Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 12
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem a demora! Fiquei com falta de tempo, mas aqui está.



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P.O.V Rose

“Tanner, Tanner... Felizmente você está sorrindo novamente, mesmo que pouco, mas sorrindo.”, pensei por longos momentos até perceber que Dean se levantara e fora numa direção sem rumo, sendo seguido por uma garota que não me lembro o nome... Emy eu acho. Não! Emma! Isso mesmo! Emma o seguiu e o máximo que pude da localização privilegiada perceber sua indignação diante a presença de Tanner.

“Ciúmes!”, sem dúvidas pensei. Tanner é um rapaz que em momento algum liga para que os outros pensam, logo acabava por ser odiado por muitos rapazes quando tratava-se sobre o assunto mulher. Conheço a figura e reconheço o sentimento de Dean. Ele não tem culpa, aparenta gostar e muito de Raven, entretanto aguentar a presença de uma possível “ameaça”, não era nada fácil. Isso eu sei por experiência própria devido a convivência com ele.

Narrador

Rose levantou-se e seguiu Dean, acabando por esbarrar em Emma que voltava com leve sorriso malicioso nos lábios.

– Você não olha por onde anda não, garota? – indagou Emma.

– Desculpa! Não foi minha intenção... – dizia Rose sendo interrompida.

– É bom mesmo baixinha! Te perdôo só porque hoje estou de bom humor. – falou a um estilo exibido.

O rosto de Rose se avermelhou, a menina na hora chegou a levantar a mão para chamar a atenção de Emma e falar poucas e boas para ela, no entanto, lembrou-se do seu real objetivo ali e voltou a seguir Dean.

– Dean?! – falou alto, quase gritando.

– Oi! – respondeu Dean.

– Olá! Tudo bem? – perguntou em voz mais baixa, aproximando-se, ficando lado a lado do rapaz.

– Bem na medida do possível. – retrucou.

– Ciúmes de Tanner e Raven, né?!

– Quem? Eu? Imagina!

– Sei... Fica tranquilo. Tanner não é o tipo de cara que se mete em meio a um relacionamento.

– Mas eu e Raven não estamos namorando.

– Não?! Ai a coisa complicou um pouco, porém mesmo assim fica calmo. No final tudo dá certo.

– Tomara.

Em outra parte, distante de onde estavam de Dean e Rose, Mia caminhava durante longas conversas a fins diversos com Caleb. Em menos de um raio equivalente a cinco metros estava Helena e Hiendi andando igualmente a procura de qualquer coisa fora do comum.

– Mas e ai? Como você se juntou ao Bruce? – perguntou Hiendi.

– Eu me juntei na realidade ao Robert. O Robert que se juntou ao Bruce. – respondeu Helena.

– Tá, mas no final das contas você acabou no acampamento de tortura e machismo do Bruce. Como foi isso?

– Robert era igualmente da Audácia, não sei se por acaso você já tinha o visto lá, pois ele não trabalha com os transferidos e sim com os nativos e permanentes da facção, logo o conheci. Robert é igual a nós, divergente, no entanto só se manteve na Audácia devido ao posto do pai, que ao descobrir que ele era divergente, quis proteger o filho achando que se ele continuasse na facção iria superar a divergência. O tiro saiu pela culatra, o pai de Robert não concordou com ele em relação a um treinamento e na raiva o humilhou. Robert, impulsivo como sempre, jogou o pai no fosso e isso posso dizer com certeza, pois estava lá. Não sou de me assustar com qualquer coisa, mas na época eu era novata e tinha ficado surpresa com tudo ali. Robert começou a me observar mais e enfim descobriu que eu também era divergente. Para todos e quaisquer males ele era o único que me protegia (sem contar que eu tinha bastante inimigos no grupo), logo me aliei a ele, se é que aquilo era uma aliança.

– Uau! Que historinha, hein?! Aos moldes de novela mexicana – brincou Hiendi soltando uma curta gargalhada interrompida pela face séria de Helena. – Ok! Parei!

– Mas e você? – questionou Helena – Qual é o seu “passado’ com Bruce?

– Passado? Que passado? Eu o conheci na Audácia e pronto. Fim! Ele me reconheceu naquele dia. – replicou.

– Mentira! Eu te respondi, agora é sua vez de falar.

– Tá, foi o seguinte:... – se preparava para dizer quando avistou uma leve sombra azul e escutou uma voz familiar. “Caleb e Mia”, pensou de imediato e resolveu averiguar – Só um minuto.

Mia foi que já estava bem próxima a Caleb, notou os firmes passos de Hiendi em sua direção e colocou as mãos em torno do pescoço do rapaz e pregou-lhe um beijo na lateral dos lábios, somente para provocar a jovem.

– Olá! – falou Hiendi irritada.

– Oi! Tudo bem? – perguntou Caleb.

– Sim! Estou muito bem! – respondeu Hiendi sarcasticamente.

