo.

 Não, eu não posso dizer isso em voz alta.

Ele sorriu.

 - Creio que já esteja bom para você, neste caso...

Segurei sua cabeça. Ele pareceu tentar se levantar, e fingiu que não conseguia graças a força das minhas mãos o segurando.

Idiota.

Nós dois sabemos que você é muito mais forte do que isso, e conseguiria levantar, se realmente quisesse. Mas não tinha escapatória, meu corpo ansiava por aquilo.

 - Coloque... na sua boca...

 - Desculpe-me, não fui capaz de escutar - ele sorria maliciosamente - poderia repetir?

 - Coloque... meu membro... na sua boca...

Ele deveria estar se sentindo vitorioso.

 - Bem, se você deseja tanto...

Sem perder mais tempo, ele fez o que eu pedi. Chupava com cuidado, fazendo um movimento de vai-e-vem que me deixava, quero dizer, deixava o meu corpo louco. Mais do que já estava, na verdade.

Sua língua macia brincava com meu membro e o chupava com gosto, e senti o movimento se intensificar. Segurar os gemidos estava cada vez mais difícil.

Quando dei por mim, uma das minhas mãos estava segurando a mão do Koizumi, enquanto a outra estava em seus cabelos, cobertos de suor.

Porque já não estava mais frio.

Para nós dois, naquela madrugada ao ar livre, estavamos mais quentes do que qualquer outra pessoa em qualquer outro lugar.

Foi quando senti sua boca sair do meu membro, e apenas sua língua restou naquele lugar. Mordiscava a cabeça do meu membro, enquanto sua mão livre o massageava.

Meus gemidos foram se intensificando: já não me importava se me vissem ou não.

E, quando senti uma enorme onda de calor se aproximando, a boca de Koizumi voltou a possuir minha intimidade.

 - Koizumi eu...

Ele não respondia, estava concentrado aumentando e diminuindo a velocidade na hora certa.

 - Koizumi...

Ele mordiscava toda o comprimento.

 - Koizu....miiii....

Então, eu caí de joelhos, enquanto ele engolia, com gosto, todo o líquido branco que eu despejava. Pela sua expressão, parecia a coisa mais gostosa do mundo.

Completamente esgotado, nós dois nos abraçamos, e ficamos ali por um tempo, até nossos corpos se acalmarem.

Coloquei meu rosto nos ombros dele. Não acredito, nós realmente fizemos isso... eu fiz.. com um homem...

Depois de ficarmos um tempo ali, apenas aproveitando um pouco um do outro, minha sanidade pareceu voltar à mim. Eu acho que, no fundo, não queria que isso acontecesse.

 - Koizumi, eu... estou começando a ficar com frio.

Ele me apertou mais em direção ao seu corpo mas, ao perceber que eu realmente estava tremendo, me ajudou a me vestir.

Ficamos sem dizer nada enquanto eu me vestia novamente, como se estivéssemos extremamente concentrados naquilo, o que era realmente uma bobagem: alguém concentrado em vestir a roupa.

Após eu estar completamente vestido, e aquecido também, olhei para Koizumi. Seus olhos continuavam com aquele brilho apaixonado, mas notei que ele evitava olhar para mim. Será que ele considerava que eu estava arrependido...

Bem, será que eu realmente estava arrependido?

Como já não estava mais insano, ao imaginar eu e Koizumi se beijando achava nojento. Mas porque ao relembrar o que acabamos de fazer, eu não ficava com a mesma sensação?

Será que foi por saber que Koizumi fez isso... por amor? Que ele realmente me desejava, me queria, me... amava?

Eu senti que devia dizer algo.

 - Koizumi, eu...

 - Ah, Nagato.

Olhei para trás e vi a Nagato saindo de dentro do apartamento e voltando para a varanda. Eu e Koizumi já não estávamos mais em qualquer posição estranha, mas mesmo assim fiquei envergonhado. Será que ela tinha visto...?

Quando olhei pra trás, vi que Haruhi e a Asahina continuavam dormindo. Isso me aliviou um pouco, mas ainda estava com um pé atrás quanto à Nagato...

 - Acho melhor acordamos essas duas - Koizumi olhou para mim - Nós passamos tanto tempo conversando que nem vimos o tempo passar.

 - Ahn... - Fiquei um pouco desapontado, mas o que eu queria? Que ele dissesse a verdade para a Nagato? - Sim. É melhor elas acordarem logo, ou vão pegar um resfriado.

 

Mas parece que, quem pegou um resfriado fui eu.

No outro dia, simplesmente não conseguia sair da casa. Estava, além de cansado fisicamente, resfriado por ter passado tanto tempo ao ar livre. E parece que Haruhi deveria estar assim também, pois não recebi nenhuma ligação dela para me perturbar o dia todo.

E o melhor: minha irmã não estava em casa para me perturbar. Poderia descansar em paz...

Foi pelo menos o que eu pensei. Fui acordado do meu sono por uma ligação. Não queria atender, ouvir a voz da Haruhi gritando e falando depressa, sem me dar tempo ou de questionar ou de simplesmente falar qualquer coisa... era a última coisa na qual precisava.

Mas depois do telefone tocar umas 3 vezes, não podia mais ignorar aquele toque irritante e atendi.

 - Aloo-

 - Kyon?

O que? Não era a Haruhi?

 - K-Koizumi?

 - Ah, você reconheceu minha voz. Sim, sou eu.

 - V-Você não está resfriado?

 - Não é óbvio? - deu pra escutar sua risada - nem eu nem a Nagato ficamos resfriados. Não somos simples humanos.

 - Ah... é - esqueci que eles são aliens ou sei-lá-o-que a Haruhi quer que eles sejam - Bem, porque você me ligou?

 - Liguei para saber seu estado de saúde.

 - Bem, já estive melhor. Era só isso?

 - Hm... você... precisa de alguma coisa?

 - Hein? Ah, acho que não...

 - Já comeu alguma coisa hoje?

 - Hm... não.

 - Bem, então estou indo ai.

 - Para que?

 - Você não está em condições de preparar algo. Aliás... gostaria de... terminar o que eu não acabei... ontem, sabe. Bem, até mais.

 

Eu não sei porque, mas senti que Koizumi estava com uma expressão serena no rosto, e com aquele sorriso que somente eu fui capaz de ver. Foi quando eu percebi como eu precisava daqueles olhos mais uma vez.

Ou pelo menos ansiaria por eles até o dia 31 de agosto, onde minha memória seria resetada novamente.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

YAY, fim q
Espero que tenham gostado, e por favor façam reviews.
Como é minha primeira fic, gostaria de saber como melhorá-la 8D

E, se eu aprender a escrever melhor, posso trazer mais fics yaois para vocês, olha que beleza
*tiros*