Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 17
Margaridas


Notas iniciais do capítulo

Galera, votação abaixo. Espero que gostem!



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P.O.V Violet

O dia estava meio parado. A brisa já não mais soava como um grito de liberdade e alegria como quando retornamos do acampamento de Bruce. Tudo estava diferente, principalmente quando se tratava de sentimentos. Eu própria já não sabia mais como ocultar os inúmeros fatos e perguntas que tinha a fazer a Tobias, mas ao fim de minha lista via sua imagem só com Tris ao seu lado, quieto, passando por mim sem dizer palavras de consolo por o destino ter nos separado por doze anos e nem mais ou menos de um “Oi” mal direcionado em voz pensativa e perdida aos ventos que justamente nessa hora marcavam presença, deixando meus seguintes pensamentos, receios, crenças, suposições rodeando minha mente conturbada.

Como não bastasse tudo, sentia que precisava de um ombro feminino amigo. Queria comentar tudo o que sentia com alguém, mas quem?! Tris sem dúvidas nunca foi uma opção. Ela pode ser legal e simpática, porém muito certinha, até demais para meu gosto. Isabela igualmente não era a escolha mais viável, pois ultimamente se encontrava estranha, muito estranha mesmo. Lena... Oh Lena! Amo-a tanto como minha irmã, sinto que com ela estou protegida como não me senti nem mesmo perto de Tobias, no entanto não creio que... Ai! Não sei se seria algo conveniente a ela. Já me ajudou bastante e agora ter de pagar de psicóloga não seria muito bom, pelo menos não para mim. Sou do tipo de pessoa que fala e não escuta.

Perdi a linha de meus sucessivos pensamentos quando escutei um dos mais belos cantos de um Bem te vi a encantar tudo ao meu redor, fazendo até mesmo aparecer um sorriso em minha face e um ponto de alegria em meu coração. Era um tanto perigo tentar subir naquela árvore devido ao fato dela ser bastante alta, logo que uma queda desta poderia resultar ao famoso “caixão e vela preta” como costuma dizer Lena dando mais graça a palavra morte.

Apesar do perigoso, subi sem temer e mesmo com certas dificuldades, cheguei ao galho onde o pássaro estava. Tão lindo o que vi talvez impossível de esquecer. Uma pequena ninhada, uma família de Bem te vis ai se instalara e por um minuto tudo parecia voltar a fazer sentido.

Um dos dois filhotinhos parecia dormir, já outro mais sapeca do ninho escorregou. Tentei segurá-lo, mas ainda estava longe e não foi possível. Olhei para a altura em que estava e pude reparar que era realmente mais elevada do que esperava. Muito alto mesmo! Direcionei-me a outro canto da árvore, assim conseguindo descer com mais facilidade. Confesso que o caminho da subida parece menor que o da descida.

Logo que pus meus pés em contato de novo ao chão, pude ouvir um gruído bem próximo. Era Lena como sempre generosa.

– Oi Violet!

– Oi! – respondi em tom mais baixo. – Ele está bem?

– Sim. – deu um curto e leve riso – Mas e você? – fiquei quieta por poucos segundos que se sucederam – Ok! Se não quiser falar, entendo.

Pude ver Lena dar-me as costas e preparando para deixar-me só, contudo precisava falar com ela.

– Lena?! – falei em tom alto sem chegar a gritar.

– Sim?!

– Posso te dar um abraço?!

– Até dois! – então rimos e consolidamos o ato. – Estava preocupada com você. Tão quietinha. Sinto falta do seu sorriso.

– Desculpe! Só que...

– Eu sei. Mas você sabe que pode contar comigo sempre, né?! Se não sabia, agora saiba!

– Sei! Nunca me esquecerei disso.

– É bom mesmo! – disse Lena brincalhona, o que resultou risadas de ambas.

P.O.V Alek

Eu caminhava pela floresta ao invés de voltar ao acampamento e não ter nada o que fazer. Como isso seria possível? Sou divergente, procurada por Jeanine e Deus sabe lá mais quem para estar tão entediada?! Realmente não entendo.

Narrador

Alek então caminhava até cair com a surpresa de alguém lhe esbarrando.

– Desculpa! – falou o rapaz – Não era minha intenção.

– Sei... Mais cuidado da próxima vez, ok?!

– Tudo bem. Qual o seu nome?

– Para que quer saber?

– Nada! Curiosidade, só isso! Me chamo Josh.

– Você é tal Josh que namorou Raven e...

– Não! – interrompeu o rapaz – Todo mundo ta me confundindo com ele, mas não sou eu.

– Que pena! Ia dar os parabéns pelo que fez com o casalzinho só Love.

– O que?

– Sim! O chato é que eu não estava lá, mas fazer o que não é?! – disse Alek com um sorrisinho nos lábios provocando risos em Josh que se espantara e admirara com o jeito da garota.

P.O.V Emma

Dei ma volta para esfriar a cabeça em relação aos jogos e o fato de eu ter pegado numa cobra, sentia-me sujar e gosmenta. Ai! Fico enojada só de lembrar.

