POV Rose Weasley

Estava sentada na "minha" cama (a cama do quarto de hóspedes da casa dos Potter que me foi emprestada), com Roxy sentada no meu pufe roxo, rindo que nem a retardada que ela é.

– Roxanne Weasley! Isso não tem graça! - grito com ela.

– Mas é lógico que tem! Você se fudeu! - diz, e volta à rir. E do que ela está rindo? Da minha desgraça. É a ultima semana de férias e eu sou obrigada a passá-la com o Malfoy.

Pego meu livro de Trato das Criaturas Mágicas e jogo nela. Roxy para de rir e começa a gritar e a se debater. Ela realmente tem medo daquele livro. Ela afasta-o com a varinha e o enfia de volta para de baixo da cama, tremendo de medo. É minha vez de rir. A porta é aberta bruscamente, e um James com os olhos azuis arregalados entra, ofegante.

– O que aconteceu?! - grita.

– O li-livro - balbucia Roxanne, apontando para debaixo da cama.

James revira os olhos.

– Ah, por favor, Roxy! Tenha dó! - depois de dito isso, ele vai embora, batendo a porta com força. Conseguimos ouvir a tia Ginny berrando com ele.

– Roxy, eu nem sei o por que de você ter um quarto de hóspedes. - digo, depois de um tempo.

– É que eu venho muito aqui. - diz ela, com um tom óbvio.

– Eu sei, mas exatamente por isso. Se fosse a casa da Lucy, por exemplo, eu até entenderia, mas é a casa do James! É desperdício de quarto já que vocês dormem juntos.

Ela joga algo na minha cabeça.

– Eu não durmo com James Siriús Potter! - grita.

Ouço Fred rir que nem uma hiena no andar de cima. Ele ouviu.

– Claro que não, porque vocês ficam fazendo outras coisas durante a noite. - digo, e começo a rir.

Ela fica vermelha de raiva, mas depois sua expressão se alivia, seu sorriso maroto se instala em seu rosto e ela diz:

– E quando nós vamos dormir na casa dos Malfoy? Por que você precisa de quarto de hóspedes?

Ah, Roxanne Weasley. Você sabe que com fogo não se brinca! Saio correndo atrás dela, que abre a porta bruscamente, e sai pela grande casa dos Potter, rindo. Quando passamos pela escada que, se a subirmos, chagamos no terceiro andar, algum treco tromba em mim, me fazendo cair com esse treco por cima de mim. Abro os olhos, e vejo que o treco, infelizmente, é Scorpius Malfoy. Penso imediatamente em afasta-lo, mas quando fito aqueles olhos cinzentos, eu congelo, e esqueço do mundo em volta. Perai! Eu, Rose Weasley, esquecendo de tudo por causa dos olhos do Malfoy? Ai, credo! Afasto-o bruscamente e me levanto. Roxanne e Albus estão rindo que nem dois babuínos perto de nós. Reviro os olhos, e desço as escadas para o primeiro andar, pisando com raiva.

Quando chego à cozinha, estão todos lá, menos Al, Roxy e o Doninha Júnior. É nisso que dá ter tantos Weasley. Falou em comida, vai todo mundo em cima. Meu pai está louco para começar a tomar o café da manhã, mas ninguém aqui é louco de enfrentar a fúria de Molly Weasley começando uma refeição sem todos à mesa.

– Albus, Roxanne, Doninha Júnior, venham logo! Café da Manhã! - grita ele, e, no segundo seguinte uma Roxy e um Albus se empurrando para passar na frende descem a escada correndo. O Malfoy apenas desce as escadas como uma pessoa normal, revirando os olhos ao olhar para a cena de meus primos.

– Ronald Weasley! Chame o garoto pelo nome, e não por esses apelidos ridículos! - repreende minha mãe.

Roxanne se senta, como sempre, ao lado de James, que está ao lado de Fred, que está ao lado de Dominique. Os marotos dessa geração. Ano passado os professores fizeram um debate entre os que lecionam durante um jantar sobre quem era pior: James, Siriús, Remus e Peter; Fred e George; ou James S., Fred II, Roxanne e Dominique. É lógico que Jay, Fred, Roxy e Domi foram os escolhidos. Infelizmente, a Doninha Júnior senta no único lugar vago: do meu lado. Ai que bosta. Meu pai o fuzila com o olhar, e diz (lê-se: rosna):

– Seu loiro aguado, quer sair de perto da minha filha?

Isso vai dar treta.

