Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 58
Capítulo cinquenta e sete




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Molly resolveu de ultima hora que ajudaria Hermione e Narcisa nas compras. Hermione ficara temerosa pelas duas mulheres, mas tudo ocorrera bem. Molly descartou a maioria dos itens que Gina e as garotas haviam listado, e Narcisa simplificou tudo que envolvia a decoração. Explicou que o casamento podia ser no jardim, e a festa no salão da casa, mas Hermione gostava do ar puro de fevereiro, final de inverno e insistiu de fazer tudo do lado de fora. Narcisa olhava a lista e de repente parou no meio do Beco Diagonal, Molly aproximou-se e leu o pergaminho, ambas sorriram ardentemente.

—Vestido de noiva!

Madame Malkin aguardava Hermione com um sorriso nos lábios e vários pergaminhos espalhados sobre uma mesa. Entregou alguns desenhos para a garota e aguardou a escolha. A garota analisava os traços e mostrava para Molly e Narcisa que davam suas opiniões igualmente.

Por fim, Hermione entregou-lhe o croqui:

—É este aqui!

Narcisa esbanjava um sorriso radiante no rosto e Molly parecia mais entusiasmada que Gina quando fazia compras, o vestido perfeito. Antes de saírem a vendedora parou Hermione na porta.

—Quer entregar os vestidos para suas madrinhas? Já estão prontos.

Hermione agradeceu e apanhou as caixas.

Após o almoço, encontraram Draco saindo da Madame Malkin.

—Draco! —Narcisa gritou e acenou para o filho, perdendo a postura dos ombros eretos.

O rapaz sorriu e caminhou de maneira magistral até as mulheres.

—Mãe! —Abraçou-a. E cumprimentou Molly com um abraço. Hermione foi a última, recebendo um beijo nos lábios. —Achei que já teriam terminado as compras a essa hora!

—Já terminamos, estávamos voltando do almoço. —Respondeu Hermione sem rodeios. —Achei que estivesse no hospital!

—Não, eu precisava vir experimentar meu traje para o casamento. Ficou pronto! —Disse, e Hermione reparou no embrulho de papel pardo.

—Estou ansiosa para vê-lo! —Sorriu com certa malícia, só então se lembrou de Molly e Narcisa. Corou enquanto as duas soltavam risadinhas nada discretas.

—Vamos deixá-los, até logo Hermione. Obrigada pela confiança! —Narcisa despediu-se e antes de ir ajeitou a camisa do filho. Molly sorriu para ambos e seguiu a mulher esguia e elegante.

—Não se preocupe, minha mãe andou pedindo netos semana passada! —Hermione corou ainda mais, deixando um “Mérlin”, escapar por seus lábios. Draco levantou o rosto da garota e beijou-a rapidamente. —Você pode almoçar comigo amanhã?

Hermione baixou a cabeça e tirou dos lábios o sorriso.

—Na verdade, eu pretendia trabalhar e fechar algumas horas.

—Ah, tudo bem. —Disse sorrindo. —Me mande uma coruja quando tiver esse tempo livre, acho que o casamento fica por conta da minha mãe e da Senhora Weasley!

—Não se esqueça de Gina e Luna! —Draco riu e consentiu. —Ah, sua mãe me deu sua lista de convidados para o casamento. Não se esqueceu de ninguém?

Draco pensou por um momento.

—Tenho certeza de que estão todos aí!

Hermione beijou-a com volúpia e despediu-se, aparatando no meio do Beco Diagonal.

***

Hermione ia para o Ministério todas as manhãs, fazia todo o trabalho com perfeição e agitação, e no restante do dia escrevia os convites para o casamento. A lista de Draco já estava finalizada, e os convites todos selados. E nesse momento Hermione notou que não teria tantos convidados quanto Draco.

—Gina mandou os pergaminho que pediu... —Harry largou um embrulho em cima da mesa da amiga. —Está ansiosa para o casamento? Como está Malfoy?

—Estou bem, e na verdade... Não vejo Draco faz umas duas semanas!

—Duas semanas, Hermione? Você vai se casar com ele, marque um almoço pelo o menos!

—Harry eu tenho que terminar isso tudo e tenho trabalho a fazer ainda... —Disse mostrando os pergaminhos e convites.

