Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 51
Capítulo cinquenta




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Após o momento de declarações e abraços apertados, Draco sentou-se ao lado de Hermione na toalha e serviu-a com a comida que preparara. Algo bastante simples, mas na temperatura perfeita para aquecê-los do ventinho frio que soprava do norte. Apenas apreciavam o saboroso jantar, sem nada dizer. A garota apertou o cachecol no pescoço, aquecendo-se. Draco sinalizou o céu azul para Hermione que seguiu seu dedo com o olhar. Com a mão livre sacudiu a varinha e os fogos da Gemialidades Weasley explodiram no céu. Um show de luzes e faíscas apenas deles. Para eles. O rapaz viu Hermione abrir a boca, surpresa e maravilhada com tudo aquilo e em seguida, deixar os lábios transformarem-se em uma linha perfeitamente reta, mordia os lábios para não sorrir exageradamente.

—Draco isso foi lindo! —Pulou sobre o rapaz, abraçando-o.

—Se eu soubesse que essa seria sua reação, explodiria uma caixa de fogos todos os dias! —Ambos riram da piada. —Feliz ano novo, Hermione!

A garota sorria.

—Feliz ano novo, Draco!

Selaram as memórias do primeiro ano novo juntos com um beijo apaixonado e terno, com toda a calma e tranquilidade possível. Amavam-se.

—Posso te contar um segredo? —Draco perguntou para a garota, que ainda olhava o horizonte. Assim que Hermione balançou a cabeça, continuou. —Eu sabia que você me amava desde que saiu da banheira sem toalha!

Hermione riu baixinho, sacudindo a cabeça.

—Você não tem noção da vergonha que eu senti! —Cobriu o rosto com as mãos. —Peguei minha roupa e fui para o quarto do lado!

Draco riu e puxou as mãos de Hermione, revelando seu rosto vermelho.

—Ainda não consigo acreditar que tem vergonha! —Disse antes de beijar a ponta do nariz de Hermione. —Somos namorados, Granger!

Usou o sobrenome da garota como fazia no sexto ano, quando conversavam e queria muito enfatizar alguma coisa. Hermione pareceu ter se lembrado, pois riu por alguns minutos.

—Apenas achei que seria um bom jeito de perder a vergonha! —Deu de ombros.

—Insignificantemente, você... Tem meu coração inteiramente para você, Hermione! Com ou sem vergonha!

Hermione assentiu.

—Você também, Draco! —E deitaram-se sobre a toalha, abraçados, observando as estrelas que brilhavam cintilantes no céu escuro. E sem palavras ou qualquer movimento, dormiram ali, sob a imensidão azul, na promessa de que eram um do outro.

Quando o sol nasceu num horizonte longe, trazendo consigo ventos gélidos, Draco despertou, ainda abraçava Hermione. Não queria acordá-la, parecia tão frágil dormindo, o contrário de quando estava acordada e ativa. Lembrava-se do sexto ano. Época que fora cheia de surpresas e desgostos. Fechou os olhos, relembrando-se dos momentos:

“Estava na sala precisa mais uma vez, não conseguira terminar de arrumar o armário sumidouro, pois todos seus pensamentos voavam diretamente para Hermione. As páginas do livro antigo lembravam-na em todos os aspectos possíveis e imagináveis. A própria sala precisa, onde se trancara com Hermione durante a noite uma vez ou outra. Aproveitavam o título de monitores vez o outra. E fora nas rondas que se conheceram bem, Rony havia beijado Lilá Brown naquele dia, e Draco percebera que Hermione andara distante, nem sequer reclamara quando dispensara dois primeiranistas da Sonserina sem castigo. Empurrou-a contra a parte e a fez olhar em seus olhos. As palavras, contudo não vieram, os olhos de Hermione brilhavam em castanho, mas tinham traços avermelhados e em toda a volta estavam inchados.

