Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 14
Escarlate


Notas iniciais do capítulo

Oláá! Queria primeiro agradacer as duas recomendações totalmente lindas! Muito muito obrigada!! Do fundo do meu coração! E aos leitores novos, sejam muito bem vindos. Tomara que gostem desse capitulo.



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Ela jogou alguns papéis na mesa dele.

“Por favor, assine.” Ela estalou os dedos, forçando Tony a olhar para ela. “Já faz dois dias. Não enrole mais.”

“Hmmmmm.” Ele resmungou, tirando os olhos do computador.

Ela o encarou. Ele encarou de volta. Ficaram alguns segundos naquela situação.

“ASSINE!” Ela gritou, irritada.

“Ah! Ok, ok. Sem necessidade de gritos.” Maria revirou os olhos. Ele pegou a papelada e assinou na linha pontilhada. “Satisfeita?”

“Ali também.” Ela apontou. Ele assinou onde ela indicou.

“Você pode ficar, sabe. Sempre será bem vinda às Indústrias Stark.” Ele entregou os papeis de demissão a ela.

“Obrigada, Tony.” Ela parecia realmente sensibilizada. “Mas eu pertenço á Shield.”

“Não custava tentar.” Ele se apoiou o queixo nas mãos.

Eles ficaram uns segundos em silêncio.

“Tony.” Ela falou subitamente. “Sabe que aquela vaga ainda está aberta para você.”

Ele suspirou e empurrou a cadeira para trás, se levantando. “Eu sei. E eu já disse que do mesmo jeito que você pertence lá, eu pertenço aqui.”

“É diferente.” Ela balançou a cabeça.

“Eu sei que é. E eu já falei que estou á disposição da Shield dia e noite.” Ele se lembra do seu último encontro com Fury. “E que eu vou ajudar a combater Hydra. Mas agora tem o bebê, e …” Ele se deixou sorrir timidamente. “Eu vou ficar por aqui.”

Maria involuntariamente sorriu também. “Sabe,” ela falou, constrangida. “Estou feliz por vocês. De verdade.”

“Nós também.”

“Crianças trazem esperança. São um começo.” Ela se tornou melancólica. “E talvez seja exatamente o que a gente precise agora. Recomeçar de novo.”

“Uma nova era.” Ele entendia exatamente o que ela queria dizer.

“Uma nova era.” Ela concordou.



(>.<)

“Então.” Ela se sentou a frente da tela gigante de computadores. “Deixa ver se eu entendi. Você quer que eu faça uma busca por todas as câmeras de segurança de Washington, procurando por um cara de boné e cabelos prateados.”

Ele estalou os lábios. “Basicamente isso.”

Skye deu um riso fraco. “Eu verei o que posso fazer, ok?” Ela começou a hackear as câmeras das ruas. “Quem é esse cara de qualquer jeito?”

“É isso que estou tentando descobrir.” Clint mente. Claro, ele tinha uma ideia de quem o sujeito poderia ser. Mas até ter certeza, guardaria para si mesmo.

“E o que ele fez?”

“Alguém já te disse que você é irritantemente intrometida?”

“Hm.” Ela olhou para ele, sentado na mesa ao seu lado. “O tempo todo.”

“Ótimo.” Ele falou, mas sorrindo. Levantou em um pulo, agitado. Ele estava extremamente ansioso.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. Ela estava concentrada em separar as filmagens, o que era um trabalho e tanto. Só o que ele tinha lhe tido era que ela deveria procurar perto de uma estação de metro. Como se isso reduzisse muito a busca.

“Abraham Square, você tinha dito, não é?”

“Sim.” Ele disse, chegando por trás dela e observando a tela do computador. “Tente achar as câmeras de segurança na saída dessa estação.”

Skye ficou constrangida pela proximidade dos dois. Talvez tivesse muito ao ver com os músculos dele. “Hm, ok.” Ela começou a passar as filmagens.

“Aqui!” Ele apontou para um ponto na tela. Ela pausou o vídeo e deu um zoom.

“Ok. O cara está usando boné. Mas não consigo ver seus cabelos.” Ela disse, virando o rosto para encará-lo. Imediatamente se arrependeu. Ele estava mais próximo do que pensava, o rosto a centímetros do seu. Ela se virou para o computador novamente, constrangida.

Ele a encarou, surpreso por um momento. “Já é um começo. Tente outro ângulo.” Clint respondeu, restaurando seu foco.

“Ok.” Ela tentava pegar outra câmera do outro lado da rua. Um toque agudo interrompeu os dois, proveniente do bolso do arqueiro. Ele atendeu sem olhar o identificador de chamadas.

