Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 61
Capítulo sessenta




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Madrugada de sexta-feira e a poeira ainda não havia baixado. Não restara muitos aurores saudáveis o suficiente para duelar, desde o primeiro dia, mais cinco ataques haviam acontecido. Aumentando cada vez mais o número de baixas e feridos. Hermione ainda ficava de guarda todas as noites, apenas Harry conseguia lhe tirar dali e em raros casos, Rony.

—Hermione? —Nott aproximava-se. A garota olhou-o e voltou a fixar o olhar no cachorro que buscava comida nas latas de lixo viradas e incendiadas. —Preocupada com seu casamento? É amanhã, não é?

—É sim! —Disse tristonha, com um leve sorriso nos lábios. Conseguia imaginar o fracasso que seria. —Acho que vou perder meu próprio casamento!

Nott riu.

—Ouviu a ironia no que disse?

Hermione concordou e riu, ou melhor, gargalhou ao lado do rapaz.

—Estou tão cansada disso aqui! —Resmungou no exato momento em que o cachorro junto da lata de lixo explodiu. —Chame os outros!

Hermione saiu da loja de rosquinhas e empunhou a varinha. E da poeira, comensais da morte surgiram. Apenas um liderava o grupo e Hermione não o reconheceu.

—Ora, a amiga sangue-ruim do Potter! —Disse com arrogância, seguida de uma risada fantasmagórica. O arrepio correu o corpo cansado da garota. —Como ousa? Garotinha intrometida está em solo Francês, não pode...

—Você não tem o direito de dizer o que devo ou não fazer! —Gritou em resposta. —Mas eu... —Imitou o sorriso de Draco, perigoso. —... Eu posso lhe mandar para Azkaban!

Os comensais começaram a gargalhar, e Hermione, percebeu que o restante dos aurores intactos posicionava-se com ela. Harry e Rony, um de cada lado de seu corpo.

—Garota ridícula! —E o primeiro feitiço veio em sua direção, mas protegeu-se sem dizer uma palavra, sua varinha apenas vibrou em sua mão, enquanto um longo sorriso lateral abria-se em seu rosto. —Vão!

Os comensais começaram a correr e lançar feitiços, enquanto um pequeno grupo de aurores fazia o mesmo, bloqueavam e atacavam, cada vez com mais força.

Harry jogou-se no meio dos jatos luminosos e mortíferos enquanto Rony tentava se proteger de dois monstruosos homens encapuzados. Hermione poderia ajudar, mas não naquele segundo.

Com suavidade. Estuporou o adversário, mas ele rebateu o feitiço. Graciosa. Lançou outro feitiço no homem, e conseguiu afastá-lo alguns metros. Finalize, por Draco. Mas quem finalizou o duelo foi o comensal, acertou-a diretamente no ombro, onde uma fenda se abriu.

Expeliarmus!

Nott desarmara o comensal e o prendera com um feitiço de encarceramento, cordas grossas enroscaram-se no homem, prendendo-o. O rapaz caminhou até Hermione e esticou-lhe a mão, ajudando-a a se levantar.

—Obrigada. —Disse segurando o ombro com uma das mãos. Nott deu de ombros. —Vamos entrar, estão todos fugindo. Kingsley foi o grande herói de hoje, ele e o Ministro Frances!

Hermione não vira quando os franceses juntaram-se à eles, mas reparou na diferença de uniformes e o modo com que falavam. Assentiu para Nott e segui-o até a porta da loja. Alguns aurores eram levados para dentro, desmaiados ou feridos. Hermione aguardava Harry e quando o viu, foi como se um enorme peso escapasse de seus ombros, correu até o amigo a abraçou-o.

—Calma, Hermione! —Reclamou, demonstrando uma certa dor. —Estou bem!

—Cadê o Rony? —Perguntou e não recebeu respostas, nem sequer de Nott que se aproximara. Percebeu o olhar perdido de Harry atrás de si, e virou-se com tanta pressa que temeu cair. Seu estômago girou dentro de si, e a ânsia subiu até sua boca. Controlou-se internamente e correu até o ruivo.

Havia sangue, muito sangue. Tocou o amigo com delicadeza e começou a hiperventilar. Vamos Hermione! Voltou-se para a varinha e posicionou-a sobre o amigo. No segundo seguinte não encontrou sua voz, mas controlou a respiração como pode e começou o cântico:

Vulnera Sanentur!

Harry e vários outros bruxos aproximaram-se da garota e de Rony, desfalecido no chão. Hermione tentava segurar as lágrimas, mas era inútil. Quando todos o sangue parou de escorrer, deitou a cabeça no peito do rapaz e não ouviu nenhum batimento.

Pense! Sua cabeça gritava e cantarolava seu pausas, deixando-a ainda mais atordoada. De repente, jogou a varinha para longe, uniu as mãos e começou a pressioná-las sobre o peito do rapaz, subia e descia num ritmo só, rápida e forçadamente. Voltou a procurar os batimentos pelo peito do rapaz. Nada.

—Vamos lá, Rony! —Continuou o movimento. De repente, segurou o nariz do rapaz e soprou dentro de sua boca. Uma, duas, três vezes e nada. Voltou aos movimentos pulsantes no peito do rapaz. —Vamos lá, vamos lá, vamos lá!

Algumas garotas já choravam baixinho, enquanto o restante, assistia à cena com pena. Harry deu um passo a frente.

—Hermione, não adianta! —Disse com a voz tão trêmula quanto as mãos. —Hermione, pare!

A garota não o ouvia, seguia apertando o peito do rapaz, enquanto as lágrimas seguiam a escorrer pelo seu rosto. Já não conseguia ver com clareza o que acontecia, apenas seguia o movimento, soprou novamente ar para dentro dos pulmões do amigo. Mas nada acontecia.

—Droga, Ronald Weasley... Seu completo idiota! —Gritou, enquanto pressionava todo seu peso sobre o peito do rapaz. —Como ousa, me deixar novamente? Você não pode, — Um soco no peito do rapaz. — simplesmente... —Um sopro nos lábios. — me deixar!

—Hermione! —Harry gritou.

—Rony! —Berrou aos ventos, enquanto usava suas últimas forças para pressionar o peito do amigo, e foi com o golpe que Rony tossiu o sangue preso em sua garganta e sentou-se, tentando recuperar o fôlego.

Todos a volta aplaudiram, enquanto comemoravam.

Hermione deixou-se cair no chão, com as lágrimas turvas nos olhos, escorrendo pelo seu rosto. Sorria debilmente, enquanto Harry tentava conversar com Rony, de repente o ruivo virou-se para Hermione e ela soube que o amigo não a deixaria tão facilmente. Abraçou-o como se sua vida dependesse daquilo, e não pretendia soltá-lo tão cedo.

—Seu idiota, — Chorava no ombro de Rony. — eu realmente achei que me... M-me deixaria sozinha! Por f-favor, nunca mais me assuste assim!

Rony a consolava, mexendo em seu cabelo carinhosamente, apertando-a com força para mostrar que estava ali, que não a deixaria.

—Prometo!


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Notas finais do capítulo

Quem gostou levanta a mão! Ou comenta!!
Beijos e até o próximo capítulo!