– Pai, deixa disso, por favor. - peço. Não que eu esteja feliz em ter o loiro do meu lado, mas eu quero tomar café da manhã e até isso se resolver, minha avó não vai deixar.

– Por quê? Está se dando bem com essa Doninha Júnior agora? - rosna ele.

– Não pai, credo, nunca isso - digo e Scorpius parece murchar de leve ao meu lado. - Mas eu quero tomar café da manhã, e não aguentar o senhor quase matando alguém logo cedo!

– Ah, Rosita, e você nem quase mata o Scorpius 24 horas por dia, né? - pergunta sarcasticamente Hugo.

– Não de manhã, quando estou com FOME! - berro.

– Okay, já chega! - diz vovó - Vamos comer logo!

Hugo e meu pai atacam seus pratos de comida e minha mãe revira os olhos. Victoire parece nervosa, e Ted a tenta a acalmar, enquanto ela aperta a mão do marido. Quando todos terminamos de tomar café da manhã, ela bebe um gole de seu copo de água, olha para Teddy com dúvida, ele faz um gesto com a cabeça para ela seguir em frente e ela diz, com todos olhando para ela:

– Bem, eu é Teddy queríamos perguntar uma coisa à vocês.

– Digam - incentiva tia Fleur, com um sorriso no rosto. Ted, com seu característico sorriso nos lábios começa:

– Senhora Weasley (N/Rose só pra constar, essa senhora Weasley é a minha avó), já que a senhora tem certa experiência com isso, será que você poderia me ensinar a trocar fraudas? Daqui a oito meses eu precisarei. E muito.

Dominique dá um berro, fazendo Fred ficar surdo, pulando da cadeira e indo abraçar a irmã e Ted em seguida. Louis faz o mesmo, mas sem berrar e pular. Tia Fleur corre para abraçar a filha e tio Bill fica estático. Eu e Roxy corremos e abraçamos Vic e Teddy, seguidas do resto da família.

– Ele vai se chamar James II, não vai? - pergunta Jay, zombando.

– Mas é lógico que não! Vai se chamar Fred III! - exclama Fred no mesmo tom.

– Gente, calma. - diz Vic, afastando as pessoas de leve. Ela está com lágrimas nos olhos, já minhas tias, minha mãe e minha avó inundam a casa dos Potter.

Tio Bill ainda está parecendo uma vítima do Basilisco, e Victoire se ajoelha ao lado do pai.

– Pai? - chama docemente - Está tudo bem?

Ele abraça a filha devagar, cerrando os olhos dos quais caem algumas lágrimas.

– Quando foi que você cresceu, Victoire?

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– Corre Fred! - grita James, que empurra um carrinho com suas malas, as malas de Roxy, e uma outra mala, chamada Roxanne. Já com Fred acontece a mesma coisa, só que, em vez de Roxanne, a mala e a dona de metade das malas é Dominique, que berra que nem uma criança numa montanha-russa.

Esses quatro, como em todos os anos desde os 11 anos tumultuam a estação King Kross todas as vezes em que vamos para Hohwarts, e esse ano não e ata sendo muito diferente.

– Para de gritar, Domi! - exclama Fred, antes de passar pela pilastra entre as plataformas 9 e 10.

Antes dela e James passarem pela pilastra, Roxy da um berro e cerra os olhos. Reviro os olhos e passo pela pilastra, e, seguida correndo os olhos pela multidão.

– Ei, Rose! Eu estou aqui! - gritou uma voz que eu conheço bem. Me viro e dou de cara com Kessy, à cerca de três metros de mim. Corro e a abraço.

– E aí, me conta como foram as férias? - começo, e isso foi só a deixa para começarmos a conversar desenfreadamente, como sempre.

Quando estamos no dirigindo ao trem, passamos pelas nossas famílias, e dou tchau para meus pais, meus avós, meus tios e tias, para tia Cho (mãe da Kessy) e tio Yuri (pai da Kessy), tia Luna, tio Rolf, tia Ana (esposa do tio Nevile) e, quando finalmente chego em Vic, lhe dou o abraço mais apertado que já dei-lhe. Não é todo dia em que você se despede de uma amiga gravida. E sim, eu e Vic somos muito amigas, por mais estranho que possa parecer (eu e Teddy também somos amigos, mas ele não está aqui, e ele leciona em Hogwarts, então não tem por que se despedir). Antes de eu soltá-la e entrar no trem, ela sussurra em meu ouvido, para só eu ouvir:

– São gêmeos.