“Alô?”

“Barton?” A voz do Capitão respondeu.

“Rogers.” Ele mantia o olhar fixo na tela. “Está melhor?”

“Isso não é o mais importante.” Ele respondeu. Clint ajeitou sua postura, percebendo uma tensão na voz do Capitão.

“O que aconteceu?”

“É Natasha. Ela…” Sua voz tremia de raiva. “Ela foi sequestrada. O cara que me atacou levou ela.”

Clint congelou, um arrepio gelado percorrendo toda a sua espinha. Por um momento, seus pensamentos se tornaram nebulosos e ele não conseguia formular palavras. Natasha. Ele tinha levado Natasha.

“Barton?” Steve chamou, preocupado com o silêncio do outro lado da ligação.

“Rogers venha para a nova base da Shield. Te mandarei as coordenadas.” Ele respondeu por fim, tentando deixar a sua voz sobre controle.

Um barulho de motor pode ser ouvido. “Certo.”

“Você sabe o que ele quer?”

“Na verdade, sim. Ele quer a localização de uma pessoa.”

Skye percebeu a agitação do homem. Decidiu não interferir dessa vez, apenas se concentrando em achar o cara. Mas ela tinha, no final das contas, pegado o nome Rogers da conversa. Steve Rogers? O Capitão America? Ah, Deus.

“Voilá!” Ela gritou de repente, sorrindo. “Você consegue ver o rosto dele desse ângulo.”

Mas Clint não estava sorrindo. Ele se aproximou da tela, observando o rosto do homem com atenção. Mas não precisou de muito tempo para reconhecê-lo. Seu coração murchou. Era quem ele achou que era em primeiro lugar. Anos tinham se passado desde que ele o vira pela última vez, mas o reconheceria em qualquer lugar.

Pietro Maximoff.

“Qual pessoa, Rogers?” Ele perguntou, a voz seca.

“Uma tal de Wanda Maximoff. Ele disse que Hydra tem controle sobre ela.”

Ele se segurou para não bater no computador. Fechou os seus punhos, enquanto eles tremiam. Filho da Puta.

“Venha o mais rápido possível Rogers.” Ele desligou, não esperando uma resposta. Ele estava fora de si.

“O reconhece?” Skye perguntou, tímida.

Clint dessa vez não se aguentou e socou a mesa, levando Skye a pular com o susto. Ela olhava para ele, assustada. Ele percebeu o que tinha feito, e colocou uma mão na testa, suspirando. As coisas iriam piorar. E muito.




(...)

“Você deverá falar.” Njord analisava a coleção de armas presentes nas paredes. “Ou as consequências deverão ser mais pesadas.”

“Não deverás temer a nenhuma arma.” O alien azul balançava os pulsos presos por correntes. “És forte.” Ele falava para si mesmo.

O guerreiro asgardiano o encarou, se aproximando. “O quanto de certeza você possui sobre isso?” Os olhos do Kree não conseguiam se manter em um ponto fixo. Eles pareciam analisar cada canto da sala, mas ao mesmo tempo não ver nada.

“Perdi as origens á muito tempo atrás naquela cela.” Ele falou, lentamente. “Mas ainda lembro das antigas preces de meu povo.”

Thor observava a cena no canto da sala. O Kree fora levado para interrogatório, e agora jazia deitado em um a mesa, amarrado pelos pulsos e tornozelos.

“Njord.” Thor se aproximou do amigo, colocando uma mão sobre seu ombro. “Não o fira. Nós não podemos provocar os Kree e desencadear uma guerra.”

“Mas ele é nosso prisioneiro. Foi julgado e condenado pelo tribunal de Asgard.”

“Sim, estou ciente. Só quero prevenir maiores danos.” Ele tira um frasco pequeno, com um liquido transparente de seu bolso. “Aqui. Use o soro da veracidade.”

Njord o pega. “Este é o nosso último.”

“Sendo assim, não use tudo.”

“Thor...” Ele começa a contestar, mas o deus o interrompe.

“Apenas o faça.”

O guerreiro acena com a cabeça, se conformando. Ele se aproxima do Kree e lhe dá um gole do liquido. O alien tenta lutar contra, mas Njord segura a cabeça dele e o força goela a baixo.

“Agora.” Thor se aproxima da mesa. “Está na hora de você nós dar algumas respostas.”

Os olhos do alien estavam nublados, seu olhar vazio.

“Quem é ela que você estava se referindo?” Njord pergunta.