Assim que retornei ao acampamento, cheguei mais perto de Raven, Dean, Kylie, James, Cassie e um rapaz por mim desconhecido. Suas feições não eram das melhores, então perguntei.

– O que aconteceu?

– Emily. – disse Cassie.

– O que tem ela?

– Ela morreu! – falou James mais direto.

Não pude acreditar no que escutei. Já não bastou o sofrimento dela ao perder Angie e agora morria nesse circo em que estamos nos apresentando no espetáculo Fuga divergente com a participação especial de Jeanine Mathews. Não gostava nadinha de tudo que ocorria, preferia muito mais a paz perto de minha família que agora simplesmente não tenho. Respirei fundo e tentei relaxar. Tinha que aceitar a realidade a minha volta.

– Onde ela está? – perguntei.

– Nós fizemos um enterro indiano para ela. – pronunciou Cassie.

– Hã?

– Eles colocaram-na numa barca e entregaram a Iara. – explicou Kylie.

Foi meio esquisito escutar aquilo contando o fato que Iara é uma lenda brasileira antiga e na Índia não se sabia nada disso, mas não tinha muito que contestar. Pelo menos sabia que Emily está bem. Não a conheci por muito tempo, porém já minha percebendo seu tom obscuro de falar, em tudo procurava motivos para falar da morte, quem sabe ela mesma não quis aquilo?! Para todos os efeitos, descobriremos para você Emily! Eu prometo!

P.O.V Mia

Eu cansei de ficar ali sem nada o que fazer, então comecei a perambular de um lado a outro já que meus amiguinhos não estavam por ali. Não demorou muito e presenciei uma cena um tanto engraçada. Um rapaz loiro esbarrou em Alek e ambos caíram.

Cheguei pouco mais perto e notei que conversavam sobre Raven, não liguei nem um pouco e decidi marcar presença.

– Olá! – falei em alto e bom som chegando a grandíssimo estilo. Ao mesmo tempo o rapaz voltou-se para mim a encarar-me, possivelmente pelo cabelo azul e confesso que acho isso bem engraçado.

– Olá! – falou ele – Muito legal o cabelo. Sou Josh.

– Obrigada! Fiquei emocionada. – brinquei e o rapaz riu. Não piscou dois segundos e ao querer falar com Alek, notei que tinha simplesmente evaporado. Segui então com Josh para o acampamento. Um rapaz bem legal por assim dizer. Gosta de fazer rir, talvez um tanto alegre até demais, porém isso chega a ser bom.

Narrador

Hiendi e Caleb se encontravam no mais perfeito nada. Simplesmente não sabiam onde estavam. Por sorte, quiçá, escutaram ruídos leves, múrmuros dos quais se aproximaram e perceberam a presença de Rose, sentada a relva, sonolenta, pensante e...

– Reclamando de quê? – perguntou Hiendi.

– Eu?! Nada não. Só to com... sono – respondeu Rose com a primeira coisa que veio a cabeça.

– Sei... – consentiu em tom completamente sínico Hiendi deixando bem claro que não acreditara nas palavras de Rose – Vou ali rapidinho e já volto!

– Ok! – despediu-se Caleb, sentando em seguida ao lado de Rose – O que o Tanner fez?

– Hã?! Como assim? – perguntou Rose.

– Eu sei que isso não é porque quebrou uma unha – brincou arrancando frouxos risos da jovem.

– Nada não. Já falei.

– Saiba que para o que precisar, só avisar. Mas por mais que negue, fica meio na cara que você gosta dele...

– Mesmo? Que vergonha!

– Não tem o que temer. Só agir na hora certa.

– Fazer o que então? – perguntou Rose e Caleb não tanto experiente começou a deveria fazer para conquistar Tanner.

Noutro canto não longe, Hiendi andava quietamente como se procurasse algo ou alguém até que enfim, certo alguém se aproximou por trás, num momento em que a jovem não observava e nela lançou algo desconhecido, fazendo a jovem ir ao chão.

– Você é ridícula! Por que fez isso? – questionou Hiendi.

– Ah, para! Foi divertido te ver assim. Tá com medinho?

– Você sabe que não! – disse Hiendi – Eu? Com medo? Nunca!

– Veremos. Agora vamos! Temos um longo caminho pela frente.

Simultaneamente, ocorria alto muito parecido com Isabela que estava sentada a uma pedra cantarolando coisa qualquer, com pensamento distante.

– O que é isso? Louca, você só pode ser louca. – falou Isabela para a garota que lhe molhara por inteiro.

– Quem mandou ficar ai parada. Podia ser alguém te matando.

– Haha Eu sei me cuidar sozinha.

– Creio que não. Deu para perceber até certo medo em seu rosto.

– Idiota! – exclamou Isa.

– Vamos. Temos um trabalho a fazer.

P.O.V Luke

Minha nossa! Há pouco tempo eu era suspeita da morte de uma garota ruivinha chamada Emily e agora já estou junto a um bando. Que legal! Sinto-me mais seguro assim, não que eu não saiba me defender, no entanto, num bando ou como eles falam “acampamento”, todos se protegem, pelo menos é isso que sei ao lembrar das histórias de minha mãe sobre A Era do Gelo.