—Isso é dele, a sua coruja chegou lá em casa! —Entregou para a amiga um envelope. —Seja o que for, aceite!

Hermione abriu o envelope que Harry lhe entregara, um convite para almoçar no Caldeirão Furado. Olhou para o amigo e capturou a bolsa pendurada na cadeira, e saiu.

A garota entrou no estabelecimento e tirou o casaco pesado, estava quente lá dentro. Enxergou o cabelo loiro de Draco de longe, e caminhou até o rapaz. Draco levantou-se e abraçou-a, sentindo o aroma de seus cabelos cheios, beijou-a com tanta intensidade que atraiu alguns olhares.

—Senti... Senti sua falta! —Hermione completou depois que conseguiu sentar-se.

—Eu também, passei a semana toda tentando te ver. Acho que Tom já me quer de sócio, tinha esperança de que você viesse comer alguma coisa aqui!

—Você não trabalha, não? —Perguntou ao namorado.

Draco deu de ombros. —Trabalho sim, só que hoje não é meu dia. Troquei com um curandeiro... Só para ficar um pouquinho com você!

—Nós realmente não temos tempo juntos! —Hermione resmungou. —O casamento tem agitado tudo.

Draco então viu a oportunidade perfeita. Segurou a mão de Hermione por cima da mesa e entrelaçou seus dedos carinhosamente.

—Hermione, vamos morar juntos! Já temos uma base forte, por que não?

—Você iria para a minha casa? —Perguntou com um “quê” de animação na voz. Mas sua expressão entusiasmada desapareceu assim que viu a incerteza passar pelo rosto de Draco.

—Hermione, você iria morar comigo. Minha casa é grande e eu já terminei de desempacotar todas as coisas!

—Por que você não pode ir morar comigo? —A ênfase no “você” pegou-o desprevenido. —Por que sua casa é maior? Sinto muito, Draco.

O rapaz soltou os dedos e encostou-se na cadeira, cruzando os braços sobre o peito.

—Então é isso? Vamos continuar a nos encontrar quando der? Quando não houver trabalho ou compromisso?

—Exatamente. A não ser que você prefira se mudar para a minha casa! —Retorquiu, debruçando-se sobre a mesinha de madeira.

—Não vou me mudar, Hermione. Fim da história!

A garota levantou-se abruptamente, arrastando a cadeira num ato infantil.

—Então, Draco, vejo você quando puder. Porque agora eu preciso trabalhar! —Pegou a bolsa e saiu batendo a porta ao passar.

Passou o dia no escritório, escrevendo seus relatórios e revisando os pergaminhos borrados de Rony e Harry. Só desligou-se daquilo tudo quando Harry lhe chamou quase aos gritos.

—Só estamos nós aqui, todo mundo já foi para casa! —Pegou a bolsa da garota e entregou-lhe quando esta levantou-se, ajeitando o uniforme. —Vamos?

Hermione assentiu e seguiu o amigo, em silêncio. Quando chegavam às lareiras, Nott saiu de uma delas, correndo em direção ao elevador.

—Hermione, esqueci minha autorização para França. —Estava ansioso.

—Ah, eu não a vi. Mas posso fazer outra! —Harry acenou, indicando que iria para casa. Recebeu um breve consentimento como resposta. —Ah, não prefere fazer essa autorização no... Cabeça de Javali? Talvez? Qualquer lugar seria ótimo.

—Vou te atrasar para algum compromisso? Vai se encontrar com Draco? Posso pegar a autorização outro dia... —Corrigiu-se, imaginando como parecia inconveniente.

—Não, não é isso! —Hermione disparou. —Só quero sair daqui, espairecer!

Nott percebeu instantaneamente que havia algo errado, mas evitou o assunto, aceitando o convite com uma piada:

—Achei mesmo que o Cabeça de Javali não era lá muito romântico.

Hermione esboçou um sorriso fraco.


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Notas finais do capítulo

Olá! Estamos chegando no casamento... Com algumas briguinhas e desentendimentos, mas é isso aí... Até logo!
Ah, comentem e me contem o que estão achando, ou recomendem e façam uma escritora feliz!