—Por que estava chorando? —Perguntara, encontrando finalmente a voz que lhe traíra quando a mandaria prestar mais atenção na ronda. Pela primeira vez ficara incomodado com o silêncio.

Hermione abaixou a cabeça, como se não soubesse o que responder. Pela primeira vez Draco não usara seu nome com sarcasmo, mas sequer usara seu nome, como se fosse um pecado pronuncia-lo. Mas fora o tom da voz que lhe fizera recuar, ele estava sendo gentil? Estava preocupado?

—Granger, por que estava chorando? —Repetiu, dessa vez mais firme, segurando seus braços. Parecia transtornado, e então, Hermione levantou o rosto. Os olhos marejados mais uma vez.

—Você não entenderia! —Fora a sua resposta, antes de seguir caminho. Andando alguns passos à frente de Draco.

—Foi o Weasley? —Perguntou alto, a garota apenas se virou e com relutância assentiu. —Me dê um minuto!

Hermione não havia entendido, mas fez o que lhe fora pedido. Em menos de cinco minutos, do corredor o qual Draco entrara, Rony e Lilá saíram praticamente voando, Rony ainda olhou para trás. Para Hermione, mas Draco se pôs na frente da garota, como um escudo.

—Temos que acabar a ronda! —Disse, caminhando e puxando-a pela capa

Algum tempo se passara, já estavam quase no fim da ronda quando Hermione abaixou a cabeça e falou:

—Não precisava ter feito aquilo...

—Precisava sim, eles estavam se agarrando depois da hora! —Disse.

Hermione assentiu.

—Obrigada!

Aquilo significara muito mais do que realmente parecia, e para Draco, fora sua primeira alegria no ano todo. Assentiu e seguiu caminho, mudando a rota para deixá-la em segurança no sétimo andar.”

Draco ainda deitado sorria, pois graças ao Weasley, se conheceram. Estava em dívida com o ruivo, uma dívida eterna.

—Do que está rindo? —A voz de Hermione o tirou dos devaneios e olhou-a. A garota permanecia de olhos fechados, mas estava radiante. Talvez fosse os raios do sol, mas parecia emanar luz de seu rosto.

—Dessa baba bem aqui... —Apontou para o queixo.

—Aí não! —Hermione sentou-se rapidamente, passando as costas da mão pelo queixo. Só percebeu que tudo passara de uma brincadeira quando Draco começou a gargalhar. Deu-lhe um tapa. —Seu idiota!

—Então você realmente baba? —Questionou-a, ainda rindo.

Hermione deu de ombros e esticou os braços sobre a cabeça, espreguiçando-se. Reprimiu um bocejo.

—Dormimos na rua! —Disse para o rapaz.

—Eu estava tão cansado, e você estava tão aconchegante! —Ajudou-a a levantar e beijou-a rapidamente. —Minhas costas doem!

Hermione parecia decepcionada.

—Passei meses dormindo em uma barraca e minhas costas nunca doeram! —Disse.

—Até porque nem tinham tempo para doer, pelo o que eu ouvia, vocês mudavam de lugar todos os dias! —Juntava as toalhas, mas Hermione floreou a varinha e tudo se ajeitou. Entregou a cesta para Draco carregar e começaram o curto trajeto de volta para a casa.

—Às vezes sim, pelo o menos até Rony estrunchar. Tivemos que caminhar muito! —Explicou. —Depois você sabe, começamos a destruir Horcruxes e derrotamos Voldemort!

—Esse nome ainda me causa calafrios! —Draco comentou.

—Acho que causa em todos nós, para ser sincera. Ainda tenho pesadelos com aquela época! —Confessou um tanto envergonhada.

Draco assentiu e mudou de assunto tão rápido quanto um raio.

—Você precisa de um banho, vá se aquecer que eu já subo!

Beijou-a antes de deixá-la ir. Colocaria seu plano em ação naquele minuto.


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Notas finais do capítulo

Até breve



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