“Eu não sei.” Ele fala.

“Pensei que era pra isso funcionar.” Njord sussura para Thor. Thor apenas lhe dá um olhar cansado.

“Se não sabes, então porque estava falando dela?”

“É uma profecia.” O alien não desvia o olhar do teto. “Nascida de monstros, criada por ninguém. Ela nós guiará à vitória, nós dará o planeta.”

“Ao planeta, você se refere à Terra?”

“O planeta pelo qual o deus da trapaça fracassou. O qual o senhor deseja? O senhor deseja. Sim a Terra. Ele quer a terra. Ele a deseja.” O Kree começava a falar loucuras novamente.

Os dois asgardianos trocaram olhares.

“Quem deseja a Terra?”

“Eu não sei, oh, eu não sei.” Ele balança a cabeça, desesperado. “Eu não sei!”

“E como sabes de Jane Foster?” Thor pergunta, ameaçador ao nome de sua amada.

“Ele fala comigo em meus sonhos. Ele fala, fala sim.”

“Quem fala?”

“Eu não vejo o seu rosto. Ou vejo, mas não me recordo. Ouço a sua voz. Sua voz fala comigo em meus sonhos, sim.”

Thor se afasta, cansado. “Ele está obviamente em delírio.”

Njord assente com a cabeça. “Então Loki estava trabalhando para alguém."

“E esse alguém quer terminar o serviço.” Thor completa.

“Mas por que os Kree? Por que a Terra? Quem diabos seria ela?” Njord perguntava em voz alta, mesmo sabendo que Thor não sabia a resposta muito mais do que ele.

“Acho que está na hora de ir visitar os nosso queridos amigos azuis.”

“Vou com você.”

Thor assente, feliz com a companhia. Ele estava apreensivo com a situação, principalmente porque de algum modo, envolvia Jane. Ele não iria deixar que nada de mal acontecesse com ela. Nunca. “Nós partimos pela manhã.”

(...)

“Ela está pronta, senhor.” O homem ao seu lado assentiu.

“Ótimo.” O comandante responde. “Executaremos a parte 2 amanha.” Um sorriso malicioso surge em seu rosto. Ele mal podia conter a sua satisfação de tudo estar correndo dentro do planejado.

“Eu avisarei os outros.”

“E o irmão dela?” Eles caminhavam pelos corredores da Hydra.

“Ainda sem noticias. Mas ele não tentou fugir. Seu GPS mostra que ele está nas redondezas.”

“Contanto que ele volte com o Capitão, não me importo onde ele esteja.”

“E se ele não voltar, senhor?” O homem indagou.

“Bem, ele sabe quais são as consequências. Deixei bem claro na nossa última conversa."

“Torcemos então que ele faça a decisão certa.

“Ah, meu caro, ele vai.”

Ele abre uma porta, entrando em uma sala. As paredes eram ofuscamente brancas, com um vidro preenchendo inteiramente uma delas. Todos na sala, uns dois cientistas e cerca de cinco soldados, cumprimentaram o comandante ao ele entrar, com gestos de cabeça e Hail Hydra sussurrados. O comandante assentiu e se aproximou do vidro.

"Nós apenas o estávamos aguardando, senhor." Um dos cientistas falou. Ele era baixo, extramente baixo e com óculos grandes demais para o seu rosto. "Ela já está preparada para a demonstração."

Pelo vidro, dava para ver uma grande sala, do tamanho de uma quadra de basquete. Eles se encontravam vendo a de cima, onde tinham visão total do lugar. As paredes eram igualmente brancas, juntamente com o teto. A única coisa que não era branca naquela sala, era a menina. Ela usava um traje de combate vermelho, mas precisamente escarlate. Quebrava os tons claros do ambiente.

“Transmita-me.” Ele ordenou. O cientista apertou um botão, transmitindo a imagem do comandante diretamente para a sala onde a menina se encontrava. “Wanda Maximoff!” O comandante sorri. “É tão bom finalmente conhecê-lá.”

Wanda não respondeu. Apenas encarou a transmissão a sua frente, e direcionou o olhar a pequena sala de vidro perto do teto. Ela não podia ver quem estava dentro, mas tinha certeza que a pessoa que falava agora com ela se encontrava ali.

“Que grosseria da minha parte não me apresentar. Sou Comandante Rufus Petrova.” Ela analisou a imagem do homem a sua frente. Ele possuía cabelos morenos, com alguns pontos grisalhos. Olhos verdes estonteantes, e pequenas rugas ao redor dos olhos. “Você está aqui para passar por alguns testes. Com a sua colaboração, eles serão bem simples.” Ele continuou.Wanda balançou o seu rabo de cavalo, apreensiva. "Apenas faça o seu melhor."