P.O.V Alek

Não tardei em deixar Clarissa naquele local e retornar ao acampamento e novamente, ao passar por meados de árvores e arbustos antigos refazendo meu caminho de volta a união dos outros, pude perceber a presença de Violet e segundo meus instintos mais alguém. Essa menina pode ter só doze anos, porém tem grande história. Toda vez que reparo nela, calada, aparenta ter algo a dizer quando fica quieta e fechada por longos tempos. Ai tem coisa e quero descobrir.

Desembocando enfim no acampamento, devo dizer com todas as letras o clima que foi perceptível: ciúmes. Alguns casaizinhos se formando, outros se separando e outros em pequenas crises. Sinceramente não me via nada de interessante aqui, logo fui em direção a uma árvore robusta e deitei-me.

Narrador

Isabela e Lena mantinham uma conversação ativa, até chegar Violet que quietamente sentou-se ao lado delas, com bastante cuidado como se não quisesse incomodar e/ou passar despercebida.

– Oi, Violet! – disse Lena.

– Oi... – retrucou com voz baixa, porém nada serena, a menina que chegara.

– O que está acontecendo, Violet? – indagou Isabela.

– Nada não. – replicou Violet.

– Ainda é aquele caso...? – questionou Isa.

– Sim, mas deixa isso para lá.

– Do que vocês estão falando? Por que me excluem de tudo aqui, hein?! – rebelou-se Lena.

– Mais para frente você saberá. Pode deixar que lhe contarei. – falou Violet por fim.

P.O.V Kylie

Vim parar aqui nesse acampamento, apesar de ser um bom lugar, ainda não consigo me acostumar, por mais que tente. Acho que talvez esse local tranqüilo em que me encontro seja tranqüilo até demais. Não estou acostumada com isso.

Calada estava e calada me mantive até ouvir uma leve voz chamar-me. Era Alice que estendia uma das mãos e outra apontava para um local mais a fundo, onde estavam Tyler, Cassie e Scott. Ali ficamos, trocando meias palavras talvez por falta de assunto ou até mesmo por receio de fazer alguma outra pergunta mais peculiar e tomar um fora. Até, enfim, Scott pronunciar-se.

– Você é bem... calada!

– Ah! Sim, é eu sou assim mesmo desde algum tempo ai. – retrucou Kylie.

Alice iria fazer uma pergunta quando foi interrompida pela chegada de Violet, a qual mudou todo o assunto mediante as perguntas de Cassie.

Narrador

Raven demorou um pouco, entretanto, notou a ausência de Dean, levantou-se, deixou Alyssa aos cuidados de Cassie e Alice que não muito longe nem próximo estavam e caminhou por uma “trilha” que pouco a sua frente se iniciava e por tal seguiu. Não muito demorou em avistar o rapaz que estava de costas, parado ao relento.

A garota acelerou os passos nervosos para encontrá-lo, até chegar cerca de dois metros de distância e perceber que ele estava abraçado a Rose. Com lábios entreabertos e olhos de surpresa, Raven liberou um único suspiro de raiva, ou melhor, ciúmes pelo rapaz estar tão próximo a outra garota não sendo ela, que fuzilou Rose com os olhos, dando de costas, retornando ao acampamento evitando que agisse por impulso e cometesse um assassinato ali mesmo. (Será?!)

Tris e Quatro caminhavam próximo ao riacho em direção oeste de onde estava o restante do grupo.

– Pode esperar um pouquinho aqui? – perguntou Tris.

– Tudo bem. Vai lá! – respondeu Quatro.

Ao Tris afastar-se cerca de cinco metros, Quatro sentou e voltou a olhar a água cristalina e fria que percorria a sua frente. Duas mãos leves e macias começaram a oprimir a visão do rapaz.

– Já voltou? Que rápido! – disse Quatro.

Então a garota levemente começou a discorrer leves beijos pela face descendo ao pescoço de Quatro que acatava todos leve e solenemente, até se ouvir um...

– Quatro?!

Nesse momento, Quatro levanta-se e depara-se com Tris bastante distante de si, em seguida volta o olhar para a garota que estava atrás de si e percebe o sorriso malicioso de Reyna que mordia sapecamente o lábio inferior.

– Calma Tris! Já lhe explico! – gritou Quatro correndo atrás da garota.

– Deixa ela! Daqui a pouco ela está de volta! – disse Reyna, recebendo um olhar de total negação e repudio de Quatro.

Antes que pudesse chegar ao acampamento, Raven refez seu trajeto, virando a esquerda e caminhou para aliviar um pouco a mente. De repente, algo atinge a moça que vai ao chão imediatamente. Suas mãos são amarradas, ou melhor, amordaçadas, e ela escuta uma voz masculina sussurrar próximo a sua orelha.

– Que bom vê-la novamente, princesa!

Não precisava pensar duas vezes. Os esforços que Raven fazia cessaram. Um baú de lembranças atingiu sua mente e ela pode visualizar todo o ocorrido da última vez em que se encontram. Um calafrio percorreu seu corpo ao toque das mãos do homem que desciam pelos seus ombros até enfim, pronunciar uma única palavra.

– Josh!


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado, porém pensava também em outra coisa... Será que devo revelar o irmão de Violet no próximo capítulo?! o.O
O que acham?! rs Até!