Dean é um cara legal, mas a namorada dele é muito mais. Uou! Linda mesmo, mas já tem filho e namorado. Nesse barco eu não navego. Não que eu queira já arrumar alguém aqui, mas deu para perceber que tem bastante menina. Uma em questão foi bem simpática comigo. Seu nome é Lucy. Ficamos um bom tempo conversando sobre tudo até ela ser chamada por Cassie, Kylie e Alice.

Eu por outro lado tentei me enturmar, mas acho que o James não é o tipo de cara que gosta muito de conversa, sabe?! Ele tem um jeitinho meio entranho de agir. Reconheço de longe esse cheiro, tudo devido à presença de Kylie. Tá meio que óbvio isso, contudo decidi ficar calado e evitar briga. Vai que esse cara parte para cima de mim?! Nunca se sabe. No momento, tenho tido mais afinidade com Tyler. Ele é meio calado, porém gente boa.

Estava tudo muito bem, tudo muito bom, mas resolvi dar uma volta, ver como era a área em torno do acampamento e quem sabe não conhecer mais alguém interessante?! Não custou nem demorou muito, deparei-me com um rapaz junto a uma jovem de cabelos azuis incríveis que de parecia ser muito legal.

Dei dois passos e foi cumprimentado de longe por ele, alegre e convidativo, chamando-me para participar da conversa.

– Outro loirinho?! Minha nossa! – falou a menina – Sou Mia.

– Luke. – repliquei.

– Josh! – disse o garoto – Está há muito tempo por aqui?

– Uns quarenta minutos. – respondi.

– Que legal! Novato como eu. – complementou Josh e ri do astral dele.

– Vamos? – chamou Mia.

– Não sei. Queria esperar minha priminha e Tanner. – respondeu Josh.

– Cara, eles sabem o caminho de volta. – contrapôs Mia.

– Então vamos! – concordou Josh. Dessa vez não fomos ao acampamento e sim a um lago que ali perto tinha, bem próximo a uma gruta fria, quase despercebida pela folhagem.

Narrador

Helena então findou o segundo beijo nos lábios de Tanner, este por sua vez mais longo que o anterior. Os olhos de ambos brilhavam e uma atração era certa. No entanto, ao ter o olhar desviado por um ponto de fuga, alternou seu pensamento, ora para Helena, ora para Rose que não fazia à mínima ideia de onde poderia estar.

Helena então o abraçou, segurou sua mão e o levou em direção ao acampamento, não ao mesmo caminho, como se o levasse para uma surpresa sem vendar seus olhos.

Já bem afastado deles, Quatro encontrava Violet e Lena próximo a árvore e pedia para falar com a irmã a sós.

– Oi! – disse Quatro

– Oi – replicou Violet receosa do que falar.

– Desculpe o mau jeito. Isso é para você. – entregando Tobias algumas poucas margaridas a irmã que sorriu.

P.O.V Vulto

Ah! Que maravilha! Logo cumpro minha parte do acordo. Mas antes preciso obter os pontos e sem dúvidas isso é algo que não muito vai demorar.

Assim que percebo que ele está acordado, começo então a falar por trás da porta para que não corra o risco de me reconhecer, mesmo eu estando acima de suas suspeitas. Antes mesmo de pronunciar uma palavra, pude reparar que Scott por si só já reconhecera a Sarah. Mas é claro que aquilo não era mera coincidência.

– Bem-vindos, Scott e Sarah. Creio que já saibam o que de fato têm em comum. – falei com o modulador de voz. Sem dúvidas, não tinha como descobrirem minha identidade.

– Me solta sua... seu... sei lá, me solta coisa. – ordenou Sarah.

– Menininha mal educada. Mais respeito. Lembre-se que você ainda é uma criança, com só doze anos, ainda não se sabe o que fazer nem como se comportar, por isso te perdoo. – falei.

– Solta ela! Eu faço o que quiser, mas vamos logo com isso. – bufou Scott.

–Não, não! Não é assim tão fácil quanto parece. – complementei – É preciso que você faça-me certos favores.

– E como saberei que vai cumprir sua palavra de libertar Sarah? – indagou Scott.

– Bem, isso ai depende do seu comportamento mocinho. Porém estou de bom humor, então relaxe.

– O que eu preciso fazer? – perguntou Scott.

– Abrir certos arquivos – então entrou um dois meus capatazes e deixou à mesa um notebook – Está criptografado e tenho certeza que você consegue abrir. És um gênio, não é?!

Dei o sinal e pedi para tirarem Sarah de sua vista. A presença dela poderia atrapalhar o serviço, logo meu servidor a trancou num armário ao lado.

– E Clary? Onde está? – perguntou Scott.


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Notas finais do capítulo

Escolham: https://scontent-b.xx.fbcdn.net/hphotos-xap1/v/t1.0-9/10613124_360246300792077_828502086391488206_n.jpg?oh=e951545209a67fb595f8ac275e0acdbf&oe=548FB6D1
Até!