Ela engoliu em seco, seu coração batendo rápido. Mas seu rosto permanecia imparcial. Ela não ia deixar transparecer nenhuma emoção.

A transmissão desapareceu do mesmo jeito que surgiu. Surge então, um compartimento no chão. Um cubo se ergue e em seu topo, uma arma.

Uma arma que apontava bem para o seu coração.

Seu corpo se encheu de adrenalina e por consequência pequenas faíscas vermelhas aparecerem na ponta de seus dedos, brincando entre eles.

A arma disparou. Tão rápida quando o irmão, as faíscas pularam de seus dedos e dispararam, atingindo a bala no ar, fazendo com que ela desviasse e atingisse a parede ás suas costas..

Rufus observava toda a cena, e sorria.

A arma disparou novamente, duas vezes.

Dessa vez, a segunda bala quase a atingiu. Ela apenas conseguiu desvia-lá quando ela se encontrava a centímetros de seu peito. Seu coração batia como louco. Raios escarlates ainda saiam de sua mão.

O compartimento abriu-se novamente e a arma desapareceu. Mas Wanda não pode respirar aliviada. Segundos depois um compartimento no teto se abriu, apenas para revelar um carro.

Mais precisamente, uma BMW. O comandante tinha um obscuro senso de humor.

O carro era apenas sustentado por cordas, bem acima da cabeça de Wanda. Ela se preparou para o pior. Canalizou toda a sua energia e quando o carro despencou, ela o atirou contra a parede, impedindo que ele caísse em sua cabeça e a matasse.

Ela começou a ficar com raiva. Fez um gesto com a mão, e imaginou o carro pegando fogo. Segundos depois, chamas vermelhas alaranjadas começaram a brotar sobre ele.

Silêncio. Talvez minutos tivessem se passado, ela realmente não saberia dizer. Quanto ela pensou que nada mais aconteceria, muito menos carros despencando do teto, o chão começou a tremer.

Ela olhou para baixo, e viu que ele estava se abrindo. Uma fenda bem no meio da sala começava a ficar cada vez mais larga, a empurrando contra a parede. Seu espaço de chão estava diminuindo, a fenda se aproximando cada vez mais de seus pés. O carro em chamas já tinha caído, despencando na escuridão. Ela o viu cair, constatando que era uma queda altíssima. Ela não sobreviveria se caísse.

E de repente, ela estava voando, seus pés se erguendo do piso bem no momento que ele se abriu por inteiro. Ela se viu em uma sala sem chão.

Lá em cima, na pequena salinha de vidro, vários se pegaram de queixo caído. Eles nunca tinham visto tais feitos, no final das contas.

Wanda foi tomada por uma onde de adrenalina, e rapidamente voou até o vidro que separava ela dos demais cientistas. Se aproximou até que ela estava a centimetros de distancia. Ela não podia vê-los, mas eles sim.

O comandante falou por um microfone, que ecoou aos ouvidos de Wanda.

“Impressionante senhorita Maximoff. Agora, nós não podemos mais te chamar de Wanda Maximoff. Você obviamente merece um alter ego. Um nome digno ás suas habilidades.” O comandante sorriu com o silêncio dela. “Que tal, digamos, Feiticeira Escarlate?” Ele diz, pegando a cor do traje dela. Cor simbolo da Hydra.

Wanda não estava mais com raiva. Era fúria que tomava conta de seus sentidos. Sua vontade de explodir aquele vidro em milhões de pedaçinhos era absurdamente grande. Mas ela tinha que esperar o momento certo.

“Agora, minha querida, como se diz mesmo?” Rufus achava toda a situação extremamente divertida. “Hail Hydra.

Ela sabia melhor do que contestar uma ordem dele. Deixaria pensar que ele estava sobre controle. “Hail Hydra.” Ela falou de volta, a voz rouca. Como se não tivesse falado por muito tempo. Wanda então sorriu, mal esperando o momento onde ela poderia faze-lo pagar.

Pagar por todos os seus pecados. Todas as suas torturas.


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Notas finais do capítulo

E ai? Me perdoem qualquer coisa um pouco sem sentido, ou errinhos de portugues, mas eu tava morrendo de sono ao editar esse capitulo. Desculpa também pela demora, hehehe
Beijão amores!
Ps: Comentem porfavorzinho muito obrigada